Greycity- Elementis Magi

Proteger-se ou ser protegida?


— Você não vai sair daqui... O jogo está ficando divertidíssimo, deixe que toquem a campainha, não é importante, deve ser algum de seus amigos tolos... Ou seu novo namoradinho. – exclamou a morena soltando uma risada. Toby ficou sem reação. Ela deu um tapa em seu peito e ele soltou uma risada gutural, capaz de causar arrepios em Thalia.

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— Quero ver vocês me impedirem... – disse correndo até a porta, porém foi acertada por uma bola de gelo que fez com que suas pernas congelassem.

A morena mais velha batendo palmas de agitação por Toby ter acertado a outra, trancou a porta e fez com que um buraco a engolisse. “Pense Thalia, seja inteligente – exclamou para si mesma. “Certo. Toby controla a água e Miriã a terra. Isso é óbvio. Mas você controla o fogo. Você pode derretê-lo”. Ela murmurava enquanto os outros riam animados. A ira subiu em si e apenas fechou os olhos pensando no calor subindo, sentiu o líquido descendo e os mais velhos pareciam nem ver, até que Miriã, a mais inteligente, observou.

—O que é isso? Pare com isso! Você está sob nosso controle... Se não parar tomarei medidas drásticas! – exclamou a outra com o rosto contorcido em fúria.

Mas Thalia não parou. Ela pensava no calor tanto que começou a transpirar. E Miriã percebeu isso. Como num passe de mágica, não, realmente uma mágica ela fez com que areia subisse por seus pés. Thalia reparou que se sentia caindo... ou afundando. Como seria possível fazer isso? Areia movediça?

So...corro! – exclamou vendo que descia cada vez mais. E então uma voz. A voz que ela mais queria ouvir exclamou “Lia, usei as chaves que você me deu, se estiver dormindo, acorde! Estou curiosa para saber o que você quer”.

— Nós voltaremos. E fique tranquila, não queremos te matar, acredite já tem muitas pessoas querendo... Apenas precisamos de um pouco de diversão. Aquela faculdade é um tédio. – então pularam para fora da janela já quebrada.

Dois toques na porta. Nenhuma chave. A janela não seria uma opção. O fogo sim... Mas perceberiam. E nada de magia na frente dos tolos...

— Liz, busque a caixa de ferramentas! – exclamou e assim que ouviu os passos da loira ela enferveceu a fechadura. Só mais um pouquinho... E yes! Abriu a porta. Após alguns minutos a loira voltou.

— Como você... A janela... VOCÊ ESTÁ BEM? – exclamou a loira.

— Eles queriam me assaltar! Disseram que se não desse um milhão iria me matar, me trancaram e ameaçaram atear fogo em mim. Fugiram ao ouvir você...- mentiu.

— Meu Deus Lia! Você precisa chamar a polícia! Vou discar ago-ra!

— Não Liza... Eles não vão voltar... E meu pai está ocupado, se ficar sabendo, vai largar tudo... – ok, mentir não era legal, mas... Foi praticamente impossível convencer Liz, já era meia-noite quando a loira foi embora, e no fim, elas nem conversaram sobre o assunto de seu pai.

Ela deitou-se e tentou adormecer, mas a frase “tem muitas pessoas querendo te matar” rodava sua cabeça. Quer dizer, nunca fora alguém odiada ou popular. Mal conseguia dormir.

Seu pai foi até seu quarto e lhe deu um beijo de boa noite e abriu a cortina para fechar a janela, mas viu que o vidro estava quebrado. Antes que ele lhe balança-se e grita-se com ela, decidiu se explicar.

— Tem muitas pessoas querendo me matar... Eles disseram. E eles vão voltar. – adiantou-se.

— AI MEU DEUS, ELES JÁ CHEGARAM?! Thalia, precisamos viajar!

— Não pai. Eu nem sei quem são eles. Você não vai me contar né? Mas eu não vou viajar. Se existem muitas pessoas ela podem estar espalhadas, não acha? Fugir não vai adiantar, rezar não vai adiantar, esconder não vai adiantar. Eu preciso me erguer como um muro. Eu preciso lutar.

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— Você é meu maior orgulho. E esta na hora de eu te mostrar como utilizar essa dádiva dada a ti. Venha. Tu não vai pra escola amanhã mesmo né. Me ligaram sobre sua briga... – disse Edmund fazendo uma carranca e indo para a porta, Thalia levantou e ele levou-a para o sótão.

— Antes de tudo, praticamente tudo que fazemos é baseado nos nossos pensamentos. Você faz faíscas com os dedos porque pensa nelas. Só que agora você tem que pensar mais alto que isso. Você poderia fazer um portal de fogo e nem sabe. É o seu potencial. Claro que iremos treinar os movimentos, mas isto não é o mais importante. Vamos aos painéis.- Edmund tirou três painéis em formato de pessoas um tanto furados pelos dardos, que ele fez questão de tirar um por um. Era como uma aula de mira, só que sem armas, apenas bolas de fogos, é isso aí...

— Você tem o dom, apenas concentre-se nele. Movimente suas mãos para trás e mantenha-as entreabertas, pois é aí onde a chama vai crescer. Não tenha medo de se queimar,nós somos o fogo. E fogo não queima fogo. Não deixe que a bola cresça demais, ela explodiria. Não movimente-a para frente rápido demais, nesse caso o vento a deixaria menor e o resto é mira. Mande-a com toda as forças para o adversário.

Thalia ouvia tudo e não entendia nada. Era pra manter as mãos abertas? E depois jogaria-a o mais rápido possível para não se queimar? Ela só conseguia pensar em Miriã e Toby. Uma voz doce e vagarosa surgiu em sua cabeça: “respire, concentração.” Ela suspirou e moveu suas mãos para trás fechando as pálpebras pensando num cenário negro.Entreabriu os dedos e sentiu o calor subindo. Ao sentir que a bola já estava mediana ela abriu os olhos celestiais e mirou o alvo. Jogou a bola. Mas ela sumiu no meio do caminho.

Ed marcou um “x” no primeiro boneco e posicionou o outro ficando ao lado dele para observar cada passo. Ela disse que faria rapidamente as coisas agora. Mal fechou os olhos e deixou com que as chamas dançassem por suas mãos. Ao vê-la maior que a outra, jogou-a com força e de modo voraz mas a chama sumiu novamente antes de chegar ao alvo. Ela bufou e puxou os fios negros de ira. O rubor por não ser suficiente atingiu seu rosto. Outro “x”, outro boneco.

Concentrou-se numa floresta escura. Fechou os olhos e fez outra faísca que se transformou numa esfera celestial muito maior que a outra. Jogou-a com apenas uma mão, confiante. Acertou? Sim. O seu pai. Por Deuses que ele conseguiu para-lá, mesmo ela não sabendo como. E assim foi a noite, treinando, errando até acertar.

Deitou-se na cama exausta até ver alguém cair acima de si. E era a morena e o acastanhado insuportáveis.

— Pronta para se divertir? – exclamou a outra.

— Prontissíma. Mas eu quero você. Depois ele. É justo, nada de dois contra um.

Miriã riu e ouviu Toby dizer “deixe um pouco de diversão para mim também”. Ela lançou uma planta que fez com que segurasse Thalia. Mas ela apenas pensou em uma lareira para que a natureza se tornasse morta. Ela usou o mesmo truque de ontem com a areia movediça mas a morena fez com que surgisse chamas em seus pés, assim elevando-a para cima, como as chamas de uma fogueira elevavam. Toby percebeu que a coisa estava ficando feia. Jogou a Thalia uma esfera celestial gelada mas antes que o belo cabelo de Lia fosse destruído ela retribuiu. Fogo contra gelo. Nenhuma vitória. O gelo fazia o fogo ficar menor, o fogo fazia o gelo derreter. Miriã empurrou a morena fazendo com que ela caísse no chão.

Até ambos ficarem nervosos e partirem para uma luta com espadas. Mas Thalia não sabia usar espadas e era atacada com os cortes. Uma vibração fez com que o casal malévolo gritasse de agonia. Tampavam seus ouvidos como se ouvissem uma música ruim como bem... Melhor não citar. As cenas pós aquilo foram muito estranhas. Eles caíram no chão agonizados mas ainda gritando.

E então Isaac entrou desentendido e dizendo:

— Liz me deu sua chave, estava preocupada contigo. Ofereci-me a vir. Por que estão assim? Isso não é normal. Eles te machucaram? Ninguém mexe com minha garota. – disse puxando a cintura de Thalia, para perto de si. “Sua garota? Bem... Isso não importava. Só como iria explicar aquilo para Isaac."