Heart By Heart
Porque com o meu pai?
Saímos da sala, passamos por nossos armários e fomos em direção à saída da escola. Pude perceber que o Bryan em pouco tempo aqui na escola já tinha se enturmado, ele dava tchau para varias pessoas pelo caminho.
-Sua casa é pra la – ele apontou pra direita – ou pra cá? – ele apontou pra esquerda.
-É pra ca, vamos. – disse me referindo ao lado direito.
-E ai, o que acha de me contar um pouco mais sobre você para uma amizade legal? – ele ri e eu também.
-Não gosto de falar muito da minha vida, afinal não tem nada de interessante. Mas ok – sorri. – Meu nome você já sabe, então eu tenho 16 anos e moro com minha família. Não sou muito de ter amigos, mas não pense porque eu sou revoltada ou qualquer outra coisa e sim porque talvez ninguém goste de mim. –sorri.
-E porque alguém não gostaria de você?
-Boa pergunta, não sei.
-Isso só pode ser inveja, você é linda, inteligente e simpática. - corei.
-Acho que não – olhei pro chão. – agora é sua vez – olhei pra ele e ele sorriu.
-Bom, eu tenho 17 anos, mas não pense que repeti de ano – eu ri. – apenas entrei atrasado. Eu moro apenas com a minha mãe, porque meu pai morreu representando o exercito americano em um confronto. Eu não tenho lembranças dele, porque quando ele se foi eu tinha apenas 1 ano.
-Sinto muito – eu disse.
-Como você disse que não tem muito o que falar, eu também não. Apenas isso. – assenti.
O tempo que eu levo de 10 minutos ate em casa, passou mais rápido de tanto que conversamos.
-Bom é ali que eu moro. – apontei.
-Eu já sabia.
-Como?
-Eu sou seu vizinho da frente.
-Serio?
-Seriíssimo.
-Que legal. – sorri. – vou entrando, até amanha Bryan.
-Até.
Virei em direção à porta, para entrar e não pude deixar de perceber que tínhamos visitas pelo carro que estava parado na frente. Entrei em casa e me deparei com a minha mãe de cabeça baixa e aparentemente chorando e um homem que a olhava.
-Oi mãe, cheguei. – ela levantou o rosto. – O que aconteceu?
-Filha – ela me olhou triste. - Você vai ter que ser forte.
-Como assim forte mãe, o que aconteceu?
-Não sei como te falar
-Fala logo, isso está me assustando. – ela levantou do sofá e veio até mim, colocou as mãos em meu rosto.
-Seu pai morreu. – Não pode ser como? Por quê? Vi meu mundo desabar ali, naquele momento e a única reação que eu tive foi de correr para fora de casa em direção ao jardim da frente. Escutei minha mãe gritar meu nome, mas não me virei e continuei. Me sentei, e abaixei a cabeça, o choro veio em dilúvio e não conseguia controlar.
-Porque com o meu pai Deus? – gritei entre muitas lagrimas.
POV BRYAN
Cheguei em casa, e não tinha ninguém. Subi e me joguei na cama, mas logo fui interrompido por um barulho de alguém chorando e chorando muito. Sai na sacada do meu quarto que dava pra frente para a casa da Clary e a vi sentada na grama chorando. Será que seria conveniente eu ir ver o que aconteceu? Será que ela vai me achar intrometido demais? Quer saber, foda-se. Desci as escadas correndo, abri a porta e sai. Quando cheguei ao seu lado, ela nem percebeu minha presença de tanto que chorava. Então me sentei ao seu lado.
-Clary – ela não disse nada. – Clary, não sei o que aconteceu e nem sei se você vai me achar intrometido demais, mas poxa eu escutei você chorar e não pude deixar de vim ver o que aconteceu.
-Meu pai morreu Bryan, morreu – ela disse sem levantar a cabeça. Não tive outra reação a não sei abraça-la por cima de seus ombros, e pra minha felicidade ela correspondeu me abraçando forte e chorando em meu peito.
-Eu sinto muito Clary, mas pode ter certeza que eu estou aqui pra te apoiar nesse momento.
-Obrigada – ela saiu do abraço. – Obrigada mesmo – tentou limpar as lagrimas.
-Magina
-Acho melhor eu entrar, estou precisando ficar um pouco sozinha para pensar. – ela se levantou e eu fiz o mesmo.
-Isso, fora que está muito frio para uma menina linda assim ficar passando frio aqui. – fiz um carinho em suas bochechas.
-Vou subir beijo – ela me deu um beijo na bochecha e entro em casa.
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