How To Love

Capitulo 6 - Desprezo e Me conquiste... Se puder


(...)
Obrigada mesmo por todas as reviews, vou responde-las agorinha mesmo *-*
AH, NÃO ME DEIXEM, HEEEEEEEEEIN?? UEHUEUHEUHE
Espero que gostem e que tenham uma boa leitura ♥

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Eu poderia pegar um taxi, andar quase três quadras só podia significar que eu estava com algum problema, principalmente com o frio que havia começado a fazer por causa da chuva. Algumas pessoas me lançavam olhares curiosos, por trás das cortinas das casas ou dos vidros dos carros.

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O que estaria fazendo aquela alienígena de cabelo rosa, com roupas tão curtas e na chuva? Seria ela uma prostituta?

Bom, isso seria o que eu pensaria caso me visse naquela situação.

Eu mesma não havia percebido as lagrimas, até que uma delas encostou em meus lábios e eu pude sentir o gosto salgado da mesma. Estava chorando? Isso combinava com a dor que eu estava sentindo, mas... Eram lágrimas tão sutis, tão imperceptíveis, que eu mal teria percebido se não tivesse sentido o gosto de uma delas.

Parei em frente as escadinhas que davam de frente para a porta da casa. As subi, só então notando a falta maldita que havia sentido dali, toquei a campainha e alguns minutos depois – talvez tenham sido só dois – que mais me pareceram a eternidade, a porta foi aberta e a mulher me encarou com os olhos arregalados.

– Ai meu Deus, Sakura entre - ela falou me puxando pela mão. - Vou buscar algumas toalhas - disse subindo as escadas apressadamente, me deixando sozinha.

A sala era quentinha e aconchegante da mesma forma que eu me lembrava, os sofás, que antes eram verdes, agora eram beges e possuíam almofadas coloridas. Ainda haviam fotos nos porta retratos, que ainda continuavam sobre a estante que por sua vez tinha uma enorme televisão de ultima geração.

– Por quê não se sentou? - perguntou me dando duas toalhas grossas e felpudas.

– Não quis molhar o sofá - respondi a acompanhando até o mesmo. - Obrigada, mamãe. - agradeci e ela sorriu brevemente, não havia mudado também. Continuava com os cabelos loiros e curtos, os olhos verdes brilhavam e apesar das poucas olheiras continuava maravilhosa.

– O que aconteceu, Sakura? - perguntou preocupada. - Filha, você estava chorando?

– Na-Não - tentei mentir, mas ela arqueou as sobrancelhas e fez um bico de indignação. - Ah, okay estava sim - desisti suspirando.

– Sempre pensei que uma hora você voltaria a vir aqui, mas não pensei que seria chorando. – É, acho que puxei a sinceridade de alguém aqui. – Você está acabada, minha filha. – adivinhou de quem?

– Obrigada pela parte que me toca, mamãe. – estreitei os olhos e nem passei os dedos embaixo dos olhos tentando tirar a maquiagem borrada.

– Olha querida, você não faz o tipo que chora por qualquer coisa. – ela disse assentindo. – Você nunca amou ninguém, então... Alguém morreu?

– MÃE! – protestei e ela ergueu as mãos em sua defesa. – O problema é o Sasuke. – olhei para ela, que arregalou os olhos.

– Ainda o tal do Uchiha? – perguntou impressionada. – Sakura é quase um ano e meio, você nunca ficou com alguém por tanto tempo assim, pera... VOCE SE APAIXONOU POR ELE? – ela não podia conter a felicidade e eu acharia graça, se não fosse algo tão sério... Pra mim.

– Eu não sei. – olhei para minhas próprias mãos e minha mãe ficou em silencio. – Eu só sinto um vazio imenso quando ele vai embora. – falei tão baixo que quase não me ouvi. – É como se uma parte de mim fosse junto...

– E você contou isso pra ele?

– Claro que não. – voltei a encara-la e revirei os olhos. – Mãe, você sabe, ele diz que me ama, se souber disso vai continuar insistindo nessa ideia maluca de termos algo, eu não quero.

– Para uma vez na vida de pensar e deixa seu coração agir. – ela falou seriamente. – Sakura, você nunca sentiu isso por ninguém e se está aqui, e ainda por cima chorando alguma coisa aconteceu. E se for em relação a esse rapaz, se você não tomar cuidado vai acabar o perdendo de vez. – advertiu-me.

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– Acho que eu já perdi. – e a tristeza havia voltado. – Ele não deve mais querer olhar na minha cara depois de tudo o que eu disse, mãe. – meus olhos haviam começado a arder e minha mãe me olhou com uma onda de compaixão e me abraçou, como fazia quando eu era mais nova. – Mãe o que é isso? – perguntei apertando ainda mais o abraço.

– Achei que teríamos essa conversa quando você fizesse 15 anos. – ela passou a mão pelos meus cabelos. – Isso é amor, filha. Você se sente bem ao lado dele, você sente ciúmes, mas o seu gênio não está te deixando ser feliz.

Não respondi e ela não disse mais nada, por um tempo.

Eu mesma não estava me deixando ser feliz?

– Você devia dar uma chance para o rapaz. – ela comentou distraidamente. – Ver se daria certo e se você pode realmente aguentar essa pressão...

–E se der errado e eu o perder? – murmurei baixinho.

– Então nunca foi seu. – passou a mão em meus cabelos. – Você tem que se arriscar mais, se doar mais para as pessoas e acreditar mais sobre isso que você tanto escreve.

– Eu acredito no que escrevo! - protestei com a voz abafada. - Só que...

– Qual a sua desculpa agora garota? - perguntou-me entediada. - Nao me faça ter que te colocar de castigo como eu fazia quando você era menor...

– Mãe - levantei meu rosto para encara-la. - Você é uma peça. - falei e ela riu, sendo acompanhada por mim.

– Espero que estejamos entendidas. - disse depois fazendo uma expressão séria. - Agora vai lavar esse rosto e vestir alguma roupa seca.

– Olha, eu aceito lavar o rosto. - falei me levantando e apertando a toalha contra o meu corpo. - Mas, eu tenho que fazer uma coisa ainda hoje. - dei um sorriso e ela me encarou confusa.

– Tá delirando guria? - arqueou uma sobrancelha. - Mal tomou chuva e já tá com febre? - se levantou também e colocou a mão em minha testa. - Não, está normal... - murmurou medindo a sua própria temperatura.

– Eu to muito bem, mulher. - revirei os olhos. - Só devo estar com uma cara de doente, mas isso eu já resolvo. - pisquei e agora ela quem revirou os olhos.

– Suas ondas de depressão duram pouco, não é?

– Mas é claro. - dei ombros convencida. - Obrigada mãe. - a abracei e ela se surpreendeu. - Vou vir aqui mais vezes.

– E traga esse Padilha, vou gostar de conhece-lo. - brincou e eu assenti começando a rir.

– Se o Padilha ainda me quiser, talvez ele goste de você. – dei um sorriso fraco e minha mãe não disse mais nada.

Sasuke Pov’s:

Entrei em casa, sentindo minha cabeça latejar. Passei a mão pelos meus cabelos e subi as escadas indo até o meu quarto, tirei minhas roupas ficando apenas de boxer e peguei uma toalha dentro do guarda-roupa, indo em seguida para o banheiro, mas não antes de pegar a minha garrafa d’agua.

Abri o armário que tinha no banheiro e peguei um comprimido, colocando-o na boca e o engolindo com a ajuda da água que estava na garrafa. Fechei a porta do mesmo e vi minha aparência cansada sendo refletida no espelho, era algo muito mis que físico, talvez eu estivesse realmente cansado de toda a situação que eu estou passando há tanto tempo.

Suspirei fechando os olhos momentaneamente, sentindo meu corpo pesado, uma sensação de estar em órbita me tomou, como se eu não pertencesse ao lugar em que me encontrava.

Tirei minha boxer e entrei no box, abrindo o chuveiro tendo a sensação de que nada e tudo eram as mesmas coisas, de que eu não estava triste, mas que com toda a certeza a felicidade havia ido dar uma volta em um lugar bem distante do que eu me encontrava.

Havia começado a chover de novo, em alguns espaços de tempo podiam se ouvir os trovões. Eu poderia dormir ali, em pé, que não me faia diferença alguma, só queria encurtar tudo máximo que pudesse.

Depois de algum tempo, (após derrubar shampoo em meus olhos), sai do banheiro me sentindo da mesma forma que entrei. Apenas vesti uma boxer azul escura, sequei meus cabelos da forma mais máscula que consegui e fui para a cozinha preparar algo para comer.

I don't mind

Letting you down easy, but just give it time

If it don't hurt now, then just wait, just wait a while

Eu não me importo

De te decepcionar facilmente, mas me dê um tempo

Se não doer agora, então só espere um pouco, só espere um pouco

Enquanto eu preparava minha refeição saudável, hot pocket e fritas, claro, pensei no quão desprezível aquela situação era. Eu devia me alimentar bem, ou poderia ter um infarto!

– Mulheres pedem por caras românticos, mas se vierem um badboy elas largam o outro, para serem maltratadas. Esse é o jeito de se conquistar uma garota. – franzi o cenho quando ouvi aquela frase vindo da TV que eu havia deixado ligada na sala, sabe cumé, pra me fazer companhia. – Elas gostam de caras que sejam maus, não idiotas românticos, curtem um desprezo, moro’? É como se fosse um incentivo pra que elas tentassem nos conquistar, nós temos que ser os machos alfas.

– Não cara, não faça isso. – murmurei em resposta, ouvindo o micro-ondas apitar. – Se você encontrar uma mulher como a Sakura – fiz uma pausa – Nem mesmo sendo da máfia italiana vai conseguir faze-la gostar de você. – assenti convicto. – Essa mulher...

– E se meu companheiro tiver meio que... Esnobado meus sentimentos? – Qualé, eu tava conversando com um cara, no meio do transito? É, eu havia parado de correr feito o Felipe Massa.

– Ai você releva, na serenidade... – ele disse fazendo uma expressão estranha. – Seu amor é maior que o desprezo dele, então tudo pode ser relevado. Um reset.

– E meu orgulho? – perguntei quando o sinal ficou amarelo, daqui a pouco meu papo iria acabar e eu quase não teria respostas.

– Dá um desprezinho amigo. – ele piscou e riu. – E depois, o encha de amor. – ergueu os dedos num sinal de paz e amor e então o transito voltou a se movimentar.

– Tiozinho Hippie! – estralei os dedos. – Essa sim é uma boa ideia. – peguei tudo e coloquei numa bandeja com uma lata de refrigerante. – Eu posso fazer isso. – acrescentei determinado. – Eu po... – a campainha tocou e eu suspirei, depositando a bandeja em cima da mesinha de centro e indo até a porta, abrindo-a sem cerimonias. – Sakura? – a rosada estava molhada, com um guarda-chuva azul em uma das mãos. Seus olhos estavam fundos e pareciam irritados, como se ela houvesse chorado. – O que você que aqui? – perguntei impulsivamente de forma hostil. – Achei que estivesse naquela inauguração, da tal balada do Aka...

– Nós podemos conversar? – perguntou de forma impaciente.

– Sobre o que? – mantive minhas expressões sérias e não, eu não me importei que alguma vizinha tarada estivesse me vendo só de cueca.

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Sakura respirou fundo, direcionou o olhar para algo atrás de mim e quando seu olhar encontrou o meu colocou-se a falar novamente:

– Sobre nós.

– Sobre nós? – ironizei. – Por que quando eu quis conversar sobre nós dois, você nunca quis? Por que agora nós temos que conversar?

– Porque agora eu realmente quero conversar sobre isso. – Sakura retrucou começando a se irritar. – Será que você pode me deixar entrar, Sasuke?

– Não! – respondi da mesma forma. – As coisas não vão acontecer só quando você quiser, o mundo não gira a partir das suas escolhas, eu não sou seu subordinado pra acatar seus desejos.

So what are you gonna do
When the world don't orbit around you? Oohhh ah ah
So what are you gonna do
When the world don't orbit around you?

Então o que você vai fazer

Quando o mundo não orbitar ao seu redor? Oohhh ah ah

Então o que você vai fazer

Quando o mundo não orbitar ao seu redor?

– Em momento algum eu pensei nisso, Uchiha! – aumentou o tom de voz. – Quer saber? Eu nem sei porque vim aqui – jogou o guarda chuva no chão. – Não sei a onde eu estava com a cabeça por pensar em vir aqui. – começou a apontar ameaçadoramente para mim. – Porque você DEFINITIVAMENTE é um IMBECIL! – me deu um tapa no braço e esse começou a arder no mesmo instante. – Eu vou embora daqui. – e então começou a marchar na chuva.

Eu poderia muito bem deixa-la ir sozinha, se caso não fosse madrugada e que se algo de ruim acontecesse a ela, me sentiria extremamente culpado, então...

– QUÊ? – gritou irritada quando eu corri atrás dela e a segurei pelo braço. – Você de cueca desse jeito no meio da rua pode ser acusado de ser um estuprador, será que dá pra voltar pra sua casa e me deixar ir pra minha? – tentou puxar o braço e eu apenas revirei os olhos.

– Vamos pra casa. – falei a puxando, na verdade o que eu mais queria no momento era sair da chuva, acho que se eu estivesse com mais roupa nada disso teria acontecido.

– Saí! – ela conseguiu se soltar e tentou correr, mas a segurei novamente, dessa vez pela cintura. – ME SOLTA SASUKE! – tentou me estapear de novo.

– Diabos! – gritei quando um raio cortou o céu. – Nunca concordamos com nada, será que dá pra tentar pelo menos uma vez?

– Eu... – Sakura parecia procurar alguma resposta. – Eu... – e então eu a beijei, porque beijos significam mais que mil palavras, certo?

Ain't it fun living in the real world?

Não é divertido viver no mundo real?

Sakura Pov’s:

E eu não resisti, mesmo sentindo frio e uma raiva imensa, os lábios dele eram os que conseguiam me acalmar e me fazer esquecer tudo por breves segundos. Sasuke acariciou o meu rosto com as pontas geladas de seus dedos e mais uma vez, a sensação de ser uma adolescente me dominou novamente.

– Só vamos entrar. – ele disse e eu assenti aceitando ser puxada por ele em direção a sua casa. – Vou buscar toa...

– Eu quero tomar banho. – dei um sorriso sem graça. – Sabe, é a segunda vez que pego chuva em menos de três horas.

– Entendo. – ele coçou a nuca rindo – Você pode ir no meu quarto e pegar alguma roupa – falou pausadamente. – vou fazer o mesmo(?) – parecia uma pergunta.

– É você vai. – murmurei e nós ficamos num silencio desconfortável.

Tomei um banho rápido (casa dos outros, né benhê) e ele me entregou uma camisa e uma boxer, que me serviram enquanto minhas roupas tinham ido para a lavanderia. Ao contrário de mim, Sasuke optou por uma calça de moletom preta e uma regata da mesma cor.

– Se você quiser, eu posso pegar alguma blusa de frio. – comentou começando a comer as besteiras que ele havia feito antes de eu chegar.

– Estou bem assim, obrigada.

E mais uma vez...

– Eu quero realmente resolver a nossa situação. – Sasuke quebrou o silencio.

– Essa semana tá sendo muito perturbada pro meu gosto. – resmunguei e comecei a rir. – Primeiro um ultimato, sua amiga mimosa, uma balada sem graça – comecei a enumerar.

– E o grande problema disso tudo é...

– Sou eu. – completei o encarando.

– Sim, o problema é você. – Sasuke concordou e eu o encarei questionadora. – Qual é, eu sou o que quer coisas boas, você é a parte rebelde. – deu ombros.

– Quanto amor – ironizei colocando uma almofada no colo.

– Amor aqui é o que tens de sobra. – rebateu me encarando seriamente.

– Eu quero tentar. – falei sinceramente e ele me encarou como se não acreditasse.

– O que?

– Eu quero tentar sentir esse amor. – respondi pacientemente. – Só não sei se três dias vão ser o suficiente. – suspirei.

– Então nós estamos – o tom de voz de Sasuke começou a ficar animado. – Nós estamos namorando?

– Eu não disse isso. – dei um sorriso amarelo. – Mas nós também não estamos... Não-namorando.

– Isso é bom? – perguntou-me fazendo uma expressão acusadora.

– Também não é ruim. –tentei amenizar as coisas. – Você basicamente vai ter que me explicar como tudo funciona.

– Um namoro? – assenti e ele fez uma expressão idiota. – Em três dias? – assenti novamente e ele deixou a boca aberta por alguns instantes. – E se eu não conseguir?

– Bem – coloquei o dedo indicador sobre os meus lábios. – Se você não conseguir me convencer, acho que podemos continuar da mesma forma que estávamos antes. – declarei – Por mim parece bom. – mentira, estava péssimo.

Vocês sabem, eu não consegui ter nada com o Sasori por causa do Sasuke, mas por mais que isso tenha acontecido eu preciso de uma prova, de uma pequena prova.

Não para ele, Sasuke, mas para mim mesma.

O Uchiha se levantou e foi até onde eu estava, se ajoelhando e segurando minha mão esquerda.

– Você vai ser a mulher mais feliz do mundo durante esses próximos três dias. – a forma com que ele me olhou era tão determinada, que me deu um frio na barriga. – Mas admito que eu estou ferrado. – choramingou soltando minha mão e se deitando no chão.

– Talvez só um pouquinho. – comecei a rir e ele me encarou feio, antes de se juntar à mim.