In love.

France.


Rose já não tinha conseguido dormir e o barulho na janela não estava ajudando. Ela não tinha comido direito pensando que a qualquer momento ele iria bater na porta, trocou de roupa milhões de vezes pensando qual seria melhor para usar, no final ela comeu sorvete vendo televisão de pijama e se lembrando de que ele poderia não vir.

A ruiva se sentou e ligou o abajur, o barulho continuava, ela esperava que no quinto andar tivesse alguma paz. Não fazia sentido alguém estar lá fora, era quase inverno, a qualquer momento podia nevar. Rose se enrolou no roupão e calçou seus chinelos, andou até a janela abrindo a cortina e a janela em seguida, o vento frio a assustou mas ela colocou a cabeça um pouco para fora esperando encontrar a mesma rua e prédios que via todos os dias, mas um rosto apareceu.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Um rosto brilhante com a luz da lua exibindo um grande sorriso brincalhão que a lembrou de Peter Pan, o personagem que aparecia na janela das crianças à noite.

– Sabe a porta é uma coisa legal para se usar, Malfoy. –disse ela vendo ele subir com sua vassoura até o parapeito.

– Nah, portas são chatas e francesas achei que precisava de um pouco de cultura britânica, Weasley. – Scorpius esticou suas pernas para dentro do quarto facilmente.

– O que vai fazer? Ler um livro pra mim?

– Wow, isso esta indo rápido. – ele já estava dentro do quarto, Rose podia tocar nele de verdade, abraçar, beijar, mexer em seu cabelo, sentir seu perfume e suas mãos grandes.

Então ela o fez.

– Bem, bem vindo à França senhor Malfoy. – Rose murmurou o beijando.

– Obrigado futura senhora Weasley. – murmurou ele de volta recebendo um sorriso.

* * *

– Eu pensei em tipo fazer uma surpresa ou algo assim mas esse café é tão ruim que eu nem quis levar pra você.

Rose parou na cozinha ainda confusa com a voz familiar e a figura loira sentada na cadeira lendo o jornal. O sol atravessava as cortinas claras iluminando o apartamento, ainda branco, fazendo a cabeça da ruiva doer por causa da claridade. Ela não teve muito tempo para fazer a decoração mas se virou com o que trouxe de casa, uma colcha colorida em tons alaranjados e vermelhos no sofá, uma poltrona vermelha e cortinas com desenhos de rosas. Desordenado para os outros, casa para a ruiva.

– Você sabe Frances? – questionou ela.

– Você sabe?

– Sai daqui. – Rose tentou chuta-lo da cadeira.

– OI! Eu venho diretamente da Espanha pra cá e esse é o tratamento que eu recebo? – ele perguntou rindo com a cara mal humorada da garota.

– Você chegou duas horas atrás. – a ruiva se sentou pegando uma torrada na mesa.

– Duas horas muito difíceis. – respondeu ele comendo um biscoito. – Senti sua falta ruiva. – Scorpius pegou sua mão da mesa.

– Também senti a sua, loiro.

O calor de sua mão era tão reconfortante que ela se sentiu em Londres novamente e se lembrou de seu ultimo dia juntos e de como passaram o tempo todo juntos. Não num jeito meloso que nenhum dos dois gostava, mas de um modo carinhoso e desesperado para pegar aquele momento juntos e guardar, eles não sabiam que conseguiriam se ver apenas três meses depois,mas mesmo que soubessem, iam continuar aproveitando o momento. Porque afinal foi naquele dia no meio dos jardins da Toca que eles noivaram, o que fez a lembrança mais feliz.

A Weasley já estava na França há quase seis meses, e acontece que o negocio do time com Scorpius o trazia cada vez mais perto então ambos combinavam de se ver quando possível, e quando era meio impossível também. Alguns achavam ridículo eles manterem uma relação a distancia, mas eles não entediam que não fazia sentido eles estarem totalmente separados, até em Hogwarts nos primeiros anos eles tentavam se evitar (por alguma razão) e sempre acabavam se encontrando de um jeito ou de outro.

O negocio era que Rose poderia se obrigar a pensar que ele não importaria um dia no futuro, que ela poderia nem lembrar quem era aquele Scorpius em sua memória. Pensar que ele era apenas um garoto loiro com nome estranho de seu tempo de escola de quem ela sempre manteve distancia e que do nada estava sempre com ela.

Scorpius riu de algo que leu no jornal e a olhou rapidamente apertando sua mão novamente.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Rose podia tentar. Se mudar por dez anos. Estudar como ela nunca estudou antes mas ela nunca conseguiria esquecer de Scorpius Malfoy doninha albina júnior, seu noivo.

– Tem bolo na geladeira. – comentou a ruiva, Scorpius entendeu o recado e pegou o doce.

– Fleur fez?

– Não loiro, eu que fiz.

– Então deve estar ótimo.

Ela riu.

– Mas sua tia te ensinou alguma coisa que eu sei. – disse ele.

– Tipo? – ela deu uma garfada no bolo, a padaria no final da rua fazia os melhores doces Rose tinha que se controlar quando ia lá.

– Como usar seus poderes de veela?

– Eu e Fleur não temos nenhum parentesco de sangue.

– Tem razão, você é mais bonita.

– Ta me enchendo assim por que é meu aniversário?

– O que? Nem tinha percebido.

– Você é ótimo Malfoy.

– Você também não é nada mal Weasley.

– Você vai ganhar um bolo na cara.

– Posso te ajudar a fazer mais depois como presente?

Ela levantou as sobrancelhas.

– Ir comprar mais? Claro.

Scorpius sorriu e arrastou a cadeira para poder passar o braço pelos ombros da ruiva e abraça-la.

– Feliz meio noivado ruiva.

– Feliz volta á França loiro.

– Mas sério talvez tenha alguma coisa haver com a França...

– Você tem alguma fantasia com veelas ou coisa assim Malfoy?

Ele riu tanto que Rose jurou que o barulho ficaria ecoando pelo apartamento por um bom tempo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.