Híbrido

Capítulo 6


–Filho?-Cassandra chamou por Will, que dormia.

–Fala. -Ele acordou.

–Quando você chegou ontem... Você nem falou comigo, aconteceu alguma coisa?

–Não.

–Eu vou à sua escola hoje, quero conhecer o novo diretor para não ter nenhuma surpresa e pegar umas lições com colegas.

Will revirou os olhos, ele sentiu os lábios da mãe em sua bochecha e sorriu.

–Tchau, comporte-se.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Nós temos mesmo que ir para a escola, papai?

–Eu me preocupo com o aprendizado de vocês, Brook.

“O aprendizado de Elisabeth em primeiro lugar, certo?”

Elisabeth se olhou no espelho pela última vez apesar de só aparecer um “suéter que criou vida”, ela queria estar perfeita sempre:

–Vamos?-Ela perguntou, ela saiu do quarto primeiro, Brook em seguida.

Alexander segurou o braço da filha que olhou para ele:

–Algum problema?

–Não pense que eu não sei de suas malcriações. –Brook se soltou.

–Que bom que você sabe, que bom mesmo. –Ela disse com desdém.

O novo diretor era muito simpático, dessa vez humano e inofensivo. Cassandra saiu da sala dele mais tranquila, até que encontrou alguém “especial” e engoliu em seco:

–Você. –Ele disse, Beth e Brook olharam o pai.

Cassandra congelou Alexander a fitava.

Até que uma porta se abriu:

–Oi senhor Hauser! Essas são as suas filhas?

Alexander olhou o diretor, que sorriu para ele, Beth o cumprimentou, Brook continuou séria e com os braços cruzados.

Cassandra tentou sair de fininho enquanto as meninas (quer dizer, Elisabeth) conversavam com o senhor Murphy, mas foi impedida por Alexander, que a puxou pelo braço até um corredor vazio:

–O que você quer?

–Comemorar, eu finalmente te achei. Você vem comigo.

–Como alguém muito especial diz: nem ferrando!

Ele apertou o pescoço dela com força, Cassandra lançou que cegou Alexander tempo suficiente para ela conseguir fugir.

Ela corria, só se ouvia o salto da bota batendo no chão, correr de um vampiro era uma coisa inútil, só foi olhar pra trás depois para frente que tombou com o seu inimigo:

–Seus feitiços de merda não vão me impedirem de te matar.

–Te impediram por duzentos anos, dureza, né?

Alexander se transformou e rugiu.

Will entrou pelas portas dos fundos da escola, conhecia muito bem aquela saída, pregou várias peças em professores e inimizades, mas desta vez ele queria saber da mãe, sempre que ela saía voltava rápido, e depois de tudo o que aconteceu, era hora de se preocupar.

Mas ele chegou de fininho, não queria ser reconhecido por ninguém.

Até que encontrou Tom Kennedy andando pelos corredores, ele odiou ter que deixar de fazer piadas com o seu peso para outro dia, mas era preciso.

–Ei, o pai de vocês foi ao banheiro?

–Eu acho que sim. –Beth sorriu para o diretor.

–Ele está demorando, será que está perdido? Vou procurá-lo.

O diretor foi em direção à porta, mas Brook o fez tropeçar:

–Oh, me desculpe, eu sou tão desastrada!

Cassandra saiu correndo novamente, acabou dando de cara com Will, caiu no chão e levantou com a ajuda do filho:

–Por que estava correndo, mãe?

–Não interessa, nós precisamos sair daqui!

Ela pegou na mão do filho e saiu correndo, ele mesmo sem entender a acompanhou.

Quando eles chegaram no estacionamento, Cassandra procurava as chaves e deu um gritinho:

–Eu esqueci a droga da bolsa!

–Só agora que você percebeu?

–Cala a boca!

–Mas...

Alexander apareceu como um vulto atrás de Will tapou a boca do garoto e o segurou com força:

–Você? Mamãe?

–Largue ele! Sua briga é comigo!

Will tentava se soltar Alexander o cheirou.

–Lobisomem e não híbrido. Eu posso resolver isso.

–Não ouse! Arranque um fio de cabelo dele e...

–É por Sofia... –O passado obscuro de Cassandra a acertou em cheio como um tiro, ela congelou, Will parou de se mexer.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Deixe meu filho em paz, Sofia é passado.

–Para você sim, para mim não.

–Por favor, William é um menino bom.

–Sofia era uma menina boa.

Aconteceu o pior, Alexander deu uma mordida no garoto, Cassandra lembrou-se do sonho, era um aviso?

Naquele momento isso não importava o que importava era socorrer Will, que caiu no chão e começou a transformar-se, Cassandra o olhou assustada, Alexander fugiu.

Seus dentes cresciam, ele começava a curar-se, seus olhos ficaram pretos... Até que ele voltou ao normal, sua mãe agachou e colocou a mão no seu pescoço, ficou aliviada quando sentiu o coração dele bater lentamente, ele só estava desacordado.

Ela o levantou com muito cuidado e o colocou dentro do carro com dificuldade, olhou para trás e o ilustre senhor Albert a olhava assustado:

–Está tudo bem com ele, só caiu de sono. –Ela sorriu para o professor.

O professor arregalou os olhos, ele tinha visto tudo, Cassandra enfiou os dedos polegar e indicador dentro do decote e tirou do sutiã uma pílula, ela a jogou no chão, ela quicou e voltou na forma de uma varinha:

–Isso não vai doer ok?

Ela balançou a varinha e uma luz violeta foi no rosto do professor o fazendo esquecer-se de tudo o que viu.