I Was Here

Amores que nos fazem sorrir e crescer entre lágrimas.


Hmm, have to take your hand, and feel your breath

For fear this someday will be over

I pull you close, so much to lose

Knowing that nothing lasts forever

Pearl Jam, Sirens

POV Bella:

O dia vai passando, a tarde vem chegando. A casa está em silêncio enquanto Edward dorme tranquilo depois de conversamos sobre tudo e sobre nada. Ele me contou como foi difícil e eu senti a dor que ele sentiu durante esse tempo que ficamos distantes um do outro. Depois, em algum momento que não me lembro, dormimos abraçados sem nos importar com o que acontecia lá fora. Nada importava.

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Acordei com fome e resolvi preparar algo para comer ao som de Walking After You do Foo Fighters. Eu estou cantarolando aquelas palavras doces enquanto pego todos os ingredientes dentro da geladeira para fazer uma salada. Mas, de repente, eu ouço alguém cantando comigo.

Eu me viro e lá está ele. Seu cabelo está mais bagunçado do que normalmente, mas ele não se importava. Nem eu. Mas o mais importante, estava ali. O sorriso. Aquele que fazia entrar em combustão cada átomo do meu corpo.

– Achei que tinha morrido. – comento enquanto coloco os ingredientes para a salada em cima do balcão.

– Você com certeza vai ser a causa do fim da minha existência, mas ainda não. – diz caminhando em minha direção. Ele apoia uma mão no balcão, enquanto a outra mão mexia em meus cachos desarrumados e depois se aproxima perto o suficiente para beijar meu pescoço.

– Amo o seu cheiro.

Eu me afasto dando-lhe um tapa na sua mão atrevida, ignorando os arrepios da minha espinha.

– Não me distraia – ameacei – Estou com fome.

Ele ri se afastando e meu autocontrole agradece por isso.

– Quer ajuda?

– Você iria me ajudar ainda mais se parasse de me olhar desse jeito.

– Não consigo evitar – a malícia estava ali. Em cada palavra e no seu sorriso. – Eu fiquei muito tempo longe e quero aproveitar cada minuto com você agora. Não precisamos nem dizer nada, se quiser. Mas eu só quero estar perto, Bella.

Suspirei. Ele sabia me desarmar com as palavras certas. E eu nunca sabia o que dizer em resposta.

Olhei para baixo e continuei a mexer na tigela, tentando não me importar com o olhar avaliativo dele.

– Você está quieta. – era para ser uma pergunta, mas saiu como afirmação.

– Eu sei – suspirei – É que eu não sei o que dizer, Edward.

– Você poderia me dizer como sentiu minha falta – comentou – Já é um começo.

– Foi mais difícil para mim do que para você – falei – E você sabe disso. Você sabe que eu senti sua falta. – confessei- Cada dia sem você, sem ouvir sua voz, era o meu fim. Eu morria todos os dias por você, Edward.

– Eu sei – sussurrou – Mas mesmo assim, é bom ouvir ... Posso ir até ai te abraçar?

Eu sorri.

– Claro que pode.

Ele estava ali e me abraçou forte. Toda a insegurança daqueles dias sombrios se esvaíram naquele abraço. Eu conseguia sentir toda a segurança da qual precisava ali, porque ele estava cuidando de mim. Não havia melhor lugar no mundo para se estar naquele momento. Porque naquela hora, nos braços dele, eu sabia que não precisava de mais nada para ser feliz, eu sabia que independentemente do que acontecesse lá fora, aqui dentro era só eu e ele e tudo estava bem. Eu só queria que o tempo parasse ali naquele momento.

Pensando desse jeito, parece que tudo não se passa de um mero sonho e me prendo mais a ele, com medo de tudo isso acabar.

– Você vai ficar bem – prometeu em sussurros.

– Eu sei

– Você é a minha vida agora, Bella. Eu vou cuidar de você e você vai ficar bem. – sussurrou no meu ouvido. – Vou arrumar a mesa para o jantar – afastou-se com um sorriso e foi arrumar a pequena mesa redonda da sala.

Eu terminei a salada e servi para nós em pratos grandes. Peguei os talheres e Edward pegou duas taças e uma garrafa de vinho, que estava abandonada no meu armário. Ele me ajudou a levar os pratos e começamos a comer.

E depois que comemos, num silêncio permeado por sorrisos cheios de uma impaciência como crianças que esperam um presente na noite de Natal, Edward estende a mão e eu a seguro por sobre a mesa.

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– Isto é tão bizarro – ele murmura acariciando o dorso da minha mão

– O que é bizarro?

– Eu e você, juntos. Sem medos e inseguranças... – ele diz de um modo sombrio – Eu fui tão tolo, Bella... – e lá estava ele, se culpando de novo.

Não querendo que aqueles pensamentos sombrios tomassem conta, eu pulo para seu colo e ajeito meus braços em seu pescoço. Ele encaixa sua cabeça no vão do meu ombro e posso sentir sua respiração em meu pescoço.

–Não vou a lugar algum. Não vou fugir de novo.

–Nem eu deixaria. Eu te buscaria no Inferno, se fosse preciso – falou sem hesitar- Sou como um viciado em drogas que não consegue largar seu tipo preferido de heroína.

Eu ri daquela comparação. Mas era verdade. Eu também me sentia assim, viciada nas sensações que ele me proporcionava. E por muito tempo, sofri com a minha abstinência.

Não posso abrir mão disso. Dele. E de como nós estamos bem agora. Não estou preparada e nunca vou estar. Eu o amo demais. E isso, por enquanto, serviria.

– Eu acho que estou te amando mais do que deveria – confesso temorosa e como resposta, ele me aperta mais em seu abraço

– Acho que comigo não é diferente, meu amor

Sorri ao ouvir meu amor. Como mocinha romântica que sou, foi quase impossível não reagir a tais palavras que continham tanto carinho e apreço. Eu sempre achei o amor como a coisa mais importante do universo e vê-lo me chamando assim, eu me senti a pessoa mais importante do universo. Ou melhor, a pessoa mais importante do universo dele.