Hate You

Copo d’água


— Durante a Guerra Fria várias organizações secretas surgiram para proteger as informações de seu país e governo e conseguir as das nações inimigas. As duas mais famosas vocês já conhecem: KGB e CIA.

A plataforma dá uma parada fazendo algumas das meninas perderem o equilíbrio quase derrubando Minzy para fora dela, mas a plataforma tinha um campo de força invisível em volta dela para evitar acidentes como esse. A plataforma tinha parado para dar passagem à outra que cruzava o seu caminho. Nela havia alguns cientistas parados ao lado de um robô que eles consertavam.

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A outra plataforma segue seu caminho deixando as garotas de boca aberta outra vez. Em seguida a em que elas estavam volta a mexer.

— Desculpe me, esqueci de avisar para se segurarem. Mas continuando. A Coreia também resolveu criar sua própria organização secreta, e assim surgiu a HBS, “Sociedade Secreta Coreana”, que tinha os mesmos objetivos das outras.

— Nunca ouvi falar dela.

— Exatamente, ela era uma das melhores e mais secretas que já existiu. Por isso apensa membros dela a conheciam.

— Então como você sabe que ela existe?

— Meu pai pertenceu a ela. Mas a deixou quando a guerra acabou.

— Com licença. – disse Bom – Não queria ser mal educada mas o que isso tem a ver com a YG Spy?!

— Oh sim. Quando meu pai saiu da HBS nenhuma de nós sabíamos da existência da organização. Alguns anos mais tarde quando eu já estava na Seo Taiji and Boys ele revelou a mim e aos meus irmãos que ele era um agente secreto. Logicamente nós nos surpreendemos com a notícia, principalmente eu. Eu sempre fui fã de espiões quando criança, então saber que meu pai era um deles foi ótimo! Quando eu não estava com a banda eu pedia para meu pai me contar como era ser espião. Ele me mostrou golpes, falou alguns pequenos segredos do governo, basicamente me contou tudo que um espião fazia. Ah sim criei minha segunda paixão: a espionagem. Mas minha paixão maior sempre foi a música, então eu não podia abandonar meu sonho tão fácil. Por isso eu basicamente esqueci de que meu pai era um espião. Até o final da década de 90, depois de eu abrir a YG Entertainment. Eu estava me dedicando totalmente a música, embora a Seo Taiji and Boys não existisse mais e eu não era mais cantor. Foi quando meu pai foi assassinado.

Todas ficam em silêncio. A plataforma para na frente de uma parede e começa a descer. Elas não tinham nem percebido o quanto já tinham “andado”.

— Logo após sua morte eu comecei a lembrar do que ele havia me ensinado sobre os espiões e tal. Foi quando eu pensei “Por que não usar isso para combater o crime?”. Mas como? Embora as organizações ainda existissem elas não estavam tão ativas quanto a dez anos. Eu estava em meu escritório quando me perguntei isso. Comecei a olhar envolta. A YG estava cheia de jovens que poderiam servir como espiões. Só precisávamos treiná-los.

A plataforma chega ao chão. Young anda em direção a porta metálica a sua frente e coloca um fio de cabelo dele sobre um recipiente ao lado dela. Um scanner azul passa por cima do fio e depois se torna verde, confirmando a entrada.

A porta começa a se desmaterializar mostrando um cômodo escuro.

— Resolvi assim então criar a YG Spy. Enquanto os novos talentos da empresa treinam para seu futuro debut eles também treinam suas habilidades de espionagem para que, em ocasiões como essa, eles sirvam a empresa.

— Como assim “ocasiões como essas”? – pergunta CL.
Quatro cadeiras brancas vêm por trás delas e param embaixo delas as fazendo cair sobre o assento. A porta se rematerializa e a luz se acende mostrando um escritório tecnológico, quase uma versão futurística do escritório onde à meia hora estavam. As cadeiras se movimentam novamente indo em direção a uma mesa de vidro onde sentado em uma cadeira parecida com a de “I Am The Best” atrás dela estava Young Hyun-suk.

— Tenho uma missão para vocês, espiãs.

— Nós... espiãs? – gagueja Park Bom.

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— Sim.

— Ow claro. – fala CL olhando para as meninas. Em seguida as quatro começam a gargalhar loucamente.

— É sério cadê a câmera? Essa pegadinha foi a melhor que eu já vi! – Minzy não parava de rir.

— Vocês não acreditam em mim, não é?

— Eu estava até acreditando quando você falou de seu pai e tals. – dizia CL – Mas aonde nós somos espiãs?! Como a Bom vai conseguir lutar?!!! – ela ri enquanto Bom diz um “Ei” de reprovação.

— Bem, se vocês não acreditam em mim. – disse ele girando na cadeira – PEGA! – ele dá a volta completa e atira dois tijolos de pedra maciça em Bom.

Ela pula dá cadeira dando uma cambalhota no ar de costas desviando do primeiro e depois protege seu rosto com o antebraço do outro, que ao o atingir se parte em dois.

Bom abaixa o braço lentamente observando o que ela fez com uma cara de assustada. CL, Minzy e Dara a olhavam de boca aberta enquanto Young apenas sorria enquanto apoiava seus cotovelos na mesa cruzando os dedos de suas mãos.

— Agora acreditam em mim? – falou apertando uma parte “touch” da mesa fazendo um copo da água aparecer sobre uma mesa. Em seguida ele dá um gole. Ele aperta outro botão e mais quatro copos da água aparecem – Aceitam?

–------

Young Hyun-suk dá seu último gole de água enquanto observava as garotas paralisadas em suas cadeiras, exceto por Bom, que ainda estava de pé. CL era a única que se mexia. Suas mãos estavam trêmulas e seguravam o copo d’água, que já estava vazio, mas a garota continuava a levá-lo a boca como se ainda houvesse uma gota do líquido dentro do recipiente. Young coloca seu copo na mesa e se levanta passando a mão na frente dos olhos de Dara e Minzy que continuavam a olhar para Bom. Young dá um estalo de dedos fazendo CL derrubar o copo no chão, que se parte em vários pedaços. Em seguida as outras três dão um leve pulo devido a o susto levado com o barulho de vidro se quebrando.

Os cacos de vidro desaparecem como hologramas e lentamente Park Bom volta a se sentar em sua cadeira branca. Todas as meninas dirigem seus olhares ao seu chefe.

— Então, querem saber a missão?

Elas balançam a cabeça positivamente de boca aberta. Young gira sua cadeira e retira um controle remoto de uma mesa atrás dele. Ele aponta o controle para a parede branca atrás deles que tinha uma pequena cascata passando a sua frente. Nela se projetou um símbolo com as letras “y”,”g” e “s”. As paredes laterais se afastam e a largura da cascata aumenta junto com o símbolo. A cascata acaba se tornando um grande telão.

Uma imagem da Terra aparece com vários pontos vermelhos espalhadas por ela. O homem aperta outro botão do controle e uma das luzes se torna verde.

— O que são esses pontos?

— Locais que necessitam da ajuda da YG.

O ponto verde era sobre a área do globo que correspondia a Coreia do Sul. A imagem vai se aproximando e indo quase a divisa das duas Coreias, mas na verdade ela estava se direcionando a última cidade antes da divisa: Luoes. A imagem mostrada se torna uma vista de uma das ruas da cidade que agora está toda devastada por causa da explosão.

O coração de CL acelera.

— Como vocês tem imagens térreas do local?! – disse Dara – Ninguém consegue entrar na cidade, o governo a fechou totalmente!

— Simples: drones. – ele aperta outro botão do controle e outro controle remoto surge em sua mesa, só que parecia com um controle de carro elétrico de brinquedo – Quer experimentar, CL?

— Ahn... si..im. – ela põe a mão no controle lentamente e começa a mexer nele, movimentando assim o drone e a visão delas da cidade. O local estava arrasado: a cidade tinha virado praticamente um deserto plano de areias cinza. Apenas alguns prédios pequenos resistiram a explosão, porém estavam bem desgastados e faltavam vários tijolos.

— Minha... nossa. – falava Minzy.
CL continua a mexer no controle mas o drone havia parado de se mover.

— O que aconteceu?

— Não sei, é como se ele estivesse batendo em algo, mas não a nada ali.

De repente o drone dá uma balançada e começa a se mover como se alguém o segurasse.

Uma pessoa de preto começa a aparecer na frente dele e era ela que o segurava. Ela joga o drone no chão com a câmera para cima, assim os cinco puderam ver o rosto do rapaz ruivo antes que ele pisasse em cima do drone o destruindo.

A câmera desliga e a imagem desaparece mostrando a água novamente. As paredes voltam a seu lugar e a cascata fica no seu tamanho normal.

Young gira lentamente em sua cadeira em direção as meninas e posiciona seu controle sobre a mesa.

— Preciso que vocês o peguem.

— CL... não é o... – falou Bom.

— Sim... o cara do meu sonho...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.