Ich Liebe Dich.

Cap. 62: “Pai”


--- Peter, precisamos ir, eu disse a Bridget e a Joe que voltaria logo. -Eu falei, ansiosa.

Eles me matariam se eu não chegasse logo, Faziam uns dias que estávamos na organização e eu mal dava atenção a eles. Joe se sentia a vontade aqui, até foi cumprimentar uns amigos que não havia visto há uns tempos. Mas Bridget estava presa a ele e a Sam. Mesmo com o fato de que Bridget não gostasse de falar muito com pessoas novas e interagir, ela devia estar odiando ficar sobrando no assunto. Se bem que, na organização, tinham muitas maravilhas tecnológicas o que ela gostava muito mesmo.

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Levantei-me e desempoei meu vestido.

--- Charllottie, amanhã, você conhecerá o nosso “pai” -Peter falou, com uma sobrancelha erguida.

--- Ah... eu já havia notado que você falava diferenciando a palavra “pai” -Eu disse, rindo.

--- É... ele é meio... excêntrico. -Peter sorriu.

--- Quando? -Eu perguntei.

--- Amanhã. Teremos uma festa de boas vinda para ele. Ele é muito vaidoso e luxuoso. - Peter respondeu. E o sorriso imperioso em seu rosto novamente me assustou.

--- Todos estarão presentes? -Perguntei.

--- Sim. -Ele respondeu.

--- Hum... como devo me vestir? -Perguntei.

--- Não preci -Ele mesmo interompeu-se - Ah... coloque uma roupa com brilho se possível e que seja elegante.

--- Há há... -Eu ri. -Ele é mesmo caprichoso...

--- Pode acreditar. Você sabe que não sou de exageros.

--- Sei... -Eu disse, seriamente.

--- E você? Como vai estar? -Perguntei, como quem não quer nada.

--- Bem... como eu odeio brilhar, -Ele fez uma cara de desdém - vou vestir vermelho. Ele gosta muito de vermelho.

--- Que lindo. -Eu disse, com entusiasmo -Mal posso esperar para vê-lo assim.

--- Por que? -Peter indagou-me.

--- Porque loiros de vermelho ficam lindos. -Eu sorri.

--- Ah... -Ele ficou inexpressivo.

--- Estou imaginando. -Eu disse -Seu cabelo escorrido e uma blusa de frio, vermelha... o seu rosto branco e seus olhos azuis da cor de uma piscina ou do céu claro. O rosto comprido, mas inocente... você poderia usar uma boina vermelha.

--- Você é doida. -Peter falou, sorrindo. Ele percebeu minha ironia.

--- Agora é sério. Você vai ficar muito bonito. Tão... surreal. -Eu disse.

--- E você? -Ele perguntou-me.

--- Bem... não vou vestir nada com brilho... vou me vestir como eu quiser. -Eu disse, presunçosa.

--- Se eu fosse você, não faria isso. Teddy é muito generoso, mas o pior para você, é que ele é mais arrogante que você. -Peter estava com uma sobrancelha erguida.

--- Hum... ele que atreva-se a tentar me obrigar a vestir algo assim. -Eu falei.

--- Se não o fizer, não vai mais poder ficar aqui. -Peter disse.

--- Como assim? -Perguntei, irritada.

--- Ele manda aqui, entendeu? Ninguém pode fazer nada para tentar fazê-lo mudar de ideia quando ele quer algo. E, se você quiser que ele tenha um boa impressão sua, não pode confrontá-lo. -Peter acabou.

--- Que droga. -Eu resmunguei.

--- Está bem, estamos aqui. -Peter disse, ao chegarmos na porta de entrada principal.

--- Que horas vai acontecer isto? -Perguntei.

--- Começa de manhã e vai até quando Teddy quiser. -Peter disse.

Coloquei as duas mãos na boca e quase fechei os olhos de tanto rir.

--- O que... houve? -Peter indagou, já rindo só de me ver rir. Acho que ele havia perguntado apenas para constar.

--- Teddy? -No calor da emoção de ficar brava quando Peter me disse que o “pai” era mais arrogante que eu, havia me esquecido de ter ataques de risos pelo nome da criatura ser Teddy.

--- Sim... é... -Peter não queria rir, mas, de repente, nós dois não nos seguramos. Demos uma gargalhada.

--- Está bem, Peter eu já... -Eu e ele ainda estávamos nos recuperando dos risos -Teddy! -Eu voltei a rir, mas andei para meu caminho e ele foi ao dele. Entrei num corredor e ele em outro.

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x.x.x

No dia seguinte, olhei para o meu guarda-roupa e vi, de um lado muitas calças que iam de cinza a marrom. Depois olhei para o outro lado, ignorando a bagunça, e vi uns vestidos em tons mais alegres, porém ainda meio fechados. Iam de roxo a vermelho. Olhei para baixo e vi que muitas roupas estavam caídas. Uns blazers pretos e vinho estavam caídos.

--- Ah! -Lembrei.

Abri um tipo de compartimento secreto que tinha no guarda-roupa especial em que guardei minhas roupas especiais. Eram roupas que, em meu guarda-roupa escocês mesmo, eu escondia até que todos os recursos de camuflagem estivessem esgotados. Eram umas roupas bem extravagantes que minha mãe gostava muito de me dar. Ela sempre achava que poderia surgir uma “emergência”. Por “emergência” ela queria dizer festa onde pessoas extravagantes iam.

Quando abri, vi um misturado de dourado com vermelho e azul marinho. Tirei tudo para fora e coloquei em cima da cama. Peguei uma peça azul marinho, era a menos chamativa. Era um vestido. Não tinha alças nem vestígios de alças... no busto, era meio repuxado e era em V. Na cintura, tinha um espartilho cinza e rodeado de preto com lantejoulas. Essas sim, tinham brilho. Mesmo não sendo brilhante, o vestido era um pouco reluzente. Depois da cintura, ele alargava e arrastava pelo chão. Decidi não julgar as outras peças só por preconceito e peguei a dourada. Era um vestido simples. Mas... de qualquer maneira, dourado reluzente. Até que não era mal. Também era sem alças, mas era reto no busto e ia até antes dos joelhos. Um cinto preto com um laço dourado era agregado na cintura. Era aquele... o vestido azul-marinho era muito extravagante na frente daquele. O problema, era que eu não gostava de roupas curtas. Nem olhei para o vermelho.

Peguei o vestido dourado mesmo, vesti e deixei meu cabelo brilhoso e negro esvoaçante a cair pelos ombros naturalmente. Odiava usar maquiagem... ou melhor, odiava ter que passar quase uma hora do meu tempo me maquiando. Não coloquei maquiagem alguma também. Eu sinceramente queria usar um sapato fechado já que iria passar o dia sendo aborrecida por Sam, Joe e Bridget por usar aquele vestido, eu merecia ao menos ficar com os pés confortáveis. Mas, por mais que eu não tivesse um bom senso de moda, era óbvio que eu pareceria uma recém-chegada de outro planeta com um vestido tão festivo e um tênis. Então, preferi não causar medo em todos e não me causar perturbações. Peguei um sapato de salto, preto, só preto. Já chegava de tanto detalhe...

Olhei pela janela e vi que tinham muitas pessoas lá em baixo. Eram muitas mesmo. Pareciam umas formiguinhas. Sai correndo par a porta, mas Sam abriu ela antes que eu pudesse chegar lá. Ainda bem... ou teria descido de olho roxo.

--- O que você está pensando? -Olhei Sam dos pés a cabeça.

Seu cabelo estava em coque e a parte de cima estava alta com um arco preto. Seus olhos estavam com uma sombra azul- marinho com um pouco de preto nos cantos e seus olhos verdes se destacavam por causa disto. O seu vestido era quase igual ao azul-marinho que encontrei nas coisas em que estava procurando algo para vestir. A diferença, era que não havia espartilho naquele. Seu batom estava sóbrio. Seu rosto parecia o de uma boneca.

--- Como assim, o que está pensando? -Eu fiz uma expressão de dúvida.

--- Não vai descer lá em baixo assim de maneira alguma. -Sam disse, irritada. -Você, em Lottie! -Ela botou uma de suas mãos na cabeça e puxou o meu braço. Sentou nós duas na cama e abriu uma gaveta do criado mudo.