Capítulo 5

Visão de Arnold:

Quando acordei e vi Helga deitada perto de mim percebi que aquilo não tinha sido mais um dos meus sonhos malucos era completamente real ate senti um alívio, comecei a acariciar o cabelo de Helga suavemente com medo de acorda- la quando percebo uma corrente saído da camisa, puxo com cuidado e vejo a minha foto e de Helga de quando éramos pequenos, acho que essa foi a última foto que tiramos juntos.

Arnold: - Nunca mais vou te deixar escapar.

Depois lhe dou lhe beijo suavemente na bochecha a fazendo despertar.

Helga: - Ahm Arnold, quantas horas são?

Arnold: - Tarde, quase 10:30h.

Helga: - Ai que droga, perdemos a aula.

Arnold: - Esquece a escola, fica lá em casa comigo.

Helga: - Que, tá doido? O que seus avós vão pesar?

Arnold: - Eu explico tudo pra eles mais tarde, mas vamos.

Helga: - Tudo bem.

Então saímos da praia e fomos andando até a pensão, ela andava atrás de mim acho que era porque estava com vergonha então tentei puxar assunto.

Arnold: - Acho que vamos ter de arranjar uma nova foto para seu medalhão.

Helga: - O que?

Arnold: - Uma mais recente, eu tenho uma câmera em casa se você quiser a gente tira uma foto.

Helga: - Com você sabe do medalhão?

Arnold: - Eu o vi no seu pescoço na praia.

Helga: - A que droga.

Arnold: - Não precisa sentir vergonha, olha eu também tenho.

Tiro o meu para ela ver, era como o dela, mas em vez de só nós dois na foto também tinha a Phoebe e o Gerald.

Arnold: - Se lembra desse dia? Foi quando a gente foi na festa de aniversário da Rhonda.

Helga: - Eu sei. Eu me lembro que depois disso eu joguei suco de uva na sua blusa.

Arnold: - Nunca soube o motivo de você sempre fazer essas coisas comigo até agora.

Helga: - É, pelo visto, nós dois precisamos de fotos recentes.

Arnold: - É.

Senti minhas bochechas quentes provavelmente estavam vermelhas como as dela. Perto da minha casa dava pra ouvir uma música, eu acho que era do Dino Spumoni. Entramos na pensão e vi a vovó encima da mesa balançando Abner como se fosse um bebê, vovô estava saindo do banheiro e os outros pensionistas estavam na sala brigando pelo controle remoto.

Visão de Helga:

É, a música que tocava era do Dino Spumoni, sempre achei a família do Arnold doida, mas com certeza era melhor que a minha.

Phill: - Ei baixinho chegou cedo heim, quem é essa com você.

Arnold: - Vovô essa e a Helga, minha namorada.

Helga: - N-namorada?!

Phill: - Helga, Helga, Helga... Ah, não e aquela menina que você estava com medo que voltasse?

Arnold: - Vovô!!

Phill: - Era pra manter segredo? Ah, agora não importa venham ouvir música conosco.

Me senti meio estranha por um tempo, mas depois fui me acostumando.

Suzie: - Então Helga, a quanto tempo vocês namoram?

Helga: - B-bem... E-eu ehr...

Arnold: - Ela quer disser que foi há pouco tempo.

Ernie: - Tá, mas pouco tempo quanto?

Phill: - Deixem os dois pombinhos em paz, além do mais foi por isso que ele passou a noite fora de casa.

Quase engasguei com o suco, não queria que eles pensassem que fizemos algo errado.

Arnold: - Vovô não é o que você está pensando.

Phill: - Não, tudo bem não vou me intrometer em sua vida amorosa.

Gertie: - Eu e Abner preparamos um lanche. Tantanraram, melancia com cara de porco.

Phill: - Ah melancia de novo minha velha?

Gertie: - É bom para a digestão.

Phill: - Mas todo o dia?

Os dois começaram a discutir e os pensionistas voltaram a assistir TV, já tava tarde então achei melhor ir pra casa, peguei a tinta coloquei na bolsa e fui em direção à porta.

Arnold: - Ei já vai?

Helga: - Já! Com certeza meus pais já sabem que eu não fui à aula.

Arnold: - Eu te levo até lá.

Helga: - Tudo bem então.

Fechamos a porta e de mãos dadas fomos até a minha casa.

Arnold: - Tem certeza que não quer que eu entre com você?

Helga: - Tenho, se você for junto meu pai vai ficar gritando com você também.

Arnold: - Então tá, eu te ligo mais tarde.

Ele me deu um beijo e entrei em casa.

Bob: - Ela o que? Eu vou ter uma conversa tchau.

Estava quase no meu quarto quando Bob me viu entrando.

Bob: - Ei, ei mocinha acabei de receber um telefonema da escola falando que você não estava na aula e agora ganhei fama de pai irresponsável. O que tem e disser em sua defesa?

Helga: - Que eu não me importo com o que eles achem de você, pois é a mais pura verdade.

Bob: - Olga eu não estou de brincadeira.

Helga: - É Helga papai, Helga, Helga, Helga, Helga quantas vezes eu tenho de repetir, quer disser, quanto tempo mais vou ter que aturar uma família que nem sabe que eu existo? Alguma vez você já conversou comigo? Tentou descobrir do que eu gosto? Não, você e a Miriam nunca se importaram comigo apenas com a Olga.

Bob: - Não comece com essa história de novo.

Helga: - Então volta para o seu mundinho dos bipes e me deixa em paz!!!

Tranquei a porta do quarto e comecei a chorar, sempre brigo com meus pais pelo mesmo motivo, mas eles nunca me escutam, liguei a caixa de som no volume máximo e continuei com a minha pintura, com certeza aquilo me fazia me sentir mais calma. Mais tarde Arnold me ligou e contei sobre a briga e ficamos conversando por horas. Eu queria ter uma família como a dele, com pessoa que se importassem comigo e não me comparassem com outra, mas tive certeza que depois daquele dia minha vida ia melhorar com Arnold ao meu lado tudo seria mais fácil.

Continua...