O departamento de polícia começa a investigação, um entra e sai de peritos, fotos de tudo, todas pessoas ligadas de alguma maneira a Luiza foram chamados a depor na delegacia, inclusive Sergio, que ri sarcástico ao desligar o telefone, feliz por seu plano estar dando certo.

E o dia foi todo assim, ouvindo testemunhas, buscando digitais, e tentando, com muita dificuldade imagens das câmeras da rua próxima ao escritório de Luiza, precisava de uma autorização especial para acessar as imagens, por se tratarem de câmeras de segurança pública e principalmente por não saberem o horário exato do desaparecimento, precisando assim de mais material.

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Capitã Hanna: Boa tarde pessoal!

Todos: Boa tarde!

Capitã Hanna: Fabian, me atualiza.

Fabian: Bom capitã, periciamos tudo, as únicas digitais eram de Luiza e poucos funcionários, e tem uma que ainda não identifiquei. Falamos com todos próximos a Luiza, exceto o ex-namorado dela, Lucas, ele não atende o telefone, não trabalha mais no hospital, e não estava na suaresidência. Trabalhamos com a hipótese dele ser o sequestrador.

Capitã Hanna: Você passou essas suspeitas para a família dela?

Fabian: Sim capitã. Mas Marina não acredita que tenha sido ele. Todos estranharam a acusação, todos alegam que ele parecia ser um bom homem, mas nós já vimos bons homens fazendo coisas loucas por ciúmes.

Capitã Hanna: Pois é. Continue investigando esse rapaz, ele até agora é nosso melhor suspeito.

Fabian: Ok, Capitã.

Capitã Hanna: João, conseguiu identificar de onde o e-mail foi mandado.

João: Sim, do próprio computador da sala de Luiza, quem mandou esse e-mail estava lá, deve ter chegado antes dos funcionários e ficado lá até Luiza chegar.

Capitã Hanna: E as câmeras, descobriu porque não funcionavam hoje.

João: A empresa de segurança não soube explicar como as câmeras foram desligadas. Eles estão fazendo uma auditoria interna para descobrir o que aconteceu. Disseram que assim que tiverem uma conclusão nos avisa, Fabian os deu duas horas para nos apontar o motivo, se não todos seriam intimados para depor.

Capitã Hanna: Perfeito. Eu vou estar na minha sala, mas se aparecer qualquer novidade relevante me avisem.

João: Ok Capitã.

Otavio estava em uma sala da delegacia, estava acompanhado de Luiz Henrique e Fernanda, não gosta quando vê Sergio se aproximando mas nada podia fazer sobre isso, Sergio caminha até seu filho, sem nem olhar na cara de Otavio.

Sergio: Filho, como você está?

Ele santa ao lado do filho no sofá, e segura seu ombro tentando transmitir conforto ao filho.

Luiz Henrique: Estou com medo pai, nunca pensei que passaria por isso.

Sergio: Ah meu filho, sinto muito por estar passando por isso.

Fernanda: Amor, vou tentar levar meu pai para comer algo, acho que você devia tentar comer algo também.

Luiz Henrique: Não quero sair daqui, mas pode me trazer algo quando voltar, eu prometo que vou comer.

Fernanda: Ok, eu já volto.

Fernanda vai até o pai e o convence rápido a ir com ela ao restaurante, ele queria sair logo daquela sala, ele não queria ter que estar no mesmo ambiente que Sergio. Assim fica só Luiz Henrique e seu pai na sala.

Luiz Henrique: O senhor já depôs?

Sergio: Sim, acabei de sair de lá. Você sabe se tem algum suspeito?

Luiz Henrique: Tem sim, o Lucas. Ninguém o encontra então acham que foi ele. Mas eu não sei se ele seria capaz.

Sergio só abanou a cabeça, ele precisou fazer um esforço enorme para não sorrir quando ouviu que Lucas era suspeito, não esperava que seu plano de incrimina-lo seria tão rápido, ele permaneceu ao lado do filho, queria estar por perto para saber as novidades da investigação.

Otavio acompanhou Fernanda até um restaurante próximo ao hospital, Otavio não sentia fome nenhuma mas resolver comer pois queria estar forte, pensava em iniciar ele mesmo as buscas de Luiza.

Fernanda: Papai coma devagar, vai acabar engasgando.

Otavio: Quero voltar logo para delegacia, não quero perder nenhum detalhe da investigação.

Fernanda: O senhor acham que foi Lucas que a levou?

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Otavio: Não sei filha, não conhecia Lucas muito bem. O pouco que via dele, parecia ser um cara legal.

Fernanda: A Mari acha bem estranho essas suspeitas, ela diz que ele é um bom homem.

Otavio: Eu não sei o que pensar, tenho medo do pior acontecer.

Fernanda: Não diz isso papai, Luiza vai voltar para casa bem, vamos ter fé.

A tarde vai passando e logo anoitece, Fernanda voltou com o pai para delegacia onde encontrou Luiz Henrique sentado sozinho, ela tinha levado um lanchinho pra ele, que também comeu rápido demais.

Fernanda: Amor, você precisa mastigar o que come sabia. Seu pai já foi?

Luiz Henrique: Ele já foi, disse que volta depois.

Otavio: E alguém te passou alguma informação da investigação?

Luiz Henrique: Nada, ninguém veio aqui para me dar notícia. Estou agoniado já.

Otavio: Eu também, me mata ter que ficar esperando.

As investigação estavam a todo vapor, haviam conseguido os vídeos das câmeras de segurança da rua, e nele identificaram o carro de Lucas, o carro levou cerca de 40 minutos parado no estacionamento do escritório, Lucas agora era tido como principal suspeito do sequestro de Luiza, todos ficaram chocados com a notícia, era difícil aceitar. A Capitã Hanna deu todas as instruções para o próximo passo das investigações, iriam mergulhar de cabeça na vida de Lucas, quanto mais informações de Lucas eles tivessem, maior seria a chance de descobrirem aonde ele estava.

Três dias haviam se passado, nesses dias Sergio não foi ver Luiza, ele estava mais interessado nos rumos das investigação, e queria dar apoio ao filho nesse momento difícil, Sergio pensava nisso e ria, estava tão louco que nem lhe incomodava a dor dos seus filhos, Marina também estava arrasada com sumiço de Luiza, mas ele só pensava nele, vivendo ao lado de Luiza até que a morte os separasse. Ele decidiu ir vê-la naquele dia, estava com saudade dela, e tinha que combinar com seus capangas o “acidente” que causaria a morte de Luiza e Lucas. Ele entra no grande casarão por um portão enorme, estaciona e corre para dentro da casa.

Sergio: Boa tarde! Como esta minha mulher?

Capanga: Senhor, ela mal quis comer, e tentou sair do quarto para ver Lucas, nós impedimos como o senhor mandou.

Sergio: Certo, essa bandeja é pra ela?

Capanga: Sim senhor, ia levar agora.

Sergio: Pode deixar que eu mesmo levo.

Sergio sobe as escadas e vai até o quarto onde Luiza estava, ele entra no quarto sorrindo.

Sergio: Bom dia meu amor.

Luiza estava sentada em frente a varanda, olhava para o jardim da casa. Ela olha para Sergio sem esboçar nenhuma reação.

Sergio: Eu te trouxe seu café da manhã. Pensei em tomarmos café juntos, o que acha?

Luiza: Eu não sinto fome.

Sergio: Mas precisa se alimentar, para não ficar doente.

Luiza: Até parece que você se importa.

Sergio começa a ficar irritado com aquilo, ele queria que ela colaborasse, para que eles dois pudessem ser felizes juntos, então para não começar uma briga, ele senta na pequena mesa redonda que tinha no quarto, e começa a comer o que tinha na bandeja.

Sergio: Você podia facilitar as coisas né meu amor, eu não quero ter que partir para o plano B com você.

Luiza: E qual seria o plano B hum, não pode ser pior do que isso.

Sergio limpa a boca e deixa o guardanapo sob a mesa, levanta e vai até Luiza, ele a puxa pelo braço a forçando a se levantar.

Sergio: Eu terei que te machucar meu amor. E vou continuar machucando até você ficar completamente submissa a mim.

Luiza: Você está completamente fora de si Sergio, a ponto de me torturar para me obrigar a fazer o que você quer.

Sergio prensa Luiza na parede e começa a beijar e cheirar seu pescoço ao mesmo tempo que fala com ela.

Sergio: Você não me deixa escolha meu amor.

Sergio cessa os beijos que dava no pescoço de Luiza e ataca sua boca com violência, Luiza tenta afasta-lo mas Sergio era mais forte, o único jeito de afasta-lo foi mordendo seu lábio, mordeu tão forte que começou a sangrar. Sergio se afasta e ri da braveza de Luiza, sem mais tempo ele a puxa com força até a cama onde sem nenhuma delicadeza Luiza é jogada, Sergio deita-se por cima dela, segura seus pulsos e novamente volta a dar beijos forçados em Luiza, mais agressivamente no pescoço e colo, Luiza se debatia por baixo dele tentando sair dali. O pânico era visível em sua voz.

Luiza: Sergio me solta, por favor não faz isso comigo.

Sergio do nada sai de cima de Luiza, que rapidamente se encolhe na cama tentando ficar longe dele, ele olha ela toda encolhida e assustada, começa a andar de um lado pro outro do quarto.

Sergio: Eu estou tentando não perder a paciência com você Luiza, eu não quero te machucar. Mas como minha mulher você tem obrigações a cumprir.

Luiza: Eu não sou sua mulher.

Sergio: (responde gritando) Você é sim. (Respira fundo para não gritar de novo) Viu o que você fez, me fez perder a paciência de novo. Acho bom você começar a me obedecer Luiza, pois não quero ter que te forçar.

Luiza: Você é um maldito Sergio, eu prefiro morrer do que me entregar a você.

Sergio sai do quarto extremamente furioso, ele saiu para não avançar em Luiza e agredi-la, pois essa era a sua vontade naquele momento. Ele desce até a sala e se serve de uma bebida enquanto fala com seu capanga.

Sergio: Meu plano está indo como o planejado. E o doutorzinho, já melhorou dos hematomas?

Capanga: Está melhor sim chefe, ele tem relutado a comer mas algumas vezes a fome o venceu.

Sergio: Eu vou começar o planejamento para me livrar logo dele, quanto antes encerrar a investigação menor a chance de descobrirem a farsa.

***No quarto de Luiza***

A empregada entrava no quarto para retirar a bandeja, ela era bem tímida, as vezes que Luiza tentou falar com ela obteve apenas acenos de cabeça e poucas palavras.

Zuleide: Vejo que a senhora não comeu nada.

Luiza, que estava com a cabeça baixa rapidamente levantou e olhou aquela senhora.

Zuleide: Devia comer, se não vai ficar fraca.

Luiza houve as palavras de Zuleide enquanto observa a senhora colocar um bilhete na mesa.

Zuleide: Volto mais tarde para buscar a bandeja.

Zuleide rapidamente sai, e Luiza corre até a mesa e pega o bilhete que a senhora deixou, com medo de Sergio ou algum capanga entrar ela corre para o banheiro e fecha a porta, não tinha trinco a porta então ela senta escorada na mesma para ter tempo de esconder o bilhete se fosse pega por alguém.

—Mensagem do Bilhete-

Querida Luiza!

Imagino que esteja assustada com tudo o que está acontecendo mas eu preciso pedir que por favor se acalme, acho que provavelmente não esteja se alimentando e tenho que te pedir para comer, se aparecer chances de fuga vai precisar estar forte.

Não se preocupe comigo, nada disso é culpa sua.

Boa sorte meu amor!

Lucas.

PS: Destrua esse bilhete, se descoberto pode prejudicar a Zuleide.

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*FIM DA MENSAGEM*

Luiza terminou de ler o bilhete e rapidamente o rasgou, jogou o papel picotado no vaso sanitário e acionou a descarga, bem a tempo, Sergio entrava no quarto chamando por ela.

Luiza: Vai monitorar até minha idas ao banheiro?

Ela pergunta enquanto vai até a mesa e começa a tomar seu café.

Sergio: Claro que não meu amor. Vejo que decidiu comer.

Luiza: Hum, parece que sim.

Sergio: Que bom, fico feliz de te ver colaborando.

Luiza só ignorava tudo que Sergio falava, queria apenas que ele fosse logo embora. Levou poucos minutos até seu capanga bater na porta e entrar.

Capanga: Chefe, o pacote chegou.

Luiza levantou e ficou observando os dois, Sergio olha para ela e depois olha para o capanga.

Sergio: Ótimo, prepare tudo, finalizaremos o trabalho amanhã de manhã.

O capanga assente com a cabeça e sai do quarto.

Luiza: O que vai acontecer amanhã?

Sergio: Amanhã será o dia de sua morte meu amor, e de Daniel também. Mas o dele é de verdade.

Sergio sai do quarto deixando Luiza sozinha, ela vai até a bandeja e joga ela com tudo na parede.

Luiza: Maldito Sergio.

***

O dia seguinte chegou, Luiza mal dormiu durante a noite, por volta das 08:00 da manhã ouve uma movimentação pela casa, ela olha pela janela e vem o carro de Lucas estacionado com o porta malas aberto, ela fica em pânico, então abre a porta do quarto e sai correndo pelo corredor, foi tão rápido e Luiza estava tão feroz que o único capanga destinado a ela não conseguiu segura-la, ela desce as escadas e corre para aonde o carro estava estacionado, Lucas já estava no lado de fora, tinham injetado nele algo para mantê-lo calmo, e ele estava. Luiza aparece na porta e grita por Lucas, o capanga chega logo atrás e a segura pela cintura, Sergio só observa com raiva.

Luiza: Me solta desgraçado… Sergio por favor, não machuque ele.

Luiza se debatia e chorava.

Sergio: Sinto muito Lu, mas isso eu não posso fazer.

Luiza usa toda sua força e consegue escapar do capanga e corre até Lucas o abraçando.

Luiza: Me perdoa Lucas, me perdoa.

Lucas: A culpa não é sua Luiza, mas se serve de consolo eu te perdoo sim.

Nada mais foi dito, Sergio foi até Luiza e a força o separou dele e a levou para dentro, enquanto seus capangas colocavam Lucas no porta malas, colocavam o cadáver que seria de Luiza no banco de trás do carro com os pulsos e pernas amarrados, e seguem viagem até o ponto do “acidente”.

Sergio arrastava Luiza escada acima, ela estava desnorteada, socava Sergio como podia.

Luiza: desgraçado, maldito, eu te odeio Sergio. Te odeio.

Sergio entra com ela no quarto e sem nenhum cuidado ele a joga no chão, vai até a porta e tranca.

Sergio: Não devia ter saído do seu quarto sem minha ordem Luiza. Agora vou ter que te punir.

Sergio termina a frase e desfere um tapa em Luiza, logo ele desfere outro e outro.

***

Os capangas chegam ao local onde forjariam o acidente, eles tiram Lucas do porta malas e desferem uma coronhada na testa dele, o posiciona no banco do motorista deixam o carro engatado, e estava tudo pronto para empurrar o carro ladeira abaixo, ele assim eles fazem, quando o carro para eles forjam um rastro de gasolina, onde botam fogo, e ficam aguardando a explosão de longe, não demora muito e carro explode.

Os capangas se aproximam do carro e ficam chocados.

Capanga: Liga pro chefe…