Harry Potter.

3 - The One with the Giant Cake (1998)


Quase que exatamente três meses depois da Batalha de Hogwarts, chegou o aniversário de dezoito anos de Harry. Eu queria fazer algo especial para ele. Harry teve seus dez primeiros aniversários se sentindo horrível e sem amor, e, embora seus aniversários tenham melhorado desde o seu décimo primeiro, eu queria fazer o melhor aniversário de todos, para compensar todos os ruins. Eu nunca deixaria ele se sentir sem amor novamente.

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Dois dias antes do aniversário dele, eu tive uma ideia brilhante. Tentei não culpar meu cérebro por ter pensado naquilo tão em cima da hora e resolvi agradecê-lo por ter me presenteado com aquela dádiva a tempo de melhorar tudo. Escondi no meu armário o presente que já havia feito para ele, eu poderia utilizá-lo depois.

Corri para minha escrivaninha e escrevi uma carta endereçada a Minerva McGonagall.

Chamei Otulissa e pedi para que ela voasse o mais rápido possível, dali a pouco iria escurecer. Fiquei observando a minha coruja voar pelo céu limpo de verão e ouvi uma batida na porta do meu quarto. Era minha mãe.

— Oi mãe. - sorri

— Oi filha - ela disse

— Eu comprei pizza para jantarmos. - ela sorriu - Elas estão lá embaixo.

Assenti.

— Que maravilha. - sorri e me levantei

Saí do quarto mas parei no corredor, lembrando de algo que tinha que falar para minha mãe.

— Mãe! - eu disse - Amanhã cedo, se tudo der certo, eu irei para a casa de minha professora.

Minha mãe me olhou e franziu os olhos.

— Certo. - ela disse

— Eu preciso que ela me ensine a fazer alguns feitiços. - murmurei

Minha mãe sorriu.

— Acho ótimo que você esteja interessada em aprender um pouco mais, querida. - ela disse - Talvez você consiga recuperar o ano que perdeu na escola.

Sorri.

— Talvez. - eu disse

Ela sorriu de volta e foi para o quarto dela.

Desci as escadas correndo e dei um empurrãozinho em Nick, que comia pizza sozinho.

— Ei! - ele disse

Ri e coloquei meio pedaço de pizza na boca.

— Voocooce jjta animdajs prdha irnaj pra Hogvsstars? - perguntei

Nick riu.

— Olha só, minha irmã é Antaglota. - ele disse

Dei um safanão em sua cabeça e consegui engolir a pizza.

— Você está animado para ir para Hogwarts? - repeti

Ele abriu um sorriso sarcástico.

— Não. Não quero ir para uma escola de bruxaria aprender a fazer mágica. - disse ele - Principalmente sendo meu primeiro ano na escola como ela deveria ser, sem comensais e com minhas memórias.

Ri.

— Onde você aprendeu a ser sarcástico desse jeito?! - exclamei

— Não tenho ideia. - ele riu

Bufei.

— Esse ano vai ser ótimo, Nicky. - eu disse - Você vai ter todos os privilégios que o irmão de Alice Felton e cunhado de Harry Potter poderia ter.

Nick deu uma gargalhada.

— Na verdade, meu objetivo é ser considerado mais inteligente que Hermione Granger. - ele disse

Sorri.

— Isso não é possível. - eu disse

Nick deu de ombros.

— Então segundo mais inteligente. - ele disse

— Agora sim. - eu disse

Nick sorriu e colocou seu último pedaço de pizza na boca, se levantando em seguida.

— Vai ficar bem aí embaixo sozinha? - ele provocou

Bufei.

— Você sabe quem eu sou? - ri

Nick riu e subiu para seu quarto.

Suspirei e continuei comendo minha pizza, imaginando se Otulissa já estaria no caminho de volta.

No dia seguinte, eu estava na porta de McGonagall às nove da manhã. Era uma casa pequena, porem extremamente elegante. Bati na porta vermelha e McGonagall a abriu, sorrindo. Ela usava roupas tão chiques quanto as que ela sempre usava em Hogwarts, mas seu cabelo estava preso em uma trança.

— Lizzie! - ela disse abrindo os braços

Fui até ela correndo e a abracei.

— Professora! - sorri

— Quanto tempo! - ela disse - Eu estava com saudade de vocês, foi um prazer receber sua carta ontem! Como está Harry? Rony, Hermione?

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— Eles estão ótimos, todos eles. - eu disse

— Fico muito feliz em ouvir isso, vocês merecem um descanso. - ela riu

Ri.

— Mas e você? Como se sente a um mês de estrear como diretora da melhor escola de magia e bruxaria do universo? - perguntei

McGonagall sorriu.

— Me sinto muito bem. - ela disse

— Você merece isso. - eu disse

— Obrigada - ela disse

Sorrimos.

Ela me convidou para entrar e sentamos em sua sala. Por incrível que pareça, a sala de McGonagall me lembrou o Salão Comunal da Grifinória. Mas a quantidade de livros e janelas fez com que eu também me lembrasse do Salão Comunal da Corvinal. McGonagall era uma daquelas pessoas, junto com Hermione, que se encaixavam na definição de Corvinórias.

— Então… - McGonagall disse, se sentando no sofá. - Admito que fiquei muito curiosa com o motivo de sua visita, embora seja extremamente bem-vinda. O que é o presente misterioso que precisa de minha ajuda?

Ri e me sentei ao seu lado.

— Quão difícil é fazer quadros? - perguntei - Como os quadros de diretores de Hogwarts.

McGonagall me estudou com o olhar.

— Bom, não é difícil. - ela disse

— Mas…? - estremeci

— É um pouco demorado. - ela disse - E precisa ser feito com muita cautela.

— Demorado? Leva meses? - me assustei

— Não… - ela riu - Demora algumas horas de pura concentração.

Assenti.

— Certo. - eu disse

— Você consegue fazer um para amanhã tranquilamente. - ela disse

— E quatro? - perguntei

— Quatro?! - ela riu - Você vai ficar exausta! Leva, mais ou menos, três ou quatro horas cada!

— Eu consigo. - eu disse

Ela assentiu.

— É claro que sim. - ela sorriu

— Do que eu preciso? - perguntei

— Bom, eu posso anotar os encantamentos para você. - ela disse - E você precisa se concentrar muito em todas as memórias que você tem da pessoa que vai aparecer no quadro.

— E se eu não tiver nenhuma memória deles? - gemi

McGonagall suspirou.

— Posso te dar minhas lembranças de Lily e James. - ela disse - Mas você vai precisar de mais.

Assenti.

— Slughorn ficaria contente em te ajudar. - disse ela - E Hagrid.

Sorri.

— Hagrid fica em Hogwarts, mesmo nas férias? - perguntei

Ela assentiu, sorrindo.

— Você tem o endereço de Slughorn? - perguntei

Ela assentiu novamente.

— Certo, muito obrigada. - eu disse

— Lizzie, mas eu preciso te avisar que talvez não funcione. - ela disse - São feitiços muito complexos e pode ser que a memória de outras pessoas não seja o suficiente.

Assenti.

— Eu vou tentar. - eu disse

Ela sorriu.

— Bom, então vamos parar de papo e começar a trabalhar! - ela disse se levantando com um salto - Vou pegar os livros e um potinho para você.

Algumas horas depois, eu me vi em frente à cabana em que Hagrid morava, com o castelo de Hogwarts projetando usa sombra em mim.

Olhei para o castelo e suspirei.

Eu sentia muita falta daquele lugar. Mesmo depois de tanto tempo, eu ainda não havia me acostumado com a ideia de que nunca mais moraria ali. Poderia inventar mil desculpas para ter que passar por lá, mas minha cama no dormitório já seria de outra pessoa.

Eu adoraria sair correndo, invadir o castelo e passar o dia todo naquele lugar, fazendo todas as minhas coisas favoritas nos meus lugares favoritos. Porém, eu sabia que qualquer desvio no plano faria com que Harry não recebesse seu presente.

Bati na porta, que se abriu quase imediatamente. Hagrid abriu um sorriso e me acolheu em um abraço.

—Lizzinha! - ele disse

Hagrid cheirava a biscoitinhos de manteiga, como sempre.

— Hagrid! - sorri - Como você está?

— Muito bem! - ele exclamou - Embora já esteja um pouco entediado com essas férias longas, devo dizer.

— A escola é chata sem os alunos? - perguntei

Ele assentiu.

— Espero que os alunos desse ano não sejam molengas, agora que vocês não vão voltar mais para cá. - ele disse

Ri.

— Posso dar umas dicas para meu irmão. - eu disse - Ele deve continuar o legado de desordeiro na escola. O nome Felton deve ser mantido como uma lenda.

Hagrid riu.

— Bom, já separei aqui as memórias. - disse ele - McGonagall disse que você estaria com pressa.

Assenti.

Ele colocou um frasco com um líquido prateado em uma de minhas mãos e, na outra, colocou um enorme pote.

— Biscoitinhos para a viagem! - ele disse animado

Assim que saí de Hogwarts, aparatei em frente à casa de Slughorn.

Chequei o relógio e vi que já eram quase quatro da tarde.

Corri até a porta, que se abriu antes que eu batesse.

— Alice Felton! - exclamou Slughorn

— Slughorn! - sorri

O abracei e ele me conduziu para sua sala.

— Como você tem passado? - perguntei

— Ah, estou ótimo! - ele disse - Mal posso esperar pelo início das aulas. Minerva será uma esplêndida diretora.

— Ela vai. - concordei - Fiquei muito feliz quando vi a determinação do ministério, porém não fiquei nem um pouco surpresa.

Slughorn assentiu, sorrindo.

— Ela deveria ter sido nomeada diretora logo após a morte de Dumbledore! - ele disse - Infelizmente, as circunstâncias eram outras.

Assenti.

— Devo dizer que fiquei muito emocionado com o recado que recebi de Minerva. - ele disse - Sei que Harry vai adorar o presente.

Sorri.

— Eu espero que sim. - eu disse

Ele sorriu e tirou um pequeno frasco das vestes, com as lembranças dentro, mas, em vez de me entregar, ele e levantou e foi até sua estante de fotografias.

Eu só consegui deixar a casa de Slughorn às oito da noite.

Aparatei no gramado da Toca. O cheiro de assado invadiu minhas narinas e vi que estavam na cozinha.

Bati na porta, que foi atendida por Gina.

— Alice! - ela sorriu - Que surpresa!

— Gina! - sorri

Ela segurou minha mão e me levou até a cozinha.

Todos os Weasley me receberam muito bem, como sempre. A mesa não estava em sua lotação máxima. Só estavam presentes o Sr. e a Sra. Weasley, Rony, Gina, Josh e Percy. Por incrível que pareça, Hermione parecia ter achado o caminho de volta para a sua própria casa.

— Me desculpem por vir sem avisar. - eu disse - E por ter interrompido o jantar.

— Bobagem, querida. - disse a Sra. Weasley - Sente-se, vou servir o assado para você.

Ela me colocou em uma cadeira ao lado de Rony e foi até o fogão.

— Oi, Liz. - disse Rony beijando minha bochecha.

— E aí, Roniquinho - eu disse sorrindo

Sra. Weasley colocou um prato gigantesco com assado na minha frente.

— O que te traz até minha adorável residência? - ele perguntou

— Eu preciso que você organize a festa de Harry para mim. - sorri

— O que?! - ele exclamou - O aniversário dele é amanhã!

— Eu sei! - gemi - Mas ele precisa de uma festa surpresa!

— Fizemos uma festa surpresa para ele ano passado! - disse Rony

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— Mas não pudemos chamar todo mundo… - eu disse

Rony suspirou.

— Certo. - ele disse - Festa Surpresa para Harry, amanhã, no Largo Grimmauld?

Assenti.

— Tudo bem. - ele disse - Vai estar tudo pronto lá com todos que conhecemos. Estou assumindo que você vai tirar Harry de casa durante o dia, para que eu possa organizar a festa.

— Vamos almoçar nos meus pais, amanhã. - eu disse - Posso mantê-lo por lá até a noite.

Rony assentiu.

— Não é melhor fazer a festa em algum lugar que não seja a casa do aniversariante? - provocou Josh

— Está oferecendo a sua? - rebati - Deve estar bem quieto por lá já que você se mudou pra cá.

— Gina vai pra Hogwarts daqui a um mês, Alice. - ele disse - Só vou vê-la no natal, depois disso.

— Fico mais tranquila, achei que você fosse se mudar para Hogwarts junto com ela. - ri

Gina deu uma gargalhada e Josh me mostrou a língua.

Lancei feitiços para que ninguém me escutasse e entrei silenciosamente na casa de Harry. Fui correndo até o segundo andar e entrei na sala da árvore genealógica da família Black. Era onde eu colocaria os quadros, de qualquer forma, e Harry nunca entraria lá durante a noite. Abri o pote de biscoitos de Hagrid e coloquei um na boca. Aquele meio-gigante sabia fazer biscoitos.

Peguei os galhos que havia recolhido no parque e os transfigurei em molduras para os quadros. Ser bruxa era realmente muito prático.

Tirei minha Penseira e os frascos de memórias da bolsa. Eu havia passado em casa para buscar algumas coisas, entre elas a Penseira. Resolvi que iria ver as lembranças primeiro, pois elas poderiam me ajudar nos quadros de Sirius e Lupin também.

Derramei o conteúdo do frasco de McGonagall no líquido e me deixei entrar no mundo de suas lembranças.

Ela havia visto o crescimento de James, Lily, Sirius e Remo, assim como havia visto o meu crescimento, com meus amigos. McGonagall havia me dado muitas lembranças. Desde o primeiro momento em que ela havia colocado os olhos neles, até a última vez que ela os vira. Vi o primeiro jogo de quadribol de James. Vi Lily se esforçando nas aulas. Vi os dois brigando, mas também vi os dois ficando juntos. Vi a formatura deles em Hogwarts. Vi o casamento de James e Lily e a gravidez dela.

Quando as lembranças acabaram, eu rapidamente despejei as de Hagrid na Penseira. Algumas lembranças se repetiram, mas as lembranças de Hagrid se passavam, em sua maioria, fora do castelo. Vi eles brincando no sol, perto do lago. Vi James voando para lá e para cá.

As de Slughorn eram mais sobre Lily, como era de se esperar. Vi inúmeras reuniões do Clube do Slug. No começo, Lily se sentava sozinha, mas com o passar do tempo, ela começou a trazer James.

Quando terminei de ver tudo, eu estava aos prantos, no meio da madrugada, com quatro quadros para fazer.

— Lizzie? - escutei Harry dizendo, acariciando meu cabelo. - O que você está fazendo aqui? Deitada no chão com esse bando de coisas?

Bocejei.

— O que? - murmurei, sem acordar.

— Lizzie. - disse Harry

Senti ele beijar meu rosto e sorri.

Abri os olhos e me vi na sala com a tapeçaria da família de Sirius e me lembrei do que estava fazendo ali.

— HARRY! - gritei

— O QUE? - ele riu

Pulei em cima dele rapidamente e o enchi de beijos.

— FELIZ ANIVERSÁRIO! - eu gritei

Harry me segurou com força e riu.

— Agradeço. - disse ele retribuindo os beijos.

Ri.

Fui beijá-lo novamente e lembrei de outra coisa.

— Seu presente. - murmurei

— Você não precisa me dar nada. - ele disse - Todos esses beijos já são o bastante.

Me afastei de Harry e olhei para as molduras.

Elas estavam com o fundo preto. Sem nenhum sinal de Lily, James, Sirius ou Lupin em nenhuma delas.

Suspirei e agitei minha varinha, prendendo os quadros na parede.

— Eu não consegui. - eu disse, chorosa.

— O que, Lizzinha? - disse Harry chegando perto de mim novamente

— Eu ia te dar um presente ótimo! - eu murmurei, chateada. - Eu passei o dia inteiro ontem indo de lá para cá para fazer com que eu conseguisse fazer seu presente. Eu fiquei quatro horas conversando com Slughorn! Eu comi uma caixa de biscoitos do Hagrid! Eu incomodei McGonagall às nove da manhã! Eu não acredito que não deu certo!

Enterrei meu rosto no peito de Harry.

— Lizzie, ficou ótimo assim! - disse Harry - Os quadros pretos são mais bonitos que a tapeçaria, de qualquer forma.

— Concordo. - disse uma voz conhecida

Harry arfou e eu me virei rapidamente para a parede.

Sirius estava debruçado na moldura de seu quadro, sorrindo.

— E aí, vocês dois? - ele disse

Harry riu.

— Você é inacreditável. - disse ele me beijando.

Sirius bufou.

— Você é que nem seu pai. - disse ele - Fica beijando as pessoas.

Escutei uma risada.

— Qual é o problema em beijar as pessoas, Black? - disse James aparecendo em seu quadro. - Faz bem!

Sirius fez barulhos de vômito.

— Não na minha frente. - disse ele

James riu.

— Lils? - gritou James

— Oi? - escutei uma voz feminina responder

— Seu filho está aqui dando amassos nas pessoas. - disse Sirius, rindo

— Nas pessoas ou na Lizzie? - disse Lily aparecendo.

— Eu sempre achei que Lizzie fosse uma pessoa. - disse Sirius

— Por que você está reclamando tanto? - ri - Você sempre quis que eu e Harry ficássemos juntos!

— A morte me fez amargo. - ele disse - Cadê o lerdo do Aluado? Era só o que me faltava aquele lobo não aparecer e eu ficar preso aqui pra sempre com James e Lily de um lado e Harry e Lizzie do outro.

— Sirius… - riu James

— Eu estou com ciúmes, ok? - disse Sirius - Esses dois devem ficar juntos o dia inteiro, todos os dias! E eu não vejo Harry e Lizzie há muito tempo!

— Deve ser difícil para você… - disse James, sarcasticamente.

— Por que você acha que ficamos juntos todos os dias, o dia todos? - revirei os olhos

— Lizzie, eu já fui adolescente. - riu ele

Ri.

— Sirius, pare de reclamar tanto! - escutei Lupin dizendo

Ele apareceu em seu quadro e sorriu.

— E aí, pessoal? - disse ele

— SEU FILHO É A COISA MAIS LINDA DO MUNDO! - exclamei

Lupin riu.

— Eu imagino. - ele disse - Talvez algum dia você possa trazer ele aqui?

— Sempre que você quiser. - eu disse

Ele assentiu, sorrindo.

Olhei para Harry, que não havia emitido nenhum som desde nosso beijo.

Ele estava boquiaberto, com os olhos cheios e postura rígida.

— Eu não sei se eu choro, se eu rio, se eu vou falar com eles ou se eu te peço em casamento. - ele sussurrou

Ri e dei um beijo nele.

— Vai falar com eles. - eu disse limpando suas lágrimas - O casamento a gente pode deixar pra daqui a alguns anos.

Ele sorriu.

— Daqui a alguns anos, quando você menos esperar, eu vou te pedir em casamento. - ele disse

— Não se eu te pedir primeiro. - ri

— Você não ousaria… - ele disse

Beijei-o.

— Eu te amo. - ele disse

— Eu sei. - sorri.

Ele me beijou.

— Vai dormir um pouco. Você está com cara de quem ficou a noite acordada. - ele disse - Eu te acordo antes do almoço para irmos para seus pais.

Assenti.

Ele me puxou e me beijou de novo. E de novo. E de novo.

Até que Sirius se irritou de novo.

O almoço na casa dos meus pais foi adorável. A festa surpresa de Harry foi adorável. Harry merecia tudo aquilo. Todas aquelas pessoas querendo seu bem e te desejando um feliz aniversário. Quando Rony disse que chamaria todos que conhecemos, ele não estava brincando. O Largo Grimmauld ficou lotado. Até colocamos os quadros recém-feitos na sala e eles participaram da festa. McGonagall ficou impressionada com eles.

Enquanto a festa acontecia, eu fiz um bolo igual ao que Hagrid havia feito para ele, no seu aniversário de onze anos, só que mil vezes maior, para todos comerem. Harry me deu o primeiro pedaço, que era gigantesco. Também fiz um cupcake de aniversário para Neville, e cantamos parabéns atrasado para ele.

Rony havia trazido tanta comida que eu imaginei que comeríamos comida de festa para sempre. No aniversário de dezenove anos de Harry poderíamos usar o resto.

Luna cantou, algumas vezes, uma música que ela havia escrito para Harry. A música era extremamente repetitiva, então, no final da festa, já sabíamos a letra de cor e cantamos junto com ela.

No final, subimos todos para o telhado e Fred e Jorge fizeram uma grande demonstração de seus fogos de artifício. Os fogos finais formaram o rosto de Harry. O rosto do verdadeiro Harry, ao meu lado, estava completamente iluminado e contente.

Nenhuma outro aniversário nunca seria tão bom quanto aquele, embora os outros viessem a ser ótimos também. O motivo disso é que aquele era o primeiro aniversário de Harry sem que ele estivesse entre pessoas que não gostassem dele e não fizessem questão de que fosse um aniversário e, ao mesmo tempo, o primeiro aniversário em que ele não tinha que se preocupar em matar ou salvar ninguém ou se estaria vivo no próximo aniversário.

Era o primeiro aniversário em que tudo estava bem.