Harry Potter em outro ponto de vista

Pedra Filosofal- Capítulo 7


– Eu não acredito que em uma semana a gente não descobriu absolutamente NADA sobre esse Nicolau Flamel. – reclamo para Hermione enquanto arrumamos nossas malas para ir passar o Natal com nossos pais.

– Nem me fala! A gente virou aquela biblioteca de cabeça para baixo e nada. Nadinha. – ela diz enquanto se joga na cama assim que termina de arrumar a mala.

– Espera aí... a gente não procurou na sessão reservada!

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Imediatamente ela levanta.

– Pelas barbas de Merlin! Alissa você é uma gênia. – ela aperta minhas bochechas enquanto dou risada. – Mas como vamos entrar lá?

– Correção: como Harry vai entrar lá, porque nós vamos ficar em casa tranquilíssimas enquanto ele faz o trabalho sujo. – dou um sorriso de canto e finalmente fecho minha mala, então nós descemos até o salão principal procurando pelo moreno. Encontramos ele e Rony jogando xadrez bruxo.

– Isso é bárbaro.

– Isso é muito legal. – Hermione e eu dizemos ao mesmo tempo, respectivamente, e começamos a rir.

– Vejo que arrumaram as malas. – Rony repara.

– Vejo que não arrumou a sua. – Hermione retruca, como sempre.

– Mudança de planos, meus pais vão ver meu irmão Carlinhos, na Romênia.

– Então vai poder ajudar Harry a descobrir quem é Nicolau Flamel.

– Já procuramos em tudo!

– Não procuraram na sessão reservada. – eu digo. – Feliz Natal.

Me viro e vejo os gêmeos conversando entre si e decido ir me despedir deles também. Na verdade é mais pra avisar para eles não aprontarem nada enquanto eu estiver fora.

– Vai pra casa madame? – Jorge pergunta meio que afirmando assim que me aproximo.

– Por que vocês ficam me chamando de “madame”?

– Porque você é a veela mais desleixada que existe.

– EI! Eu não sou tão desleixada. – reclamo cruzando os braços e fazendo biquinho.

– É sim. – os dois dizem ao mesmo tempo e eu bato nos ombros dos dois. – Ouch!

– Acho que é a veela mais forte que conhecemos. – Fred reclama passando a mão no ombro.

– Em minha defesa vocês que começaram. Ah, e a propósito, tentem não morrer de saudades de mim.

– Convencida. – eles reviram o olho.

– Um pouco. – rio e finalmente vou com Hermione até a estação para embarcarmos no trem até a King’s Cross.

Assim que chegamos na estação, o trem chega também. Embarcamos junto com Simas e Neville, pegando a mesma cabine que eles e vejo Mione já pegando um livro.

– Me fala que você não vai ficar lendo a viagem toda. – a encaro enquanto digo reclamando.

– Na verdade... – ela tenta, mas a interrompo.

– Isso mesmo, você ia ler agora não vai mais, vai ficar conversando. – pego o livro da mão dela.

– Alissa, devolve meu livro.

Bufo, vencida.

– Ai ok, toma seu livro. – estico o braço e ela pega o livro, dando um risinho vitorioso. – Vai ficar comigo e com os garotos ou não?

– Vocês vão ficar quietos e me deixar ler?

– Não. – Simas aparece do meu lado, respondendo por mim.

– Então não. Vou ficar com a Lilá e com a Parvati, tudo bem?

– Ok. Se quiser falar de algo sem ser de unhas e quiser dar algumas risadas, sabe aonde ir.

– Alissa, você é uma catástrofe como veela. – ela diz entre risos e vai procurar as garotas.

– Bem, vamos? – viro-me para Neville e Simas enquanto entro na cabine. Logo mais, Dino também chega e ficamos os quatro conversando, comendo doces, contando piadas, rindo alto (até alto demais) e quando estávamos na metade do caminho, adivinhe quem aparece na porta da cabine?

–Alissa eu realmente te odeio, você poderia ter ido pra cabine das garotas comigo pra me fazer companhia e ficar ouvindo elas dizendo sobre as unhas ou sobre os meninos mais velhos. – Mione aparece reclamando enquanto senta do lado de Simas, que está agora no meio de nós duas. Os garotos já estão rindo. – Nem consegui ler!

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– Eu disse que você não ia aguentar. – respondo cantarolando e ela joga um feijãozinho-de-todos-os-sabores na minha cara. – EI!

Quando vou jogar um nela, Dino entra na brincadeira jogando um feijãozinho em mim e eu me distraio, fazendo com que acerte no Simas, que por sua vez joga no Neville.

Uma guerra de feijõezinhos de todos os sabores. A viagem de volta com certeza está sendo a melhor, duvido que vá acontecer de novo. Assim que cansamos, continuamos contando piadas ou pensando no que vamos fazer quando voltarmos a Hogwarts.

– Eu quero aprontar com algum professor. – digo sem mais nem menos.

– Alissa nem pense.

– Hermione, deixa a garota se divertir vai. – Dino me defende.

– Já pensou ela apronta com o Snape? Ia ser fantástico! – Simas diz com os olhos brilhando.

– Por enquanto não Simas, prefiro começar com os mais calmos, tipo o Flitwick ou a Sprout.

– Mas...

– Hermione! – todos dizem com reprovação antes que ela comece a retrucar.

– Ai calma calei.

O trem estaciona e saímos os cinco bem rápido antes que nos obriguem a limpar a cabine. Ao encostar os pés na estação, avisto meus pais e vou correndo dar um abraço neles.

– Mãe, pai. – digo me separando do abraço deles e puxando Hermione, que ainda não achou os pais, pelo braço. – Essa aqui é a Hermione, aquela garota que eu mencionei nas cartas.

– Ah sim, prazer Hermione, sou Adele. – minha mãe se apresenta, estendendo a mão. Meu pai repete o gesto.

– E eu sou Patrick, prazer.

– O prazer é todo meu. – ela estica o pescoço e avista alguém. – Achei meus pais. Boas férias Ali.

– Boas férias Mione. – olho pra trás e avisto os meninos. Sou educada e dou tchau para cada um, depois os identifico para meus pais. – O mais baixinho é o Simas Finnigan, o moreno é o Dino Thomas e o outro é Neville Longbottom.

– Longbottom? Estudei com os pais dele quando estava em Hogwarts, Frank e Alice. – meu pai diz um pouco surpreso até.

– Lis, cadê aqueles garotos que você disse ter ficado tão amiga?

– Qual deles mãe? Fred e Jorge, Harry ou Rony? – continuamos a conversa enquanto começamos a andar até o carro.

– Todos.

– Estão na escola. Rony e os gêmeos iam vir, mas houve uma mudança de planos, já Harry não passaria o natal com os tios nem que pagassem ele pra isso.

– Espera aí, quantos Harry’s tem na sua escola?

– Um só pai, por quê? – percebo a pergunta óbvia que ele estava para fazer e decido esclarecer. – Sim, é o Harry Potter.

– Ah. Uma pena os pais dele terem morrido, James e Lily eram ótimas pessoas.

– Voltemos para assuntos animados. – mamãe muda o assunto enquanto entramos no carro. – Como você entrou para o time de Quadribol?

– Ahn... – penso antes de responder e resolvo desviar o assunto. – AH sim o Quadribol, eu marquei o primeiro gol da partida no meu primeiro jogo, e nós ganhamos!

– Alissa... – minha mãe diz com ar de reprovação.

– Droga. – resmungo baixinho.

– Pode ir falando. – ela insiste enquanto meu pai começa a dirigir.

– Eu estava defendendo o Neville ok? O coitado tinha ido para a enfermaria durante a primeira aula de Quadribol e o lembrol dele tinha caído, dai o idiota do Malfoy pegou e saiu voando dizendo que ia colocar no telhado. O Potter foi pegar de volta, mas ele estava tendo dificuldades e como eu sou uma boa pessoa fui ajudar, só que sem querer a McGonagall viu e ao invés de nos dar uma bronca nos colocou no time!

– Alissa você não tem jeito né?

– Lis você é genial. – minha mãe e meu pai dizem ao mesmo tempo, respectivamente, lógico.

– Nem contei pra vocês, não levei nenhuma detenção! E olha que eu e os gêmeos aprontamos com o Filch.

– O que vocês fizeram? – meu pai pergunta mais curioso.

– Enfeitiçamos a Madame Norrra, a gata dele, fizemos ela ficar toda colorida para o Halloween, só que o Filch viu meu cabelo e fomos parar na sala do Dumbledore. Mas, eu sendo espetacular do jeito que sou, desconversei o nosso querido zelador falando de cabelo. – meus pais riem assim que eu termino de contar.

– Filha, e as aulas? Tem conseguido entender?

– Sim mãe. – digo alto e depois resmungo. – Todas que eu fui, claro.

– O QUÊ?

– Nada não. – resolvo mudar o assunto. – Minhas primas vão passar o Natal com a gente?

– Vão sim, só sua vó não vai vir porque ela anda um pouco irritada e sabe como é.

– Ah ok. Ahn antes de ir pra casa, podemos passar no Beco Diagonal? Preciso comprar os presentes.

– Sempre deixa tudo pra ultima hora não é? – papai reclama e faço minha melhor cara de “cachorro abandonado”. – Próxima parada: Beco Diagonal.

Não demora muito e logo estamos no Beco. Para não irritar meu pai que não suporta ir em lojas, resolvo ir bem rápido comprar os presentes. Compro: um dos livros de um autor chamado Gilderoy Lockhart para Hermione e duas caixas lotadas de doces, uma para Harry e outra para Rony. E não, eu não esqueci de Fred e nem de Jorge, apenas quero ver o que eles vão me dar de presente, porque se for besteira eu mando uma pior ainda.

Assim que chegamos em casa, vou correndo para o meu quarto e me jogo na minha cama, com todos meus bichos de pelúcia e travesseiros. Meu quarto? É uma suíte grande, apenas isso. A cama (de casal porque sou espaçosa demais) é feita de madeira com cor mel, sendo que as extremidades sobem e tem uma cortina rosa nelas, cobrindo a vista da cama. Há um criado-mudo em uma das pontas da cama, e nele estão meu abajur e um porta retrato com uma foto em que estão minha mãe, meu pai e eu no inverno, enquanto eu jogo neve para cima e eles riem para mim.

Não consigo evitar de sorrir ao ver a imagem se mexendo lá no retrato, é como se eu ainda estivesse ali, na hora que tiraram a foto.

Continuando com o meu quarto. No lado oposto da cama tem uma janela, daquelas que dá pra sentar do lado de dentro, com uma cortina cobrindo a luz que vem (minha mãe adora abrir a cortina de manhã, impressionante). O banheiro fica perto da janela. Perto da minha cama, ao lado do criado-mudo se encontra o guarda-roupa, que é feito em madeira branca, com detalhes em dourado. Na parede restante (não a de frente do banheiro, porque ali fica a entrada) fica a minha estante. Na minha estante não tem tantos livros quanto uma estante deveria ter, mas tem muitos pergaminhos com desenhos que eu fiz (modestamente, meus desenhos são lindos) e minhas tintas que uso para colori-los. A maioria dos livros ali é de Quadribol ou de contos de fada. E no chão, é carpete bege mesmo.

Fico admirando meus desenhos um pouco, pensando em que vou desenhar esses dias e só escuto o grito da minha mãe vindo da cozinha:

– LIS, VEM AJUDAR SEU PAI A ARRUMAR A ÁRVORE DE NATAL E DEPOIS JÁ PARA O BANHO! – grito em resposta assentindo assim que ela termina de falar e depois resmungo baixinho enquanto vou saindo do quarto descendo as escadas.

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– Pelo menos ela não pediu pra lavar a louça ou arrumar meu quarto.