Hello, Goodbye

1x02 - Gives You Hell


POV Ryder

Na outra ligação, descobri que não havia sido escolhido para ser o protagonista, mas que devido ao meu talento demonstrado numa peça da Broadway, resolveram me escalar para um outro personagem bem próximo dos protagonistas. Não fiquei triste com a escolha do diretor, mas só em saber que meu talento foi o que me salvou no filme, dei pulos de alegria na minha casa. Aproveitando aquela ligação, resolvi fazer outra proposta.

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– Aproveitando que você está falando comigo, eu poderia saber se já escalaram alguém pra ser a melhor amiga da protagonista?

– Ainda não, mas você tem alguma sugestão, Ryder?

– Tenho sim. Uma amiga minha, a Marley Rose, acabou de se formar na faculdade e estava procurando um papel em algum trabalho artístico importante. Será que ela poderia fazer um teste nesta semana?

– Claro! É só me dar o número do telefone dela e eu converso sobre isso. - Dei o número da Marley, agradeci e desliguei a ligação.

Você deve estar se perguntando o porquê de eu ter feito isso. Bom, a Marley é uma daquelas pessoas que eu conheço desde o meu nascimento. Fomos vizinhos durante toda a infância e adolescência. Fui eu quem a ajudou a escolher o curso perfeito na faculdade. Mas a verdade verdadeira é que eu sempre gostei da Marley. Não como amigo, mas como se fosse um amor que só cresce a cada vez que eu vejo ela. Resolvi então ajudá-la mais uma vez, e quem sabe as coisas mudem a partir deste filme?

No dia seguinte, acompanhei Marley até os estúdios. Ela fez o teste brilhantemente, e aí...

– Parabéns, Marley! Você conseguiu o papel!

– Sério? Ah, obrigada! - ela agradeceu e logo veio ao meu encontro.

– Meus parabéns, Marley. Você merece!

– Obrigada, Ryder. Acho que eu nem estaria aqui se não fosse por sua causa.

– Sem querer me gabar, mas é claro que você não estaria aqui se não fosse por mim.

Marley me deu um longo abraço e depois foi pra casa. É incrível como ela consegue me impressionar todos os dias só sendo o que ela é.

POV Rachel

Na segunda-feira da semana seguinte, eu acordei bem cedo e fui uma das primeiras a chegar no estúdio. Eu não queria perder mais uma reunião. Cheguei antes da minha própria agente, a Cassandra – legal, agora sou eu que vou discutir atrasos com ela. Enfim, lá pelas 9h15 da manhã, todos já haviam chegado, menos o outro protagonista, que interpretaria o meu chefe, Austin Miller. Então, o diretor Artie começou a reunião.

– Bem-vindos à primeira mesa de leitura do filme “New Year's Challenge”. Antes de mais nada, eu queria apresentar todos do elenco: Rachel Berry, Ryder Lynn, Marley Rose, Santana Lopez, Kitty Wilde, Jake Puckerman e... - alguém entrou pela porta principal. Na hora reconheci aquele rosto. Ah, droga, era o cara que quase me atirou na lama! Enfim, Artie continuou: - E finalmente, Finn Hudson, que chegou atrasado pra variar.

– M-me desculpem, é q-que... Trânsito, sabem como é! - Ele tentou se justificar, mas só gaguejava quando olhava pra mim. Não acredito que aquele idiota da rua vai ser meu par!

– Finn, sente-se ali ao lado da Rachel Berry. - Artie indicou o pior lugar no qual Finn poderia se sentar. Mas ele acabou fazendo isso. E quando se sentou, sussurrou:

– Pensei que não te veria mais.

– Interessante, eu também pensei que você havia sumido da Terra.

– Mas agora teremos de contracenar juntos. Trégua?

Então ele pensa que pode ter uma trégua comigo só por causa de um filme?

– Não vou te dar uma trégua. Pelo contrário, vou te infernizar. - acho que eu estava quase gritando, pois todos os olhares da mesa se voltaram para mim e Finn.

– Estavam se entrosando? - Uma das atrizes, Santana Lopez, provocou na hora.

– Não, é que nós já nos vimos antes. - Finn se justificou. Logo perguntaram como, e ele explicou todo aquele incidente da minha queda e tal.

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– Então vocês não são muito amigos. Vai ser difícil controlar o ódio dos dois – Artie concluiu, mas logo voltou à rotina e entregou os papéis com as primeiras falas para a gente. E o pior é que minha primeira cena já envolve o Finn e seu personagem, Austin. Eu estaria comentando com Linda (personagem da Marley Rose) que eu estava quase conseguindo um número musical na Times Square quando Austin me chamaria para conversar e aí vocês já sabem o que acontece: ele manda Katie (eu) trabalhar na noite da virada. Ensaiamos a cena ali mesmo, e eu só lançava olhares ferozes para Finn.

POV Finn

Ótimo, aquela garota reapareceu na minha vida. Com nome, sobrenome e tudo a que eu tivesse direito. Rachel garantiu que iria me infernizar enquanto trabalhasse comigo naquele filme. Eu estava com uma grande vontade de desistir da ideia, mas como era a minha grande chance, não podia deixar escapar. Após a mesa de leitura, Rachel esbarrou comigo no estacionamento.

– Legal, agora tenho de encontrar você todo santo dia. - ela resmungou.

– Não vai ser todo dia. Tipo, tem o sábado e o domingo. - ironizei.

– Haha, muito engraçado isso que você disse. Saiba que eu vou infernizar a sua vida até você desistir do filme. Ou até tudo isso acabar, aí eu espero que você desapareça.

– Eu digo o mesmo, recalcada. - provoquei.

– Então tá, convencido.

– Arrogante.

– Cínico.

– Você também é cínica.

– Chato.

– Linda. - Espera, o que foi que eu disse?

– O que você disse? - Rachel perguntou. Fiquei sem ação e logo entrei no carro, morrendo de vergonha do que eu acabei de falar. Tipo, porque eu chamei uma garota chata de linda? Deve ser mais uma consequência daquela doença crônica chamada “estresse”.

Fui pra casa só pensando no que eu havia dito. Será mesmo que eu falei por acidente? Ou foi porque eu quis? Ainda me sinto muito confuso quanto a isso.