Harry Potter Por Olhos Negros

Ordem da Fênix - 08


Ellie estava sentada, encostada no velho carvalho da Mansão Malfoy e no galho mais baixo Lizzy se balançava de ponta cabeça, presa somente pelas pernas.

– Senhorita, posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro Liz... – Ellie estava com um caderno na mão em que desenhava horrivelmente Lizzy. Ela realmente não sabia desenhar. – O que quiser...

– Quando tudo isso acabar... O que será de Lizzy?

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– Como assim? – Ellie viu o elfo aparatar de onde estava se balançando e aparecer na sua frente em pé.

– A senhorita um dia vai embora dessa casa, com alguém...

– Lizzy, por favor... Aqui fora você pode dizer o nome de meu pai.

– A senhorita vai embora com Sirius Black, e Lizzy ficará nessa casa com eles? – Eles eram os Malfoy, e Lizzy tremia só de pensar em ficar sem Ellie por perto.

– Claro que não! Você é minha, eu vou te levar comigo!

– Jura? – Lizzy fizera aquela voz frágil, inocente e fraca de sempre e arregalara os olhos avelãs de felicidade. Ao mesmo tempo, Lizzy se ajoelhou ficando da altura de Ellie que estava sentada.

– Claro, seu elfo idiota! Você acha que eu ia te deixar aqui?

Lizzy olhou de lado sorrindo. Não podia se conter de felicidade ao saber que seu destino não era ficar naquela casa sem a senhorita. Lizzy se arrastou e sentou ao lado de Ellie encostando-se no carvalho. Seus olhos miraram para a entrada da mansão, vira Draco sentado sozinho na escada da porta de entrada e mexia um graveto no chão sem utilidade.

– Senhorita, por que ele não se junta a nós como sempre?

– Ele tem sérios problemas mentais...

– É sério... – Lizzy sorrira – Lizzy está curiosa.

– Quer mesmo saber? – Ellie viu a cabeça de Liz afirmar que sim e disse a verdade – Ele está bravo porque estou com Harry...

– HARRY POTTER!?

– Lizzy, seu elfo estúpido, fala baixo!

– Desculpe. – Lizzy se acalmara – Lizzy vai guardar segredo.

– Que saber mais um segredo? Esse eu nunca contei pra ninguém.

– Quero! – Lizzy adorava guardar os segredos de Ellie

Ellie contou seu segredo e deixo o elfo mais eufórico ainda.

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As aulas haviam voltado e a primeira coisa que Harry, Hermione e Rony fizeram foi correr para a cabana de Hagrid. O caça voltara de viagem e contou-lhes a notícia de que esteve fora para conseguir aliados gigantes para Dumbledore. Hagrid deixou Harry com a garganta seca ao dizer que Voldemort andara fazendo o mesmo. O semestre passado tinha sido ótimo. Harry ficara com Ellie, a Armada de Dumbledore ia bem e Dolores estava quieta. Quieta demais até. Mas parecia que o segundo semestre não prometia o mesmo. Ao sair da cabana de Hagrid, Harry ainda se esquentava em seu casaco ouvindo Hermione e Rony conversarem.

– Acha que Voldemort está reunindo muita gente? – Ron caminhava ao lado de Hermione deixando Harry na frente.

– Espero que não... Mas mesmo assim, temos que dar mais atenção à Armada. Harry, você podia passar umas aulas sobre patrono! – Hermione vira o amigo lhe ignorar – Harry? Harry!

– O que foi?

– Está me ouvindo?

– Na verdade não...

– Relaxe Harry, ela deve aparecer. – Rony colocara a mão no ombro do amigo.

– O que aconteceu? – Hermione se preocupara.

– No Natal... – Harry não tinha uma cara muito boa. – Lembra que Sirius foi visitá-la? – Os dois concordaram com a cabeça. – Quando voltou, ele disse que Draco descobrira sobre nós. Sirius acha que ele não contaria ao Lúcio. Mas eu não vejo Ellie desde que voltamos. Eu...eu não sei...

– Acha que ela vai terminar com você? - Hermione apoiara o amigo.

– Eu não sei... - A voz de Harry não podia ser mais triste. - Simplesmente não sei...

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Quando voltaram ao castelo, já estavam servindo o almoço, mas mais uma vez Harry não encontrara Ellie. Já estava aceitando o que viria. Tinha certeza que Lúcio descobrira e que isso faria Ellie terminar com ele. Harry se sentou ao lado de Gina naquele dia.

– Vamos começar a treinar quando? – Gina lhe perguntara, agradecendo a cara de tristeza de Harry. Era lógico que ele não estava bem com Ellie.

– Logo – Harry fora curto mas não grosso. Sua cabeça estava tão longe que não conseguia responder mais nada.

– Hermione disse que podemos treinar conjurar patronos... – Gina tentara mais uma vez.

– Claro. Vamos sim... – Harry sorrira mas por cima da cabeça de Gina algo lhe fizera abrir um sorriso de verdade. Gina sabia quem Harry deveria estar vendo e desfez o próprio entusiasmo.

Harry se virou e levantou na hora. Ellie estava vindo com Lilá e Parvati quando viu somente Harry em pé no salão. Não teve como esconder. A saudade era grande demais. Ellie saiu correndo, passando pela mesa entre a Grifinória e a Corvinal. Num baque, abraçou Harry com força, que era só alegria. Ellie se afastou e os dois se olharam por alguns segundos. Como mágica, as dúvidas de Harry se foram naquele abraço. Hermione e Rony sorriram entre sim, com a situação do amigo. Ellie se sentou ao lado de Gina, ficando entre ela e Harry. Super incomodada pela situação, Gina se levantou na mesma hora, saindo com uma cara de brava e revirando os olhos. De todos os lugares, por que Hogwarts? De todos os meninos, por que ela escolhera Harry? De todos os lugares na mesa da Grifinória, porque justo ao seu lado?

– Ela definitivamente não gosta de mim... – Ellie concluiu ao ver Gina ir embora.

– Não sei porque... – Rony olhou para cima procurando uma resposta – Deve estar naqueles dias. - Hermione fez uma cara de incompreensão. Só Rony mesmo para não ver que sua irmã gostava de Harry. Vai ver era por isso que ele nunca percebera nada vindo dela mesma...

– O que é isso? – Ellie se inclinara para o jornal que estava nas as mão de Neville, e só então percebera sua cara de assustado. Ellie arrancara o jornal de Neville. – Eu não acredito!

– O que foi? – Hermione franzira a testa

– Esses jornalistas desgraçados! – Ellie jogara o Profeta Diário na mesa.

FUGA EM MASSA DE AZKABAN

Ministério teme que Black seja o ‘’Ponto de Reunião’’ para antigos Comensais da Morte

– Agora vão fazer mais marcações nas buscas por Sirius. – Harry também estava vendo a notícia pela primeira vez, e não estava nada bem com ela.

– Pior! Bellatrix está a solta!

– Quem é Bellatrix? – Harry lembrava esse nome de algum lugar.

– Uma prima de meu pai. Ela é irmã de Narcisa, e era uma das Comensais mais sádicas por Voldemort. – Ellie ainda encara a foto de Bella no jornal – Meu pai a odeia!



– Acho bom treinarmos bastante esse ano então. – Rony estava apoiado na mesa.

– Também acho – Ellie olhara para Harry – Por que daqui em diante, as coisas não vão ser nada fáceis com eles à solta.

Uma pontada de angustia batera em Harry assim como em Neville, já que fora Bellatrix quem torturara seus pais com a Maldição Cruciatus. Harry definitivamente iria ver Ellie menos naquele final de ano. Precisava treinar os alunos mais e cada dia faria diferença.

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Naquele fim de semestre, a Armada já havia treinado bastante. O frio ia desaparecendo trazendo a Primavera e as coisas pareciam calmas. Na sala de Dumbledore, Ellie discutia uma maneira de descobrir quem fizera o favor a Voldemort de soltar alguns prisioneiros ex-Comensais que estavam em Azkaban.

– Tem certeza que Lúcio não saiu naquela noite, Ellie?

– Não sei, - Ellie estava sentada em uma das cadeiras ao lado de Fawkes acariciando a ave - Posso tentar ver com Narcisa se descubro algo.

– Você e Minerva estão fazendo o que eu pedi?

– Sim. Nós já até...

Seus moleques! Acharam que iriam esconder isso de mim!? – A voz de Umbridge soava atrás da porta da sala de Dumbledore. Boas notícias não poderiam ser. Ellie nem teve tempo de olhar para trás e o Ministro em pessoa aparatara na sala com mais dois auxiliares, um deles era Percy, o irmão do Rony, e Kingsley Shacklebolt, um auror negro e bem alto. Dolores finalmente entrara na sala de Dumbledore, com Harry e Cho em suas mãos.

– Posso sabe o que está acontecendo aqui? - Dumbledore se afastara da Penseira, de onde conversava com Ellie.

– Dolores pediu para que eu viesse para cá. – o Ministro dava sua palavra – Ela alega que descobrira um grupo de alunos treinando feitiços escondido, dentro da escola... - Dolores sorria satisfeita e o Ministro lia o pergaminho que Dolores tinha lhe enviado - Armada de Dumbledore! – O nome do diretor fora ressaltado já que isso indicava provas do que realmente o Ministro estava pensando.

– Eu os observo há semanas Cornélio... – Dolores tinha aquele olhar nojento que esperava aprovação do Ministro – Aqui está a prova de que Dumbledore está diretamente implicando em derrubar o Ministério. – Dolores ainda segurava Harry e Cho – A Srta. Chang confessou tudo por essa manhã. E o Sr. Potter é que está comandando tudo isso.

– A senhora não tem provas contra o diretor! – Ellie se levantara da cadeira temendo o pior.

– Não Professor... – Harry olhava de Dumbledore ao Ministro - Ele não teve nada a ver com isso! Fui eu!

– Nobre de sua parte me proteger Harry. – Dumbledore ficara frente a frente com o Ministro – Mas o nome diz, Armada de Dumbledore, não de Potter... Eu instiguei Harry a criar a organização. - Dolores era só alegria por dentro - A responsabilidade é toda minha.

– Shacklebolt, você vai levar Dumbledore, para Azkaban - O Ministro era firme e estava decidido - Ele vai aguardar o julgamento por conspiração e revolução.

Dolores soltara Harry e Cho num ato de dever cumprido. Ellie desceu os pequenos degraus que levavam à mesa do diretor e se aproximou de Harry.

– Não podem fazer isso, Ellie – Harry sussurrava desesperado para ela.

– Calma, Harry, não podemos fazer nada aqui. – Ellie também estava preocupada.

– Kingsley, por favor... – O Ministro dava sua última ordem para o auror prendê-lo.

– Imaginei que poderia haver esse transtorno. Você parece partir da falsa ilusão Cornélio, de que eu...Como é que se diz mesmo?– Dumbledore ia para trás de sua mesa - Vou por bem... Mas posso garantir que eu não tenho intenção de ir para Azkaban. - Dumbledore dera uma última piscada para Ellie e Harry.

– Chega! - Dolores arregalava o olho - Levem-no!

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O Ministro se aproximou do diretor junto com Kingsley, mas era tarde de mais. Fawkes voara rondando a sala e em menos de alguns segundos, chegara perto de Dumbledore aparatando com ele para algum lugar, deixando somente um rastro de chamas. O diretor não estava mais ali.

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– Não acredito que o Ministro pôs Umbridge como diretora! – Ellie voltava para o Salão Comunal com Harry ao seu lado.

– Pelo menos ele conseguiu fugir...

– Tinha certeza que Dumbledore faria algo assim... Acha que Dolores vai dar algum castigo pra Aramada?

– Não tenho duvida, mas não estou me importando com isso... – Atrás deles, Cho acabara de virar em um corredor para o dormitório da Corvinal. Só estavam os dois ali.

– Com o que você está se importando então?

– Cho contou tudo! O que mais Umbridge arrancou dela? – Harry estava bem nervoso e Ellie percebeu.

– Você não pode culpá-la. Dolores deve ter pressionado ela...Você sabe os métodos que ela usa...

– Sei... – Harry se lembrara da caneta que lhe fez a cicatriz em sua mão e dos castigos cruéis que ela andava aplicando. Mas não era somente isso que desviara sua atenção. Ao passar pelo pátio, Harry vira Gina com Miguel Corner, um menino da Corvinal com ela saía. Mesmo se sentindo atraída por Harry, ela sabia que com Ellie ali, seria impossível.

– Harry? – Ellie tentava desviar o olhar dele – O que foi?

– Nada...Eu só não tinha reparado que Gina estava com alguém.

– E qual o problema? – Ellie não dava muita atenção àquilo.

– Só não tinha reparado... – Harry voltara para Ellie. Ao ver Gina, não tinha como não lembrar de Quadribol. Gina era uma das melhores. Harryu precisava pensar em algo que não fosse a furada que a Armada de Dumbledore se metera – Ellie, você quer ver o jogo da Lufa-lufa contra a Sonserina? É semana que vem.

– Pode ser...Eu não gosto muito de Quadribol. Mas se você está convidando... Eu vou! – Ellie sorrira aceitando o convite.

– Nós não precisamos ficar juntos nem nada. Eu sei da sua situação com Draco...

– Draco! – Ellie arregalara os olhos. Uma coisa se passou em sua cabeça que ela não tinha reparado antes. – Como não pensei nisso? Harry eu tenho que ver uma coisa!

– Mas a gente não ia jantar...? – Harry via Ellie se afastando de costas.

– Eu te encontro lá! – Não deu tempo de Harry perguntar nada. Ellie saiu pelo corredor e só tinha um lugar para onde ela poderia estar indo: a Torre da Sonserina.

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Fazendo guarda no corredor que levava ao Salão Comunal da Sonserina, Ellie ficou esperando Draco aparecer. Ouviu a voz de Pansy vindo do outro lado.

– Você acha que Umbrigde vai nos recompensar?

– Não vejo porque disso... – Draco a acompanhava – Mas seria bom...

Ellie se apresentara virando para o mesmo corredor que Draco e Pansy seguiam

– Seria ótimo não é? – Ellie cruzara os braços.

– O que faz aqui? Aqui não é a Grif...

– Cala a boca Pansy! Ninguem falou com você! – Ellie odiava Pansy. Aquele jeito asqueroso lhe tirava do sério.

– Não fale assim com ela! – Draco ficava entre as duas.

– Vai defender sua namoradinha?

– Ela não é minha namorada!

– Draco, por favor, tira essa menina da minha frente. Você definitivamente não quer que ela me ouça.

Draco viu que seria melhor Pansy seguir sem ele. Ele olhou para ela afirmando para ela seguir sem ele e Pansy continuou seu caminho cheia de fúria em seus olhos. Mesmo sendo irmãos, Pansy odiava Ellie perto de Draco.

– Eu não acredito que você fez isso!

– Fiz o que? - Draco dava um sorriso malicioso

– Você sabe! Você contou a Dolores sobre a Armada!

– Eu não contei nada! Eu nem sabia!

– Podia até não saber, mas você queria ferrar com o Harry...Era perfeito! Você sabia que eu não estaria nessa jogada e prejudicaria só o Harry. Exatamente como você disse – Draco ainda tinha aquele sorriso no rosto não mostrando vergonha nenhuma do que fizera – Você vai me pagar, Draco!

– Eu tenho culpa se a japonesa tem sede de verdade. – Draco não só tinha orgulho, como queria que Ellie soubesse o que ele fez. Ellie juntou as duas: sede e verdade.

– Você deu Veritaserum pra Cho tomar!?

– Se você está dizendo... – Draco dava o mesmo sorriso que Lúcio quando fazia algo de que se orgulhava. Ellie queria esganá-lo.

– Por que Draco? – Ellie abaixara a voz – Porque se você sabe que Voldemort está agindo. Você tem noção do que você fez?

– Eu estou pouco me lixando. Quem sabe isso abaixa a bola do seu namoradinho!

– Draco, me faz um favor?

– Já sei...Quer que eu suma da sua frente?

– Mude. – Ellie tinha o tom triste - Vai fazer bem pra você...

Draco esperava Ellie ser grossa, mas não foi isso que aconteceu. Ela se virou e saiu, voltando para o Salão Principal onde encontraria Harry e os outros para o jantar. Ellie deixou Draco ali se sentindo o inseto mais nojento que ele já vira. Tinha feito de tudo. Entrado na Brigada Inquisitorial, se aliado a Dolores, seguido cada aluno que suspeitava estar escondendo algo e obrigara Cho a dizer a verdade na frente de Umbrigde. Ainda se entregou para Ellie que ao invés de deixá-lo de lado e sentir raiva como Draco queria, ela o aconselhou. Pela primeira vez, Draco não estava em fúria com alguém, e nem com ele mesmo. Depois do que Ellie dissera, estava se sentindo um verdadeiro lixo.