Suspirei fundo... Parte de mim queria tanto dizer a John que ainda o amava... Mas engoli a seco.

Quando criei coragem para responder ouvi o estrondo de alguém chutar a porta do carro e o impacto fez com que John praticamente caísse no meu colo.

- Filho da puta! - gritou.

John subiu os olhos já fervendo de raiva para a janela e se deparou com um homem bronzeado de cabelos castanhos, bêbado. Obviamente bêbado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O homem gritava com uma garrafa de cerveja na mão como um louco. E levantou a garrafa ameaçando quebrar o vidro do carro.

Feito isso John se levantou do meu colo em um solavanco sacando a pistola que permanecia em sua cintura com raiva.

- John... – gritei puxando seu braço com força. – Deixe isso quieto, vamos para casa.

Ele não ouvia palavra alguma e devido à força dele não aguentei segurar muito tempo.

A porta do carro foi aberta com violência e eu me calei ouvindo em seguida uma garrafa sendo quebrada. Rezei mentalmente de olhos fechados para que John estivesse bem... Mas afinal por que eu estava fazendo isso? John... Contra um bêbado qualquer? É lógico que ele estaria bem.

Mas mesmo assim minhas unhas cravaram no banco quando ouvi três tiros serem dados e a gritaria das pessoas.

Novamente a porta do carro foi aberta e John entrou apressado pisando no acelerador sem dar uma palavra até chegarmos à frente de uma casa branca, com portões grandes e convidativos. Ele parou o carro e eu ainda absorvia a adrenalina de minutos atrás.

Tentando absorver o que aconteceu e mudar de assunto perguntei.

- É aqui que você mora?

- Sim. – respondeu vago. Olhando para a casa. – Gostou?

Assenti envergonhada e nenhum de nós dois saiu de dentro do carro.

- Você não respondeu a minha pergunta. – disparou me fitando.

- Quer saber se eu te amo? – meu coração palpitou e o ar faltou diante da possibilidade de falar a resposta.

- Quero. – respondeu firme.

O silencio pairou nos cinco minutos seguintes e eu só queria sair correndo dali para fugir da resposta. Eu não estava psicologicamente pronta para responder aquilo.

Ou talvez isso fosse só uma desculpa... Sou uma ex-psicopata em andamento para ser uma pessoa normal... Pressão psicológica sempre foi o de menos.

John me encarou mais profundamente e chegou perigosamente perto a ponto de eu ouvir sua respiração... Ele não tinha mais o cheiro de nicotina de antes e eu me perguntei se ele havia parado de fumar desde que não nos víamos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.