P.O.V Noah

A semana passou rápida, quando vi já estava a caminho do aeroporto. Estava nervosa já que nunca nem vira nenhuma foto de Bianca e para aliviar um pouco da tenção, mascava o ultimo chiclete do meu estoque.

Cheguei no aeroporto com 15 minutos de antecedência, decidi então tomar um café na lanchonete e procurar uma doceria comprar mais chiclete. Quando olhei no relógio na volta da doceria tinha 5 minutos para chegar nos portões, mal cheguei e os passageiros começaram a sair.

–Como o Marcos espera que eu a reconheça, pode ser qualquer mulher- murmurei encostando no pilar. Aos poucos as famílias e amigos ião formando grupos de choro e risada comunitária, e é claro que, toda mulher ou garota que saia eu pensava ser Bianca.

Quando as ultimas pessoas estavam saindo, as minhas esperanças já estavam acabando, então, a ultima garota saiu, parecia estar procurando alguém, "parece um pequeno anjo" pensei e na mesma hora estourei a bola de chiclete fazendo-a olhar para mim, "ué" pensei "ela tá.. olhando pra mim?" continuei encarando-a enquanto ela 'desfilava' até mim.

–Você que é a Noah?- perguntou, aliviada respondi 'prazer' e logo me virei indo até o estacionamento com ela atrás de mim fazendo perguntas "vai ser um longo mês.." pensei, o resto do caminho foi dela me perguntando coisas aleatórias e eu respondendo e fazendo as mesmas para ela.

Chegando em casa ajudei com as duas malas, levando-a para o meu quarto e já avisando que não seria mais meu e sim nosso o que a fez virar um pimentão de tão vermelha, questionei se ela era virgem e gaguejando respondeu:

–C-claro que N-não- "Sei.. " respondi, desci as escadas e saquei meu celular já discando o número de Marcos.

–Irmãzinha..- atendeu animado- Como está Bianca?

–Se acomodando- respondi indo para a varanda.

–Que bom..- respondeu - Cuide bem dela, ok?

–Ok- respondi. Assim que desliguei, sentei no sofá e fiquei assistindo TV até a hora da janta.

Fui para a cozinha a fim de mostra para Bianca meus dotes culinários. O único problema, o que ela gosta? Subi as escadas correndo, abri a porta do meu quarto.

–Bian- Dormindo. Ela tava dormindo- Fudeu... Então, vai ser o que eu quiser.

Desci as escadas. Fui para a cozinha e comecei a preparar minha macarronada com almondega. Não muito tempo que eu comecei a preparar, Bianca aparece. Depois de um tempo, a janta ficou pronta e sentamos a mesa.

–Então - começou- Me fale sobe você.

–O que você quer saber?- Peguntei.

–Ah...Quando você desci diu ser guarda-costas ?

–No final do ensino médio. O pai da minha irmã mais nova era, e como eu tava sem emprego, ele me deu o trabalho de "garota do café".

–O pai da sua irmã.. você quer dizer o seu pai.

–Não, meu pai é diferente dos pais dos meus irmãos - Ela me encarou confusa- Eu explico. Minha mãe digamos que ela não se prende a ninguém, então ela gosta de um cara, o seduz, casa com ele e... engravida, tem o filho e dispensa ele.

–Ah... estranho..- comentou.

–Um pouco, mas isso só aconteceu quatro vezes, a ultima vez foi a treze anos atrás.

E assim seguiu as perguntas. Após a janta, fui tomar banho no banheiro do quarto e Bianca no do térreo. Sai do banho e fui ler GOT como toda noite.

–Não sabia que você usava óculos- Comentou Bianca ao deitar do meu lado.

–São de descanso- Falei tirando meus olhos do livro- Vai voltar a dormir? Já dormiu de mais não?

–Ainda tô com sono..

–Ainda? Nossa! Cê é o que? Um urso? - E em resposta ela me mostrou a língua, muito adulto- Boa noite, anjinho chato.

Pouco tempo depois o sono veio. Relaxei como a muito não conseguia.