In Love And In War

Capítulo 58


Alguns dias se passaram sem muita coisa acontecer. Ainda estávamos no meio do festival de verão e tínhamos muitas pessoas aqui. Eu não podia negar que depois de tanto tempo com poucas pessoas tinha me deixado um pouco mais desconfortável com tantas pessoas ajuntas. Rick ria e falava que eu estava sendo paranoica. Que depois de tanto tempo confiando apenas em poucas pessoas, eu não gostava de ficar cercada.

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Lidia estava se acostumando bem aqui. Ela tinha feito alguns amigos, e estava sendo uma criança normal. Certo, ela tinha quase a idade de Carl e se ele me pegasse chamando ele de criança, ele rolaria os olhos e falaria que já era grande demais para isso. Mas era bom ver que Lídia podia ter um pouco de normalidade na vida dela depois de tudo o que tinha passado.

— Posso entrar? – Lídia perguntou batendo na porta do meu escritório. – Carl me deixou entrar, disse que você estava aqui. Eu posso voltar depois se estiver ocupada.

— Não, tudo bem. Entra. – falei fazendo sinal para ela entrar. – O que precisa?

— Bom, eu estava conversando com Lizzie. – ela disse se aproximando da mesa. – Ela me disse que não posso entrar na casa duzentos e um. Disse que vocês têm um prisioneiro. Eu queria saber o que aconteceu. Sei que posso perguntar para os outros, mas sei que você é a melhor pessoa.

— Então, assim como você passamos por muitas coisas. Quando chegamos aqui as pessoas não sabiam como realmente estava ao mundo. Como as coisas tinham mudado. Para eles o maior perigo eram os mortos. Rick não gostou disso e rapidamente mostrado como as coisas são. E vamos dizer que meu marido não é um professor paciente quando o aluno é teimoso. – eu dei um leve sorriso. – O que aconteceu é que tínhamos um médico que batia na esposa. Rick queria que a líder fizesse alguma coisa sobre isso, ela não quis.

Me levantei e fui até a janela. Lídia olhou para mim confusa e me seguiu parando ao meu lado. Da janela eu podia ver Julie com Judith, Grace e Antony brincando.

— O que aconteceu com o médico?

— Rick matou. Eles brigaram e Deanna, a ex-líder, fez uma reunião para descobri o que fazer com Rick. Pouco tempo depois, Peter chegou com a espada de Michonne e matou o marido de Deanna. Rick o matou depois disso. – suspirei e me olhei para ela. – Depois disse Rick descobriu uma pedreira cheia de walkers e fez um plano para levar os walkers para longe, já que eles tinham um caminho direito para cá. Estávamos em um ensaio quando o caminhão que estava mantendo eles presos caiu e eles começaram o plano. Naquele mesmo dia fomos atacados, metade dos mortos vinham para cá e ficamos preso.

— E as pessoas que atacaram vocês?

— Morreram. Carol, Maggie, Rosita, Beth, Lizzie e eu matamos a maior parte. Alguns foram embora, outros Rick matou. Depois que conseguimos limpar tudo, mudamos. As pessoas mudaram, aprenderam a fazer coisas do jeito difícil. Matar não é fácil e nunca deveria ser. Passamos um tempo em paz, conhecemos Jesus e começamos uma guerra. – me encostei na janela e comecei a falar sobre a guerra e como as coisas tinham sido.

— Isso parece assustador.

— Foi um pouco. – eu analisei ela com os olhos. – Por que quer saber sobre isso?

— Eu não sou filha legitima, sabia? Quando Lizzie me falou sobre o homem que vocês mantinham preso, e descreveu para mim, me lembrou meu pai. O nome é parecido.

— Negan?

— Sim. Pode ser apenas consciência, mas mesmo assim isso me deu uma pequena esperança. Será que eu posso ver ele?

— Eu teria que falar com Rick primeiro. Poucas pessoas têm acesso ao Negan. Na verdade, apenas as pessoas que cuidam dele.

— Você é uma dessas pessoas?

— Sim. Eu fico de guarda sempre que ele vai tomar banho. O pessoal ainda tem medo dele, mas não precisa se preocupa, estamos seguros.

— Carl me disse que você era a rainha dele. Ele tem razão. Você é a pessoa mais incrível que eu já conheci.

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— Estamos sentimentais hoje?

— Um pouco. – Lídia se afastou um pouco e me olhou com um sorriso. – Sabe, pela a primeira vez em muito tempo eu posso ser eu. Eu posso fazer as coisas sem medo, eu posso falar com um cara sem medo do que ele possa querer de mim. Isso é incrível.

— É como as coisas devem ser. – eu passei a mão no cabelo dela. – Você ainda é uma criança, mesmo que não pareça.

— Sua mãe chamava você de criança?

— Sim. Acho que se ela estive viva, ainda me chamaria de criança ao me encontrar. – me sentei novamente enquanto olhava para os papeis a minha frente. – Isso é uma coisa normal de mãe. Depois que você tem um filho as coisas mudam. O modo de ver o mundo muda.

— Isso é estranho. – ela riu e se sentou na minha frente. – O que você estar fazendo?

— Vendo o quanto temos de comida, o que precisamos das outras comunidades, esse tipo de coisa.

— Esse trabalho não é de Rick?

— Sim. Mas eu sou melhor com papeis do que ele. Rick é mais conversar com as pessoas e mandar eu fazer o trabalho chato.

— Seus filhos não ajudam nisso?

— Eles fazem as coisas em outros lugares. E sempre que as pessoas passam para me ajudar, eles começam a contar seus problemas, no fim, acaba sendo apenas uma cessão de terapia.

— E com quem você faz terapia?

Eu rir e olhei para Lídia.

— Por que?

— Porque quase todo mundo falou para que eu conversasse com você.

— Ok. Eu falo com Rick, com Carl e se eu tiver de bom humor, Gabriel.

— Mãe? – Beth colocou a cabeça para dentro. – Rick está te chamando

— Estou indo. – Beth concordou com a cabeça e saiu. – Precisa de mais alguma coisa?

— Não. Eu vou ajudar Lizzie com as armas. Ela está limpando as flechas.

— Boa sorte com isso.

Lídia apenas acenou para mim e saiu. Suspirei, antes de me levantar e ir atrás do meu marido. Rick estava sentado na varando com café.

— O que foi? – perguntei me sentando ao lado dele.

— Você tem saído muito com Jesus? – ele perguntou sem olhar para mim.

— Por que?

— Daryl anda me enchendo sobre isso. Ele anda me perguntando se você tem algum projeto que eles não saibam.

Eu suspirei e olhei para as minhas mãos.

— Eu acho que Daryl e Maggie estão armando alguma coisa contra você. Não acho que eles querem te matar, mas eles com certeza estar armando alguma coisa. – coloquei minha mão na perna dele. – Jesus está me mantendo informada. Daryl nos viu conversando algumas vezes e começou a fazer perguntas. Acho que está desconfiado.

— Jesus disse alguma coisa?

— Não. Apenas que eles querem Negan morto. Pelo menos, é isso que Maggie quer. Jesus não tem certeza do que Daryl posso querer.

Rick ficou em silêncio por um tempo e pegou minha mão. Ele deu um leve aperto e me olhou.

— Eu falei com Michonne por causa isso. Ela levou Maggie para conversa com Negan. Ela disse que Maggie concorda agora em deixar ele vivo. Vivo para sentir dor que ele estava sentindo. Eu não sei o que fazer.

— Você não precisa fazer mais nada. Já fez o bastante.

Coloquei minha cabeça no ombro dele e olhei para a frente. Julie ainda estava com as crianças e eu sorrir vendo meus filhos. Eu sabia que tudo ia ficar bem. Contando que continuássemos juntos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.