Harry Potter e a Princesa Serpente

Está na hora dela saber



Um dia depois de ter ocorrido toda aquela confusão no Ministério, todos estavam quase recuperados de seus ferimentos. O nariz de Neville estava melhor e Lina terá que ficar com uma tipoia por mais um ou dois dias, assim como Gina, que também usava uma tipoia, mas no tornozelo.

Depois do que aconteceu no Ministério Harry nunca encontrou palavras para se desculpar com Lina pela sua atitude, e muito menos palavras para agradecer-lhe pela ajuda. Mas a pessoa que Harry não sabia como agradecer era Luna, depois de uma revelação que teve no dia anterior.


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Flashback on

Depois que Lina acordou de seu sono ela e Neville contaram todos os detalhes que Harry desconhecia do ocorrido no Ministério pra Safira.

– Mas o que eu ainda não sei, – disse Lina. – é quem era aquela pessoa que ajudou Sirius Black e depois foi embora. Acho que temos muito a agradecer.

– Eu...

– Hermione! – exclamou Safira, correndo para o lado de Hermione quando a mesma tentou levantar. – Como você está se sentindo?

– Como se tivessem pegado parte dos meus órgãos e batido em um liquidificador.

– Eca.

– Mas eu acho que posso responder a pergunta da Lina.

– Pergunta?

– De quem ajudou Sirius.

– E quem foi? – os olhos de Safira não desgrudaram de Hermione por um segundo.

– Se eu não tiver visto errado... Eu acho que foi a Luna.

– Luna? – Safira olhou para a cama que tinha uma menina loira adormecida. – Tem certeza?

– Não completamente. – admitiu Hermione. – Mas eu tenho quase certeza de que eu a vi na porta daquela sala quando eu tive uns segundos de consciência. Eu a vi lançando um feitiço, não sei qual e nem contra quem ela lançou, mas depois parecia que ela ia desmaiar de novo. Ela correu para dentro da sala, procurando no que se apoiar. Mas a última coisa que eu me lembro de ter visto foi ela desmaiando, antes de eu ficar inconsciente também.

Agora todos mantinham seus olhos na única garota que ainda dormia. Luna deveria estar tendo bons sonhos, porque sorria e murmurava coisas sem sentido.

Quando ela finalmente acordou Safira lhe contou o que Hermione havia dito, e Luna, ainda meio confusa do que aconteceu, disse ter uma vaga lembrança de ter realmente feito isso.

Flashback off.

Mesmo depois de ter se passado apenas um dia, Harry ainda queria ter uma forma de agradecer a Luna por ter salvado Sirius, e Lina, por ter detido Rabicho. Só depois de horas de insistência de Lina, Harry se convenceu de que ela realmente queria que ele deixasse isso de lado.

– Harry. – chamou Neville, que entrava na Ala Hospitalar segurando uma edição do Profeta Diário. – Você tem que ver isso.

Harry pegou o exemplar d’O Profeta e começou a ler em voz alta.

"AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO RETORNA

Numa breve declaração na sexta-feira à noite o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, confirmou que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou a este país e está novamente na ativa.

'É com grande pesar que eu venho confirmar que o bruxo que se autodenomina Lord... Bem, vocês sabem de quem eu estou falando... Está vivo e entre nós novamente', disse Fudge, parecendo cansado e confuso enquanto falava com os repórteres. 'É quase com o mesmo pesar que eu comunico a revolta em massa dos dementadores de Azkaban, que decidiram não mais continuar a serviço do Ministério. Nós acreditamos que os dementadores estão agora sob comando de Lord... Você-Sabe. Nós pedimos encarecidamente que toda a população mágica se mantenha vigilante. O Ministério está, no momento, publicando guias básicos de defesa pessoal e defesa da casa que serão entregues gratuitamente em todas as casas de bruxos durante esse mês.'


– Bla, bla, bla. – disse Lina, tirando O Profeta das mãos de Harry. – Se esse cabeça dura do Fudge tivesse admitido desde o começo que Você-sabe-quem retornou nada disso seria necessário. – ela começou a correr os olhos pela matéria. – Pelo menos voltaram a te chamar de O Menino que Sobreviveu.

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– É bem melhor que o doido metido. – disse Rony, enquanto pegava uma grande quantidade de sapos de chocolate e jogava alguns para cada um que estava ali.

– Deixe-me ver. – disse Gina, pegando O Profeta. – A Última Tentativa De Dominação Do Você-Sabe-Quem, páginas 2 a 4, O Que O Ministério Devia Ter Nos Dito, página 5, Por Que Ninguém Deu Ouvidos ao Alvo Dumbledore, páginas 6 a 8, Entrevista Exclusiva com Harry Potter, página 9...

– Bem – disse Hermione, dobrando o jornal e colocando-o de lado –, isso certamente deu a eles muito que escrever. E essa entrevista com Harry não é exclusiva, é a que saiu n’O Pasquim meses atrás...

– Papai vendeu a eles. – disse Luna de maneira vaga, virando a página d’O Pasquim. – Ele conseguiu um ótimo preço por ela, aliás... Então nós vamos embarcar numa expedição para Suécia nesse verão para tentar pegar um Búfalo de Chifre Enrugado.

Hermione pareceu lutar consigo mesma por um momento, então ela disse.

– Isso parece ótimo.

– E tem mais uma coisa. – disse Gina. – Sirius Black: o que realmente aconteceu?, página 11.

– Deixe-me ver. – disse Safira, antes que Harry pudesse reagir.

Safira pegou o Profeta e correu até a página 11.

– Sirius Black é o famoso assassino que, há quase três anos, fugiu da maior e mais bem protegida prisão de bruxos até então, Azkaban. O motivo de sua prisão foi por ser um serviçal de Vocês-sabem-quem e pela morte de treze trouxas e um bruxo. Mas será que foi isso mesmo que aconteceu?

Depois da possível infiltração de Vocês-sabem-quem no Ministério da Magia, houve a prisão de alguns Comensais da Morte. Mas quem estava entre eles? Nada menos que o suposto morto, Pedro Pettigrew, que depois de ser preso, segundo nossas fontes, foi submetido a interrogatório, assim como o próprio Sirius Black.

Não possuímos todos os detalhes desse interrogatório, mas podemos dizer que, simplesmente pelo fato de Pedro Pettigrew estar vivo, podemos apostar na inocência de Sirius Black. Por que, senão, que outro motivo levaria uma pessoa a se passar por morto por mais de quinze anos, senão ser culpado de algo? Infelizmente não conseguimos falar com nenhum Auror ou trabalhador do Ministério sobre tal assunto, mas a única certeza que temos é que as investigações deveram levar alguns dias para serem concluídas, e poderemos dizer se Sirius Black realmente é culpado, ou se durante todos esses anos o Ministério da Magia manteve um homem inocente preso e submetido à Dementadores por quase doze anos.

Houve uns mementos de silencio antes de Safira falar novamente.

– É claro que ele é inocente. – Safira agora tinha um Profeta Diário amaçado nas mãos. – E eu aposto que estão mantendo Sirius detido mais tempo do que o necessário. Aposto o que quiserem que Fudge quer arranjar alguma coisa para acusar Sirius, só para dizer que ele não manteve uma pessoa no pior lugar da terra por doze anos sem motivo.

– Bem... – disse Lina, que olhava para Safira de forma estranha. – acho que você está certa. E pode ser que eles usem a fuga de Sirius contra ele.

– Como assim? – perguntou Rony, antes de enfiar outro sapo de chocolate na boca.

– Sirius Black pode até ser inocente, – explicou Lina. – mas isso não muda o fato de que ele fugiu de Azkaban.

– Mas se ele...

– Eu sei Safira. Se ele não tivesse feito isso não teria provado sua inocência. Mas como você disse, Fudge pode fazer de tudo para dizer que Sirius Black é culpado de alguma coisa, mesmo que seja uma coisa tão absurda como essa.

– Mas pode ser que isso não aconteça. – disse Harry. – Quando eu tive que ir a um julgamento no Ministério, Dumbledore consegui fazer com que quase todos conseguissem enxergar a loucura por trás daquilo tudo.

– Levar um menino de quinze anos a julgamento só por usar um feitiço fora de Hogwarts. – disse Safira, com olhar de ódio. – Puro absurdo. Mas aposto que Dumbledore vai tentar ajudar Sirius também.

– Eu estava pensando nisso.

– Safira.

– O que foi Lina?

– Posso falar com você em particular?

– Tudo bem. – Safira parecia confusa.

Então as duas saíram deixando para trás um grupo de amigos que ria enquanto Rony imitava o barulho de um galopar de cavalo, deixando Dolores Umbridge sobressaltada.

– Tem uma coisa que está me incomodando já faz um tempo.

– O que?

– Que ligação você tem com Sirius Black?

Os olhos de Safira ficaram arregalados com a surpresa da pergunta.

– Harry me falou que você sabia a verdade sobre Sirius Black, mas parecia que ele deixou de contar alguma coisa muito importante.

– Bom... Eu... – Safira ficou olhando em todas as direções, menos na de Lina. – Está bem. – os olhos das duas finalmente se encontraram. – Depois de tudo que aconteceu você tem o direito de saber.

– Saber o que?

– Acontece que... Sirius é meu pai.

Lina ficou com o rosto paralisado em uma expressão que misturava susto com descrença. Mas depois voltou ao normal.

– Primeiro, eu acredito no que você disse. Quando eu vi Sirius Black pessoalmente não posso negar que vi uma semelhança. Segundo, por que você nunca me contou antes? – Lina começou a ficar zangada. – Esse tempo todo você mentiu para mim. Pensei que éramos amigas.

– E somos.

– Não parece.

– Eu nunca menti para você Lina. Tudo que eu te falei era a verdade. Minha mãe nunca me contou quem era meu pai, muito menos a minha avó e o Lupin também não. Eu não menti sobre o meu pai, eu omiti, e isso é diferente.

– Professor Lupin? O que ele tem haver com isso?

– Ele é meu padrinho.

– Certo. – disse Lina, usando a mão boa para massagear sua têmpora. – Sirius Black é seu pai e o professor Lupin é seu padrinho. Mas alguma coisa?

– Já que a mãe do Draco é prima do meu pai, isso faz com que sejamos parentes.

– Mas porque você nunca me contou? Você achou que eu ia espalhar por ai ou...

– Não é por isso.

– Então por que?

– Por três motivos. – Safira colocou três dedos na frente da Lina. – Primeiro: Você própria disse que Sirius era um assassino quando nos conhecemos oficialmente no Expresso de Hogwarts, imaginei que se eu te contasse você fosse me julgar.

– Eu nunca faria isso. – Lina parecia indignada.

– Não tem como saber. Todos gostam de fazer perguntas hipotéticas. E se você não tivesse feito isso? E se você tivesse feito de outra forma? E se eu tivesse te contado sobre Sirius, como você reagiria? Não tem como sabermos. É impossível. – Safira tomou folego. – O que está feito está feito. Mesmo que eu te perguntasse como você reagiria, não poderia realmente acreditar. Agora que já passou e que você sabe que Sirius é inocente, é fácil imaginar uma reação racional e tranquila. Mas e se eu tivesse te contado há um mês? Você reagiria da mesma forma que está agindo agora?

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Lina ficou olhando Safira sem piscar, “digerindo” tudo que ela falava.

– É a isso que eu quero chegar. É fácil imaginar possibilidades, mas nunca saberemos como realmente poderia ter sido.

– Qual é o segundo motivo? – perguntou Lina, calmamente.

– O segundo motivo era para protegê-lo.

– Como assim?

– Eu tinha medo que se alguém descobrisse e desse um jeito para que alguém do Ministério tivesse conhecimento do meu parentesco com Sirius, eles acabassem me usando para chegar até ele.

– É um bom motivo. – então Lina se lembrando de quando Umbridge fez ela beber Veritaserum. Se Safira tivesse lhe contado sobre Sirius, e Umbridge de alguma forma tivesse tocado no assunto, será que Lina teria contado o que sabia e acabado dedurando a amiga? Novamente, como Safira disse, é só uma possibilidade que nunca poderá ser comprovada.

– E o terceiro e último é que, na verdade, eu acho que não estava pronta para que descobrissem. E eu não sei explicar. – ela falou quando Lina abriu a boca para comentar. – Fim.

As duas ficaram em silencio.

– Você me perdoa por ter guardado segredo?

– Tem mais alguma coisa de mim?

– Agora que você falou tem sim.

– O que?

Safira olhou em volta para se assegurar de que não havia ninguém por perto. Aproximou-se mais de Lina e sussurrou.

– Eu sou uma animaga.

– TÁ BRINCANDO?

– Shhhh.

– Desculpa.

– Mas não conte a ninguém, eu não sou registrada.

– Pode deixar. – Lina agora falava mais baixo também. – Em que animal você se transforma? – seus olhos brilhavam de curiosidade.

– Em uma raposa preta.

–Nossa. Isso é... demais. Bem... Certo, eu te perdoo. Mas você tem que prometer nunca mais esconder nada de mim.

– Tudo bem.

Mesmo sendo arriscado, Safira não contou sobre sua ligação com Salazar Slytherin, Lina já descobriu muita coisa de uma só vez. E ela não estaria pronta para receber uma noticia dessas.

Antes de entrarem na Ala Hospitalar as duas viram Harry saindo de lá.

– Aonde você vai? – perguntou Lina.

– Ver Hagrid.

– Podemos ir também? Quero andar um pouco.

– Hã... Tudo bem. – Harry parecia relutante.

– Vamos Safira.

As duas seguiram Harry, que andava a passos largos, quando acabou de descer o último degrau da escada de mármore em direção ao Saguão de Entrada Safira e Lina ainda estavam alguns passos atrás, então Malfoy, Crabbe e Goyle saíram de uma porta à direita que Harry sabia que dava na sala comunal da Sonserina.

Malfoy olhou ao redor - Harry sabia que ele estava procurando por sinais de professores - então olhou novamente para Harry e disse num tom baixo.

– Você está morto, Potter.

Malfoy parecia mais brabo do que Harry jamais o vira; sentiu uma certa satisfação ao ver sua fronte pálida e pontuda contorcida de raiva.

– Você vai pagar. – disse Malfoy, num tom não muito mais alto do que um sussurro. – Eu vou fazer você pagar pelo que você fez com meu pai... – só agora Malfoy percebeu a presença de Lina, e quando a viu ficou mudo.

– Eu sei sobre o seu pai Malfoy. – disse Lina, virando o rosto quando os olhos dos dois se cruzaram. – Acho que não vou ver Hagrid agora. Vejo você outra hora. – Lina começou a subir as escadas, e por um segundo, Safira pensou ter visto um olhar de odio em seus olhos.

Por um momento passou pela cabeça de Safira ir atrás dela, mas outra parte dela disse que era melhor Lina ficar sozinha.

Draco seguia Lina com os olhos, mesmo depois dela sair de seu campo de visão, ele ainda observava o topo da escada.

– Pode sair da frente Malfoy? Eu quero passar. – disse Harry.

Finalmente pareceu que Draco tinha voltado a realidade.

– Você se acha tão corajoso, Potter. – disse Malfoy, começando a avançar com Crabbe e Goyle na retaguarda. – Pode esperar. Eu vou te pegar. Você não pode colocar meu pai na prisão...

– Eu achei que eu tinha acabado de fazer isso.

– Os dementadores deixaram Azkaban. – disse Malfoy calmamente. – Meu pai e os outros estarão livres mais cedo do que você imagina...

– É, eu espero que sim. Pelo menos todos já sabem a escória que eles são...

A mão de Malfoy voou em direção à sua varinha, mas Harry foi muito rápido para ele; tinha pegado sua varinha antes mesmo que Malfoy pudesse alcançar seus bolsos. Grabbe e Goyle pareciam que ia fazer a mesma coisa, e Safira também fez um movimento para pegar sua varinha, dando uns passos para frente.

– Potter!

A voz soou através do Saguão de Entrada. Snape acabara de subir a escada que dava no seu escritório nas masmorras.

– O que você está fazendo, Potter? – perguntou Snape, frio como sempre, enquanto caminhava em direção aos quatro garotos.

– Estou tentando decidir que feitiço usar contra Malfoy, senhor – disse Harry ferozmente.

– Harry. – Safira sussurrou em um tom de reprovação.

Snape o encarou.

– Guarde essa varinha agora. – disse secamente. – Dez pontos para Grifi...

Snape olhou para as ampulhetas gigantes na parede e deu um sorriso desprezível.

– Bem, eu vejo que não há mais pontos para serem retirados da ampulheta da Grifinória. Nesse caso, Potter, nós simplesmente teremos que...

– Adicionar mais alguns?

Professora Minerva acabara de subir, com certa dificuldade, os degraus do castelo, carregava uma bolsa de viagem xadrez numa mão e se apoiava pesadamente numa bengala com a outra, fora isso parecia muito bem.

– Professora McGonagall! – disse Snape, indo em sua direção. – Eu vejo que saiu do St. Mungus...

– Sim, professor Snape. – disse Professora a Minerva, contorcendo-se para tirar a capa de viagem. – Estou praticamente como nova. Vocês dois, Crabbe, Goyle...

Ela chamou os dois de forma imperativa e eles vieram arrastando os pés, desajeitados.

– Aqui – disse a professora, jogando sua mala de viagem no peito de Crabbe e sua capa sobre Goyle –, levem isso para meu escritório para mim.

Eles se viraram e subiram as escadas de mármore a passos pesados, Safira teve que por a mão sobre a boca para evitar soltar uma risada.

– Certo – disse a professora Minerva, olhando para as ampulhetas na parede. – Bom, eu acho que Potter e seus amigos devem receber cinquenta pontos cada por alertarem o mundo sobre a volta de Você-Sabe-Quem! O que você acha, professor Snape?

– O quê? – disse Snape, tentando disfarçar, mas Harry sabia que ele tinha ouvido perfeitamente. – Ah, bem... Eu creio...

– Então temos cinquenta pra cada um, Potter, os dois Weasley, Longbottom, a Srta. Granger, Srta. Diggory e, é claro – Minerva olhou para Safira. – Srta. Stevens. – disse a professora Minerva e uma chuva de rubis caiu na metade de baixo da ampulheta da Grifinória enquanto ela falava. – Ah, e cinquenta para a Srta. Lovegood, eu suponho. – continuou e um certo número de safiras caiu na ampulheta da Corvinal. – Agora eu acho que você queria tirar dez pontos Sr. Potter, professor Snape... Então, aí está...

Alguns rubis voltaram para a parte de cima, mantendo, mesmo assim, uma boa quantidade na parte inferior.

– Bem, Potter, Malfoy, eu acredito que vocês deveriam estar lá fora num dia maravilhoso como esse. – a professora Minerva terminou rapidamente.

Harry não precisou ouvir duas vezes; enfiou sua varinha de volta no bolso e se direcionou para a porta de entrada sem olhar pra trás.

O sol quente o atingiu como uma rajada enquanto atravessava o gramado em direção à cabina de Hagrid. Alunos deitados à sua volta, na grama, tomando sol, conversando, lendo o Profeta Diário e comendo doces, olhavam pra ele enquanto passava; alguns o chamavam ou acenavam, claramente tentando mostrar que eles, assim como o Profeta, tinham decidido que ele era um herói.

Quando bateu na porta da cabana Canino veio correndo pela lateral e quase o derrubou, tão grande era seu entusiasmo com a chegada do garoto. Hagrid transpirava - estava pegando feijões corredores no jardim que ficava atrás de sua cabana.

– Tudo certo, Harry? – disse ele, brilhando, quando Harry se aproximou da cerca. – Como vai, Safira?

– Muito bem Hagrid.

– Entre, entre, vamos tomar um suco de ervas... Como estão as coisas? – Hagrid perguntou, enquanto sentavam à mesa de madeira, cada um com um copo de suco gelado.

– Eu acho que melhor impossível. Certo Harry?

– É... claro. – apesar das coisas estarem realmente melhores, Harry não conseguia se esquecer do que Dumbledore havia lhe falado. – Ainda mais com as novidades sobre Sirius.

– Tenho certeza de que ele voltara a ser o bom e velho Sirius Black que era quando estudava aqui.

– Você sabe sobre Sirius Safira? – Hagrid parecia surpreso.

– Sim, eu sei. E mal posso esperar para que ele finalmente seja inocentado.

– Bom... Sim, eu também acho.

– Então, por onde você tem andado? – perguntou Harry.

– Estive me escondendo nas montanhas. Numa caverna, como Sirius fez quando ele estava foragido.

– Não deve ter sido muito agradável. – disse Safira.

– Na verdade poderia ter sido bem pior.

– Você poderia ter estado aqui enquanto o sapo venenoso estava no comando. – disse Safira, com um tom de raiva na voz, depois bebendo um longo gole de suco.

– Mas isso não importa mais. – disse Harry. – Umbridge vai ser mandada embora mais dia, menos dia.

– Assim espero. – disse Hagrid, entre goles de seu suco. – De qualquer forma, estou de volta.

– Voltamos a ter nosso amado professor de Trato de Criaturas Mágicas de volta. – Safira esboçava um sorriso amável.

– Eu acho que seria melhor se vocês fossem aproveitar esse lindo dia de sol, depois de tudo que aconteceu nada seria melhor.

– Você tem razão. – disse Harry terminando de tomar seu suco. – Nos vemos outro dia. – Harry se levantou e foi em direção á porta, com Safira em seus calcanhares.

– Tchau Hagrid.

Mais uma vez as pessoas chamavam por ele enquanto passava. Harry dava um aceno com a cabeça no máximo, mas a maior parte do tempo passava reto por todos.

– Cuidado pessoas, celebridade passando. – disse Safira, mais para o Harry do que qualquer outra pessoa, se colocando na frente do Harry como guarda-costas.

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– Não tem graça.

– Pra mim tem.

Eles andaram um pouco na beira do lago, sentou-se à sua margem, protegido por arbustos dos olhares das pessoas que passavam, tiraram os sapatos e mergulharam os pés na água.

– Depois de tantas provas e... outras coisas, nada melhor do que relaxar.

– Eu estava precisando disso.

– Mas esse sol está muito forte. – Safira colocou a mão entre o sol e seus olhos.

– Nem tanto, mas seria bom se estivesse mais fresquinho.

Safira começou a olhar em volta.

– O que foi? – perguntou Harry.

– Só estou vendo se não tem ninguém muito perto.

– Por que?

– Para eu poder... – Safira deu uma escorregada para mais perto do Harry, mas o sorriso que ela tinha no rosto o deixou preocupado. – Fazer isso. – Safira pôs as mãos nas costas de Harry e o empurrou para dentro do lago.

– EI!

Para evitar rir muito alto, Safira colocou a mão na frente da boca, mas alguns risinhos ainda conseguiam escapar.

– Você vai ver.

– Harry Potter nem ouse em... AI.

Harry pegou a perna da Safira e puxou ela para dentro da água.

– Tá muito gelada.

– Ninguém mandou me empurrar.

– Agora você vai ver. – sem mais nem menos Safira colocou as mãos sobre a cabeça de Harry e o empurrou para baixo da água. Ele conseguiu segurar o braço dela e virar o jogo.

Harry não conseguia explicar como todos os problemas pareciam desaparecer quando ele estava perto de Safira, por um tempo ele tinha se esquecido sobre a conversa com Dumbledore e a profecia. Eles ficaram brincando no lago por quase meia hora.

– Trégua. – disse Safira, sem folego. – Vamos considerar um empate e sair antes que algum professor chegue.

Quando eles saíram da água um vento muito forte soprou e eles começaram a tremer de frio.

– Quenterralopus. – Safira pegou sua varinha e conseguiu soltar um feitiço que fez um jato de ar quente sair de sua varinha e ela apontou para as próprias roupas, poucos minutos depois estavam secas e ela fez a mesma coisa com Harry. Eles colocaram os sapatos e, ainda entre risos e uma discussão de quem teria ganhado, voltaram para o castelo, ficar ao lado de Rony na Ala Hospitalar.