Cap. II – presente

O moreno fechou a porta e pegou o casaco dela, aquele vestido era realmente uma loucura. Por que ela tinha que escolher aquele vestido tão justo?

- Eu não sabia o que comprar, então... Se quiser trocar.

Ela estende uma caixinha preta para ele.

- Eu sei que você escolheu algo que vou gostar. – ele sorri e abre a caixa –

Era uma corrente masculina de prata, nem muito fina, nem muito grossa. Era bem despojada, sem ser algo para um adolescente.

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- Eu gostei muito. – ele dá um abraço e um beijo na bochecha dela –

- É sério, se você quiser trocar...

- Eu já disse que gostei! – ele coloca a corrente – E isso é para provar que eu gostei.

Roy dá um daqueles sorrisos matadores que já havia derretido o coração de boa parte das damas daquela cidade. O clima dentro do apartamento estava agradável, ela pôde ver pelo canto dos olhos Maes e Gracia. E no centro da sala estava Scieska e Fuery?

Não conseguiu deixar de sorrir ao ver que finalmente aqueles dois estavam se acertando. Mas também viu algumas senhoritas que não pareciam muito felizes em ver a atenção dispensada a ela.

- Bem, eu acho que tem bastante gente aqui, eu vou fazer uma social.

Ela virou as costas para sair de perto dele, mas sentiu uma mão sobre seu pulso.

- Eu vou com você. Quer uma bebida?

- Seria ótimo.

Aquele tipo de atenção vinda de Roy não era algo com o qual Riza estava acostumada. Na verdade, não entendia o motivo, mas se ele queria... Vá lá.

Já Roy não conseguia mais ver graça nas demais damas. E olhe que só havia chamado para aquela noite aquelas que estavam em sua agenda com tinta vermelha, ou seja, aquelas que eram as mais belas e atraentes e... Não gostava muito da palavra “Fácil”, mas em bom português, era isso.

Não sabia por que, mas o cabelo louro de Riza era de um louro que não tinha igual. A cor da pele dela também era outra coisa inigualável, era como porcelana, e nunca uma mulher assim lhe chamou muita atenção.

Nada contra as branquinhas, mas... Aquela cor não era algo exatamente atraente para ele. Exceto quando essa mesma usava um justo vestido preto, tivesse contornos espetaculares e fosse Riza.

- Olha quem veio!

Roy chegou trazendo Riza até onde estavam o casal Hughes, Breda, Havoc, Maria Ross...

- Riza! – Gracia se levantou para cumprimentá-la e lhe deu um abraço – Está querendo matar quem?

- Hum?

- Esse vestido. – Gracia sorriu e soltou a amiga –

- Não sei do que você está falando. – silabou a loura –

- Eae Hawkeye, o Roy já estava quase tendo um treco achando que você não vinha! – Maes também de um abraço nela e nesse período que Riza estava de costas, Roy fez um gesto nada bonito para o amigo –

- Que coisa feia, Roy, mostrando o dedo para mim só porque eu contei a verdade.

Naquele momento, Roy ficou extremamente vermelho e sem graça, um dia ainda acabar deixando a afilhada órfã por causa daquela mania idiota o amigo de falar demais.

- Fiquem a vontade! – ele sussurrou meio mordendo o lábio e puxou Riza pela mão – Vamos pegar uma bebida para você.

Era oficial, não existia uma única mulher ali que era capaz de tirar a atenção de Roy de sua tenente. E estava tendo que se segurar para não dar muito na cara a atração iminente entre o olhar dele e as belas pernas dela.

- Nunca te imaginei bebendo caipirinha.

- Na verdade é caipirosca. – ela se sentou numa cadeira e Roy perto – Então, o que te leva a ficar me seguindo? Eu acho que não deve ser muito divertido.

- Por que não? Você é muito agradável, Riz!

- Mas eu acho que tem muito mais gente aqui...

Traduzindo: Tem outras mulheres aqui, por que está aqui?

Roy gostou disso, pôde sentir uma pequena pontada de satisfação da parte dela por ele estar ali com ela. Mas tinha que admitir que os olhares sobre si e ela eram realmente incômodos.

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Gostava muito da maneira como ela colocava os cabelos atrás da orelha, ajeitava a franja ou mesmo mexia na parte de trás do cabelo. Não tinha certeza de que ela via o que realmente olhava, parecia mais que ela estava pensando em alguma coisa.

Mas isso não queria dizer que ela não tinha um delicado sorriso para quando o olhar dela encontrava com o seu.

- Vamos dançar.

Ela pareceu levar alguns segundos para entender a informação, sentiu um olhar desconfiado como se procurasse uma segunda intenção, mas por fim estendeu a mão e foram para o centro da sala.

A música era boa para um casal, e a mão na parte central das costas de Riza a deixava levemente confusa. Se a mão dele estivesse muito em cima, não queria nada. Mas se estivesse muito embaixo, tinha muitas segundas e terceiras intenções. Mas estava no meio.

E a expressão dele também não ajudava, ele sorria fácil e faceiro, nada fora do comum se tratando de quem era. Não conseguia ler nada.

- O que foi? Por que esse olhar de análise?

Ele tinha notado?

Nossa! Ela havia ficado levemente corada.

- Desculpe.

- Não tem problema, eu só queria saber o motivo.

- Eu... – não podia falar! Seria, no mínimo, falta de educação – Nada. Só olhando.

- Hum...

Depois de algumas músicas, as demais damas notaram que não tinham chance. A música mais lenta fez com que os braços dela passassem pelo pescoço dele, as pequenas brincavam com os fios negros. O perfume dele era bem marcante.

- Acho que você deveria dar mais atenção aos seus convidados.

- Eles estão bem.

Passaram a festa inteira juntos, e conforme o tempo fora passando as pessoas começaram a ir embora. No fim, estavam apenas Roy e Riza sentados no sofá bebendo um pouco e conversando.

- Você passava conversa nas meninas durante a missa? – ela ria de uma maneira tão doce – Por que será que isso não me assusta?

Riza estava encostada no braço do sofá com as pernas sobre o assento levemente dobradas. E Roy estava do outro lado de frente a loura com as costas no encontro entre o encosto e o braço do sofá.

- O que? Eu era um adolescente cheio de hormônios. Fala que você não teve lá suas histórias de adolescência!

- É... Quem não tem? – ela olha para os lados – Oh Kami!

- O que foi?

- Você não notou?

- O que?

- Todos já foram embora!

O moreno olha para os lados e volta o olhar para ela.

- Nem notei.

- Nossa! Deve ser muito tarde, ou melhor, cedo! É melhor eu ir embora...

- Não! A conversa está tão boa... E também não vou te deixar ir embora tão tarde.

A loura jogou a cabeça para trás e pensou bem, não estava mesmo em condição de dirigir. Não que estivesse bêbada, mas já tinha álcool suficiente no sangue para ser perigoso encarar um volante.

- Certo. Não estou a fim de dirigir mesmo... – ela deixa os sapatos caírem no chão – Desculpe, mas estão me matando!

- Que isso. Bebe mais?

- Oh não! Acho que já foi o suficiente...

- Então eu também paro, não tem graça beber sozinho.

Os olhos do moreno desceram para a linha das pernas dela. A pele parecia tão fina e a loura não muito forte. Uma perfeita boneca de porcelana.

- O que foi?

- Hum...? – ele levantou o olhar –

- Parece que você viajou legal.

- Desculpe, eu acho que me perdi olhando para suas pernas... – Roy ficou vermelho – Ai... Esqueça o que eu disse, a bebida subiu...

- Olhar não tira pedaço. – ela encolhe as pernas –

Ele se aproxima um pouco e a puxa pela mão deixando os dois corpos bem próximos.

- Não faz isso... – a cabeça dele estava no ombro dela – Você não pode ser tão legal, divertida, inteligente, sensual, linda... Assim você me derruba.

Ele ouve uma risadinha gostosa.

- Nossa! Essa cantada já deu certo?

- Não sei, o que você me diz?

- Foi boa, merece um oito.

Ele tira a cabeça do ombro dela.

- Oito? Mas a escala vai até quanto?

- Zero a dez... Eu acho.

- Você não pode dar uma nota na minha cantada sem ter um critério de avaliação preciso.

- Então você confirma que está me cantando?

- E você está cedendo?

- Não posso ceder se não for uma cantada.

- Nossa, essa conversa está ficado complicada.

Os dois começaram a rir e o moreno aproveitou a situação para puxá-la mais um pouco, o suficiente para que ela parasse no colo dele, uma perna de cada lado de seu corpo.

A pele dela era muito delicada mesmo, lembrava uma fina seda e o perfume dela estava deixando-o insano.

- Por quê?

A cabeça dele estava perto do pescoço dela dispensando leves beijos estalados sobre a área ainda coberta.

- O que...?

- Você nunca me deixou chegar perto e agora... – ele começava a morder o lóbulo da orelha dela arrancando um gemido baixo –

Ele sentiu ela empurrando seu corpo contra o sofá e lhe dando alguns beijos na boca, no queixo, na orelha...

- Talvez hoje seja apenas seu dia de sorte.

Ela se levanta, ajeita o vestido e se encaminha para a parte inferior do apartamento.

Roy ficou alguns minutos no sofá pensando no que aconteceu e na frase dela. Foi quando de repente teve um estalo...

- Apenas trabalhe e quanto ao seu presente... – ela estava na porta – Quem sabe no seu dia de sorte eu te dê uma chance...

Será que aquele era o dia de sorte dele?

Só podia!!!

- Riza!

Ele caminhou até a parte mais interna do apartamento e viu a porta do quarto aberta, viu o vestido dela um passo dentro do quarto. Ergueu a sobrancelha e o rosto, e foi então que a viu deitada em sua cama.

Estava deitada de bruços com os tornozelos cruzados no ar e com a cabeça apoiada sobre as costas das mãos cruzadas e com um belíssimo sorriso no rosto.

Os cabelos caiam delicadamente sobre os ombros e seguindo o olhar viu a lingerie vermelha que contrastava vivamente com a pele pálida.

- Pensei que iria ter que te chamar.

Estava imóvel no meio do quarto, não sabia o que dizer. Estava sem palavras. Assim, a mulher escorregou para fora da cama de casal e caminhou até ele.

Usava um corselete vermelho tomara que caia, esse por sua vez apertava o busto contraindo-o contra o tórax dela, valorizando o colo, não os seios. Descia apertado até o fim da barriga esbelta dela. A calcinha era vermelha também, era média e com as laterais finas e um liga com um delicado lacinho jazia na perna direita.

As madeixas louras caiam sobre o ombro formando uma cascata dourada nas costas, a franja casualmente caia sobre um dos olhos cor de mogno e o sorriso dela era maravilhoso.

Provavelmente os sapatos combinariam com o visual, mas preferia assim, ela devia ganhar bons quinze centímetros de altura com aquele sapato, e gostava da altura dela. Gostava da diferença acentuada que a deixava mais delicada.

- Eu pensei que fosse isso que queria...

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Os braços dela estavam em volta de seu pescoço e a boca dela perto de sua orelha e provavelmente estava sobre a ponta dos pés, devido a diferença de altura.

- Eu queria... Quero! Só estou meio chocado de estar ganhando o que queria.

Passou os braços em volta do corpo dela levando uma das mãos a nuca lhe dando um beijo. Agora sim um beijo de verdade. Não houve resistência quando sua língua pediu passagem.

Sem demora as mãos passaram a explorar a pele exposta. Sentiu com a ponta dos dedos que o corselete era preso por um emaranhado organizado de fios. O Mustang não gosta muito disso, achava extremamente difícil desatar essas coisas enquanto estava com pressa de arrancar a peça.

As mãozinhas dela encontraram os botões da camisa dele e começaram a desatá-los liberando mais pele para que os lábios de Riza encontrassem.

Roy tirou a mulher do chão e a deixou cair sobre a cama. Os fios loiros se espalharam sobre o edredom e ele separou as pernas dela para que pudesse se deitar sobre ela.

O próprio moreno jogou a camisa de lado e se acomodou. Não jogou todo seu peso, afinal, seus oitenta e cinco quilos incomodariam o corpinho dela.

As mãos dele deslizavam por todo o corpo dela, queria memorizar cada parte daquele corpo, mas tinha um certo receio, ela parecia tão delicada, tão frágil...

Ela por sua vez não se importava, as mãos deslizavam pelas costas dele e arranhavam sem dó. Caminhavam para os braços e seguiam a linha dos músculos tonificados.

Toda aquela roupa dela estava se tornando um incomodo, por isso puxou ela para cima deixando-a sentada em seu colo. Aquele emaranhado de fios era realmente um incômodo.

- Quer ajuda?

- Não.

Era uma questão de honra!

- Por que apertou tanto?

- Porque é assim que fica bonito.

- Como se fosse possível você ficar feia!

Foi difícil, na verdade, quase impossível desfazer o emaranhado com a boca dela beijando sua boca, pescoço, orelha, afundando as mãos nos fios negros...

Mas por fim conseguiu e jogou a peça longe. Sentir a pele dela tão próxima a sua era demais. Deslizou a ponta dos dedos pelas costas encontrando uma área onde a textura era diferente.

O lugar que havia sido queimado por ele durante Ishival e nossa... Se a textura da pele era tão diferente, a queimadura havia sido mais profunda do que imaginou.

- O que foi?

Ela olhou para os profundos ônix e viu que estavam longe.

- Desculpe.

- Não peça desculpas, fui eu quem quis.

- Mas eu não devia.

A mulher somente levantou o rosto dele fazendo-o olhar diretamente em seus olhos.

- Não se desculpe, se fizer isso outra vez eu vou embora e você não precisa falar comigo nunca mais.

- Tudo bem. – ele sorriu tirando a mão que segurava seu queixo e beijando-a –

Aquilo era uma briga pelo controle. E nenhum dos dois queria ceder. O batom que ela usava já estava todo borrado sobre a pele de Roy. Mas conforme os segundos passavam, ela parecia estar sendo dominada, bem... Parecia.

Tiveram que parar um pouco para respirar, mas antes que o moreno se recuperasse, ela estava beijando seu queixo, pescoço, orelha, sem falar nas mordidas. Aquela mulher parecia querer devorá-lo.

Tinha que detê-la de alguma maneira. E encontrou uma maneira de fazê-la recuar: Uma de suas mãos encontrou um dos seios dela e ela recuou levemente.

- Meu presente. Eu quero aproveitar...

Roy puxou os lábios dela contra os seus e continuou com o carinho fazendo-a gemer entre seus lábios. Só kami o quanto desejava aquela mulher.

Riza já começava a sentir a excitação e aproveitou a posição que estava para apertar os quadris contra ele e vendo-o morder o lábio inferior. Tinha que aproveitar o momento para igualar a situação.

Empurrou-o contra a cama e começou a distribuir beijos pelo pescoço, ombros, tórax fora é claro os arranhões que deixava. Quando o viu distraído o suficiente puxou a calça dele.

- Você deveria ser interditada, é um perigo se distrair perto de você.

Riza soltou uma risada e isso levou-a a ser jogada contra os lençóis. Com um moreno agora só de boxer sobre ela. Quando os lábios se encontraram, outra briga começou, nenhum dos dois queria deixar o controle da situação.

As mãos dela estavam atrás da cabeça dele para mantê-lo mais perto, estava muito difícil respirar ali.

- Eu devia ter feito esse pedido antes.

- Eu não sei se teria aceitado.

O que não era mentira.

Mas o momento foi interrompido quando Roy voltou os lábios para pele dela, ainda tinha muitos beijos e mordidas para deixar. Foi beijando o pescoço, o ombro, os seios em toda extensão, enquanto cuidava do seio esquerdo a outra mão acariciava o direito.

Riza não se lembrava da última vez que tinha sentido tanto prazer durante as preliminares, tudo o que conseguia era enfiar as mãos no emaranhado de fios negros, muitas vezes puxando-os.

Assim que deu-se por satisfeito naquela região, levantou um pouco o rosto e gostou do que viu. Ela trazia uma expressão nítida de prazer e estava corada... Se dependesse dele, a coisa ainda ficaria muito melhor. Voltou os lábios a pele dela, mas dessa vez explorando a barriga dela.

Parou quando chegou ao umbigo, subiu uma outra vez, trocaram beijos e uma das mãos ágeis do Mustang acharam o caminho da feminilidade da loura. Riza não estava molhada, estava ensopada. Roy sentiu um aperto dentro de sua boxer, aquele desejo já estava dolorido, precisava dela... Mas ainda não estava na hora. Começou os movimentos, primeiramente, mais lentos...

A mulher já não tinha mais uma linha de raciocínio, não conseguia falar, não conseguia pensar... Tudo o que fazia era sentir. Era certo que já fazia quase três meses que ficava com ninguém, mas tudo aquilo era intenso demais.

Ou estava sensível demais aos toques, ou Roy sabia melhor do que qualquer outro o que fazer e como fazer. Mas quem sabe não era um pouco dos dois?

Sentiu o ritmo aumentar.

Céus! Como um homem podia ser tão talentoso?

- Oh... Maldito... Mais rápido...

Roy a viu arquear as costas, e entendeu o sinal.

Se não parasse, ela chegaria ao limite.

Tirou os dedos e a viu confusa, coisa que causou uma risada. Mas tão logo parou, tão logo voltou, não sem antes arrancar a peça vermelha, jogando-a aos pés da cama.

E desta vez com os lábios, beijava e mordia toda a extensão da intimidade da companheira, essa que não conseguia mais se segurar, gritava com vontade. A essência dela descia aos poucos e o gosto não podia ser melhor.

Sem nenhum aviso ou sinal, a loura arranhou com mais força as costas de Roy e teve um orgasmo violento. As pernas dela bambearam, o corpo tremeu, e ela gritou.

Sentia-se extasiada. Não ouvia, não via... Era como se só existissem os dois. Roy deitou-se sobre si e lhe deu um beijo, sentiu o próprio gosto, mas não tinha muita reação. Ainda não estava completamente recuperada.

Roy, por sua vez, sentia tudo de uma maneira mais intensa e acentuada. Estava insuportável não estar dentro dela. Precisava dela. Tirou a cueca e penetrou-a devagar. Tinha tido paciência de fazer tudo direito até o momento, não ia bacar o idiota de estragar tudo começando a consumar o ato rudemente.

Ela surpreendeu-se por um instante, sabia que ainda não tinha se recuperado, mas não notou nenhum sinal de insatisfação. Riza só fechou os olhos e mordeu o lábio inferior.

Aos poucos toda aquela afobação, foi se acalmando e logo ela pediu mais. Ela sempre queria mais, era insaciável.

- O que foi, Roy? É tudo o que tem? Vai me deixar na mão?

Falou a loira provocativa ao pé do ouvido dele que tinha a cabeça afundada na curva do pescoço dela e de brinde lhe deu um arranhão mais forte.

Um brilho de incentivo brilhou no par de ônix.

- Você vai tirar o pior de mim, Elizabeth! O pior!

Roy soltou mais peso sobre ela tornando mais forte as estocadas e fez questão de ir mais fundo. Ela queria mais, lhe daria muito mais do que podia agüentar.

Riza estava levando-o a loucura. Nenhuma mulher jamais fizera aquilo daquela maneira. Tudo nela era instigante.

- Voc- Você sabe que odeio... – ela suspirou, estava difícil formar uma frase completa – Que me chame de Elizabeth... – as pernas dela envolveram a cintura dele – Oh... Isso! Assim!! Mais rápido!!

A cabeceira da cama que estava a cerca de cinco centímetros da parede batia com força contra a mesma. Os corpos se moviam juntos, não se separavam por momento algum. O ritmo era intenso, as pernas dela estavam apertadas em torno da cintura dele.

- Vamos ver quem vai ceder primeiro... – Roy sorriu e deu um beijo em Riza –

Agora era uma questão de pouco tempo, era inevitável o fim. Ela gemia de êxtase por entre os lábios dele, Roy conhecia aquele olhar, ela não queria perder.

E foi de uma só vez, o corpo dela reagiu em comunhão com o corpo dele, como se fossem um só. Ela só não gritou por causa do beijo. Era como se uma corrente elétrica passasse... Foi violenta a onde de prazer. Desabaram.

No final, os dois perderam.

Riza sentia o peso sobre si, mas não queria que ele saísse. Estava muito cansada, as pálpebras estavam pesadas... Não confiava mais em seus sentidos. A única coisa que ouviu antes de adormecer foi uma palavra, mas devia ser apenas uma brincadeira de sua mente...

Aishiteru.

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Roy acordou na manhã seguinte com o sol que batia diretamente em seu rosto. Estava um pouco confuso, e demorou algum tempo para se situar, mas logo lembrou-se da noite anterior.

Um sorriso brotou em seus lábios, sentou-se na cama, alongou os braços e olhou para seu lado esquerdo. Riza estava ali, dormia de bruços. Uma perna esticada e a outra flexionada, tinha as mãos embaixo do travesseiro e o rosto afundando no mesmo. Como o rosto estava virado do lado oposto, o sol não a incomodava.

Ela respirava calma e pausadamente. Estendeu o olhar para seu relógio de cabeceira e viu que não passava das oito, era de madrugada, considerando que fora dormir muito tarde... Ou melhor, muito cedo.

- Que ótimo! Malditas cortinas!

Roy levantou-se, pegou a boxer que estava no chão, vestiu-a, caminhou até o armário e puxou uma bermuda e uma camisa, a segunda que entregaria a loura.

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Entrou no banheiro, escovou os dentes, lavou o rosto e claro, fechou as cortinas antes de se abaixar perto dela. Parecia tão bem, não queria acordá-la... Mas precisavam acertar algumas coisas. E esperava muito que ela não o rejeitasse.

Suspirou e começou a tirar as mechas loiras que estavam caídas sobre o rosto dela...

- Riza.

- Hum... – ela se mexeu –

- Riza.

- ...

- Roy riu – Elizabeth.

Ela resmungou alguma coisa, ainda inconsciente, que ele entendeu como: Já disse para não me chamar assim.

E logo após começou a abrir os olhos.

- Bom dia.

- Bom dia... – ela piscou algumas vezes – Quantas horas?

- Pouco mais de oito horas.

- Hum...

Ela puxou os lençóis e se sentou na cama. Passou as mãos no rosto, suspirou e ficou olhando o quarto. Céus, não esperava que ele acordasse tão cedo.

- Se quiser tomar um banho, tem toalhas limpas no banheiro. Vou arrumar alguma coisa para gente comer, estou azul de fome.

Roy sorriu e colocou o cabelo dela atrás da orelha antes de sair do quarto.

Aquilo era mau! Muito mau!

A loira pegou a bolsa que estava na poltrona, junto com o vestido e o corselete, e foi para o banheiro. Trancou a porta, se enfiou debaixo do chuveiro com água fria, tomou um banho rápido, secou-se, vestiu o vestido preto, pegou a escova de dentes que trazia na bolsa, escovou-os e quando estava terminando, ouviu uma batida na porta.

- Riza, vou descer um minuto, não te nada comestível aqui! – ele riu e se afastou da porta –

- Okay.

Aquela era a chance dela de dar o fora e nunca mais tocar naquele assunto. Por que raios ele tinha que acordar tão cedo? Não podia perder a hora como sempre?

Deu uma ajeitada no cabelo, jogou o corse na bolsa e colocou o ouvido na porta, quando não escutou nada do lado de fora, viu que era hora de sumir. Devia ter cerca de cinco minutos antes que ele voltasse.

Mas quando estava na porta do quarto, não conseguiu não parar e sorrir, tinha valido a pena. Passou pela sala, pegou os sapatos e quando iria pegar o casaco Roy entrou pela porta.

- Riza?!

A loura que estava abaixada atrás do sofá, levantou-se no pulo.

- O que está fazendo?

- Estou atrás do sofá tentando achar os meus sapatos? – ela mostrou o pé de sapato vermelho, que era um de seus favoritos –

- Vamos para cozinha.

- Vai indo, vou achar o outro pé.

- Certo.

Roy foi para cozinha, colocou as coisas sobre a mesa e quando estava com a geladeira aberta para pegar gelo para o suco ouve a porta da frente bater.

- Eu devia ter imaginado.

O Mustang fechou a porta do eletrodoméstico e saiu atrás dela. Riza estava parada na porta do elevador, com os sapatos na mão.

- O que pensa que vai fazer?

- Ir embora?

- Por que está fazendo isso?

- Por que tenho um cachorrinho me esperando que deve estar com fome?

- Riza?!

- O que?

- Volta.

- Eu tenho uma idéia melhor: Eu vou embora e a gente nunca mais fala nisso!

- Por quê?

- Porque o que aconteceu ontem já passou, você teve o queria, eu também e agora cada um segue a sua vida como antes sem nunca mais falar sobre isso.

- Você está me dando um fora?

- Não. Estou indo embora.

- Você não dormiria comigo a menos que gostasse um pouco de mim. Por que está correndo agora?

- Era o plano original, só não contava com você acordando tão cedo.

- Riza...

- O que foi?

O Mustang suspirou, fincando o segundo seguinte em silêncio, mas por fim, acha as palavras que procura.

- Eu não queria uma noite com você, eu queria ficar com você. Só precisava de uma chance.

A loura ficou meio estática ao ouvir aquilo, não sabia como responder.

- Roy... Eu, olha... Gosto de você, na verdade, mais do que deveria. Mas isso seria loucura.

Só que ele não desistiria tão fácil.

- Vamos, uma chance e se eu pisar na bola você me chuta da sua vida.

Roy caminhou até a loira e pegou das mãos dela os sapatos e o casaco.

- Agora será que dá para voltar para dentro daquele apartamento? Eu estou azul de fome! É sério!

- Certo, mas ainda acho muito promissor o “plano A”.

- A gente discute isso depois de mais algumas horinhas comigo.

Roy sorriu travesso enquanto puxava-a para dentro do aparamento pela mão.

Fim

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.