I Hate Loving You

Capítulo 23


Ao acordar no outro dia tenho plena convicção do que tenho que fazer, mas não faço ideia de como.

A primeira coisa que tenho que fazer é pensar em uma forma de como terminar com Nathan, e a segunda é me afastar de Peeta, preciso de um tempo só, sem me preocupar em está ferindo alguém, sem ter alguém “brigando” por mim, e o único jeito de conseguir isso é me afastar tanto de Peeta quanto de Nathan, mas me afastar do primeiro parecia algo meio impossível já que tínhamos os ensaios, inclusive um hoje, aqui em casa.

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(...)

–Olá. – Peeta disse com um sorriso assim que abri a porta para ele.

Hoje o dia na escola passou simplesmente voando, eu só conseguia pensar nas coisas que eu tinha que fazer, mas acabei não achando solução para nenhuma ainda, mas pelo menos eu não fiquei conversando com os meninos que eu estou evitando, na verdade com ninguém, a todo o momento eu me encontrava perdida em pensamentos, o que fazia eu não saber sobre o que eles estavam conversando, assim eles acabaram resolvendo “me deixar quieta”, nas palavras de Gale.

Mas agora aqui estava ele, Peeta Mellark, uma das pessoas que eu mais quero evitar bem na minha porta e eu não tinha como fugir disso, com essa constatação apenas respirei fundo me preparando para esse ensaio, que com certeza seria o mais longo que já tivemos.

–Oi. – finalmente respondi – Entra.

Logo após ele entrar eu fechei a porta sem mais nenhuma palavra ser trocada, e segui assim até a sala de música.

–Bom, vamos começar? – perguntei e ele me encarou.

–O que aconteceu? – ele perguntou.

–Como assim? – eu não queria falar sobre o que ele se referia.

–Você estava distante hoje na aula e agora está me tratando diferente.

–Diferente como?

–Você sabe Katniss! Não se faça de idiota! Normalmente nós não começamos o ensaio assim que eu chego, nós normalmente conversamos, ou vemos um filme, sei lá, interagimos! Mas hoje não! Você está diferente. – Desde quando ele me conhece tão bem? Nem mesmo eu tinha como negar isso!

–Mas hoje eu quero que isso acabe logo. – respondi indiferente para acabar com o assunto, o que pareceu atingi-lo e fez com que ele apenas assentisse com a cabeça antes de começarmos o ensaio.

Sei que eu não deveria trata-lo assim, mas eu não queria falar sobre o que estava acontecendo justamente com ele, então acabei sendo grossa para cortar o assunto, só espero que ele não fique chateado por isso, não foi minha intenção.

Como eu havia esperado, o tempo do ensaio passou arrastando, eu olhava no relógio a cada cinco minutos, ansiosa para aquela tortura acabar. Sim, tortura. Para mim era uma tortura estar tendo que agir indiferente a Peeta, mas era a única forma de ele não voltar a tocar no assunto, o que realmente funcionou, ele não falou mais nada sobre eu estar “diferente”, mas também não me dirigiu a palavra, nem mesmo quando eu o acompanhei até a porta no final do ensaio ele não se despediu. Tinha que me desculpar com ele, mas não agora, depois que eu resolvesse meus problemas, se não ele perguntaria o que me perturba.

Com mais uma aflição em mente me joguei em minha cama, depois de um longo, longo dia.

(...) (N/a: Coloquem a música para tocar a partir de agora)

Eu e Peeta estávamos saindo do auditório depois do ensaio, todos já haviam ido, só sobrava nós dois. Eu continuava o evitando, nem mesmo lhe pedi desculpas para nos resolvermos, então continuava aquele clima chata entre nós, mas se eu quisesse que meus planos dessem certos eu precisava desse tempo, e não era com Peeta me perguntando o que estava acontecendo que eu conseguiria.

–O que está acontecendo? Por favor me fala, eu estou ficando preocupado! – sou tirada dos meus devaneios pela voz de Peeta, seu rosto demostrava exaustão.

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–Nada. – minto

–E eu sou o Brad Pitt, somos dois iludidos. Agora diga a verdade. – essa brincadeira faz com que eu abra um pequeno sorriso. Merda Peeta! Por que você sempre sabe me fazer abrir um sorriso, mesmo quando eu não quero?

–Nada, sério. – digo e ele me olha mostrando que não acreditava, e eu percebo que não vou conseguir mentir para ele, então suspiro derrotada – Não quero falar sobre isso. – digo rendida.

–Eu fiz algo errado? – ele pergunta claramente preocupado.

–Não. – digo olhando em seus olhos para que ele veja que eu estou falando a verdade.

–Então o que é? Não gosto de te ver assim, sem seu sorriso no rosto. – ele diz me forçando, com os dedos, a sorrir, só que eu acho que mais me pareceu uma careta, então eu acabo sorrindo com isso. Ele fez de novo, ela sabe como me fazer sorrir.

–Não é nada que você tenha que se preocupar.

–Por favor me diz, talvez eu possa ajudar. – ele diz, mas mal sabe ele, que todo esse problema foi causado pela nossa amizade.

–Não sei se você ajudaria. – eu digo e ele me olha com os olhinhos pidões, ele sabe que eu não recuso nada quando ele faz essa carinha – Eu e Nat brigamos de novo. – minha boca diz antes que eu perceba.

–De novo? – ele pergunta realmente confuso, já que eu contei, agora tenho que terminar.

–Sim, de novo. Desde que você e Marvel começaram a andar com a gente essas brigas ficam cada vez mais frequentes. – digo e me arrependo imediatamente das minhas palavras, queria poder pegá-las de volta.

–Então a culpa é minha. – ele diz abaixando a cabeça.

–Não, não é. – digo pegando em seu queixo, onde tem a covinha que eu tanto gosto, e fazendo com que ele me olhasse. Nos seus olhos azuis, como o céu, eu via tristeza.

Devo lembrar que nós estamos parados no meio do corredor, mas não tem ninguém.

–Então por que vocês brigam? – ele pergunta e eu abaixo a cabeça.

–Nat sente ciúmes de mim com você, e eu te defendo, falando que é só amizade, e isso acaba gerando as brigas. – não tinha como eu mentir para ele, além de que era preferível ele saber por mim do que por outro.

– Então a culpa é minha. – ele repete.

–Não é! Ele poderia sentir ciúmes de mim com qualquer um dos meninos! – digo tentando mostrar que a culpa não é dele, porque eu não vejo assim.

–Mas é comigo.

–Mesmo assim.

–Tudo bem, não quero discutir com você. – ele diz rendido – Mas eu nunca havia visto você assim, e pelo que você falou não é a primeira vez. – ele diz e me abraça, eu logo retribuo.

–Dessa vez foi mais serio, e a gente acabou dando um tempo. – assim que eu digo isso nos separamos, vejo um lampejo de felicidade em seus olhos, mas resolvo ignorar – E depois eu conversei com a Mad, e acabei ficando com umas coisas na cabeça, coisas que estão me atormentando. – digo constatando que sinto falta dos seus braços em volta de mim.

–Que tipo de coisas?

–Desculpa Peet, mas eu não quero falar sobre isso, não agora, eu primeiro preciso que eu mesma entenda tudo que estou sentindo.

–Tudo bem. – ele diz e nós ficamos em silencio por um tempo, até que vejo seus olhos descerem em direção aos meus lábios – Kat se eu fizesse algo que não é certo, quais são as chances de você me perdoar? – ele pergunta voltando a olhar em meus olhos.

–Não sei, depende da coisa, mas do que você está falando? – pergunto mesmo tendo uma ideia do que seria.

–Disso. – é a única coisa que é dita antes de seus lábios quentes entrarem em contato com os meus, me permitindo novamente, depois dessas semanas, sentir o sabor de menta de seus lábios, o qual eu não havia percebido sentir tanta falta.

Sem que eu perceba eu já estou retribuindo. Ele pede passagem com a língua e eu rapidamente sedo, fazendo com que nossas línguas entrassem em uma dança perfeita. Nosso beijo é urgente, nele se percebe saudade e paixão, é forte, e me faz querer cada vez mais. Eu não fazia ideia de quanta falta sentia desses lábios. Nós começamos a andar e logo eu sinto o armário em minhas costas, ficando presa entre ele e o armário.

Logo o maldito ar nos falta, mas nós não paramos, ele desse seus beijos para meu pescoço e eu entrelaço meus dedos em seus macios fios loiros com os cachos que eu adoro, os puxando, enquanto suas mãos, que antes estavam em minha cintura, agora subiam e desciam por minhas costas, mas logo sinto falta de seus lábios, então o puxo fazendo com que nossos lábios se choquem novamente.

Não sei por quanto tempo nós ficamos assim, mas só fomos interrompidos por palmas. Mas quem estaria aqui agora? Todo mundo já foi embora. Com essa duvida viro em direção ao som, algo que eu com certeza me arrependerei.

–Então é para isso que você queria tempo?