Guardiões

Visita ao museu.


Sabia muito bem o motivo para meu sorriso estupidamente grande, tem nome sobrenome. Não entendia o motivo pelo qual Sky pediu para que eu ficasse em casa; talvez tenha visto minha perseguição, a pesar de não ter feito comentários a respeito disso.

A verdade é que não estava mais ligando nem um pouco para a possibilidade de ter sido seguida. Minha mente estava incapacitada no momento. Sorri mais uma vez para o espelho do banheiro, então finalmente desci para tomar café da manhã.

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Mamãe preparava algo no fogão, e pelo cheiro só podia ser bacon.

— Bom dia mamãe!

— Bom dia querida. - Mamãe colocou o bacon fumegante em um prato que se encontrava no meio da mesa. - parece animada hoje.

— Ham ram. - Ataquei com a voracidade de uma loba faminta, coloquei poções generosas de geléia em uma torrada enquanto mastigava um pedaço de bacon.

— Hum. - Minha mãe sentou e me lançou um olhar de pura curiosidade. - Essa felicidade toda tem algum motivo em especial? - Neguei com a cabeça, ainda bem que estava com a boca cheia, caso contrário seria pega na mentira. - Claro... Estava me perguntando hoje mais cedo, onde foi parar metade do pacote de pão que estava no armário.

Quase morri engasgada por causa do riso. As lembranças da tarde de ontem e de meu convidado esfomeado.

— Sky gosta de sanduíche de manteiga de amendoim e geléia.

— Esse seu amigo. - Notei a ênfase na última palavra. - Lembra-me um certo alguém.

— Quem? - Agora era eu que estava curiosa.

— Seu pai.

— Meu... Pai? Não entendi mamãe. - Quase nunca falávamos nele, e em momentos raros como esse, tentava extrair toda informação que fosse possível.

— A forma que seu amigo te olha é a mesma de quando seu pai olhava para mim. - A olhei incrédula. - Estou falando sério querida. Só espero que esse rapaz não tenha que fazer as mesmas escolhas que seu pai foi forçado a fazer.

— Não estou entendendo mamãe.

— No momento certo irá entender, agora termine de comer ou vai acabar perdendo o primeiro ônibus. - A olhei por mais alguns segundos, ela não pode jogar uma bomba desse tamanho em meu colo e deixar por isso mesmo. Mas sabia que não arrancaria mais nada dela, desse mato aí não sai mais coelho hoje.

As palavras de minha mãe ficaram girando em minha mente, igual a um mosquito irritante. Ela só podia está enganada. Sky não me vê... Nunca vai me vê dessa maneira; isso é um absurdo sem tamanho.

E eu o que sinto por ele? No momento estou mais do que disposta a acreditar em ilusão. Uma linda ilusão insistente que teima em povoar meus pensamentos. Mordi a internamente a bochecha, na tentativa de conter outro sorriso bobo, não estava a fim de ficar com cara de idiota o tempo todo e ter mais um motivo para ser chacota.

Ao chegar na escola, olhei discretamente para o café do outro lado da rua. Não vi nem sinal dele ou de Edward. Sacudi a cabeça tentando afastar a melancolia que ameaçava tomar conta de mim.

Tratei de entrar no prédio marrom, e segui para a sala de história.

— Bom dia Mady. - Helena cumprimentou quando sentei ao lado dela.

— Bom dia Hel's! - Retirei de dentro da mochila o livro, junto com o caderno e o trabalho sobre a Revolução Francesa.

Sorri para a folha de papel preenchida com minha caligrafia, estava falhando miseravelmente na tarefa de não parecer idiota.

— Mady, Mady; Madison Clark! Você está ouvindo?
— Ham... Sim estou.

— Então o que te perguntei? - agora ela me pegou.

—Desculpa Hel's. - Desculpa por ser uma péssima mentirosa. Helena me encarou com os olhos cerrados por alguns segundos, antes de voltar a falar.

— Estava perguntando o motivo desse seu sorriso abobalhado.

— Não sei do quê está falando. - Optei por me fazer de desentendido. Não queria responder a um interrogatório constrangedor.

— Vou fingir acreditar. - Decidi guardar silêncio, era o melhor para manter a integridade mental.

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Universo estava ao meu favor hoje, por que pela primeira vez no ano, nosso professor de história chegou na hora. Enquanto ele recolhia os trabalhos minha teoria de boa sorte caiu por terra. Pois professor O'maley estava entusiasmado demais.

Afundei na cadeira sabendo que havia caroço nesse angu, cruzei os dedos torcendo para que não fosse outro de seus testes surpresas.

— Meninas. - O homem guardou os trabalhos em sua pasta e dirigiu seu olhar de ave de rapina para nós. - hoje teremos uma aula diferente. - Toda a turma gemeu em uníssono. - Calminha moças, não teremos teste surpresa. Vamos retroceder alguns capítulos e faremos uma revisão sobre a pré-história. - Eu ainda esperava pela bomba. - E para isso planejei uma visita ao museu de história natural. - O animo de todas melhorou consideravelmente; e eu ainda esperava pela pegadinha da vez. Porque O'maley não dá nada de graça. - Vocês escolherão entre as diversas alas que tratam do assunto que estaremos revisando e farão um breve comparativo. - Outro coro de protestos se fez presente.

Suspirei resignada; esperava por algo do tipo, quando a esmola é muita o santo desconfia.

— Agora vamos, o ônibus deve está esperando. - Ele praticamente saltitou porta a fora.

Coloquei meus pertences de volta na mochila e acompanhei a turma. Helena tagarelava só meu lado, o quão divertido seria esse passeio. Tinha as minhas duvidas; mas as guardei para mim.

Entramos no grande veículo amarelo pertencente a escola. Escolhi um lugar na janela com vista para o outro lado da rua. Mais uma vez olhei para o café, para novamente não encontrá-lo.

Desencana Madison. Sky tem mais o que fazer do que ficar de bobeira em um café, ou gastar tempo com uma garota desinteressante como você.

Fechei os punhos e sacudi a cabeça. Foi quando tentava manter minha mente controlada que vi. Havia alguém próximo ao meio fio, a poucos metros do ônibus, parecia está olhando diretamente para mim. Não conseguia distinguir quem era, pois seja lá quem fosse, estava usando uma camisa de moletom vermelha.

No mesmo instante lembrei da perseguição de ontem. Senti uma gota de suor escorrer pela nuca, enquanto meu coração acelerava junto com a respiração.

Fechei os olhos e tentei respirar fundo e acalmar meus batimentos cardíacos. Tudo que não precisava agora era um ataque de pânico. Muitas foram às vezes em que minha imaginação pregou peças semelhantes. Abri os olhos e não vi mais ninguém me observando.

— Droga, isso está ficando pior.

O ônibus parou depois de quarenta minutos rodando pelas ruas de L.A. não podia negar, o prédio era impressionante. Era a primeira vez que visitava o museu de história natural. Talvez esse passeio não seja tão ruim.

— Divirtam-se garotas, nos vemos em duas horas. - O professor O'maley saltou para fora do veículo e esperou que fizéssemos o mesmo.

Passei por algumas alas. Fotografei com o celular os esqueletos completos de um tiranossauro e um triceratops. Eram a coisa mais impressionante que havia visto até o momento.

Continuei caminhando entre as diversas exposições em busca pela qual escreveria. Resolvi parar em uma exposição dedicada a era paleozóica. Que ia desde o período cambriano com os primeiros animais de carapaça ao período permiano com os répteis e anfíbios mais desenvolvidos.

Poderia ter terminado meu trabalho rapidamente, e aproveitado para passear mais um pouco pelo museu; porém uma sensação incomoda de está sendo observada não deixava que me concentrasse. Tirei a atenção da folha meio escrita e olhei em volta. Com a visão periférica algo chamou a atenção. Meu coração falhou duas batidas ao reconhecer o moletom vermelho.

Fechei o caderno discretamente e saí rapidamente da exposição. Tentei me misturar entre os outros visitantes até que encontrasse alguém da minha turma. Entrei em uma sala vazia repleta de fósseis. A respiração acelerada, o pânico enviando adrenalina pelas veias, deixando todo o corpo em estado de alerta.

Senti mais do que ouvi um movimento atrás de um dos fósseis localizado em minha retaguarda. Forcei as pernas a correrem. Porém antes dá a primeira passada fui agarrada pela parte de trás do pescoço. Soltei um grito abafada pelo medo. Uma mão enluvada tapou minha boca e nariz. Um forte odor de pelo molhado invadiu minhas vias aéreas, embrulhando meu estômago e impedindo-me de gritar.

Fui arrastada para trás para tirar meu equilíbrio. Tentei me libertar chutando e mordendo. Arranquei alguns urros que mais pareciam rosnados. Nenhuma de minhas reações surtiu efeito, meu raptor era muito mais forte do que eu. Então fui golpeada atrás da orelha esquerda, não foi suficiente para me tirar do ar; mas minhas pernas amoleceram e nesse momento fui jogada em seus ombros como se fosse um saco de batatas.

A posição invertida fazia o sangue pulsar dolorosamente em minha cabeça e atrás da orelha. A pulsação era acentuada pelas passadas largas de meu raptor. Tentei chamar a atenção de alguém que passasse por nós, mas parecia que estávamos invisíveis.

— Poupe seu fôlego mocinha, ninguém poderá salvá-la. - A voz que saia do capuz era inigualável, se um animal feroz conseguisse falar, tenho certeza que seria algo semelhante.

— O que quer comigo? - Tentei em vão não parecer apavorada.

— Eu nada; mas meu empregador sim. Não me pergunte o que ele quer, pois não faço ideia o que uma mortal como você pode lhe oferecer. - Congelei em seu ombro. - Oh droga! - dessa vez ele rosnou. - De alguma forma chamei a atenção. - Ele levantou a cabaça em seguida ouvi um som áspero, parecia que ele estava farejando. - Ou foi você que chamou a atenção... Talvez essa incursão não seja tão enfadonha. - Agora ele riu, um riso frio e cruel.

Soube que havíamos saído do museu quando o piso de mármore foi substituído pelo asfalto. As buzinas foram deixadas para trás assim que entramos no que parecia ser um beco. Deduzi que algo estava terrivelmente errado quando a temperatura a minha volta caiu drasticamente. Antes estava suando e agora tremia sacudindo até os ossos, e para completar a bizarrice, os pés do seqüestrador afundavam na neve. O que raios está acontecendo?

Temia entrar em choque a qualquer momento, era muita loucura para ser absorvida.

Mentalmente pedia que algo acontecesse. Melhor Sky aparecesse do nada, como das outras vezes. Mal completei esse pensamento louco, quando algo passou zunindo, cortando o ar fazendo o raptor parar. Levantei um pouco a cabeça, há alguns metros uma silhueta dourada se aproximava.

— Solte-a! - A voz estranhamente familiar bradou.

— Demorou guardião. - O homem virou, impedindo-me de ver o rosto de Sky. Tinha plena certeza que era ele, não havia outra voz como aquela.

— Mandei soltá-la! - A voz de Sky estava fria e cortante. Mesmo assim não pude de deixar de sentir alívio.

— Se é o que quer... - Fui jogada no chão coberto de neve sem um pingo de delicadeza. O homem ficou entre mim e Sky. - Deveria está levando a mercadoria; mas há tempo para um pouco de diversão. - Ele arrancou o moletom e rasgou a calça.

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Um grito congelou em minha garganta, ele não era um hi homem... Nem humano era. Parecia ser uma espécie de lobo bípede trajando uma armadura feita de elos de bronze.

— Cai dentro guardião!

O lobo se lançou para frente com um rosnado bestial. Sky foi ao encontro dele como um míssil, algo cintilando em suas costas; aquilo são asas?

O que está havendo aqui?! Queria me encolher e fingir que toda essa loucura não está acontecendo. Porém a preocupação pela segurança de Sky era maior do que o desejo de auto-preservação.

O lobo envolveu Sky com os braços derrubando o moreno contra o chão. Uma nuvem de neve se deslocou para cima por causa do impacto. Os dois rolaram em uma luta feroz. Punhos voavam, joelhos golpeavam e cotovelos batiam.

Sky chutou o lobo no estômago, o bicho voou para trás com o impacto. No momento em que atingiu o chão. Sky já estava em cima dele. A mão apertando o pescoço da fera e os joelhos prendendo-lhe os ombros.

— Quero que dê um recado meu para seja lá que o mandou... Fique longe de Madison, ou irei caçá-lo e farei com que se arrependa da própria existência.

— Sky... - Abracei os joelhos na tentativa de aquecer meu corpo e fazer os tremores pararem.

— Mady. - A voz perdera o tom cortante e agora parecia transbordar preocupação.

Ele soltou o lobo que tratou de fugir ganindo. A bela aparição que era Sky se pôs a vir em minha direção.

As asas estavam dobradas em suas costas. A pele e os cabelos pareciam atrair a luz pálida do dia. Sky pegou uma adaga que estava fincada na neve e a embainhou. Então veio em minha direção com passadas silenciosas e ritmadas. Tentei ficar de pé e vencer os tremores que sacudiam todo meu corpo, certamente estava a beira de uma hipotermia; porem minha mente estava focada em uma única coisa: "Sky não é humano!" e não conseguia evitar admirar sua beleza sobrenatural.

Ele parou a minha frente, os olhos transbordavam preocupação e outro sentimento indecifrável.

— O... O... Que... Você é? — estiquei a mão trêmula. Ansiava pela certeza de que não estava surtando e tendo outra de minhas alucinações.

— Não importa agora... Preciso aquecê-la e tirá-la desse lugar. — Fui enlaçada pela cintura por seus braços fortes. Ficando a poucos centímetros do corpo dele.

As asas se fecharam a nossa volta, Sky emanava calor e segurança. Os momentos de terror que havia vivido a pouco não passavam de uma lembrança distante.

Estendo a mão direita tocando a plumagem levemente azulada de suas asas, em nenhum momento ele tirou sou olhar de mim.

— São macias como cetim. — Sorri esquecendo da paisagem gélida a nossa volta. — Pode voar?

— Nasci para isso. — Ganhei um sorriso de covinhas, agradeci por está segura em seus braços, pois teria desabado. — Segure-se. — Surpresa enlacei meus abraços em volta do pescoço dele, ao mesmo tempo que era pega em seus braços.

O decolar não passou de um estremecer momentâneo, logo estávamos em pleno vôo.

— Nada disso parece real! — Exclamei fazendo-o rir. Ele parecia está deliciado, verdadeiramente confortável em sua gloriosa forma alada. Cruzávamos rapidamente a paisagem nevada, o vento frio chicoteava minha face; mas isso não incomodava estava exultante.

Segurei com mais força em Sky ao atravessarmos uma abertura luminosa no meio da paisagem branca. De repente estávamos de volta a L.A, mais precisamente em um beco como havia deduzido quando estava sendo seqüestrada.

— Vou acabar desenvolvendo um tipo de fobia a becos. — O riso de Sky tilintou em meus ouvidos. — Vai contar o que foi tudo isso?

— Agora não Mady. — Ele me pós no chão. Funguei decepcionada. — Contenha um pouco sua curiosidade. Você precisa voltar ao museu antes que dêem por sua falta.

— Mas... — E se você desaparecer? Somente o pensamento fez meu coração se contrair.

— Estarei a sua espera. — Ele parecia ter lido meus pensamentos.

— Tudo bem; mas você vai entrar comigo, preciso de ajuda para encontrar minha mochila. Não faço ideia de onde a deixei.

— Quanto a isso, não precisa se preocupar. A encontrei aos pés de um triceratops, Edward está com ela.

— Tudo bem. — Tentei não parecer decepcionada, queria que ficasse mais um pouco. — Então é melhor ir direto para o ônibus tenho um trabalho para terminar.

Fui escoltada até o ônibus por Sky que fazia questão de me manter próxima a ele e por Edward que parecia um falcão vigiando seus filhotes.

— Estaremos por perto. — O moreno afagou minha bochecha, tão relutante quanto eu com a separação. — Nos vemos mais tarde.

Durante todo o trajeto de volta permaneci dispersas, imersa em pensamentos. Foi assim durante as aulas também. Estava em uma bela encrenca, pois minhas notas eram um fiasco quando prestava atenção nas aulas, agora serão um completo desastre. Para completar o dia, a última aula é justamente educação física e hoje teríamos Handball, será que tem como piorar?

Como sempre sobrei, nenhuma equipe me queria. A treinadora teve que intervir e fui colocada no time que estava com um a menos. Iria jogar contra o time da Amber.
A loira quase riu de satisfação. A partida foi iniciada, está na hora do massacre. Os primeiro minutos foram tranqüilos, me mantive na lateral. Fora do alcance das jogadas desleais da loira. Claro que minha sorte não duraria muito tempo. Alguém cometeu o erro de passar a bola para mim.

Não tive escolha a não ser correr. Não cheguei a dar meia dúzia de passos, pois alguém me empurrou. Perdi o equilíbrio e fui com tudo para o chão, bati com o queixo contra o piso da quadra. O jogo foi parado.

— Para o chuveiro senhorita Lambert. — Consegui ver Amber saindo da quadra pisando duro. Isso quase fez valer a pena ter sido empurrada.

Apoiei as mãos contra o piso para levantar, foi então que vi as gotas escarlates pingando de meu queixo e uma dor aguda se espalhar.

— Consegue chegar contra a enfermaria Clark? — A treinadora me ajudou a levantar.

— Posso acompanhá-la. — Helena me acompanhou até a enfermaria, ajudando a estancar o fluxo de sangue com uma toalha.

Esse era um daqueles dias onde é mais seguro ficar em cada debaixo das cobertas. O corte teve que ser suturado, fui obrigada a tomar um Tylenol e ficar deitada em uma maca, até que o sinal tocasse. O que me deu tempo mais do que suficiente para inventar mil e uma teóricas em relação a Sky.

Ai sair da enfermaria me vi ansiosa. Será que ele estará a minha espera? E se tiver, terei coragem de fazer todas as perguntas que desejo?

— Mady. Você está devaneando.

— Ham? - Sua pirei. — Desculpe Hel's, o que perdi?

— Estava perguntando o que há com você hoje, você esteve dispersa o dia todo.

— Ham... — Olhei para os lados buscando por uma desculpa convincente. Foi assim que o vi parado recostado em seu carro caro. Sorri aliviada, pois naquele momento percebi que não importava o que ele é. Somente o queria por perto.

— Mady?

— Ah, desculpe de novo Hel's. — Helena sacudiu a cabeça resignada desistindo de arrancar qualquer resposta satisfatória de mim.

Segurei-me para não correr até ele, mal podia esconder o entusiasmo. Sky rompeu a distancia entre nós, ficando em minha frente. Ele segurou minha face entre as mãos, torço para que não fosse possível ouvir meu coração querendo sair do peito. Seus olhos azuis escanearam cada parte de meu rosto, parando por fim em meu queixo.

— Terei que arranjar uma forma de ficar de olho em você dentro da escola também.