A Hiyori chegou e sentou naquele balanço ao meu lado e eu não sabia o porquê de sempre acontecer à mesma coisa, tipo sempre acontecia à mesma coisa e eu tive de me apresentar não é, mesmo em sonho não quero parecer um maluco. Depois de me apresentar a ela eu meio que bati um papo com ela e não se passou nem 10 minutos e eu já falei para sairmos dali.

Vamos para outro lugar, aqui é muito chato – falei com um rosto sério.

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Não, eu quero ficar aqui no parque – Ela disse com aquele sorriso lin... quer dizer aquele sorriso normal que apenas ela faz, que ninguém faz igual, quer dizer, ele não é bonito ou algo do tipo, mas por algum motivo é especial e se diferencia de outro sorriso entendeu?

Por quê? Vamos. Por favor – Falei com cara de cachorrinho triste. Não sou de fazer isso mais eu tinha que fazer não é não queria vela amassada por um caminhão de novo.

Tudo bem, tudo bem – ela falou derrotada – aonde você acha que deveríamos ir?

Ali ó – falei apontando de novo para a escada, tá eu sei que não fui naqueles dois últimos lugares por que ela meio que morreu neles, mas eu acho que tem alguma coisa especial lá e talvez eu encontre alguma pista do por que isso esta a acontecer ou de como evitar a morte da Hiyori.

Por quê? O que tem depois daquela escada? – ela perguntou ainda sorrindo.

Eu não sei – Admiti – Mas o meu amigo disse que depois de subirmos aquela escada encontramos um atalho para ir ao parque de diversões – falei mentindo, eu nem sei se existe um parque nessa cidade.

Sério? Eu adoro parques de diversão – ela falou com estrelas nos olhos – vamos logo, vamos logo. – ela disse correndo na direção da escada.

Espera – eu gritei segurando a mão dela, eu sentia que se eu a perdesse de vista por um milésimo de segundo ela iria morrer novamente. Como? Eu não sei talvez atropelada, esmagada ou perfurada ou arranhada e queimada ou talvez um avião caia em cima dela. Existem mais de mil formas de morrer não é.

Ela corou um pouco, ai eu também corei um pouco até perceber que estava segurando a sua mão, eu não sei quem estava mais vermelho, nós dois parecíamos um pimentão.

Me desculpe – eu falei ainda segurando a sua mão – mas você não percebeu que o sinal ainda esta vermelho? – eu disse apontando para um semáforo que estava perto da calçada.

A é, nem vi – ela disse rindo um pouco – mas não faz mal – ela falou com um sorrisinho no rosto – sua mão é tão quentinha.

Meu rosto parecia uma Cereja ou alguma coisa vermelha, eu então soltei a sua mão e então quando o sinal ficou verde eu voltei a segurar a sua mão e comecei a correr pela facha de pedestres o mais rápido possível, pois a escada ficava do outro lado da rua, a Hiyori não teve escolha se não me seguir, pois eu segurava a sua mão. Aquele gato já havia sumido faz tempo, eu não sei, aquele gato deve significar alguma coisa. Fiquei pensando isso até chegarmos à escada.

Vamos subir então - falei subindo a escada segurando a mão dela, pois se eu soltasse com certeza ela iria cair e morrer, eu tinha a certeza que qualquer coisa que ela fizesse poderia mata-la até mesmo coisas do dia a dia como andar.

Chegamos lá encima cansados. Mesmo com poucos degraus agente havia cansado por causa da correria que fizemos então eu coloquei a minha mão nos joelhos e comecei a ofegar, enquanto a Hiyori passou a frente e se encostou na grade da escada. Eu não disse que se perdesse ela de vista por alguns segundos ela iria morrer, então, eu estava certo. Mas ela não morreu não.

Eu comecei a correr mesmo cansado, eu precisava correr, não iria deixa-la morrer novamente, a agarrei e então a tirei daquela grade que havia caído na estrada abaixo da ponte. Como assim? Você deve estar se perguntando, bem aquela escada ficava na calçada do outro lado da rua, então quando subíamos a escada ela levava a uma mini ponte que ficava lá do outro lado para poder atravessar outra estrada. Nem sei por que aquilo estava ali, era meio inútil, pois quase ninguém a usava.

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Bom voltado ao assunto ela havia se segurado em mim e então eu cai encima dela, sabe, ela ficava deitada no chão e eu encima dela.

Uau – ela falou muito corada – Como você sabia disso?

Bem... é que essas grades vagabundas não são bem presas sabe? – falei muito mais corado que ela.

Você é meu herói – ela disse me puxando para ela e me dando um super abraço, para vocês saberem ainda estávamos no chão.

Eu apenas retribuo o abraço, o porquê eu não sei, só sei que aquela sensação era muito boa. Então ela me soltou, e se levantou, obvio que eu também me levantei, mas ainda estava com o rosto um pouco corado.

Você me salvou – ela disse sorrindo – se eu tivesse caído, nem sei o que poderia acontecer, na pior das hipóteses eu poderia morrer.

Não foi nada – falei com um sorriso – Eu só não queria que alguém importante para mim se ferisse, ou pior – falei tirando o sorriso do meu rosto que eu não sabia como ou o porquê de ele aparecer ali, eu só sei que apareceu.

Eu sou importante para você? – ela disse um pouco corada e apontando para ela mesma – Você não me conhece nem a meia hora – ela falou com um sorriso – a não ser... – ela disse isso alongando o “Ser” – que você esteja apaixonado por mim.

Eu não sabia o que falar, apenas corei muito e falei – E-eu A-apaixonado? Nunca – falei – você esta imaginando coisas – falei já não muito corado – é que todos os meus amigos são importantes para mim, só isso.

Sei... – ela falou com um olhar desconfiado – Então vamos descer a escada?

Claro – eu falei, e por algum motivo quando eu disse isso ela segurou a minha mão.

Quando descemos a escada... eu o vi, ali parado escorado no poste do outro lado. Eu apenas sai correndo dali. Ela me olhou com um olhar confuso, mas apenas me seguiu.

O que foi? – ela perguntou preocupada.

É que eu vi uma pessoa que não quero ver agora. – Falei num tom normal.

Quem? – ela perguntou ainda com seu olhar confuso.

Não da para explicar agora. Eu explico depois tudo bem? – falei ainda correndo do garoto vermelho sangue que se chamava Heat.

Ta bom... – ela disse.

Ficamos correndo sem rumo até um bairro cheio de casas bonitas, parecia um bairro de gente rica. Sentamos-nos na calçada e ficamos lá por um tempo sem falar nada pois estávamos sem ar. Eu olhei para o lado oposto de Hiyori e vi o Heat sentado do meu lado.

Acha que pode fugir de mim? – ele falou para mim com aquele sorriso dele que me arrepiava – Se acha, pode parar de tentar.

O-o-o q-q-que? – falei surpreso e com um pouco de medo até olhar para a Hiyori que me olhava com um olhar confuso.

O que foi? – Ela me perguntou.

Você não o vê? – falei apontando para Heat que ainda estava sentado do meu lado.

Ver quem? – ela falou com o olhar confuso.

Eu apenas estranhei olhando para ela e para Heat sucessivas vezes até me levantar e segurar a mão de Hiyori novamente apenas andando para o lado oposto de Heat. Só andamos e quando olhei para trás o Heat não estava mais lá. Suspirei aliviado e ainda segurando a mão dela.

Você esta bem? – ela me perguntou – Você esta delirando por causa do calor?

Não... – falei – Você é que é sega e não viu aquele besouro no meu braço.

Era de um besouro que você estava falando? – ela disse.

Sim, um besouro bem grande – disse um pouco sorridente – você só pode estar a precisar de um óculos, pois não viu aquele ser colossal.

Colossal? Era tão grande assim? – ela disse curiosa – Deixa para lá, eu não quero saber, só quero saber o porquê de agente correr.

Fiquei calado e continuando a andar, ela pelo visto não ligou apenas continuou a andar e chegou mais perto de mim, eu percebi, mas fingi não perceber, pois nem ligava.

Quando paramos de andar já estávamos em uma praça da cidade que tinha um lago e alguns bancos, nós nos sentamos em um banco e quando eu estava a começar a lhe explicar o por que daquela correria, aconteceu aquilo...

Sério? Tinha de acontecer isso logo agora? Por algum motivo um pneu de moto bateu em sua cabeça, sério? Quando agente estava a se entender ela morre? E de um jeito horrível. Olhei para trás e quando vi a estrada atrás de nós havia a maior algazarra, vários carros e algumas motos estavam todos batidos uns contra os outros e uma das motos estava sem o seu pneu. O Heat estava no meio de tudo aquilo. E nem tive coragem de olhar para Hiyori, mas dei uma espiadela e vi que ela estava um tanto quanto morta. Sua cabeça meio que explodiu. Eu estava cheio de sangue e por algum motivo cai de joelhos no chão e comecei a chorar.

Por quê? – Falei um pouco baixo – Por que você faz isso comigo? – gritei, levantando do chão olhando para aquele ser vermelho que já estava na minha frente.

Bom... – Ele disse sorrindo – Você logo saberá o porquê.

Ele tocou minha testa e eu desmaiei no chão e cai do lado da Hiyori.

–-

Odeio esta sala, não queria estar aqui, eu estava me entendendo com a Hiyori e aquele ser por algum motivo vai e aparece, e a Hiyori morre. Os relógios eram muitos, a sala era toda escura, e ela parecia sem fim, e a única coisa que eu via aqui eram relógios. Olhei para o lado e lá estava ele.

Por que você me odeia? – falei com algumas poucas lágrimas nos olhos – Por que você odeia a Hiyori?

Eu não odeio você – ele disse com o seu horrível sorriso – eu tenho que fazer isso por um único motivo, e aquela garota ela também tem o seu motivo para estar ali.

E qual é – eu disse já sério.

Você terá de descobrir sozinho – ele disse indo na direção de um relógio e passando a mão nele, o deixando sujo de sangue. Bom pelo menos parecia sangue.

Mas como? O que eu tenho que fazer para acabar com isso? – Falei gritando.

Ele veio em minha direção novamente e ficou na minha frente falando uma única frase – Isso Nunca ira acabar – Ele disse com aquele sorriso crescendo de algum jeito.

Hã? – Falei com um pouco de medo na voz – Como assim?

Ele não disse nada, apenas sumiu dali virando vapor.

–-

Acordei novamente, porém desta vez acordei com algumas poucas lagrimas nos cantos dos olhos – Por quê? Por que estou chorando? – falei com algumas lagrimas a mais nos olhos – será que estou começando a gostar dela? – Disse com mais lagrimas a aparecer – Não. Não posso gostar dela, ela nem deve existir, e se existir ela vai morrer, me fazendo sofrer. – Eu falei já começando a chorar muito. Coloquei as minhas mãos nos olhos e me encolhi.

O pior é que eu não descobri nada de relevante desta vez – falei desanimado e já parando de chorar – Não acredito nisso.

E quando reparei tinha umas manchas vermelhas na minha camisa, só que quando fui ver se era sangue novamente, as manchas eram meio que permanentes, elas pareciam fazer parte da camisa.

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O que será que ela fez para ele? É apenas uma menina doce e gentil. – Falei com a voz triste – O que será que eu fiz para ter que ver as cenas horríveis de uma menina que amo – Tá eu admito eu realmente estou gostando dela – morrer a hora inteira.

Eu tenho que descobrir tanta coisa – falei meio triste – por que logo eu, o que eu tenho de relevante?

Eu não sei se vou conseguir salvar a Hiyori da morte, se vou descobrir o que fazer para isso acabar e se vou descobrir como parar o Heat, só sei que tenho de tentar. Pela Hiyori.