Inazuma Lion

Cap 40 – Confronto de Sentimentos


Na casa de Nagazy, após ter se arrumado para ir para o Colégio, a garota agora foi em um pique até o espelho. Quando viu que estava linda como sempre, ela sorri exalando charme para o espelho e logo em seguida se despede de seu reflexo jogando um beijo antes de sair e enviar uma mensagem de texto de celular para alguém.

Enquanto isso...

Tsurugi saia de sua casa. Ele fecha o pequeno portão de grade da frente de sua residência e, quando já ia se encaminhar até a Raimon, seu celular recebe uma mensagem.

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Quando ele foi ver, era só a primeira das 3.974 que receberia posteriormente de Nagazy antes do colégio e mais 9.382 que provavelmente receberá depois do colégio. E o assunto de todas elas eram só de coisas sem sentido, só para encher a paciência de Kyousuke.

– Nagazy...

Mais tarde, no Colégio Raimon...

– Tsurugiiii. – Quando Nagazy avista o atacante andando pelo corredor, ela o chama. Quando viu que ele não parava de andar, Nagazy foi até ele e se joga para abraçar o seu pescoço por trás enquanto ambos giravam.

– EI NAGAZY! – Tsurugi a repreendeu com um tom de voz bravo. Mas isso só a fez sorri divertida enquanto abraçava ainda mais o pescoço de Kyousuke.

– Hehe você é tão marrento... Ah, eu me lembrei. Eu estou precisando de grana para comprar um aparelho de DVD novo. Eu já juntei uma quantia, só que ele é carão. Tipo... 10.700 Ryos. Olha. – Nagazy comentou. Logo em seguida ela amostra para Tsurugi um catálogo do DVD mencionado assim como o preço que estava incluindo no pacote.

– E de quando você precisa? – Perguntou Tsurugi disposto a oferecer o mínimo possível, só para completar o dinheiro juntado de Nagazy.

– 10.700 Ryos.

– SAI DAQUI!

Mais tarde...

– Tsurugiiiii. – Tsurugi estava agora andando tranquilamente no jardim do colégio. Quando Nagazy o viu, ela agora foi correndo até ficar de frente para ele.

– O que você quer? – Perguntou o azulado ríspido como sempre. Nagazy sorriu, e por um segundo, Tsurugi se encantou com seu sorriso.

– Nada. Eu vi você sozinho aqui e eu resolvi te fazer companhia. – Falou a morena.

– Faça o que quiser. – Tsurugi falou não dando bola para ela. Ele saca seu celular do bolso e começa a jogar nele.

Nagazy estava o tempo todo com os braços para trás, um segurando o outro, esperando o azulado acabar com o que estava fazendo. Depois que viu que o rapaz não ia sair dali, a expressão de seu rosto mudava de alegre para emburrada e resolveu aproveitar a distração do garoto tomando o celular da mão dele.

– Me devolve isso! – Falou Tsurugi autoritário.

– Vem pegar! – Provocou Nagazy se afastando dele.

Aí que Tsurugi se irritou de vez. Quando ele já ia correr atrás dela, ele acionou algo que o fez ficar preso em uma árvore dentro de uma rede para armadilhas.

– MAS O QUE DABOS É ISSO?! – Falou assim que percebeu a situação em que se encontrava.

– Nyah, é só mais uma das minhas armadilhas para chatos metidos como você que eu espalhei pelo colégio hehe. – Explicou Nagazy divertida, enquanto se retirava dali saltitando de alegria.

Tsurugi simplesmente pega seu canivete e corta a corda, se soltando. Quando ele fitou a direção em que Nagazy tinha sumido, ele ergue o canivete de sua mão, encarando irritado o caminho que Nagazy rumou, ameaçando em usá-lo para “outro fins”. Mas depois de ter pensado duas vezes, ele guardou seu canivete e passou a andar tranquilo até se reencontrar com Nagazy e pegar o seu celular de volta.

Depois...

– Tsurugiiiii. – Kyousuke já tinha pego seu celular de volta. Ele estava usando ele nesse exato momento no lado de fora do colégio, encostado na parede do mesmo, quando Nagazy veio cumprimentá-lo.

– O que você quer agora Nagazy? – Falou Tsurugi passando a mirar Nagazy com um olhar entediado.

– Bem, eu... Só queria te pedir desculpas. Por tudo o que eu te fiz. Quer dizer, você mereceu todas, mas eu acho que exagerei um pouquinho... – Se declarou não conseguindo olhar nos olhos dele.

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– Um pouqui-Ah, tudo bem. – Ele ia responder, mas resolveu encerrar o assunto se retirando dali.

– E-espera! Está tudo bem entra gente, não tá? – Nagazy perguntou só para garantir. Mas, como resposta, Tsurugi só deu um aceno com a mão.

Mas tarde, durante o treino de futebol...

– A ARARA! – Eryk, Tenma e Endou passam pela bola, a fazendo levitar até o céu pegando chamas avermelhadas, até a silueta de uma Arara surgir entre as chamas. Quando os três dão impulsos com os pés para alcançar a bola, respectivamente: Eryk, Tenma e Endou, pisam na bola e a atiram em direção ao gol, que quando marca, quase chega a arrancar a rede de tão poderosa que foi.

– É. Anda não perdemos a sincronização da Arara. – Comentou Eryk sorrindo de canto após ter pousado no chão assim com os outros dois, que se entreolhavam trocando sorrisos alegres um para o outro.

Tsurugi foi se recostar ao lado do banco do time, após ter treinado tanto. Ele foi descansar enquanto colocava a toalha em seu rosto, para retirar todo o seu suor.

Quando ele ouviu um gemido, Tsurugi retirou a toalha de seu rosto e acabou vendo Nagazy o observar escondida.

Nagazy estava derretida. Ver o suor escorrer pelo corpo de Tsurugi era uma visão privilegiada. O outro pareceu não se incomodar de ser observado e voltou a se enxugar com a toalha.

– Vai uma bebida aí? – Nagazy se aproximou e lhe ofereceu um cantil de água gelada.

– Valeu. – Kyousuke agradece aceitando o cantil e bebendo sua água, inclinando a cabeça para trás enquanto Nagazy assistia se segurando para não se derreter mais ainda enquanto seu coração não parava de bater.

– T-Tisurugi-

– Obrigado. – Quando Nagazy já ia dizer alguma coisa, o atacante do time devolve o cantil para ela e se retira de lá, voltando para o seu treinamento.

– E Nagazy? Sobrou algum cantil de água por aí? – Pergunta Eryk educado aparecendo apenas sua cabeça enquanto seu corpo estava no lado de dentro do banco.

– Toma... – Nagazy sem humor entrega para Eryk um cantil. Quando Eryk já abre a boca para beber a água, só conseguiu sentir um pingo cair em sua língua.

– Ei? O cantil está vazio! – Queixou Eryk confuso. Nagazy suspira sem demonstrar emoção enquanto observava Tsurugi treinar.

Quando Eryk olhou para a mesma direção que ela, acabou entendendo tudo.

– Tem algo de errado? – Pergunta Eryk preocupado enquanto andava até ela.

– Não. Não foi nada. – Falou Nagazy ainda do mesmo jeito.

– Não mesmo? Saiba que, se tiver algum problema, pode falar comigo. Vai que eu posso ajudar? – Perguntou Eryk, querendo ajudá-la.

– Não, Eryk. Não se preocupe. Está tudo bem. – Falou Nagazy com um tom sincero.

– Está bem. Vou dar esse voto de confiança. Mas lembre-se: Se precisar de ajuda, pode contar comigo! – Falou Eryk batendo no peito. Nagazy deixa escapar um riso alegre e assente.

– Tudo bem Eryk. Pode deixar. – Falou Nagazy despreocupando Eryk. Assim que o papo acabou, o goleiro resolveu deixá-la em paz, indo embora dali, voltando ao seu treinamento.

De noite...

Nagazy caminhava pela calçada da rua com uma cara desanimada. Todas suas tentativas de conseguir a atenção do azulado parecia está tendo um efeito contrario. Aos poucos, Tsurugi parecia estar distante dela. E Nagazy não gostava nem um pouco dessa distancia.

Ela baixou sua cabeça pensativa. Estava pensando em algo para que possa a ajudar a se aproximar mais do atacante. Quando ela ergueu sua cabeça novamente, acabou vendo o próprio Kyousuke se aproximar dela, distraído com o seu celular.

Por um segundo ela pareceu congelar, mas depois ela bate nas próprias bochechas, determinada a conseguir o coração de seu amado a todo custo. Ela correu alegre até Tsurugi demonstrando o seu melhor sorriso possível.

– Olá! – Cumprimentou Nagazy simpática.

– O que foi dessa vez? – Perguntou Tsurugi guardando seu celular para conversar melhor.

– Nada... Eu só pensei que poderíamos fazer alguma coisa juntos. Tipo assim... Só para descontrair. – Sugeriu.

– Eu não tenho tempo. – Essa foi a resposta dele. Kyousuke vai embora passando por Nagazy. Ela sentiu uma dor tremenda crescer dentro de si. De repente ficou com medo de não ficar mais perto de Tsurugi e acaba não aguentando mais.

Ela girou para correr atrás de Tsurugi e o abraça pelas costas assim que o alcança.

– Na... Nagazy? – Tsurugi a chamou surpreso.

– E-eu... me desculpe... É que... eu gosto tanto de você... – Falou Nagazy murmurando essa ultima parte, se declarando por fim. Ela ainda estava abraçando ele. Ela recostou seu rosto nas costas do azulado tentando esconder seu rosto melancólico de medo.

– Nagazy... Se afasta de mim...

O tom de Tsurugi foi levemente autoritário. Nagazy não gostou de ouvir essas palavras. Sentia que se ela o soltasse, nunca mais o teria por perto de novo.

– E-eu gosto de você... Não aguento ficar mais longe... – Declarou Nagazy novamente, se afogando mais ainda nas costas do albino.

– Como... você é irritante.

Os olhos de Nagazy abriram espantados. De repente ela ficou tremula. Para não fazê-lo perceber, ela se afasta de Tsurugi, incrédula com o que acaba de ouvir.

– O... O que?

Tsurugi vira para ficar de frente para ela. E quando Nagazy viu seu rosto demonstrar desprezo, ela ficou paralisada.

– Eu odeio gente irritante. Você não para de infernizar minha vida. Toda hora você me perturba. Eu nunca ficaria com alguém que não respeita meu espaço, muito menos que fica agindo como uma desmiolada.

Tsurugi foi muito frio quando pronunciou essas palavras. Seu rosto não demonstrava nada quando viu Nagazy respirar pesado. Parecia que ele nem estava aí para ela. Nagazy estava arrasada. De coração partido. Não estava acreditando até agora que ele estava dizendo isso na cara dela.

– Eu... prometo mudar. EU-

– Suma da minha vista. – Tsurugi deu as costas para ela e se retirou, deixando Nagazy sozinha naquele local de noite enquanto era iluminado pelas lojas da rua e pelos carros passando.

Mas para ela esse lugar estava deserto. Sem movimentação nenhuma. Ela desaba no chão e começa a derramar lagrimas de tristeza. Lagrimas de dor. Lagrimas de abandono.

– Nagazy? O que houve?

Quando Nagazy levantou seu rosto inchado de lágrimas, ela se deparou com Eryk parado na frente dela com uma bola de futebol entre o braço e a cintura enquanto ele olhava para ela preocupado.

– Ai... Eryk...! – Tudo o que a garota queria no momento era de um ombro amigo. Ela se levantou do chão correndo para abraçar Eryk. O mesmo se espanta confuso e preocupado ao mesmo tempo. Mas mesmo assim, ele retribui com todo o seu carinho.

– Se acalme Nagazy. O que aconteceu? – Perguntou Eryk preparado para ouvir sua história enquanto Nagazy passou olhar para ele, ainda derramando sua lagrimas.

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– O... Tsurugi... Ele... me odeia...

– O que? – Perguntou Eryk ficando surpreso aos poucos.

– Ele disse que eu sou irritante, infernizo a vida dele e que era pra eu sumir da sua vista...

– Ele disse... E porque ele te disse isso? – Perguntou Eryk novamente se surpreendendo mais ainda com essa atitude de Tsurugi. Eryk não esperava isso vindo dele.

– Ele disse isso... depois que eu falei que gostava dele...! – Assim que disse isso, Nagazy voltou a abraçar Eryk. O garoto fica chocado após saber de tudo isso. Ele mirava o nada. Seus cabelos cobriam seu rosto enquanto sua mão direita passou a reconfortar Nagazy acariciando seus cabelos prateados.

– Nagazy... Fica calma. Vá para sua casa e se arrume. Eu vou te enviar uma mensagem e você me encontra mais tarde no local que eu vou mandar pelo texto, esta bem? – Pediu Eryk tentando reconfortá-la o máximo possível.

– S-sim... – Nagazy assentiu, enxugando suas lagrimas e se retirando dali, sem se importar para onde ia depois com o goleiro, deixando Eryk lá parado no mesmo lugar.

Quando ela foi embora, Eryk levantou a bola em sua mão até ficar próxima de seu rosto e falou enquanto mirava sua esfera, decidido para o que estava prestes a fazer.

– Tá na hora de pirar...

Assim que Eryk comprou a flores púrpuras para presentear Fran, na hora que ele saiu da floricultura, ele avistou Tsurugi com duas sacolas de compras em suas mãos a caminho do colégio Raimon.

– TSURUGI!!! – Chamou Eryk correndo até ele.

– Ah, é você. Veio comprar o presente? – Perguntou o azulado estranhando a presença de Eryk no Centro quando deveria estar ajudando os outros na decoração para a festa.

– Sim! Rapaz... Eu não tinha esquecido que hoje era o Dia Branco? Ainda bem que o pessoal me lembrou a tempo. Apesar de não ter comprado o que queria para a Fran... – Eryk respondeu, enquanto falava sobre o que passou para conseguir o presente da garota, passando a andar ao lado do atacante. Tsurugi consegue ver as flores na mão de Eryk e comenta.

– Essas flores são belas. Ela com certeza vai gostar. O que você pretendia comprar para a Fran?

– Se eu soubesse que hoje era o Dia Branco, eu teria quebrado o meu cofrinho e usado todo o meu dinheiro nele para comprar um ramo de flores inteiro. Mas, como eu esqueci, eu só trouxe pouca coisa, e acabei comprando só isso. – Respondeu Eryk se repreendendo mentalmente por não ter trazido dinheiro o suficiente.

– É provável que ela goste assim mesmo. – Falou Tsurugi apertando o passo, deixando Eryk para trás, que acaba não o escutando devido a isso.

– Hã? Como assim? – Pergunta Eryk, tendo que correr um pouco para voltar a acompanhá-lo.

Kyousuke não respondeu. Apenas continuou andando. Quando Eryk resolveu olhar novamente a sacola de compras que o azulado carregava em sua mão direita, ficou curioso.

– O que você comprou para a Nagazy?

– Um CD em um brinquedo. – Respondeu querendo encerrar logo com a conversa.

– Uou, você comprou dois presentes para ela? Vai pedir ela em namo-

– Um é do meu irmão e o outro é meu. – Cortou Tsurugi esclarecendo a duvida de Eryk querendo terminar com essa conversa o quanto antes.

– Eu posso v-

– Não.

– Porque nãão? Eu conheço bem a Nagazy. Somos muito amigos. Talvez eu possa ajudar-

– Mas uma razão para eu não te mostrar. – Tsurugi o cortou novamente, tentando se livrar desse assunto.

– Poxa... Você já sabe o meu. Até falou o que acha. Deixa eu ver o seu também. Não vou falar nada.

Eryk se sentiu magoado. Tsurugi de repente para de andar. Ele estende a sacola para Eryk e o mesmo sorri de orelha a orelha.

– Uou, um CD da banda T-Pistonz+KMC! Caraca mano, ela vai amar! E vejamos o outro aqui... – Dizia Eryk guardando de volta o CD na sacola após ter visto o que era.

Quando ele puxou o outro, ele acabou encontrando um Patinho de Pelúcia.

– E, alá! Um patinho hehe ela vai adorar esse também. Foi o Yuuichi que escolheu?

– Não.

– Não? Então...

Os olhos de Eryk se esbugalharam quando percebeu que foi o Tsurugi que escolheu o Pato de pelúcia.

– Agora entendi porque você não queria contar. – Falou Eryk entendendo a situação.

– Não vai falar nada? – Tsurugi olha Eryk de canto. Esperando o garoto casoar da cara dele.

– Olha... para dizer a verdade, eu estou me segurando para te zoar. – Admitiu Eryk entregando a sacola para ele antes de prosseguir com a conversa e com o passo. – Mas eu sei que você fez isso de coração. Estava pensando nela, não é? Você deve gostar muito da Nagazy ao ponto de escolher um presente assim pra ela. Não é?

Eryk dizia isso sincero. Tão sincero que Tsurugi o respondeu afirmando com a cabeça, mesmo Eryk não ter percebido, ou foi o que achava.

Os dois finalmente chegam a Raimon, indo direto para a sala da festa, se juntando aos outros na decoração.

– TSURUGI!!! – Eryk grita bravo pelo nome do atacante, após telo procurado por todos os lugares, até encontrá-lo.

– O que você que? – Falou Kyousuke de costas para Eryk e o encarando de canto.

– O que você fez com a Nagazy? – Perguntou Eryk sério.

– Isso não é da sua conta.

Tsurugi respondeu dando as costas para Eryk e se retirando do local. O goleiro começa a assoviar fingindo estar distraído enquanto segurava a bola com as duas mãos, levantá-la, largá-la, e depois, chutar, acertando a cabeça de Tsurugi, que se aborrece na hora.

– EI, ERYK-! – Tsurugi já ia ralhar com Eryk, mas depois que ele viu suas costas pegando o fogo azul negro de sua incorporação, ficou surpreso.

– Já que você não quer bater papo, então vamos conversar numa língua que você entenda. – Dizia Eryk sério, enquanto Kyousuke o encarava com raiva, presumindo que ele mesmo teria que por um basta no assunto, de uma maneira que Eryk nunca mais tenha que desafiá-lo novamente.

(...)

A lua no céu estava presente. A ponte de ferro estava quieta, sem movimentação nenhuma. Mas o campo de futebol que se encontrava lá perto, estava em um clima cheio de tensão.

Eryk e Tsurugi “duelavam”. Ambos chutavam a bola um para o outro, depositando toda a sua raiva e descontrole de seus atos a cada chute que faziam. Tsurugi estava pegando leve com Eryk, e devido a isso, o goleiro conseguia rebater os seus chutes de volta com outro chute.

– Muito bonito o que você fez com a Nagazy, hein?! – Berrava Eryk frustrado, enquanto corria pelo campo e chutava a bola na direção de Tsurugi mais uma vez.

– Ela tem que se tocar que eu não ligo para ela! – Retrucou Tsurugi gritando com fúria, enquanto chutava de volta mais uma vez a bola na direção de Eryk com toda a sua força.

– Ela... Não merece ser tratada assim... O que foi que te deu, hein!? – Eryk tentou parar a bola agarrando ela. E mesmo que tenha usado todo o seu peso para detê-la, ela ainda não tinha perdido o seu poder e girava com tudo arrastando em sua barriga. Mas mesmo assim ele conseguiu parar a bola e devolveu chutando de volta.

– Ela tem que aprender que eu não suporto gente irritante! E você também! Afinal, o que você tem haver com isso?! NÃO É DA SUA CONTA! – Tsurugi detém a bola levantando o seu joelho, até conseguir pará-la no chão, pisando nela para falar com Eryk, e em seguida a devolver com um chute um pouco mais poderoso, cobrindo a bola com uma pequena energia azul escura sombria.

– É aí que você se engana! Quando eu vejo um amigo triste, derramando lágrimas de sofrimento, não importa o motivo, JÁ É DA MINHA CONTA! – Eryk defende a bola socando ela com sua mão coberta por uma energia avermelhada. E depois de um tempo tentando rebatê-la, ele consegue, a fazendo parar bem no alto. Quando Tsurugi percebeu que Eryk ia continuar com isso, ele se aborreceu. Resolveu levar a sério e dar uma lição no goleiro de uma vez por todas.

– LANCELOT, O CAVALEIRO!

– O REI DA SELVA: LION!

Quando o Cavaleiro e o Leão surgiram no local, ambos os jogadores gritam enquanto pulam até alcançarem a bola no ar. Eles chocam seus chutes, com a bola no centro de suas pernas, causando um poderoso choque de energia, enquanto suas incorporações tentavam empurrar a outra, até ocorrer uma explosão de luz, fazendo os dois se separarem, suas incorporações sumirem, e caírem no chão, enquanto a bola caia, por coincidência, na direção onde Eryk tinha caído.

Ambos tentam se levantar, mas tanto Eryk quanto Tsurugi sentiam muita dor, devido à queda. O atacante tinha desistido de levantar, mas quando ele vê Eryk tentando se manter em pé, andando um pouco, dando uns dois passos até chegar a bola e a pisar nela, ofegante, o azulado resolveu se levantar também, mas não estando tão cansado como Eryk estava.

– Não adianta negar para mim. Eu sei que você gosta dela. E mesmo assim... Você tem a coragem de humilhá-la. Que direito você tem para fazer isso com uma pessoa tão legal como a Nagazy, hein? – Dizia Eryk após ter conseguido pegar fôlego. O goleiro estava com muita raiva. Eryk não gosta quando amigos brigam com eles mesmos, mas quando a situação passa do limite, principalmente dessa maneira, ele se sentia obrigado a se intrometer, fazendo de tudo o que for preciso para defender seus amigos, mesmo que tenha que fazer uma loucura, como enfrentar alguém tão bom e poderoso como Kyousuke Tsurugi.

Eryk não conseguia imaginar o motivo que fez Tsurugi dizer palavras tão terríveis para alguém tão cheia de vida e alegria como Nagazy. Os dois nunca tiveram um desentendimento antes ao ponto de chegar aonde chegaram. Tudo o que ele queria era saber o motivo, para poder encontrar uma solução para todos ficarem juntos como era antes.

– A Nagazy... merece alguém melhor do que eu.

Os olhos de Eryk se abrem, espantados. Nunca pensou que Tsurugi o responderia assim, olhando para o canto, demonstrando um rosto levemente arrependido, ou pensando pela segunda vez a burrada que fizera. Não sabia distinguir o que era, mas o atacante ainda não tinha acabado.

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– Eu fiz coisas no passado que me arrependo e muito. Coisas terríveis. Eu trazia a desgraça para o futebol. Eu também não sou o tipo de pessoa que estaria à altura de estar com ela, uma pessoa tão amável e gentil, e ao mesmo tempo tão forte e dedicada... fiel... Não. Não sou digno de estar em sua presença, demonstrar carinho e muito menos de respirar o mesmo ar. Sinceramente eu não sei o que ela viu em mim, mas alguém como eu que não leva jeito com relacionamentos, uma pessoa complicada de se estar toda hora, e que carrega uma escuridão que suja sua luz, não merece estar ao lado dela, cuidando de sua linda pessoa que ela é. – Desabafou por fim.

Então Tsurugi acha que ele não merece ficar com a Nagazy, e foi por isso que ele falou aquilo? Para que ela se afaste dele, para procurar alguém melhor que ele? Agora Eryk entendeu, mas mesmo assim...

– Cara, se ela gosta de você, é porque ela não liga para essas besteiras. – Começou Eryk – Eu entendo que você se sinta assim, mas e a sua felicidade? Se você gosta da Nagazy, então fique com ela. Diga o que você sente por ela, e que se dane o resto. Pô. Você é um cara legal, mas as vezes você banca o valentão e acaba pisando na bola. Decida-se: ou você age como uma boa pessoa, ou aja como um cara mal, mas não fazendo coisas ruins. E então? O que acha de se declarar pela Nagazy? Está mais do que na hora, não?

– Humf, se é esse o caso, então porque você não faz o mesmo pela Fran? – Dessa vez, Tsurugi pegou Eryk de surpresa. Mas o goleiro logo recobrou a postura e ficou do mesmo jeito que ele, olhando para o canto, com um semblante triste.

– Comigo é diferente. A Fran é poderosa demais. Ela não precisa de alguém que a proteja. Ela sabe se cuidar sozinha. É por isso que eu estou me dedicando a ficar mais forte, para estar a altura dela, ficar ao seu lado, e acompanhá-la. Imagine: eu quero estar com a Fran, mas eu não vou conseguir alcançá-la se ela correr, por exemplo. E se ela resolver correr devagar só para me acompanhar, isso pode algum dia, atrapalhá-la, e eu quero evitar isso, correndo ao lado dela.

– Entendo... Mas e eu? Com que cara eu vou pedi-la em namoro depois do que eu fiz a ela? – Se perguntou Tsurugi, procurando uma solução no vazio onde mirava.

Quando Eryk reconhece alguém conhecido no lado de fora do campo de futebol, na ladeira do gramado, o goleiro sorri.

– Algo me diz que não será tão difícil assim. – Dizia Eryk, apontando com a cabeça para atrás de Tsurugi.

Quando o atacante se virou para ver, seus olhos se enchem de surpresa a ver Nagazy na ladeira, derramando lagrimas comovida, enquanto estava o tempo todo pronta para correr até ele.

– T... Tsu... Tsurugi!!!!!!! – Nagazy o chamou, finalmente correndo até ele, enquanto chorava mais ainda como uma criança.

Assim que ela chegou até o atacante, ela não hesitou em abraçá-lo forte. Ela o apertava de um jeito que parecia não querer solta-lo, e se fizesse isso, ela nunca mais o veria de novo, como da ultima vez que ela o abraçou pelas costas.

Na hora que Eryk e Tsurugi se dirigiam ao campo da ponte, o goleiro estava seguindo Tsurugi e aproveitou que ele estava de costas para ele e enviou uma mensagem de texto para Nagazy, dizendo que era para encontrá-lo no campo de futebol da ponte de ferro. E quando ela chegou lá, ela passou a ouvir a conversa de longe, desde o momento em que Tsurugi desabafou para Eryk, dizendo o motivo que o fez magoá-la daquele jeito, enquanto o mesmo dizia as qualidades da garota, que ela achou nunca ouvir isso dele.

Quando Eryk olhou em volta, percebeu que uma multidão estava assistindo a cena de reconciliação dos dois, desde que Eryk tinha começado a briga com Tsurugi no campo.

Tsurugi retribuía o abraço dela com o mesmo carinho. Mas logo os dois se separam quando as pessoas que estavam em volta assistindo a tudo começaram a aplaudir pelos dois, ouvindo assovios e gritos exaltados, devido ao “show” que tiverem.

Quando viu que tudo terminou bem, Eryk viu que ficou sobrando e se retirou dali, dando as costas e sorrindo de canto, alegre por eles.

– Nagazy... Me perdoe... Eu não tenho palavras para-

– Está tudo bem... Desde que você me aceite ao seu lado... – Nagazy corta Tsurugi, serena. Quando ela se separava de Tsurugi mais ainda aos poucos, ele a puxa de volta e a beija. E sem perder tempo, sua língua se envolvia em sua boca, e a mesma retribui. Tsurugi sentia o gosto doce de morango dos lábios de Nagazy, enquanto ela sentia um gosto irresistível de suor nos lábios de Tsurugi, que fazia uma bela combinação de gostos, fazendo-a pirar de emoção.

Quando os dois se separam por falta de ar, ambos encostam suas testas e respiram pesado enquanto tentavam recuperar o ar perdido para voltarem a sentir os lábios do outro.

– Nagazy... Você me aceita como seu namorado? – Perguntou o azulado ainda ofegante, por fim. Nagazy cora violentamente quando ela escuta o pedido.

– Ee-e-eeu-e-u... – Ela agora gaguejava. Ela se repreendia mentalmente por parecer uma idiota na frente da pessoa que ela gosta, ainda mais agora que o mesmo o tê-la pedido em namoro. Ela achou que ele ia ter alguma reação negativa, mas Tsurugi apenas sorri e a puxa de volta até seus corpos colarem, ficando bem juntinhos.

– Eu adoro quando você fica assim. – Ele sussurrou, de uma maneira provocante. Nagazy achou que não poderia ficar mais vermelha ainda, mas depois do que acaba de ouvir, ela ficou.

– E-ue eu, sim-eu-sua-quero-namora-sim-da – Ela gaguejou tanto que acabou trocando as ordens das palavras. E com isso, Tsurugi sorriu mais ainda.

– Vou considerar isso como um sim... – Ele falou provocante novamente, pousando sua mão delicadamente no pescoço dela e voltando a beijá-la. Nagazy não resistiu e acabou se entregando ao beijo, retribuindo com a mesma tensão e desejo que o outro.

E longe deles, atrás de uma árvore, uma garota de cabelos longos, curto nos lados e de cores azuis, presenciou escutando desde o inicio da disputa entre Eryk e Tsurugi, tudo escondida deles, comovida.

Essa garota... Tinha a aparência da Fran.

(...)

– As coisas estão finalmente se ajeitando ao nosso favor... – Pronunciou o ser de capuz roxo, chegando no topo do rochedo, se encontrando os seres que vestiam o capuz azul e vermelho.

– Finalmente. Eu já posso agir? – Perguntou com um tom ansioso a pessoa de capuz vermelho.

– Hehe... Vim até aqui para lhe dizer isso. – Deixou a pessoa de capuz roxo.

– Por fim, as engrenagens para o nosso plano começarão a girar, finalmente. – Falou a pessoa de capuz azul.

– Vamos mostrar para os Super Onze, e para o Usuário da Luz, O Futebol Destruidor! – Declarou o ser de capuz roxo, enquanto ficava na ladeira do rochedo, ao lado dos seres de capuz azul e vermelho.

No dia seguinte, no Hospital de Inazuma.

– Vim fazer uma visita a Yuuichi Tsurugi. Sou o irmão mais novo dele; Kyousuke Tsurugi. – Se apresentou como sempre fazia toda vez que o hospital trocava de recepcionista do balcão da frente do hospital.

– Você é irmão do paciente do quarto...684? Eu fui informada que Yuuichi Tsurugi foi transferido para outro hospital na Europa para a sua operação nas pernas. – Informou a recepcionista após ter puxado da gaveta a papelada de seu irmão.

– O que? Porque não fui informado disso? – Perguntou Tsurugi exigindo uma explicação.

– Por favor, eu lhe peço que se acalme. Tentamos entrar em contato, mas não recebemos nenhuma resposta.

– Ele foi transferido para Europa? Quando foi isso?

– Pelo que fui informada, parece que foi tudo de ultima hora. O paciente foi mandado para o aeroporto desde manhã, há 8 horas atrás. A essa altura, ele já deve estar no meio do percurso para o estrangeiro.

– Foi tudo de ultima hora foi? – Perguntou Tsurugi, estranhando essa situação.

Continua...