Momentos antes

Nicolas pulou e esperou por Inês que não veio se preocupou olhou o homem caído ao chão se mexer e bateu novamente e ele apagou, olhou para Esperança.

— Consegue andar?

— Sim... Ela o olhou... – Minha mãe?

— Eu vou te esconder e voltar pra buscar.

Ele a faz se apoiar nele e andam uns quantos passos e ouvem o tiro, Esperança se virou já em lagrimas mal se aguentava mais queria ir até a mãe.

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— Me solte Nicolas é minha mãe.

— Por deus Esperança quer morrer? Se voltar lá é isso que vai acontecer.

Ouviram um barulho vindo da mata e se assustaram mais logo Victoriano se mostrou saindo do mato.

— Pai.

— Isso foi um tiro?... Ele abraçou forte a filha... – Onde esta a Inês?

Sentiu a filha chorar mais, se soltou dela para ir atrás dela mais o policial o segurou.

— É a minha mulher e esta grávida... Ele olhou Nicolas... – E você porque a deixou?

— Tinha que ajudá-la a sair pela janela ou queria que ela se jogasse com seu filho na barriga? Sua mulher é muito teimosa.

O respondeu no mesmo tom que Victoriano usou.

— Eu preciso buscar ela.

Olhou o policial.

— Vamos ter calma, qual o seu nome?

— Nicolas.

— Quantos são? Você sabe dizer?

— Tem um desacordado o outro não sei onde foi parar e mais dois do lado de dentro da casa com a D. Inês.

— Noah.

Victoriano falou baixinho quando ouviu mais dois tiros e saiu correndo encontrando Inês.

— Inês.

Ela estava chorando de joelhos segurando a cabeça de Isaac.

— Victoriano o Noah...

Ela não teve tempo, ele levantou e entrou na casa quando seus olhos bateram no de Noah acariciando a arma, sentado na cadeira ele o olhou e disse:

— Então você veio salvar a filhinha querida?

— Noah? Você?

— Sim papai.

Debochou.

Victoriano não queria acreditar no que acontecia ali e perguntou direto.

— O que ia ganhar me traindo dessa forma?

— Vingança... Seus olhos eram ódio puro... – Os Santos pagariam o que fizeram a mim e a minha mãe.

— Do que está falando? Eu não sei aonde quer chegar, mas seja lá o que for já chega... Não estava com paciência para os jogos dele... – Porque fala essas coisas?

— Já faz algum tempo que contratei um detetive... Levantou e andou nervoso de um lado pro outro... – E ele descobriu algo que me fez odiar essa família com todas as forças... Ele para de andar e o seu olhar para no de Victoriano... – Algo que não vou perdoar jamais.

— O que é tão grave pra você ter me apunhalado... Falava com ressentimento... – Seu próprio pai.

— Pai?... Sua voz se tornou mais grave... – Não depois do que eu descobri... Aproxima-se de Victoriano... – O seu pai abusou sexualmente da minha mãe... Segura ele pela camisa e o olha com ódio... – Aquele porco nojento que ainda carrego o nome dele... Respira fundo... – Noah Santos.

Victoriano parecia não acreditar no que estava ouvindo aquelas duras palavras de alguém que lhe dedicou à vida, era de mais para ele.

...

Do lado de fora...

— Isaac... Inês toca seu rosto... – Você não pode morrer tem uma filha, ela precisa de você.

Ele sorriu.

— Victoriano pode se encarregar de cuidar muito bem de vocês.

— Você me salvou.

Fez cara de dor sangrava muito... – O faria mil vezes porque Eu Te Amo.

Esperança se aproximou... – Papai.

Ele a olhou... – mMM perdoa... Uma lagrima escorreu de seus olhos... – Vocês sempre foram tudo pra mim, mais escolhi o caminho mais difícil e olha onde eu estou agora.

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— Você vai ficar bom... Pegou a mão dele... – Você salvou a mamãe.

Ele deu um leve sorriso olhando elas, sentia que sua hora havia chegado mais iria de certa forma em paz tinha as duas pessoas que mais amava em sua frente e bem, nesse momento era o que mais lhe importava.

— Seja feliz.

Ele deu um ultimo suspiro e fechou os olhos, Inês deixou as lagrimas rolarem ele fez mal? Sim e não foi pouco não, mas ele deu a vida por ela e isso fez com que tudo de ruim se transforme em um mero detalhe.

...

Dentro da casa...

— Isso não pode ter acontecido... Ainda processava a informação que acabava de escutar... – Ao invés de conversar, você preferiu fazer vingança?

— De seu pai eu não me vingaria porque o porco morreu e não poderia fazer muita coisa com aquele velho, mas ele não era o único Santos... Sorri debochado... – Você foi tão idiota que me deu todas as armas pra minha vingança e por último e não menos importante a peça chave que faltava... Sorri cínico... - E te digo que se não fosse o imbecil do Isaac e a sua mulherzinha eu tinha feito, tomado sua filhinha, estava sofrendo como eu queria.

— Desgraçado... Empurra-o em cima da mesa... – Traidor, como pode Noah?

— Eu vivi todo esse tempo na sombra sou fruto de um abuso, uma gravidez maldita, um ato cruel... Falava gritando de ódio... – Você nasceu e cresceu em uma família, pai e mãe criado com amor e pra mim só me restou viver como filho adotivo do grande Victoriano Santos e sua senhora que me criou por pena e pra te agradar... Empurra Victoriano com toda a força e volta a ficar em pé... – Como se sente irmão?

Victoriano estava confuso e cheio de ódio por dentro, aquela conversa com Noah lhe estava provocando uma mistura de sentimentos que ele tinha que colocar para fora.

— Seu traidor... Acerta o primeiro soco no canto da boca de Noah... – Eu não tenho culpa do pecado do meu pai... Acerta outro na barriga... – Devia ter me falado e não ter começado esse plano mirabolante pra me destruir... Empurra ele que cai... – Vai pagar pelos seus crimes.

Noah olha Victoriano em sua frente e com os olhos cheios de raiva tira a pistola da cintura e levanta do chão se apoiando na parede e apontando a arma.

— Não tenho orgulho de ser um Santos ou se o fato de eu ser o seu irmão mudou algo em mim porque está perdendo seu tempo... Engatinhando a pistola... – Eu tenho ódio de ter seu sobrenome e dividir meu sangue com você.

— Ótimo, porque eu sinto a mesma coisa... Tira o revolver da cintura e aponta pra Noah... – Esse caminho foi você que escolheu e agora não tem mais volta... Estava serio e pensativo... – Não acredito que toda minha dedicação em criar você, te dar meu sobrenome e todo carinho de pai foi em vão.

— Eu já fui um fruto ruim desde minha concepção... Tenta não mostrar fraqueza... – Eu não tenho salvação e você não merece que eu te chame... Irmão.

Sem que Victoriano esperasse, ele atira e a bala atinge seu ombro e numa reação do tiro Victoriano atira na altura do abdômen de Noah.

— O que fez garoto... Cai pela dor intensa no ombro colocando a mão no ferimento... – Não faz mais nada vamos começar do zero eu te ajudo e vai ter o seu lugar na família.

— NÃO VICTORIANO... Anda até a porta se apoiando nos móveis... - Não tenho salvação... Fala com pesar... – Eu nunca tive na verdade...

Ele sai da casa com dificuldades... Victoriano levanta com dificuldade e também sai, mas ao ver a cena a sua frente seu rosto se contorce de tensão ao ver que Noah fazia Inês de refém.

— Ela não... Aponta a arma pra Noah... – Me mata, mas ela não tem haver com o seu problema comigo.

— Mas eu posso me vingar matando ela e o bebê... A pistola que estava encostada na cabeça dela, ele a desliza até seu ventre... – Seria uma dor pra você irmãozinho... Fala com sarcasmo... – Eu te odeio e odeio os seus.

— Victoriano nos salva... Ela estava nervosa e chorava desesperada... – Nosso bebê meu amor... Sentia as pernas falharem, mas ainda estava de pé... – Meu amor, por tudo que há de mais sagrado.

— Cala boca Inês ou eu mando te darem novamente uma surra de toalha molhada... Falava gritando... – Pra mim esse é o fim pra ela e pra você.

— Não faz nada com a Inês se não você vai sentir a minha fúria seu desgraçado.

Olha nos olhos de Inês com desespero.

Em poucos segundos Inês já não se sentia bem e suas pernas já não estavam respondendo a ela e toda aquela pressão já não fazia bem e ela perde os sentidos desmaiando e caindo de vez no chão, já que Noah não a segurava bem.

— Chegou a hora de enfrentar a fúria de Victoriano Santos.

Os olhares se gradearam por alguns segundos até se escutar dois disparos e os corpos de Victoriano e Noah caindo no chão ao mesmo tempo.

...

CONTINUA!