Imagine You & Me

Capítulo 4 - Nightmare


Kitty havia terminado de cantar. Todos no coral estavam olhando satisfeito para ela e a aplaudiram. Ela olhou para Marley e viu que ela estava de pé, sorrindo para a loira.

– Wow. - o Sr. Schue disse aplaudindo Kitty de pé e indo em direção a garota. - Parabéns, Srta...

– Wilde! Kitty Wilde. - ela disse de forma seca.

– Srta. Wilde. Você canta muito bem!

– Obrigada! - ela sorriu de forma rápida.

– Bom, a única coisa que posso te dizer é... BEM VINDA AO CLUBE DO CORAL! - ele disse, apontando para Kitty bem animado.

Todos aplaudiram Kitty de pé e foram até ela para dar as boas vindas para a garota. Marley se levantou de pressa e correu até Kitty, esbarrando em Sam e Blaine.

– Ei! - eles exclamaram.

Ela chegou perto de Kitty e a abraçou.

– Parabéns! - ela disse, apertando a garota com toda sua força. - Você canta muito bem. Estou muito feliz em ter você aqui no clube do coral.

– Obrigada! - disse ela, se soltando dos braços de Marley que a deixavam confortável e alegre. - Acho que vou gostar daqui. - disse ela, sorrindo alegremente para Marley.

– Vai sim.

Logo em seguida, os outros integrantes do grupo foram cumprimentar Kitty. Ela foi um tanto seca com eles, afinal, esse era o jeito dela. Porém, com Marley, ela era um tanto mais dócil. Talvez ela gostasse de Marley, talvez simpatizasse com ela.

Após falar com todos bem rapidamente, foi até Marley que estava ao lado da porta.

– Marley? - ela gritou. Marley rapidamente se virou para Kitty, com um sorriso no rosto.

– Sim?

– Você já vai? - ela se aproximou de Marley.

– Não, ainda não.

– Ah. - ela respondeu sem jeito.

– Gostou do pessoal? - ela disse dando um tapinha no braço de Kitty, que estava com a cabeça baixa.

– É eles são legais...

– Sim, são ótimos.

Um silêncio absurdo pairou sobre as duas.

– É... - Kitty quebrou o silêncio. - Acho melhor eu ir...

– Tá bem.

– Quer uma carona pra casa? - ela perguntou, sem jeito.

– Ah, eu...

– Marley? - Jake chegou perto de Marley e segurou em seu braço.

– Ah, oi Jake. Já conhece a Kitty?

– Sim, falei com ela. Você é muito talentosa. - disse ele, envolvendo seu braço direto pelo ombro de Marley que revirou os olhos com a ação do garoto.

– Obrigada. - disse Kitty sem ao menos sorrir.

– Então, vamos? - disse ele aproximando seu rosto do de Marley.

– Hm, vamos. Nos vemos amanhã, tá bem Kitty?

– Claro Marley. - Marley foi até Kitty e a abraçou com força. Sentiu-se confortável ao abraçá-la, se sentiu bem ali com ela. Era como se a conhecesse há muito tempo.

– Tchau... - ela acenou e sorriu para Kitty. A loira respondeu da mesma forma.

Todos já haviam saído da sala do coral, apenas Kitty e o Sr. Schue estavam lá. Ela se se encostou ao piano e começou a pensar em porque ela era tão dócil com Marley. Kitty sempre foi uma garota tão seca, tão grossa com todas as pessoas ao seu redor. Ela fazia isso por precaução, para não se apegar a ninguém para que não se machucasse. Mas Marley trazia uma segurança pra ela, mesmo a conhecendo há apenas algumas semanas, ela se sentia segura com a morena.

– Kitty? – Sr. Schue tocou em seu ombro.

– Sim? – ela se virou, assustada.

– Está na hora de você ir. – ele sorriu gentilmente para ela.

– Ah, sim. Claro! – ela pegou suas coisas e saiu da sala. – Tchau, Sr. Schue. – ela disse isso sem olhar para trás.

– Tchau. – ele disse, porém ela já tinha saído e, provavelmente, não tinha ouvido o que ele disse.

Kitty foi para o estacionamento da escola. Foi até seu carro, tirou as chaves da mochila e abriu a porta. Entrou, fechou a porta e jogou suas coisas no banco de trás. Recostou a cabeça no banco e fechou os olhos. Estava cansada, precisava urgentemente de um banho para relaxar. Colocou a chave na ignição, ligou carro e saiu do estacionamento. Ligou o rádio e deixou numa rádio qualquer. Uma música começou a tocar.

How many girls in the world can make me feel like this?
Baby I don’t ever plan to find out
The more I look, the more I find the reasons why
You’re the love of my life”

Kitty achou a música melosa demais e mudou de rádio. Uma música que não tinha letra começou a tocar e ela deixou por isso mesmo e continuou dirigindo.

Marley e Jake haviam chegado na casa da morena.

– Bem, é aqui que eu fico. Obrigada, Jake. – ela sorriu para ele e foi em direção a porta de sua casa.

– Espera! – Jake correu até ela e segurou em seu braço.

– Sim? – ela olhou pra ele sem reação alguma.

– Ah... eu queria dizer que... eu... gosto muito de você.

– Ah, eu também gosto de você. – ela sorriu por gentileza.

– Não, não gosto de você assim, como amiga. Gosto de você como... – ele abaixou a cabeça e soltou o braço de Marley.

– Ah... é... eu tenho que ir, tá bem? Nos vemos depois. – ela se virou e Jake foi atrás dela outra vez.

– Espera! – ela se virou, um tanto irritada.

– O que é agora?

– Nada, só queria te dar tchau.

– Ah, tá bem. - ela sorriu forçadamente. Ele foi pra cima dela e tentou beijá-la. Marley virou o rosto e empurro Jake com gentileza.

– Tchau, Jake. – ela se virou e entrou em casa. Jake estava irritado, começou a murmurar algumas palavras e saiu andando.

Ao entrar em casa, Marley viu que sua mãe estava dormindo no sofá da sala. Ela foi até lá, desligou a tv e deu um beijo na testa da manhã. Logo em seguida subiu para o seu quarto. Abriu a porta e jogou sua mochila num canto, tirou o casaco e deitou na cama. Estava exausta, precisava descansar. Deitada na cama, começou a pensar em Kitty e em quão legal era ela. Marley sentia que ela e Kitty podiam ser grandes amigas, melhores amigas. Ela gostava Kitty, a loira fazia ela se sentir bem, confortável e amada. Mesmo conhecendo a mesma há pouco tempo, já a adorava. Marley levantou-se da cama, pegou sua mochila e a abriu, dentro dela pegou um chamado “Desculpa, se te chamo de amor.”. Era a história de uma garota de dezessete anos que se apaixonava por um cara de trinta e sete, era um livro realmente incrível. Marley abriu na página marcada e começou a lê-lo deitada na cama.

Kitty havia acabado de estacionar seu carro na garagem. Pegou suas coisas no banco de trás e saiu do veículo. Pegou as chaves de casa e abriu a porta.

– Mãe, pai. Cheguei! – ela gritou.

A casa estava completamente escura. Kitty acendeu as luzes e foi até a cozinha. Lá, havia um bilhete de seus pais.

“Querida Kitty,

Fomos até um festa de uns amigos. Voltaremos tarde, então, não nos espere acordada. Pode pedir algo pra comer, se quiser. Tem dinheiro na escrivaninha da sala, tá bem querida? Te amamos, muito.

Com amor,

Mamãe e papai.

Kitty colocou o bilhete em cima do balcão, abriu a geladeira, pegou uma garrafa de suco e foi para o seu quarto. Lá, jogou suas coisas no chão e tomou um pouco do suco. Colocou-o em cima de sua cômoda e tirou o uniforme de Cheerio. Kitty usava um lingerie cor de rosa, com detalhes de renda e linhas douradas. Kitty era magra porém, tinha pernas bem torneadas e uma barriga de dar inveja a qualquer garota. Ela se jogou na cama e fechou os olhos, estava cansada demais. Começou a pensar em algumas coisas e, de repente, caiu no sono.

Dream on

(Aqui Kitty narra o sonho)

Estava em casa, sentada no sofá da minha sala vendo um filme que nem eu mesma sabia qual era. De repente, aquela garota vem até minha e se joga no sofá, caindo no meu colo.

– O que está assistindo, amor? – ela pergunta, deitada no meu colo. Não consegui ver o rosto dela mas ela tinha um cabelo macio e sedoso.

– Não faço ideia. – respondo fazendo carinho na cabeça dela.

– Então não se importa em parar de assistir, não é? – ela se vira pra mim, seu rosto está turvo e não conseguia ver quem era a tal garota.

– Não. – respondo normalmente. Ela sobe até o meu rosto e encosta o nariz dela no meu. Conseguia sentir sua respiração e sua boca encostava na minha quando ela se mexia. Eu não resisti e a beijei. Segurei seu pescoço e puxei-a pra mais perto de mim.

Nos deitamos no sofá, ela estava sobre mim. Eu passava a mão pelas costas dela e apertava suas coxas macias. Ela estava apenas de camiseta e calcinha e isso era totalmente excitante.

Ela sentou-se em cima de mim e tirou a blusa. Ela estava sem sutiã e aquela visão era a melhor de todas. Seu rosto estava menos turvo agora e eu conseguia ver seu sorriso malicioso. Eu a puxei pra cima de mim e voltei a beija-la. Seus lábios eram macios e entre os beijos, ela mordia meu lábio inferior. Aos poucos ela tirou sua blusa e eu pude sentir seus corpo gelado e firme encostar no meu.

De repente, alguém começou a bater na porta. Eram batidas fortes e assustadora.

– Marley, eu sei que você está ai. Abre a porta!!!! – era voz de um garoto. Nos levantamos e nos vestimos. O rosto da garota não está mais turvo e percebo, finalmente, que é Marley. Ele volta a bater na porta com mais força. Assustada, abraço Marley com toda minha força.

– Não vou deixar ele encostar em você. – eu seguro a mão da morena.

O garoto, então, entra ao arrombar a porta. O rosto dele está turvo e não conseguia identifica-lo. Ele vem até nós e pega Marley pelo braço e a arrasta.

– Você é minha! Minha e de mais ninguém! – ele a puxa. Vou atrás dele e o empurro. Porém, ele é mais forte que eu e não cai.

– Corajosa você, mocinha. – ele diz. Marley está chorando, assustada e começa a gritar. Ele se aproxima de mim e me dá um soco no rosto. Eu caio e não consigo me levantar. Ele arrasta Marley, que não para de gritar, pela porta. Sem ter o que fazer a única coisa que eu faço é dizer...

Dream off

– Marley!!!! – Kitty acorda assustada e suada. Estava desnorteada, olhando para os lados. Ela se encolhe na cama e começa a chorar.

Marley havia caído no sono, com o livro sobre o rosto. Começou a se mexer pela cama inquietamente. De repente, ela acorda e se levanta, assustada.

– KITTY, NÃO!!!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.