Sofia’s POV

A festa da Mille foi bem legal, eu me diverti muito com o Pietro. Hoje já e terça-feira e vai sair os resultados da peça. Pietro não viria pra escola hoje porque tinha uma consulta marcada, hoje nossa aula não seria normal, a professora de artes ia revelar que texto foi escolhido e depois disso ela faria os testes. Então por esse motivo todas as turmas de segundo ano estavam na quadra.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Estou muito animado. –Markus me abraçou. –Eu acho que meu texto foi escolhido.

–Isso que é garoto confiante! –Jenni sorri cruzando as pernas.

–O texto dele estava muito bom. –Arthur diz. Ele anda com a gente, mesmo eu não gostando disso, ele é praticamente o melhor amigo do Markus e da Jenni.

–Você leu? –perguntei olhando pra ele.

–Uhum. –ele balança a cabeça.

–Por que ele leu e eu não? –perguntei olhando feio pro Markus.

–Minha florzinha linda... –Markus me olha com ironia. Odeio quando ele faz isso. –Eu não tenho culpa se você estava ocupada demais pra mim.

–Eu... –comecei a falar, mas o mesmo me interrompe.

–O Arthur se ofereceu pra revisar o meu texto. –Markus sorri. Olho chocada pros dois, eu sempre revisava os textos de redação e de trabalhos do Markus.

–Eu sempre revisei seus textos. –murmuro chateada.

–Isso era antes de você arranjar um boy. –ele me olha venenoso. –Depois que arranjou um boy ficou toda metida e esqueceu os amigos.

–Eu não. –digo.

–Você sim. –ele me olha. -Jenni tá namorando o seu irmão e nem por isso esqueceu que tem amigos.

–Isso é verdade. –Jenni balança a cabeça e os cabelos loiros batem na minha cara. –Posso estar namorando o chuchu, mas nunca me esqueço dos meus amigos.

–Chuchu? Que droga de apelido é esse? –Arthur franze a testa rindo.

–Chuchu é melhor que docinho. –Markus diz baixinho olhando pra nós dois. Tanto o Arthur quanto eu tossimos. Como ele sabia disso?

–Que houve? De repente vocês se engasgaram. –Markus sorri malicioso.

–Seu idiota. –eu olho feio pra ele.

–Disse certo minha pequena: SEU IDIOTA. –Markus beija a minha testa e coloca os braços ao meu redor.

–Alunos. –a professora de artes gritou fazendo o burburinho cessar. –Recebi maravilhosos textos teatrais.

–Por que ela não fala logo que eu ganhei? –Markus sussurrou.

–Ela só está enchendo linguiça. –Arthur sorriu.

–Mesmo que seu texto não seja escolhido, não fique triste! Outras oportunidades virão. –ela sorri. –O texto escolhido foi o “Salto Rosa-bebê” da aluna Melody Luz.

–Que? –Markus gritou. –Como assim? Eu estou ouvindo bem?

–Está sim, querido. –Madahiena surgiu de algum lugar. Do inferno, provavelmente. –O texto da Melody foi escolhido!

–Aposto que você subornou a professora. –Markus disse.

–Quem sabe? –ela enrolou os cabelos ruivos. –Ou talvez a professora só tenha um bom gosto refinado.

–Duvido. –Markus responde.

–Isso já é problema seu querido. –ela sorri. –Oi Arthur. –ela sorri e diz com a sua melhor voz de hiena.

–Oi Madahiena... Quer dizer Madalena. –ele se corrige rindo. –Tudo bem com você?

–Vai ficar melhor quando eu for escolhida pra ser a principal da peça. –ela diz.

–Quem quer se candidatar para o papel da Gina? –a professora pergunta e a Madalena levanta.

–Ótimo e para o papel de Luke? –ela pergunta e nenhum menino se manifesta.

–Vocês vão fazer esse maldito teste. –Markus olhou pro Arthur e pra mim.

–Se eu disser que não vou você vai me obrigar não é? –arqueio a sobrancelha.

–Ainda bem que sabe. –Markus me olha. –Não posso deixar aquela Hiena ganhar de mim.

–E pra isso vai nos obrigar ao ridículo? -Arthur murmura.

–Por favor, cara. Por mim. –Markus junta às mãos como se rezasse.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Você me deve uma. –Arthur revira os olhos. –Professora, a Sofia e eu gostaríamos de fazer o teste.

Madahiena nos olha com raiva e a professora nos entrega às falas.

–Só precisam falar isso que está marcado. –ela aponta pras partes grifadas. –Nem precisam decorar é só passar a emoção do personagem. Daqui meia hora os teste começam.

–Professora, posso conversar com a senhora? –Markus perguntou.

–Nem vem. –professora balançou a cabeça. –Não vou reconsiderar o texto.

–Eu nem ia pedir isso. –Markus fez uma careta. –Só ia pedir pra senhora me deixar ficar responsável pelo figurino.

–Ah sim. –ela assentiu. –Tudo bem.

Ela saiu e o Markus tomou o papel com as falas da minha mão.

–Que delicadeza. –ironizei.

–Que história sem originalidade. –ele reclama. –“Sem meu salto rosa-bebê eu não consigo dançar e se eu não conseguir dançar eu não conseguirei a vaga na academia.” –Markus leu fazendo voz de mulher.

–“Gina, você não precisa de saltos para dançar.” –Arthur responde sorrindo. –“Você tem a mim e isso que basta.”.

–“Oh Luke... O que seria de mim sem você?” –Markus coloca a mão no peito dramatizando. – Esse texto é ridículo!

–É a cara da Madalena e das amigas. –eu murmurei.

–Que desnecessário. Markus não me envolva na sua vingança. –Jenni reclama e o Markus revira os olhos. –Vou perguntar se posso ficar responsável pela maquiagem. –ela sai.

–Vamos meus pupilos. –Markus sorri. –Vamos ensaiar.

A peça contava a historia de uma garota que sai do interior e vai tentar a sorte em Nova York, ela é dançarina e vai tentar entrar na melhor escola de dança, nas audições ela conhece Luke, o gostoso/tudo de bom e melhor dançarino da escola, a atração entre os dois foi imediata, ela tinha seus saltos da sorte e a menina malvada/invejoso os roubou, ela fica arrasada achando que não conseguirá dançar e ai o menino gostoso/tudo de bom e melhor dançarino se oferece pra dançar com ela, o momento é magico e no final ela é aprovada e eles ficam juntos.

Li as falas marcadas e meia hora depois fui fazer o teste pra professora. O resultado sairia amanhã e o Markus queria com todas as forças que eu tivesse passado. Depois da aula, fui pra casa. Isadora estava gripada e por esse motivo não iria pro ballet. Liguei pro Pietro e ele disse que iria jogar futebol com uns amigos, então hoje eu não tinha nada pra fazer a não ser cuidar da Dorinha.

–Quer chá? –perguntei sentando na cama dela. Coloquei a mão na testa dela e ainda estava um pouco quente.

–Não. –ela balançou a cabeça. –Chá é muito ruim.

–Então o que você quer? –perguntei alisando os cabelos dela, que estavam bagunçados.

–Queria que a Mille viesse pra cá. –ela me olha.

–Ela não tá no ballet? –perguntei.

–Não sei. –ela diz. –Por que não liga pro Thur e pergunta se ele pode trazer ela aqui?

–Eu não. –balanço a cabeça.

–Por que não? –ela pergunta.

–Eu não tenho o telefone dele. –dou os ombros.

–Isso não é problema. –ela sorri. –Eu tenho. –ela senta na cama. –Pega a minha agenda ali. –ela aponta pra agenda, pego e entrego pra ela. –Aqui. –ela aponta o número, pego meu telefone e disco. No terceiro toque ele atende.

–Alô? –ele atende.

–Oi Arthur. –digo meio nervosa. –É a Sofia.

–Sofia? A que devo a honra da sua ilustre ligação. –ele diz rindo, reviro os olhos e vejo que a Dora está me olhando ansiosa.

–Dorinha está doente. –digo.

–O que a minha princesa tem? –ele pergunta preocupado.

–Uma gripe. –respondo. –Eu queria saber se a Mille pode vir pra cá ficar um pouquinho com ela.

–Mille tá no ballet. –ele responde e eu ouço um ruído no fundo da ligação.

–Ela tá no ballet, Dorinha. –digo pra Isadora. –Era só isso mesmo, tchau.

–Tchau meu doce. –ele diz rindo e eu desligo o telefone com raiva. Por que raios ele inventou de me chamar de doce? Ele nem gosta de mim.

–Ela tá no ballet, Dorinha. –digo a ela.

–Tudo bem. –ela responde com uma carinha triste. –Acho que vou dormir.

–Isso. –a embrulho. –Mais tarde eu acordo você pra tomar o remédio.

–Tá. –ela fecha os olhos e eu apago a luz e saio do quarto. Tadeu está na faculdade, mamãe tá muito ocupada com os últimos detalhes do lançamento da grife da Clarice na loja, o Brand está com uma nova campanha que está ocupando todo o seu tempo, Jenni está no karatê, Markus trabalhando na sorveteria, Pietro no futebol. Estou realmente considerando a ideia de eu ser uma desocupada. Sento no sofá com o notebook e abro meu e-mail e facebook. No facebook não tem nada de interessante, o Arthur tinha sido marcado numa foto com um garoto japonês, a legenda dizia: “Irmão de outra mãe”, Arthur estava muito fofinho naquela foto, o garoto japonês fazia pose de machão e o Arthur olhava pra ele engraçado, desci pra ver os comentários e tinha vários de meninas assanhadas dizendo: “lindos, maravilhosos, gatos e etc.”, tinha um da Yummi dizendo: “meus meninos ♥”, desci mais e vi uma foto que o Tadeu tinha postado, era ele e a Jenni fazendo caretas, curtir e comentei “Melhor casal EVER!”, Clarice tinha criado um álbum com as fotos do aniversário da Mille, abri e fui vendo, tinha uma da minha mãe e do Brand rindo, Mille e Dora vestidas de Elsa e Anna, Yummi, Bernardo e o garoto japonês, ele era o filho deles? Mas ele era japonês, fui passando as fotos até que uma me chamou a atenção, era o Arthur e eu dançando, eu não tinha visto a hora que aquela foto foi postada, ele segurava minha cintura e sorria pra mim. Olhei e vi que tinha um comentário que dizia “Arthur parece apaixonado por essa moça! Linda foto!”. Mas que droga! Naquela maldita foto parecia mesmo que ele estava... Não podia ser. É coisa da minha cabeça, Arthur me acha irritante, ele mesmo disse isso na festa.

–Pare de pensar besteiras. –briguei comigo mesma e desliguei o notebook.

Mais tarde mamãe ligou e disse que não chegaria a tempo pra fazer o jantar, perguntou sobre a Dora e me pediu pra fazer a janta, Brand ligou e perguntou se a Dora estava melhor e disse que chegaria junto com a mamãe, Tadeu me mandou mensagem e disse que ia passar e pegar a Jenni no karatê e que depois viriam pra cá. Dorinha acordou pra tomar o remédio e depois disso ficamos assistindo filmes no quarto até baterem na porta.

–Ué, será que o Tedy esqueceu a chave? –levantei da cama pra abrir a porta. Quando abri dei de cara com a Mille e o Arthur.

–Sofi! –Mille me abraçou. –Cadê a Isa?

–Lá em cima. –respondo e ela sai correndo. –O que estão fazendo aqui? –perguntei.

–Não é obvio? Viemos ver a Isa. –Arthur responde entrando na minha casa. Ele sobe pro meu quarto. Eles ficam conversando com a Isadora.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Vou fazer alguma coisa de comer. –digo indo até a cozinha. Arthur veio atrás de mim e na mesma hora lembro do comentário da foto. –Você viu o que comentaram na foto que a sua mãe colocou? –pergunto pegando o pacote de Doritos e colocando no balcão.

–Hm, em qual delas? –ele pergunta arrumando o topete. O topete do Arthur não era do estilo pica pau, era do estilo topete natural bagunçado.

–Na foto em que estamos dançando. –vou até a geladeira e procuro a limonada que o Tadeu tinha feito ontem.

–Ah, eu vi sim. –ele responde. Ele só vai dizer isso?

–Loucura né? –tento sorrir, mesmo que não esteja olhando pra ele. –Esse povo é louco! Achando que você gosta de mim.

O que aconteceu em seguida foi muito inexplicável. Ele veio até mim e fechou a porta da geladeira e me imprensou na porta.

–E se eu estiver mesmo gostando de você, tem algum problema? –ele sussurra me encarando. Meu corpo está tremendo com essa proximidade repentina. O que raios está acontecendo comigo? E com ele? Ele está louco? -Será que tem algum problema se eu estiver gostando de você, meu anjo? -ele sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.

Maldição! Meu corpo está me traindo! Meu coração está mesmo... Acelerando?