Depois de tudo aquilo a vida de todos voltou ao normal mesmo com dois vampiros de olhos vermelhos vivendo na casa da jovem Loba, bem não era exatamente verdade que depois de tudo as coisas voltaram ao normal.

Para ser sincera as coisas estavam normais dentro do possível e no impossível era que existia a dúvida se depois de tudo que aconteceu Emily poderia voltar a ser quem era, mais a jovem Loba sabia que seria impossível por um tempo, ela se entregaria a dor por alguns meses sem conseguir acreditar que o filho não se encontrava mais no seu ventre, ela viveria acordando com gritos porque sonharia com um pequeno menino que poderia ser seu filho, Sam tentaria e tentaria até que uma hora ele desistiria e apenas viveria do jeito dela até que ela pudesse ser capaz de lidar com a dor.

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Mais a jovem Loba sabia que seria uma caminhada dolorosa, se para ela foi quase uma morte para Emily que sabia que espera e tinha já comprado as roupas era a morte certa, não era apenas uma vida, era a vida que ela gerou e sabia que poderia ser menino ou menina.

—O que foi Loba? —O jovem Alpha pergunta enquanto eles se encontravam na fogueira.

Aquele dia os dois vampiros que acompanhavam a sua filha seriam apresentados a todos e historias seriam contas para lembrar que há sempre esperança, mais os pensamentos da jovem Loba se encontravam ainda em sua prima que se encontrava a alguns meses trancafiada em casa acompanhada somente por sua dor.

—Estou pensando na Emily. —A jovem Loba sussurra para seu noivo que desliza a mão contra sua barriga já grande fazendo com que o pequeno ser que estava sendo gerado em seu ventre chutasse sua mão o fazendo rir.

—Você está com pena dela? —O jovem Alpha pergunta com os olhos voltados para as chamas da fogueira que se encontrava na sua frente.

—Não é pena, é apenas... —A jovem Loba começa a dizer mais o que ela poderia dizer? Que ela a entendia mesmo depois de tudo? Que a compreenderia por estar fazendo aquilo? Será que para todos ali ela seria hipócrita se dissesse isso? —Que eu a entendo.

O jovem Alpha sabia que aquilo era verdade, que mesmo ainda tendo uma dor não cicatrizada em seu coração a jovem Loba ainda tinha sentimentos e ali naquela fogueira ele entendeu o porquê de sua noiva até o momento não procurar a prima.

Ele compreendeu o porquê dela sempre fugir quando falavam que ela deveria ir ver a prima, você tem que fazer seu papel de prima, muitos diziam e sua noiva apenas sorria como se estivesse confirmando que faria e ela fez.

Ela fez o papel de prima quando ninguém acreditou que ela estava fazendo, ela sabia que naquele momento não era uma boa ideia surgir na sua frente com sua barriga já avantajada, ele compreendeu o porquê dela escrever algo num papel e logo depois amassar como se aquilo fosse loucura, ele compreendeu o porquê dela sempre desligar o telefone quando o segundo toque surgia.

Ela estava evitando com que sua felicidade fosse esfregada na cara da prima que naquele momento se encontrava frágil como cristal, ela a compreendia e por isso preferiu ficar longe para que a felicidade não a quebrasse de vez.

—Entendo. —O jovem Alpha apenas disse isso enquanto olhava paras as chamas da fogueira que deslizavam como um personagem a parte, ele sabia que sua jovem noiva tinha agora a cabeça inclinada para o lado e os olhos voltados para ele.

—Obrigada. —A jovem Loba disse enquanto pegava na mão dele, ele conseguia sentir o calor daquele gesto por isso apenas apertou sua mão em forma de carinho.

Eles não precisavam de palavras ditas, apenas atos deixavam claro que conheciam tão bem que o jovem Alpha deixou quieto o assunto de Emily porque a conhecia bem o bastante para saber que a sua noiva já tinha feito algo.

Alec estava nervoso e não era porque tinha inúmeros lobos ao seu redor o olhando mas sim por causa da jovem mulher que se encontrava ao lado da mãe. Hope nesses poucos meses cresceram tão rápido que não teve tempo de aproveitar a infância, ela teve que aprender as coisas de adolescente antes da hora, não pode aproveitar o fato de que ainda era uma pequena menina aprendendo sobre a vida porque seu corpo já era de uma adolescente de 15 anos e isso era o que deixava o jovem vampiro nervoso.

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Por séculos aquele jovem vampiro viveu apenas para matar e servir, então porque aquela pequena vampira, apelidada de Pequena Índia o fazia temer? Porque quando ela o olhava ele sentia bem?

O jovem vampiro não sabia a resposta e ele nem queria encontrar porque sabia que quando a encontrasse teria que lidar com a ira da jovem Loba e se deixar até do Alpha que tinha a pequena hibrida como filha.

Ele estava ferrado, foi o único pensamento que deslizou por sua mente quando aqueles olhos dourados se voltaram para ele mesmo com as chamas da fogueira os impedidos de se verem, ele sabia muito bem que aquela pequena diaba estava o olhando com um sorriso igual ao da mãe.

—Tudo bem, irmão? —Jane perguntou enquanto que com o canto do olho olha para a pequena hibrida do outro lado da fogueira.

Jane sabia muito bem que o irmão estava nervoso com os olhos dourados da jovem hibrida a qual eles tinham ido observar, conhecia muito bem o irmão a ponto de saber que nesses poucos meses ali ele tinha estabelecido um laço com aquela pequena hibrida.

—Tudo bem, Jane. —Alec diz enquanto tira os olhos da pequena hibrida que ainda tinha um sorriso nos lábios.

—Tem certeza? —Jane pergunta enquanto inclina a cabeça para o lado e com um sorriso perverso pergunta para o irmão que apenas a olha frio como se ela tivesse dito algo muito fora da realidade.

—Jane. —Alec rosna baixinho para sua irmã que apenas dá uma pequena risada por ver como seu irmão ficava por causa da pequena hibrida.

Se perguntassem a alguns meses ou até anos para aqueles dois se eles acreditam em milagres, os dois apenas olharia frio para a pessoa e depois beberia o sangue dele lhe dizendo que milagres não existem, mas agora ali se lhe perguntassem eles diriam que ainda não acreditavam em milagres mais que eles existem.

Porque o depois deles eram ainda desconhecidos, os dois ainda eram cruéis e isso estava enraizado neles, mesmo que muitos dissessem que eles até que eram legais depois de um tempo essas mesmas pessoas estariam tentando lhes arrancar as cabeças, porque seus olhos frios e suas poses de superioridade lhes davam no nervo.

—Só fiz uma pergunta. —Jane diz com a voz fria e baixa deixando claro que mesmo sendo seu irmão ela ainda poderia brigar, porque brigas entre irmãos era normal.

Alec apenas suspira enquanto joga a cabeça para trás tentando conter a vontade de matar a própria irmã que naquele momento se encontrava com um sorriso sarcástico nos lábios fazendo com que os lobos ali pensassem que ela estava passando muito tempo com a jovem Loba.

—Quero lhes apresentar algumas pessoas que vivem hoje na reserva. —Sue diz com um pequeno sorriso nos lábios enquanto se levanta fazendo com que Alec piscasse os olhos.

Ele se encontrava perdido em sua mente que não viu que a reunião já tinha começado a um tempo fazendo com que sua irmã o cotovelasse no estomago o fazendo olhar para ela com os olhos confusos.

—A Sue está nos apresentando. —Jane diz em um pequeno sussurro e com o queixo voltado para a mulher que se encontrava na frente deles.

—Esses dois jovens vivem a um tempo já na reserva, estavam na minha casa como uma forma de teste e pelo que vejo passaram com perfeição. —Sue diz com um sorriso voltado para aqueles dois jovens vampiros que a olhavam. —Lhes apresentam Jane e o Alec amigos de minha neta.

Bem, se todas as dúvidas não tinham sido respondidas, naquele momento todas elas foram.

Um silencio se fez presente e logo depois todos explodiram em sejam bem vindos, claro que ninguém estava sendo muito sincero mais o olhar raivoso da mulher deixou claro que não seria uma boa ideia falar algo mal deles.

A jovem Loba sabia que sua mãe tinha se apegado aqueles dois vampiros, e não era por causa da história triste deles, talvez tenha sido o mesmo que a jovem Loba tenha sentido quando encontrou Hope na floresta.

Instinto de mãe, Sue quando os recebeu foi carinhosa mais ainda receosa como se estivesse com medo deles, mais o tempo passou e com ele veio apenas a certeza de que os dois não fariam mal a ninguém, depois desse tempo veio a outra certeza aquela família já estava aceitando aqueles dois como membros dela.

Jane já tinha até algumas manias da família como ficar do lado de fora deitada na grama enquanto observa o céu estrelado acompanhada de uma playlist e todos os outros membros da família discutindo qual era a constelação de Sagitário, ela se sentia em paz ali.

Não precisava de máscara de guerreira na face, ela podia ser uma adolescente normal com Sue gritando em seu ouvido sobre ela não ter feito a compra do dia ou até mesmo disputando o banheiro com a jovem Loba.

Alec também tinha adquirido algumas manias da família, como tomar café. Mesmo que ele não precisasse comer ou beber comidas humanas, a bebida parecia deliciosa quando misturada com um pouco de sangue, ele a bebia desde que viu a jovem Loba bebendo uma xícara de café e logo outra que foi oferecida pelo Alpha que tinha nos lábios um sorriso. O jovem vampiro tinha ficado curioso sobre a bebida e o jovem Alpha lhe deu uma xicara com um pouco de sangue o fazendo beber e logo depois pedir outra deixando para trás um casal que se beijava com sabor de café.

Podemos dizer que essa tão estranha família deu início num momento em que a jovem Loba não queria saber mais agora a família aumentou e ela se encontrava feliz.

Não tão feliz assim, mais sua felicidade ainda lhe era presente.

—Você enviou? —Jane perguntou quando se sentou do seu lado a olhando nos olhos.

Se os lobos tivessem parado de fazer inúmeras perguntas para o jovem vampiro que se encontrava envergonhado teria visto duas irmãs e não inimigas sentadas não muito longe deles conversando baixinho como se estivessem contando segredos uma para a outra.

—Sim, agora ela já deve estar recebendo. —A jovem Loba responde com um sorriso nos lábios enquanto sente um pequeno chute em sua barriga a fazendo ofegar e a jovem Vampira colocar a mão em cima do local fazendo com que o bebê ficasse calmo.

—Obrigada. —A jovem Loba diz com os olhos verdes tempestuosos doces voltados para a jovem vampira.

—Ainda não consigo entender o porquê dele ficar calmo quando estou perto. —A jovem vampira diz com um sorriso nos lábios.

Mais a jovem Loba sabia e por isso sorriu enquanto começava uma conversa com sua mais nova irmã.

Emily estava sentada no sofá com os joelhos voltados para si, ela os abraçou enquanto o escuro se fazia um bom amigo naquele momento, mesmo que a perda do bebê tenha sido a meses a jovem moça ainda pensava que poderia o estar carregando, que tudo que aconteceu não passou de um pesadelo mais então a realidade caia como um tapa na sua cara quando tocava a barriga e sentia um vazio dentro de si.

Não era um vazio como os outros diziam, você vai se sentir vazia por um tempo mais depois passa, mais não passou a fez companhia em forma de sonhos onde ela via um menino sorrindo e acordava em gritos, não passou porque ela ainda chorava escondida no banheiro para que Sam não a ouvisse mais ele ouvia, não passou porque seus próprios gritos e lagrimas quando teve o parto induzido ainda fazia eco em seus ouvidos, não passou quando Sam gritou que ela estava entrando em depressão.

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E ela estava, ela conseguia ver que era verdade.

A jovem moça sabia que era verdade e mais não queria aceitar, o que ela falava quando seu marido lhe dizia que estava entrando em depressão era apenas Você não conhece minha dor, e ela se lembrava de sua prima que tinha perdido o bebê e agora estava gravida.

Ela ainda conseguia sentir o ódio deslizando por suas veias, ela precisava de alguém para culpar e por isso culpou sua própria prima por meses a fim, ela gritava quando alguém dizia que não foi culpa de ninguém.

Emily estava tão perdida em suas próprias lagrimas que não ouviu a companhia tocar, não viu quando aquele jovem lobo deixou no chão da porta um pequeno buque com um papel pequeno junto.

Ela só viu o buque e o papel enquanto com lagrimas lhe fazendo companhia foi aos tropeços até a porta e pegou o buque.

Naquele momento em que viu o que estava escrito no papel Emily caiu no chão na entrada de sua casa enquanto abraçava o buque e chorava com o papel em sua testa, ela chorou como nunca chorou antes porque aquele papel tinha palavras de uma mãe que também já perdera um filho.

O tempo passa e com ele passa a dor.

Você não está sozinha.

(Sua prima)

E logo no final do bilhete tinha um telefone, Emily depois de chorar por horas apenas pegou o telefone e discou o número.

—Alo? Estamos aqui para tudo, você não está sozinha pode nos dizer tudo sem medo. —A voz de um jovem homem falou enquanto que Emily em meios as lagrimas começara a narrar sua dor.

—Olá, me chamo Emily e perdi meu filho... —Ela começou a dizer enquanto que uma chuva caída do lado de fora e com ela Emily soube que sua dor estava deslizando para longe.

Pela primeira vez em quase quatro anos, Emily agradeceu a ajuda de sua prima.