Harry Potter.

Capítulo 24


Acordei com um raio de sol vindo exatamente em meu rosto. Meu plano de acordar cedo e ir à praia havia sido arruinado por meu sono eterno.

Nem Mione nem Luna estavam no quarto.

Sentei na cama e levei, instintivamente, minha mão aos meus lábios.

Eu havia beijado Harry.

Suspirei e afundei o rosto nas mãos.

Ouvi a porta abrir e Hermione entrou, visivelmente revigorada depois dos cuidados de Fleur e de uma longa noite de sono. Ela estava apenas com um curativo no braço, onde Bellatrix havia a torturado.

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— Bom dia - ela sorriu

— Bom dia - respondi - Você está melhor?

— Muito melhor. - ela disse

Assenti.

— Bom. - murmurei

— Você está bem? - ela perguntou - Está com uma cara esquisita.

— Nós nos beijamos. - eu disse rapidamente

Ela bufou.

— Alice Felton! - ela disse - Eu sei que você gosta de Draco, mas você tem que entender que estamos em uma guerra! Você havia sido sequestrada e estava presa na casa dele, você ficou com a síndrome de Estocolmo ou algo do tipo!

— Não foi Draco, Hermione. - eu bufei

Ela me encarou.

— Alice… - ela disse

— Eu não sei o que aconteceu! - eu exclamei - Eu tive um pesadelo, não consegui dormir, encontrei ele lá fora, conversamos, ele ficou estranho, fugiu, voltou e no segundo seguinte estávamos nos beijando!

Ela se sentou na beirada da cama.

— Foi uma péssima ideia, Alice. - ela disse

A encarei.

— Você e Harry não combinam mais! Estamos em guerra! - ela disse - Não faz bem nutrir esse tipo de sentimento por alguém que partiu seu coração uma vez.

— Eu nunca disse que estava nutrindo sentimentos. - eu disse, cruzando os braços - Nós só nos beijamos!

— Esquece esse beijo, Lizzie. - ela disse

Assenti.

— Harry está completamente normal, lá fora. Falando sobre assuntos da guerra. - ela disse - É muito diferente do Harry apaixonado por você, quando vocês se beijaram no terceiro e no quarto ano.

Assenti.

— Foi só um beijo. - eu disse - Nada mais.

Ela assentiu.

— Gui me pediu para te acordar. - ela disse - Ele fez café da manhã para todos.

Ela saiu do quarto e eu suspirei.

Só um beijo. Repeti na minha cabeça. Nada mais.

Peguei um muda de roupa e fui ao banheiro me trocar.

Hermione estava sendo hipócrita. Ela não precisava ter concordado com o beijo da noite anterior, mas ela estava agindo estranha com Rony desde que ele voltara. Conforme sua raiva ia passando, eu a via se aproximando dele cada vez mais. E ele havia quebrado seu coração também.

Troquei de roupa e fiz minhas funções matinais rapidamente. Abri a porta e dei de cara com Harry.

— Oi - ele disse sorrindo

— Oi - eu disse

Um silêncio desconfortável pairou sobre nós, que rimos, em seguida.

— Posso usar o banheiro? - ele disse

Saí da frente da porta.

— Todo seu. - eu murmurei

— Obrigado. - ele disse

Assenti.

— Liz… - ele disse se apoiando no batente - Me desculpe por ontem a noite.

O encarei.

— Eu estava com a cabeça estranha, por causa do meu pesadelo. - ele disse - Eu sinto que te usei pra escapar de tudo que aconteceu ontem.

— Não tem problema. - eu murmurei - Eu estava do mesmo jeito.

Ele assentiu.

— A guerra mexe com a cabeça das pessoas. Você é muito importante pra mim, eu não quero que beijos estranhos façam com que a gente se estranhe. - ele disse - Eu peço desculpas.

Assenti e dei um soquinho no seu braço.

— Beijos nunca nos farão estranhos. - eu disse - Não se preocupe com isso, está tudo bem.

Ele me lançou um sorriso fraco e fechou a porta do banheiro.

Desci até a cozinha e encontrei Gui, todo sujo de farinha.

— Bom dia, fofura! - ele exclamou animado

Ri e me sentei à mesa.

— Bom dia, Gui. - eu respondi

— Fiz panquecas. - ele disse colocando um prato com algumas panquecas na minha frente.

— Obrigada. - sorri - Você está meio sujo.

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— Alice Felton, somos bruxos! - ele disse - Eu consigo limpar tudo isso com um aceno de varinha.

Revirei os olhos e dei uma mordida na panqueca. Estava extremamente gostosa.

Gui sentou ao meu lado.

— Você está péssima. - ele disse

Bufei.

— Você também estaria se tivesse passado meses em uma barraca em florestas frias. - eu disse - E se tivesse levado porrada de Greyback.

Gui riu.

— Como Rony conseguiu achar vocês? - ele perguntou

— Com a luzinha do coração. - eu disse revirando os olhos

Ele riu.

— A Hermione caiu nessa? - perguntou Gui

Ri.

— É verdade. - murmurei

Gui deu de ombros.

— Você quer que eu tente melhorar esses seus machucados? - ele perguntou

— Não, bobagem. - murmurei - Eles não estão nem doendo.

— Então por que você está com a expressão de quem está morrendo? - ele riu

— Só estou cansada. - eu disse

Ele revirou os olhos.

— Certo.

Rony entrou na cozinha e se sentou ao meu lado.

— Bom dia, Lizzoca. - ele disse sorrindo

— Bom dia, Rony - sorri

Ele me estendeu a varinha de Bellatrix.

— Estávamos falando com Olivaras. - ele disse - Você se importa de usar a varinha dela? Ficamos com as varinhas da família inteira.

Ri.

— Não me importo. - eu disse - Eu e essa varinha temos história.

Rony riu.

— E obrigada por me chamarem para falar com Olivaras! - bufei

— Harry disse que você já sabia tudo que ele tinha para falar. - disse Rony - E você estava dormindo.

Assenti.

— O que faremos, Rony? - perguntei - Ele está com a varinha.

Rony suspirou.

— As chances de Harry estão bem baixas, mas, se você parar pra pensar, elas sempre estão baixas. - disse Rony

Ri.

— Quero dizer, ele ganhou um torneio competindo com mais três pessoas de 17 anos, quando tinha 14. - disse Rony - Cedrico foi ótimo também mas os outros…

— Ei! - disse Gui - Fleur foi ótima!

Rony o encarou.

— Não foi não, Gui. - ele disse - Das três tarefas, ela conseguiu completar uma!

Gui resmungou alguma coisa e Rony revirou os olhos.

— Não fique pensando nisso, ok? - disse Rony - Harry vai ficar bem. Vamos todos.

Assenti.

Harry entrou na cozinha.

— Eu vou falar com Grampo. - disse ele - Vocês querem vir?

Rony e eu assentimos.

Dei um beijinho na bochecha de Gui, agradecendo pelas panquecas. Ele retribuiu dando um leve aperto na bochecha.

— Melhora essa cara. - ele riu

Ri.

— Melhora a sua! - eu disse

Ele passou a mão em suas cicatrizes da luta com Greyback.

— Greyback é um artista. - ele riu

— Eu, secretamente, adorei meus machucados. - eu disse - Estava esperando ficar linda que nem você.

— Ficou ótimo. - Gui disse - Ele tem o dom! Se tudo mais falhar na vida de comensal, ele pode se aventurar por ai melhorando o rosto das pessoas.

Ri e segui Harry e Rony para fora da cozinha.Hermione estava parada no corredor, segurando da espada.

— Vocês pegaram a espada, afinal! - eu disse - Eu achei que ela tinha ficado na Mansão Malfoy!

Ela riu.

— Isso seria desastroso. - ela disse

Concordei.

— Eu estava pensando… - Mione disse - Bellatrix estava realmente preocupada por estarmos com a espada que, supostamente, está no seu cofre. Eu conseguia ver que ela estava com medo de que nós tivéssemos entrado em seu cofre, no Gringots.

Harry assentiu.

— E se tiver mais alguma coisa lá… - Mione disse

— Uma Horcrux? - perguntei

Mione deu de ombros e concordou.

— Faz sentido. - eu disse - Digo, Gringots é bem seguro.

Ela concordou.

Olhei para Harry, que encarava Hermione, pensativo.

— Não. - eu disse, sabendo no que ele pensava - Nem mesmo nós conseguiríamos invadir Gringots.

Ele sorriu para mim.

— Que escolha nós temos? - perguntou ele

— Mudar para uma ilha no Oceano Pacífico com 60 habitantes? - sugeri - Ninguém nunca nos acharia lá.

Harry riu.

— Nós temos Grampo! - ele disse - Vai ser mais fácil de entrarmos em Gringots.

— Grampo não trabalha lá há meses! - eu disse

— Temos que tentar. - ele disse

Assenti.

— Vamos falar com ele. - Harry disse

Fomos até o quarto do duende e batemos na porta. Uma voz grave disse que poderíamos entrar.

Rony abriu a porta e, enfileirados, nos colocamos à frente da cama de Grampo. O duende estava deitado, parecia levemente abatido, mas suas expressões estavam duras.

— Harry Potter e sua gangue. - disse ele

— Gostei do nome. - eu dei de ombros.

Ele me ignorou.

— Como você está? - perguntou Harry

— Vivo - ele respondeu

Harry e eu nos entreolhamos.

— Você se lembra que…

— Fui eu que te levei para seu cofre em sua primeira vez em Gringots? - disse o duende - Mesmo entre os duendes, você é famoso, Harry Potter…

Harry foi até a janela e encarou o mar por alguns segundos.

— Você enterrou o elfo. - disse Grampo

— Sim. - Harry respondeu

— Me trouxe até aqui. - ele disse

Harry assentiu.

— Você é um bruxo incomum. - observou Grampo

O silêncio se instalou.

— Como vocês conseguiram essa espada? - disse Grampo, olhando fixamente para a espada na mão de Hermione

— É complicado. - disse Harry - Por que Bellatrix acha que ela está em seu cofre?

— É complicado. - desdenhou o duende

— A espada veio até nós em um momento de necessidade. - disse Harry, levemente irritado - Nós não a roubamos.

— Uma espada igual a essa está no cofre de Madame Lestrange. - disse Grampo - Uma espada falsa. Uma réplica tão perfeita que só um duende reconheceria seus traços.

Harry assentiu.

— Grampo, nós precisamos de sua ajuda. - suspirou Harry

O duende arregalou os olhos.

— Precisamos entrar em Gringots. - disse Harry - Mais especificamente, no cofre dos Lestrange.

Grampo encarou Harry por alguns instantes.

— Retiro o que eu disse. - disse ele - Você não é um bruxo incomum, Harry Potter, é um bruxo maluco.

Harry não disse nada.

— Eu ajudo vocês. - ele disse - Mas eu tenho um preço.

Harry concordou.

— Eu tenho dinheiro. - ele disse

Grampo negou.

— Dinheiro não me interessa. - ele disse - Quero ela. A espada.

Nós quatro nos entreolhamos.

— Podemos discutir isso lá fora? - perguntei

Grampo assentiu.

Saímos do quarto e nos distanciamos um pouco de sua porta.

— Nós precisamos da espada. - eu sussurrei - Do que nos adianta acharmos outra Horcrux sem termos como destruí-la? Ela só vai nos enlouquecer, de novo.

— Do que nos adianta ficarmos com a espada sem termos Horcruxes para destruir? - perguntou Rony, em voz baixa

— Nós ainda temos outra, para achar. - eu disse - E a cobra. Como você pretende matar uma cobra maligna que não morre? Esqueceu o que ela fez com seu pai?

Rony estremeceu.

— Poderíamos pegar a Horcrux, destruí-la e só ai entregar a espada a Grampo. - disse Harry

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— Eu não confio nele o bastante para fazermos essa barganha. - eu disse

— Alice está certa. - sussurrou Mione - Na verdade, eu não confio nele nem um pouco.

Harry suspirou.

— Eu concordo com vocês, e também não confio nele, mas acho que se a gente não aceitar a ajuda de Grampo, nunca conseguiremos a Horcrux que está no cofre. - ele disse

— Não sabemos ao certo se tem uma Horcrux no cofre. - eu disse - Você acha que vale a pena arriscarmos?

Harry me encarou por alguns segundos. Eu conseguia ver, pelo seu olhar, que ele também estava inseguro com o plano.

— Vale. - ele disse

Assenti.

— Bom, então está decidido. - Rony disse

Harry voltou para o quarto de Grampo, sozinho, e eu e Hermione fomos para o nosso.

Entrei e me joguei na cama.

— Você acha que vai dar certo? - perguntei

— Não sei. - ela disse - Espero que sim.

Ela se abaixou para pegar seu casaco, que havia caído no chão, e o colocou de volta na poltrona azul que ficava perto da janela.

— Olha só. - riu ela - Esse fio de cabelo preto no meu casaco.

Ela segurou o fio da altura dos meus olhos e eu ri. Era um fio muito preto e com cachos bem definidos.

— De quem é isso? - perguntei - Fleur e Luna são loiras, nós temos cabelos castanhos e eles não tão cacheados.

Ela riu.

— HERMIONE! - gritei quando a imagem da dona do cabelo apareceu em minha mente - É DE BELLATRIX.

Ela arregalou os olhos.

— Você não está pensando no que eu acho que você está pensando, certo? - ela perguntou

— Estou pensando no que você acha que eu estou pensando. - sorri

— Lizzie, isso é muito arriscado. - ela disse

— É a melhor chance que temos. - eu disse

Ela se sentou, visivelmente preocupada.

— Ei, vai dar certo. - eu disse - Eu posso tomar a poção, se você quiser.

Ela assentiu.

— Tudo bem.

Peguei, com cuidado, o fio de Bellatrix de sua mão e saí correndo do quarto para contar para Harry e Rony o que deveríamos fazer.

Depois de jantarmos, todos juntos, me sentei com Luna nos degraus da varanda do Chalé das Conchas. Batia uma brisa fresca, mas não precisávamos de mais de um casaco para nos mantermos aquecidas. Finalmente, o verão estava próximo.

Otulissa, minha coruja, estava sobre um dos meus joelhos. Ela parecia feliz em me ver e eu estava feliz em vê-la. Gui e Fleur haviam feito um ótimo trabalho cuidando ela. Suas penas estavam mais reluzentes e ela parecia mais gorducha.

— Quando você foi para a Mansão, Luna? - perguntei

— No natal. - ela disse - Estava voltando para casa e me pegaram no trem.

Assenti.

— Eu sinto muito. - eu disse - Isso só aconteceu porque seu pai nos apoiava.

— Nunca é fácil apoiar o lado certo. O lado de quem quer mudanças que ajudem a todos. - ela disse - Não me arrependo de ter apoiado Harry em nenhum momento de minha vida, nem mesmo quando estava naquele porão escuro.

Sorri para ela e apertei sua mão.

— Obrigada. - eu disse

Ela sorriu.

— Eles te machucaram? - perguntei

— Não muito. - ela disse - Eles só me queriam para assustar meu pai.

— Funcionou. - eu disse

Ela assentiu.

— Hermione me contou que vocês o visitaram. - ela disse - Sinto muito pelo que aconteceu lá.

— Não tem problema. - eu disse - Eu entendo porque ele fez o que fez.

Ela assentiu.

— E quanto a você? - ela perguntou - Draco fez alguma coisa? Harry estava bem preocupado, lá embaixo.

Dei um riso fraco.

— Eu estou bem. - respondi - Draco não me faria nenhum mal. Harry não deveria estar preocupado, ele sabe disso.

Harry sabe que Draco não me machucaria. Ele não estava preocupado comigo sendo machucada naquela sala, na Mansão Malfoy. Ele estava preocupado com o contrário disso, pensei.

Algo ficou muito claro na minha cabeça.

Suspirei.

— Lizzie? - Luna perguntou - Está tudo bem?

— Claro - eu disse, sorrindo

Desviei o olhas e fiz um carinho no topo da cabeça de Otulissa.

Ela franziu as sobrancelhas.

— Como está tudo em Hogwarts? - perguntei

— Uma bagunça. - ela disse - Os Irmãos Carrow estão responsáveis pela disciplina de lá. Eles são bárbaros.

— E Snape? - perguntei

— Ele me parece o mesmo Snape de sempre. - ela disse - Mas ele não tem conversado muito, sempre que eu o vejo ele está quieto.

Assenti.

— McGonagall deveria ter assumido o cargo. - eu disse - Espero que ela assuma, quando tudo isso acabar.

Luna concordou.

— Talvez ela deixe vocês quatro voltarem. - ela disse - Vocês poderiam fazer o sétimo ano. Estariam um pouco atrasados, mas acho que seria o primeiro e único ano tranquilo em Hogwarts, para vocês.

Ri.

— Duvido muito. - eu disse

Ela riu.

— Alice, eu acho que já vou me deitar. - ela disse - Gostei tanto da cama fofa que não vejo a hora de dormir de novo.

Sorri.

— Boa noite, Luna. - eu disse

— Boa noite, Alice.

Ela se levantou e eu ouvi a porta ranger.

— Oi Harry - escutei ela dizer

Instantes depois, Harry estava sentado ao meu lado, na escada.

— Oi Lizzie. - ele disse

— Oi. - respondi

Ele fez um carinho na cabeça de Otulissa. Ela pareceu se deliciar com o toque.

Ele riu.

— Eu estava falando com Gui. - ele disse - Ele disse que vai procurar a barraca que ele tinha. Já que perdemos a nossa.

Assenti.

— Lizzie? - ele estranhou, mas sorriu - Está tudo bem? Você ainda está chateada pela espada? Você tem razão em estar, afinal, foi você quem quase morreu enforcada, afogada e congelada para pegá-la…

— Harry… - murmurei - Por que você me beijou?

Suas feições risonhas se fecharam.

— Lizzie, nós conversamos sobre isso. - ele disse

Cruzei os braços.

— Me parece muita coincidência que você tenha me beijado justo no dia em que eu me encontro com Draco. - eu disse - Você não estava conseguindo suportar ficar sem saber o que fizemos naquela sala, não é mesmo?

Ele não respondeu, mas estava visivelmente chateado.

— Você me beijou porque isso não passa de uma maldita competição entre vocês dois, não foi? - perguntei - Vocês dois não se importam mais com o que eu sinto, vocês só me jogam de um lado para o outro, como em uma partida de tênis.

Sequei as lágrimas que estavam saindo dos meu olhos.

— Lizzie, escuta, nunca… - ele disse com a voz trêmula e com os olhos também cheios.

— Então por que você me beijou? - repeti a pergunta - Você teve tanto tempo pra fazer isso, se quisesse.

Harry riu, nervoso.

— Você age como se soubesse tudo, não é mesmo? - ele disse - Pelo que eu me lembre, sua boca também estava beijando a minha, ontem à noite!

— Você está sendo ridículo. - eu disse

— Se você está tão certa de que isso é sobre Malfoy, porque você não me impediu, ontem? - ele exclamou - Alice, você está maluca se acha que eu te beijaria por causa de Malfoy. Malfoy não é nada comparado com essa guerra, com nossa amizade, com o que eu já senti por você e com o que eu sinto agora.

— O que você sente agora? - perguntei

— Bom , no momento, eu sinto raiva. - ele disse

Bufei.

— E você? - ele exclamou - O que você sente?

Ele me encarou.

— Nada. - eu disse

Me levantei rapidamente e Otulissa voou para o ombro de Harry.

Corri até o quarto, ignorando os olhares de todos que estavam na sala. Eles provavelmente haviam escutado tudo, devido ao volume em que discutíamos.

Me joguei na cama e dormi.