Guardiões

Epílogo.


Minha consciência brigava para recuperar o controle de meu corpo que confortavelmente usufruía do descanso do sono. Com um esforço que não deveria ser assim tão grande para abri os olhos. Pisquei para fazer com que minha visão entrasse em foco.

Franzi o cenho não reconhecendo o quarto onde estava. As paredes impecavelmente brancas, as cortinas azuis e os móveis de madeira escura não me eram nada reconhecíveis. Embora o cheiro dos lençóis e travesseiros da grande cama de casal fosse reconfortante e dolorosamente familiar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Então é assim que é o céu? - Murmurei ainda meio grogue. Pouco a pouco minha memória voltava e as lembranças de minha luta com Acrab voltaram em velocidade vertiginosa. Não havia sido forte suficiente e sucumbi diante de meu inimigo.

— Não. É assim que é o meu quarto. - Sentei na cama de uma só vez ao ouvir a voz dele. Sky estava recostado no batente da porta parecendo ter acabado de entrar no quarto.

A túnica branca que vestia o deixava ainda mais parecido com um anjo. Ele irradiava poder e segurança e eu não cabia em mim de tanta felicidade. Guiada pela falta que senti dele levantei e praticamente pulei nele.

— Também senti sua falta. - O riso caloroso dele encheu todo o cômodo. Arrepiei-me da cabeça aos pés ao ser envolvida por seus braços. Automaticamente circundei seu pescoço com os meus. Por alguns segundos afoguei-me na imensidão azul de seus olhos. - Como se sente?

— Bem. - Mais do que bem. - O que me leva a fazer a temível pergunta. Dessa vez eu hibernei não é? - Na verdade isso não me interessava só queria ouvir sua voz.

— Digamos que sim. - Os olhos dele brilharam cheios de humor.

— Melhor não querer saber por quanto tempo dormi. - Ri junto com ele. - E... Acrab? - Não queria tocar nesse assunto agora, mas era preciso.

— Ele não será um problema por hora. - A expressão em sua face de anjo dizia tudo. Ele contaria tudo depois esse simplesmente não era o momento e eu fiquei grata por isso. Não queria estragar esse momento.

— Tive medo de nunca mais ver você, sentir seu calor... - Fiquei na ponta dos pés. - De nunca mais beijá-lo. - Encostei meus lábios nos dele antes de iniciar um beijo ansioso.

Precisava dele de tal forma que o beijo já não era suficiente para saciar a vontade louca de senti-lo. Precisava de mais e precisa agora.

— Mady... - Sky ofegou sem ar. - O Conselho quer conhecê-la. - O conhecia bem demais para saber quando ele está tentando me distrair. Via nos olhos dele que estava tão necessitado quanto eu.

— Eles podem esperar um pouco mais. Não é? - Capturei seu lábio inferior com os dentes. Em uma clara demonstração de minhas intenções.

— Tenho certeza que sim. - Rapidamente o guardião reiniciou outro beijo. Agora mais urgente é desejoso. Ele me guiou para o meio do quarto fechando a porta que ainda se encontrava aberta com o pé.

— Mady... - Não precisava que ele completasse a frase para que eu soubesse que estava me perguntando se eu tinha certeza.

— Preciso de você. - Ofegante grudei nossos lábios em um selinho demorado. Era a minha confirmação de que não haveria arrependimentos mais tarde.

Com os dedos trêmulos despi a parte de cima de sua túnica. Não era a primeira vez que tinha essa visão de seu tórax, mas não deixei de admirá-lo e pensar que tal beleza poderia muito bem ter sido esculpida por um artista renomado e o melhor de tudo era que somente eu tinha o privilégio de tocá-lo e senti-lo arrepiando-se com meu toque.

Peça por peça o despi e da mesma maneira Sky fez o mesmo comigo. Nos maravilhando com cada novo centímetro de pele exposto. Se não fosse pelo fato de está tão extasiada pelas carícias do momento com certeza estaria envergonhada diante da beleza avassaladora dele. Exultante tocava-lhe com as mãos saboreando cada reação dele a meu toque. Queria memorizar cada pedacinho do meu guardião.

Arfei ao ser içada para cima, prontamente circundei seu quadris com as pernas arrepiando-me mais um pouco com contato direto de nossos corpos nus. E mais uma vez tomei os lábios dele enquanto ele nos guiava para cama. Mal senti quando minhas costas tocaram o colchão. Sem fôlego liberei os lábios dele. Meu peito subia e descia assim como o dele.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Amo você. - Sky sussurrou em meu ouvido. A frase por si só foi suficiente para fazer meu sangue correr mais rápido nas veias como as corredeiras de um rio caudaloso. Meu sangue se converteu em fog ao sentir os lábios dele traçando uma trilha de beijos do pescoço ao vale de meus seios. Minhas costas se arquearam ao ter os mamilos abocanhados. Céus! Dessa vez eu morro! E mesmo assim não queria que parasse. Perdi o resto de consciência quando ele deu o mesmo tratamento ao outro.

— Sky... – Fechei os olhos e murmurei desconexa. Eu era apenas um emaranhado de sensações não era mais dona de mim mesma.

Abri os olhos ao ter as sensações causadas por sua boca em corpo cessada. Encontrei Sky analisando-me, as pupilas dilatadas quase cobriam o azul de suas iris. Ele parecia está indeciso.

— Eu... Eu sou queria dizer totalmente inexperientes nesse assunto... – Ergui o dorso para

Poder alcançar seus lábios.

— Nos descobriremos juntos. – Naquele momento não sabia de onde estava vindo tanta coragem. Talvez fosse a certeza de que daqui para frente nada mais iria nos separar e aquele momento selaria nossa união eterna.

Os murmúrios se tronaram mais intensos quando nossos corpos finalmente se tornaram um só em uma dança quase ensaiada. Finquei as unhas em suas costas e chamei por seu nome ao chegar ao meu limite. Ele veio logo em seguida. Ouvi-lo chamar por mim em seu ápice foi indescritível.

Sky deitou-se ao meu lado e puxou o cobertor sobre nós. Enrosquei-me nele exausta e satisfeita. Rocei o nariz em seu peito e fechei os olhos sentindo os dedos dele afagando meus cabelos.

— Durma sininho. Nada vai perturbar seu sono. – De bom grado entreguei-me nos braços de Orfeu.

***

Algumas semanas depois.

Semanas se passaram e os dois casais finalmente retornaram para a terra. Mady, Sky e Edward estavam felizes de estarem de volta a L.A e Elisabeth não escondia a ansiedade pelo que sua nova vida traria dali para frente.

Todos estavam nitidamente mais maduros após enfrentar tantos perigos nesses últimos meses. Também estavam certos de que novas responsabilidades não tardariam a chegar. E essa certeza era ainda maior para os dois candidatos a ocupar um lugar no conselho dos Guardiões. Sky e Madison haviam se reunido com os quatro conselheiros remanescentes para contar tudo o que lhes havia acontecido nesses últimos tempos. A surpresa fora geral ao saberem que Acrab arquitetara tudo em nome de uma suposta idéia de supremacia de sua raça.

Era inegável que o ex-conselheiro séria uma ameaça futuramente. As palavras ditas por ele antes de abrir mão de seus poderes os assombraria até que o pegassem. E até lá o conselho de Guardia precisaria está mais unido do que nunca. Era imprescindível que o Conselho estivesse completo novamente.

Os dois conselheiros que no passado haviam se voltado contra Alterf instigados por Acrab pediram desculpas ao antigo conselheiro e o convidado a retornar a seu antigo posto. Este por sua vez recusou afirmando que seu tempo havia passado e que era hora de o Conselho ser renovado. Instantaneamente a atenção de todos se voltaram para o jovem casal que apesar da juventude já havia provado seu valor.

Mady e Sky ficaram lisonjeados pela oferta, mas ainda havia muito para ser vivido e descoberto fora de Guardia os dois ansiavam em poder finalmente curtir um ao outro. No entanto não rejeitaram que lhes foi feita a oferta só a adiaram por mais um tempo e colocaram-se a disposição do Conselho sempre que precisassem de auxílio. Foi assim que eles retornaram sabendo que não tardariam a voltar a se aventurar no desconhecido. Mal sabiam eles que esse dia estava mais próximo do que imaginavam.

— Céus! Vou morrer! - Choraminguei encolhendo-me debaixo das cobertas. Havíamos retornando ontem pala Los Angeles e eu mal saí do quarto. Sentia-me indisposta. A cabeça doía, sentia um sono quase incontrolável. O pior era esse enjôo que não passava.

Não dei atenção quando os primeiros sintomas apareceram ainda no Castelo de meu pai.

Achei apenas que fosse a bendita TPM dando as caras. Grande engano. Queria saber onde foi parar aquele papo de guardiões tem saúde de ferro. Isso é uma tremenda de uma propaganda enganosa.

Gemi ao ouvir a porta do quarto ser aberta. Minha cabeça latejou como se houvesse um sino badalado dentro dela. Não saí de meu esconderijo ao sentir o colchão subir e descer anunciando que alguém acabara de sentar nele. Cobri a boca tentando reprimir a ânsia incontrolável.

— Mady?

— Hum? - Gemi ainda tentando conter o enjôo.

— Pelo visto não melhorou. - Até mesmo o suspiro de Elizabeth fez minha cabeça doer. - Os rapazes estão preocupados. Sky parece está entrando em pânico. O cara quase chorou agora a pouco por ter que sair para resolver um problema em Santa Mônica. - Ela riu baixo. – Ele nos encheu de recomendações a seu respeito. Até parecia que estava passando instruções a dois adolescentes imaturos. - Não resisti e ri. Foi um grande e terrível erro. Levantei e corri para o banheiro, lá coloquei o pouco alimento que havia consumido hoje cedo para fora.

Cambaleei para pia onde lavei a boca e o rosto. Arrastei-me para fora do banheiro no momento em que Edward entrava no quarto trazendo uma bandeja. O cheiro da canja me fez dá meia volta e retornar para o banheiro me trancando lá dentro. Isso já está ficando ridículo.

— Tira esse troço daqui Ed! - Gritei de dentro do cômodo.

— Ok! O caso é sério. Ela está rejeitando minha comida. - Esperei com a cabeça encostada na porta fechada lutando contra outra rodada de enjôos.

— Pode sair Mady.

— Não ria Elizabeth. - Murmurei saindo de meu esconderijo. - Espero que Edward não fique chateado. - Deitei na cama repousando a cabeça nas pernas de minha amiga. Lizie estava com uma expressão intrigada enquanto fazia cafuné em mim.

— Ele vai superar. – A morena prendeu meu olhar com o dela. - Mady... Não quero ser indiscreta, mas... Tenho uma suspeita de qual seja a causa desse seu mal-está misterioso.

— Ah é? Acha que é muito grave? - Fiquei levemente preocupada.

— Depende do ponto de vista. - Ela deu de ombros.

— Então. Qual seu diagnóstico? Preciso tratar isso. Não agüento mais correr toda hora para o banheiro.

— Eh... – Elizabeth fez suspense. Ela quer me matar ou o quê? - Acho que você vai ser mamãe. - Arregalei os olhos.

— Você está enganada. Isso é impossível! - Minha respiração acelerou ao lembrar de um detalhe crucial. - Céus! - Levantei e comecei a andar de um lado para o outro tentado fazer os cálculos. Podia sim ser verdade.

— Ei. Calma Madison. Ficar aí andando de um lado para o outro não vai esclarecer nada. – Ela tinha razão e isso não me tranqüilizou nem um pouco.

— O que tem em mente? - Sentei ao lado dela.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Só um instante. - Elizabeth levantou e foi até a porta do quarto. - Edward! Preciso que venha aqui. - Não fazer a menor idéia o que se passava na cabeça.

— Chamou querida? - O guardião não tardou a entrar no quarto. - O quê posso fazer por você? – Era bonitinho a forma como Ed tentava ficar sério diante da namorada.

— Preciso que vá até a farmácia e compre um teste de gravidez. - Edward olhou longamente para a morena em uma pergunta silenciosa. Estava estampado na testa dele a conclusão que havia chegado diante desse pedido. - Não. Não é para mim. - O cacheado olhou por cima do ombro da morena e olhou direto para mim. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios dele. Tive vontade de me esconder debaixo da cama. - Vai logo Edward!

— Ok, Ok já estou indo. - Ele desapareceu pela porta.

A espera pelo retorno de Edward pareceu durar uma eternidade. Mentalmente torcia que ele chegasse antes de Sky queria está preparada se caso as suspeitas se tornassem realidade.

Assim que Ed retornou peguei a sacola com o teste e me tranquei no banheiro. Segui as instruções a risca e esperei. Meu coração acelerou quando o primeiro traço apareceu. Teria que haver dois para o teste ser positivo.

— Ham... Gente? Tem alguma chance desse teste errar? Sou meio guardiã... As coisas devem funcionar de maneira diferente... - Engoli em seco encarando o resultado.

— O princípio é o mesmo Mady. Creio que não vá interferir no resultado. Deu positivo ou negativo? - A voz de Edward estava ansiosa.

Tomando coragem saí do banheiro. Os dois esperavam que eu dissesse algo; no entanto só o que consegui fazer foi mostrar o pequeno aparelho para eles.

— Dois traços é positivo? - Edward perguntou para a namorada que assentiu em confirmação. - Isso quer dizer... Eu serei tio! - O guardião apertou-me em um abraço de urso. Queria está animada também, mas havia dúvidas demais em minha cabeça. Só percebi que estava chorando quando minhas lágrimas molharam a camisa dele. - Ei irmãzinha não chora. - Ed me apertou mais contra ele.

— Estamos aqui para o que precisar. - Elizabeth afagou meus cabelos. - Tenho certeza de que Sky vai ficar contente. Só vai ficar insuportavelmente mais superprotetor.

— Nem sei por que estou chorando. - Choraminguei.

— São seus hormônios ficando malucos. - Edward riu e ergueu minha cabeça e me fez olhar em suas esmeraldas. - Vai ficar tudo bem.

— Obrigada. - Funguei. - Não sei como irei contar para ele.

— Quanto a isso. Acho que tenho uma idéia. - Elizabeth sorriu largamente. Céus ela está começando a me assustar.

Estava ansiosa a espera de Sky. Já havia imaginado mil e uma reações para o que iria lhe contar e isso só aumentava meu nervosismo. Quase pulei pela janela ao ver a maçaneta da porta girar e ele entrar em nosso quarto.

— Como se sente? - Ele andou até mim visivelmente preocupado.

— Melhor. - Tentei ser sincera. Claro que ele não acreditou. Os olhos críticos dele sondavam-me atentamente. - Ainda enjoada. – Confessei e o puxei para sentar na cama. - Tenho que te contar uma coisa. - O guardião esperou pacientemente que eu continuasse. Porem não encontrava palavras para prosseguir. Era hora de colocar o plano em ação.

Sem demora peguei o pequeno embrulho escondido debaixo do travesseiro e entreguei a ele. O moreno me olhou desconfiado antes de puxar o laço de cetim branco e retirar a tampa. Sky olhou para o conteúdo da caixa por alguns segundos parecendo não ter entendido a mensagem.

— Isso é o que acho que é? - Ele pegou os sapatinhos brancos junto com o teste. - Assenti em meio as lágrimas intrometidas.

— Você vai ser pai... - Sky abriu a boca, porem não emitiu nenhum som. Pela primeira vez havia deixado-o sem palavras.

— Isso é... - Ele me abraçou.

— inesperado? - Inspirei o cheiro dele em uma tentativa de me acalmar e parar de chorar.

— Eu iria dizer maravilhoso. - Senti os lábios dele em minha testa.

— Estou assustada... - Segurei sua camisa com força. - Não sei se conseguirei...

— Claro que vai meu amor. Você vai ser uma mãe extraordinária e eu estarei ao seu lado. – Tomei coragem para finalmente olhar para ele. – Vamos encarar isso como nossa nova e maior aventura. – Sky enxugou minhas lágrimas com os polegares. – Não chore. Isso é motivo para festejarmos! - Ele me beijou longamente não consegui não rir de seu entusiasmo. Sky tinha razão.

Vou enfrentar esse novo desafio com coragem, tudo ficaria mais fácil com ele ao meu lado. Uma gravidez não pode ser difícil que enfrentar um inimigo imortal louco para arrancar minha cabeça fora. Não é mesmo?

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.