CAPÍTULO 53

ENFIM, UMA SOLUÇÃO

—Eu acho que podemos dar uma paradinha, “Avatar”. Afinal de contas, já estamos envolvidos com isso desde a manhã. _ disse Harry, esfregando os olhos.

—Tem razão, Prof. Potter. _ concordou o “Avatar das Trevas” _ Chega um momento em que os textos simplesmente começam a se embaralhar.

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—Um chá seria muito bem-vindo, não concorda? Acho que vou chamar...

Mas nem foi preciso. No instante seguinte, Dobby estava entrando com uma bandeja, na qual havia um bule de chá, duas xícaras e um prato de biscoitos amanteigados.

—Obrigado, Dobby. _ disse Harry _ Chegou em boa hora.

—De nada, mestre Harry Potter. _ disse Dobby _ Esse é o jovem que carrega o espírito do Lorde das Trevas? Todos os elfos comentam isso.

—Mais do que isso, Dobby. _ disse o “Avatar” _ Este corpo que você vê é a fusão de dois irmãos gêmeos, ambos filhos de Lord Voldemort.

—Então quer dizer que há três espíritos coexistindo em um só corpo? Mas isso é muito perigoso. _ disse Dobby _ Se não forem separados e o espírito de Lord Voldemort não for libertado, o resultado poderá ser a morte ou a loucura para o senhor. Diga para Dobby, mestre “Avatar”, o senhor anda sentindo algum problema físico?

—Alguns leves episódios de dor de cabeça, mas que logo passam. Você acha que podem ser sintomas de algo relacionado à Transmigração Compartilhada Forçada?

—Sim, mestre “Avatar”. _ concordou Dobby _ Dobby acredita que elas poderão se agravar, não sei em quanto tempo.

—Então acho bom descobrirmos logo como separá-los, mas não agora. Eu estive pensando, você tem três espíritos coexistindo, mas eles não se comunicam entre si, não é verdade? _ perguntou Harry.

—Exatamente, Prof. Potter. _ respondeu o “Avatar”, concordando com um aceno de cabeça _ Não conseguimos nos comunicar e isso causa certa angústia.

—Então vamos retomar os estudos amanhã. Hoje faremos algo que estou devendo a vocês, já há algum tempo. Vou precisar que você pegue...

Harry explicou o que o “Avatar” deveria trazer. O jovem saiu e, quando retornou, trazia em suas mãos uma fotografia de Lílian e uma de Shiro (Mirela tinha uma queda pelo filho de Camille e Tetsuken Musashi). Então, após a chegada dos amigos, Harry traçou no rosto e no corpo do “Avatar das Trevas” e no seu próprio os símbolos para a viagem ao Limbo. Desta vez o objeto que iria servir de guia para Harry também era uma foto tirada na Maternidade do St. Mungus, logo após o nascimento de Alvo. Nela estavam Harry, Gina e Alvo, recém-nascido. Os símbolos do Círculo de Proteção foram gravados no chão, à volta das camas nas quais estavam deitados Harry e o “Avatar”, já com o Estado Crepuscular induzido. Então...

— “Αυτό τις οδούς που για μένα στον τόπο μεταξύ χώρους, έξω από το χώρο και το χρόνο, ώστε να μπορώ να κάνω ό, τι χρωστάμε και να επιστρέψουν με ασφάλεια, μέσα από τον οδηγό μου” (“Af̱tó tis odoús pou gia ména ston tópo metaxý chó̱rous , éxo̱ apó to chó̱ro kai to chróno , ó̱ste na boró̱ na káno̱ ó, ti chro̱stáme kai na epistrépsoun me asfáleia , mésa apó ton odi̱gó mou”, “Que os caminhos se abram para mim até o lugar entre os lugares, fora do tempo e do espaço, para que eu possa fazer o que devo e retornar em segurança, através do meu guia”) _ murmuraram os dois. No instante seguinte, já não viram mais o quarto. Estavam naquele lugar sem horizonte, céu ou paredes, com um detalhe.

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Estavam sentados em três confortáveis poltronas, à volta de uma mesa de centro, os corpos espirituais de Mariel e Mirela separados. De repente, uma lareira surgiu e o crepitar das chamas criou um ambiente aconchegante. Ali no Limbo era mais fácil criar elementos familiares. Em seguida, uma quarta poltrona de chintz se materializou, com um homem sentado nela. Era alto, magro, com olhos negros iguais aos dos gêmeos, cabelos também negros, com entradas e mãos com dedos delgados e longos, que esmagaram em um cinzeiro o toco do Dunhill que seguravam.

—Voldemort? _ perguntou Harry.

—Sim, Harry Potter. _ respondeu o espírito de Voldemort _ Esta é a aparência que eu teria aos quarenta ou cinquenta anos, caso não tivesse passado pelas várias mudanças no decorrer da minha vida.

—Papai? _ perguntaram Mirela e Mariel, levantando-se das poltronas e se aproximando de Voldemort, que também se levantou e foi ao encontro dos dois jovens, abraçando-os _ Nosso pai, Tom Marvolo Riddle, Lord Voldemort?

—Eu mesmo, crianças. Somente aqui eu posso fazer isso, encontrar meus filhos face a face e abraçá-los como jamais pensei em fazer em vida.

—O senhor pode mudar sua aparência, sem um Feitiço de Transfiguração? _ perguntou Mirela, admirada.

—Aqui não é difícil, Mirela. _ disse Voldemort, mudando para sua aparência de rosto ofídico e em seguida voltando à que utilizava _ Achei melhor aparecer para vocês com uma aparência mais... “normal” do que mostrar o resultado da minha jornada em busca de poder. Assim como os cigarros trouxas que eu fumava em vida, coisa que já não me afetava mais. Aqui, basta conjurar meus “Dunhill fantasmas”, que também não têm cheiro, portanto não incomodam.

—Conseguimos fazer quase tudo, Voldemort. Mas, infelizmente, ainda não conseguimos encontrar um modo de separar seus espíritos.

—Sei que o tempo está correndo e estamos chegando ao nosso limite, mas sei que se alguém pode encontrar uma solução são vocês, Harry Potter. Tenho confiança que vocês nos libertarão. _ disse Voldemort.

—Não está fácil, Voldemort, mas mantenho a esperança. _ disse Harry.

—Estamos procurando em todos os volumes do Necronomicon, papai. E não desistiremos. _ disse Mariel.

—Assim espero, meu filho. _ disse Voldemort _ Falando de outras coisas, Harry Potter, vocês conseguiram desmascarar Lucius Malfoy. Eu sabia de tudo, mas estava impedido pela Cláusula de Submissão do “Contrato de Seth e Anúbis”.

—Sim, Voldemort. _ disse Harry _ Graças ao Necronomicon, Draco e eu pudemos superar a Obliviação que Lucius lançou em Draco. E ainda tivemos a ajuda de Valérie.

—Ela conseguiu ocultar até de mim as suas intenções. Sua Oclumência foi muito eficiente, aliada à sua Metamorfomagia. Quando ela aderiu à Ordem das Trevas, ainda aluna de Beauxbatons, eu senti que ela seria uma promissora aliada. Mas havia alguma coisa que não se encaixava e eu não conseguia descobrir o que era.

—Certa vez ela disse a Draco que estava meio que esperando um sinal, para saber que lado seguir. E ela passou anos planejando e escondendo sua identidade sob vários disfarces, tipo Pooka e “π”. Anos de constante risco.

—Parece que ela acabou recebendo o sinal. _ disse Mariel _ Soubemos que ela começou a esboçar esse plano depois de matar Winky e Slughorn.

—Slughorn foi meu professor. Embora eu tivesse meu foco nos planos, gostava dele e respeitava seu conhecimento. E foi através dele que tomei conhecimento das Horcruxes. Ele descobriu quantas eu havia feito e então eu o aprisionei em um de meus esconderijos, mas ele acabou fugindo e indo parar em Hogwarts. Eu incumbi Valérie de matá-lo e ela cumpriu a missão, mesmo não gostando. Foi quando ela organizou seu plano para destruir o Círculo, que era colaborador da Ordem das Trevas nas atividades do submundo.

—Incrível que para isso ela conseguiu enganar Lucius, inclusive estando ao lado dele e sendo nossa informante. _ disse Harry.

—Lucius era muito inteligente, sabia ocultar seus talentos. Mas era ambicioso demais e muito rancoroso. _ disse Voldemort _ Ele jamais se conformou com algumas coisas, tais como o elo que me unia a Severo Snape, cujo pai era como que um irmão para mim. E também com o fato de que eu queria Draco como meu sucessor e não ele. No final, ele foi vencido por sua ambição e arrogância desmedidas, bem como por seu coração fraco.

—E quanto ao senhor, papai, sempre soubemos da ligação com o Prof. Potter. _ disse Mirela _ Mas notamos que sempre houve honra em seus combates.

—Creio que devo essa ao próprio Harry Potter, crianças. Vocês sabem sobre a Profecia de Sibila Trelawney, pois o fato veio a público, após a minha morte. Poderia ter sido Neville Longbottom, pois ele nasceu alguns dias antes. Mas eu vi Harry Potter como meu reflexo, por ele ser mestiço, assim como eu. Então ataquei sua família no Dia das Bruxas, quando ele tinha pouco mais de um ano. No ataque, algumas características minhas passaram para ele e algumas das dele para mim, mesmo que ele fosse um bebê na época. Por isso nós sempre nos respeitamos, por mais que fôssemos inimigos.

—Depois da sua morte, eu estranhei ter continuado com o dom da Ofidioglossia e passei muito tempo questionando o fato. _ disse Harry _ Cheguei a pensar que você tivesse feito uma Horcrux involuntária em mim, mas Dumbledore me examinou e descobriu que não. Só depois que eu soube a verdadeira razão.

—Claro que sim, Harry Potter. A Ofidioglossia sempre foi um dom seu, embora latente. Lembre-se de que você descende de Ignotus Peverell, o detentor da Capa de Invisibilidade original. _ disse Voldemort _ E ele era...

—... Descendente em linha não direta de Salazar Slytherin. Ou seja, seu ataque apenas despertou meu dom.

—Então isso significa que vocês dois são... _ Mirela deixou a frase no ar.

—... Parentes bem distantes, mas mesmo assim há uma ligação. O suficiente para que eu mantivesse a Ofidioglossia. _ completou Harry _ Confirmando o que Sirius me disse, quando eu estava no quinto ano. As famílias bruxas são quase todas entrelaçadas e a imensa maioria miscigenada com trouxas.

—E ainda bem que é assim, senão nem eu e nem você estaríamos por aqui, Harry Potter. _ disse Voldemort, com um meio sorriso _ Voltando ao assunto atual, tudo isso não era para ter acontecido.

—Como assim, papai? _ perguntou Mariel.

—Na última hora, antes de ir para Avalon, eu havia dado uma ordem para que o “Contrato de Seth e Anúbis” não fosse realizado. Vocês dois teriam nascido no tempo certo e Bellatrix não precisaria ter morrido. Seria o melhor para todos, aquela batalha de Avalon já estava perdida e o meu destino estava selado.

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—Você já sabia que iria morrer naquele dia, Voldemort?

—Eu já contava com aquela forte probabilidade, Harry Potter. Eu e Bellatrix tivemos horas apaixonadas na noite anterior ao sequestro de Ayesha e Sirius Black. Estávamos em um de meus esconderijos, um palacete nos arredores de Chamonix. Ela aceitou de bom grado e por amor a mim, mesmo sabendo que aquilo iria lhe custar a vida.

—E por que foi que as coisas aconteceram daquela maneira? O que foi que deu errado, papai? _ perguntou Mirela.

—Em cima da hora de sair, eu cheguei à conclusão de que Bellatrix e vocês mereciam uma vida melhor, enfim uma vida. Mandei que Pettigrew falasse com Savius Crandall, um dos Death Eaters do meu Estado-Maior, para que ele transmitisse a Bellatrix a mensagem de que o plano estava desfeito e que ela deveria ir para onde julgasse melhor que vocês nascessem e levar uma vida bruxa normal ou o mais próximo disso.

—Em Avalon, Sibila Trelawney estava se passando por Bellatrix, através de Transfiguração Pessoal Completa. _ disse Harry _ Mas Pettigrew nunca disse nada.

—Somente ao final do combate eu soube da verdade. Crandall já servia ao Círculo Sombrio e a Lucius, que já havia iniciado sua escalada na hierarquia da organização, depois forjando sua morte e reaparecendo como “Escuridão”. Ele lançou um Feitiço de Memória em Wormtail, fazendo com que ele pensasse ter cumprido sua tarefa.

—Então mamãe jamais soube que o plano havia sido cancelado. Ela esperou o tempo necessário e no mesmo dia em que Tiago e Lílian nasceram na Maternidade do Hospital St. Mungus... _ Mariel deixou a frase na metade, sendo completado por Harry.

—... Ela deu entrada na Maternidade do St. Mary’s Hospital, onde já tinha um quarto reservado. _ disse o bruxo de óculos _ Sua mãe morreu cerca de três horas depois de dar à luz, pelo menos foi o que nos informaram. Investigamos e descobrimos que, depois da morte de Bellatrix, algumas pessoas foram até o hospital, avisadas pela Dra. Pilkington. Ela foi a obstetra que fez o parto e para quem Bellatrix deu instruções para entrar em contato com amigos, que depois soubemos ser uma família de bruxos da Moldávia.

—Eles nos criaram e, certamente, nos prepararam para o “Contrato de Seth e Anúbis”. _ disse Mariel.

—E depois devem ter apagado nossas memórias. _ disse Mirela.

—Sim, foram essas as instruções. _ disse Voldemort _ E com isso vocês todos perderam a chance de ter uma vida mais tranquila. Por outro lado, me possibilitou a chance de conhecê-los, de poder olhar para vocês e saber que pelo menos algo de bom resultou da minha existência.

—Mas agora teremos que encontrar uma maneira de separar os espíritos, para o bem de vocês três. _ disse Harry _ O problema é que mesmo no Necronomicon nós não estamos encontrando nenhum meio mágico para isso.

—A situação também não se configura como uma possessão, por isso não adianta pensar em um exorcismo. _ disse Voldemort.

—Mas ainda não terminamos com o Necronomicon. _ disse Mirela com ar confiante, lembrando o pai _ Talvez ainda encontremos a solução.

—Espero que sim. _ disse Mariel _ Tenho motivos mais que suficientes para querer que tudo volte ao normal.

—Eu sei bem, filho. _ disse Voldemort, sorrindo _ E o maior desses motivos tem o nome de “Lílian Potter”, não é?

—Sim, com certeza. _ respondeu Mariel, confirmando que mesmo no Limbo era possível enrubescer.

—Durante toda a minha vida, o meu foco principal foi a busca de poder. Mas mesmo assim isso não me impediu de experimentar amor de verdade e por duas vezes, diferente do que dizem, que amor verdadeiro é só uma vez. _ E Voldemort ficou com uma expressão sonhadora, lembrando-se do passado _ Minerva McGonnagall foi minha namorada, quando fomos alunos em Hogwarts. Depois, quando pensei que nunca mais iria amar de novo, surgiu Bellatrix na minha vida. Confio em vocês, sei que encontrarão um meio.

—Estou confiante que encontraremos, Voldemort. _ disse Harry, vendo que logo teriam que voltar para seus corpos físicos _ E sei que teremos que fazer isso logo.

—Conto com vocês. Gostaria que fizesse uma coisa por mim depois de retornar a Hogwarts, Harry Potter. _ disse Voldemort.

—E o que seria? _ perguntou Harry.

—Em todos esses anos, jamais pedi desculpas a ninguém, por nada. Mas peço que, ao retornar, procure pela Murta que Geme, a jovem Myrtle Elizabeth Galloway Warren.

—Esse é o nome completo dela? _ perguntou Mirela _ Eu nunca soube.

—É que ela odeia ser chamada pelo nome completo, certa vez ela me disse, há algum tempo. _ disse Harry _ O que você quer que eu diga a ela, Voldemort?

—Mesmo que ela não acredite, diga que sinto muito pela morte dela, em 1943. Aquilo foi um acidente, ela abriu a porta bem na hora em que eu e o basilisco de Slytherin estávamos saindo da Câmara Secreta, pela passagem da pia central do banheiro. _ disse Voldemort _ Eu jamais tive nada pessoal contra ela, juro.

—Eu direi a ela, pode deixar, Voldemort. _ disse Harry. _ Os três então se despediram de Voldemort e retornaram ao plano físico, onde os espíritos dos filhos e do pai estariam compartilhando o mesmo corpo.

Empreenderam o caminho de volta e logo estavam no escritório, Harry Potter e o “Avatar das Trevas”, prontos para um pequeno descanso e para em seguida retomarem os estudos. Estavam quase chegando ao fim dos volumes do Necronomicon, sem sucesso aparente.

—Está ficando difícil, Prof. Potter. _ disse o “Avatar”.

—É. E, se não encontrarmos a solução no Necronomicon, será mais difícil obtê-la em outras fontes. _ concordou Harry.

—Talvez haja outro meio, Harry Potter. E, pelo que conheço de você, estou certa de que será capaz. _ ouviu-se uma voz e Harry voltou-se para o lado de onde ela vinha.

Um grupo razoavelmente grande estava parado em frente aos dois, acompanhado pelos Inseparáveis e demais amigos da escola.

—Vocês! Quando foi que chegaram?

—Não faz muito, “primo”. Perdemos vocês por pouco, depois do julgamento de “Escuridão”, aliás, Lucius Malfoy. E depois perdemos vocês novamente, após o funeral. Então, tivemos que atravessar um pouco de burocracia no Ministério da Magia, para permitir que essa turma toda tivesse autorização para vir a Hogwarts.

—Só vocês mesmo. _ disse Harry, abraçando os recém-chegados, os quais não via há algum tempo _ Estou muito contente em vê-los, Keitarô. A todos vocês, sem exceção.

Mew!— algo pousou no ombro de Harry, dando-lhe um beijo no rosto.

—Não me esqueceria de você de forma alguma, Tama-chan. Então não houve muita burocracia, Motoko-Sensei?

—Não, Harry. Um cartão Nível 4 ajudou bastante.

—Nível 4? _ perguntou Gina.

—Sim, Gina. _ confirmou Motoko _ O Shinmeiryuu colabora com o Ministério da Magia do Japão.

—E você também era instrutora-auxiliar de Motoko-Sensei, naquela época. Sakurazaki-san, se não me engano. _ disse Harry, cumprimentando uma jovem que usava o cabelo preso em um rabo de cavalo para o lado _ Mas eu já havia visto você antes, há bastante tempo.

—Eu também me lembro de tê-la visto. _ disse Hermione _ Se não me engano foi no Caldeirão Furado, quando estávamos no sexto ano.

—Isso mesmo. Estávamos aproveitando uma folga e fomos a um encontro no Caldeirão Furado. Chegamos a ver vocês passarem, indo para uma sala reservada.

—Kaolla não via a hora de chegarmos. Ela estava muito empolgada, pois ainda não conhecia uma escola de magia. _ disse Naru, olhando para a princesa de Moru Moru, que admirava tudo à sua volta _ Uma vez fomos ao Dojo de Magia Shinobi, mas ela estava ocupada com provas na Toudai e não pôde ir.

—Mas desta vez, como a situação é muito importante, todos nós demos um jeito de vir a Hogwarts. _ disse um homem alto e magro, que tentou pegar um cigarro no bolso da jaqueta e levou um tapa na mão, dado por sua esposa.

—Realmente é bom ver vocês dois, depois de tantos anos, Haruka e Noriyasu Seta. _ disse Harry, rindo por dentro _ A última vez foi durante aquela missão na África.

—Não dá para esquecer. _ disse Naru.

Ninguém deixou de perceber que Naru olhou feio para Seta e Keitarô, quando Harry mencionou aquela missão da InterSec.

—Nosso amigo continua com aquele projeto, Sakurazaki-san? Não tive mais notícias dele.

—Sim, o projeto prossegue, Harry. _ disse Sakurazaki _ Por isso ele não tem mandado notícias, está viajando por vários lugares, alguns bem distantes. Mas os objetivos serão alcançados.

—A unificação de todas as linhas de magia do mundo, o restabelecimento da harmonia com os trouxas e a salvação do mundo mágico extradimensional? _ Harry estava espantado _ É muita coisa, ainda bem que ele tem vocês para apoiá-lo.

—O pai dele também está ajudando. _ disse Sakurazaki.

—Sim, parece que ele conseguiu resgatá-lo. _ disse Harry, contente com o sucesso dos projetos _ Ei, Kitsune, você ainda não falou nada.

—Ah, eu estava distraída, me lembrando da última vez que provei uísque de fogo. É uma experiência que um não-mágico jamais se esquece.

—Vamos providenciar um pouco. _ disse Harry _ Se há uma possibilidade, isso merece uma pequena comemoração. E, para os menores, somente suco de abóbora ou cerveja amanteigada. Vamos pedir a Dobby para providenciar.

Uma pequena confraternização foi rapidamente organizada. Draco e Luna tomaram lareiras de suas respectivas casas e logo chegaram.

—Então, Motoko-Sensei, você disse que eu seria capaz? Mas como e do quê? _ perguntou Harry.

—Sua enorme habilidade para combinar Ki e magia, além dos seus poderes de Magid, dos quais eu já tinha conhecimento. _ disse Motoko _ E eu também sei que vocês têm, aqui em Hogwarts, o instrumento necessário para levar a cabo essa tarefa.

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—Acho que sei do que Motoko-san está falando. _ disse Janine, com uma cara de quem havia feito uma descoberta _ Realmente, temos aqui o instrumento. E também temos a pessoa capaz de manejá-lo corretamente, para que tudo dê certo.

—Esperem, vocês estão falando... _ e Harry deixou a frase pela metade, sendo completado por Sirius.

—... Só pode ser da “Espírito do Artífice”, Harry.

—A espada de Godric Gryffindor? _ perguntou Claudiomir, que havia vindo do Rio, para ver Milena Kersey.

—Mas é claro! _ exclamou Hermione _ Motoko-san tem razão, você é a pessoa mais indicada.

—Como assim, Mione? _ perguntou Rony, sendo respondido por Tiago, de mãos dadas com Narcisa.

—Se existe um modo de libertar os espíritos da Transmigração Forçada Compartilhada e novamente retornar os corpos de Mirela e Mariel às suas formas individuais, isso deve combinar um instrumento poderoso e uma pessoa que seja poderosa, tanto como bruxo, quanto como espadachim, Tio Rony. _ disse Tiago, com um sorriso, olhando para seu pai _ Ou seja, temos aqui os elementos necessários. A espada de Godric Gryffindor e papai, que é um bruxo poderoso e um magnífico espadachim, treinado nas artes do Estilo Shinmei. Estou certo de que não há outro mais indicado para isso, não concorda comigo, Motoko-san?

—Inteiramente, Tiago-kun. _ concordou Motoko. Somente Harry poderá utilizar essa técnica, com sucesso.

—Esperem aí. _ disse Harry, a ficha finalmente caindo _ Vocês estão querendo dizer que eu devo usar o...

—... “ZAN-MA-KEN-NI-NO-TACHI”. _ responderam todos os outros.