(nota: imaginem essa festa igual à festa do branco, na segunda temporada de Gossip Girl)

Dominique conferiu sua maquiagem no espelho gigante. Tudo ótimo. O batom não estava borrado, o vestido branco estava impecável como sempre. Nada para Fleur Delacour colocar defeito, por mínimo que fosse. Saiu do quarto, encontrando uma Victorie tão nervosa quanto ela.

–Vic? Você está bem?- perguntou, e pode ouvir a irmã respirando fundo. Os eventos das últimas setenta e duas horas tinham sido memoráveis, por dizer assim.

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Flahsback

Dominique terminou de contar a história para Lily, que se jogou na cama logo depois levantando.

–Nunca gostei da Chang. - foi a primeira coisa que a ruiva disse, ponderando a situação. –Mas quer saber minha opinião sincera?

–Fala logo, Lílian.

–Ai credo, não me chama de Lílian. Certo. Eu acho que vocês dois super reagiram. Tudo bem, eu imagino o lixo que você se sentiu. Mas teria sido bem mais simples se os dois tivessem sentado e conversado sobre o assunto... Igual gente civilizada.

Dominique pensou sobre o que Lily dissera por alguns instantes. Tudo bem. Talvez, só talvez, ela tivesse super reagido. E ele também. Talvez se tivessem sentado e conversado a história tivesse tido um rumo diferente. Mas no momento em que aquilo tinha acontecido, tudo que Dominique conseguia pensar era ir embora. Para longe e para longe.

–Talvez você esteja certa. Mas nós somos adolescentes. Nós super reagimos e ninguém espera que sejamos civilizados o tempo todo.

Antes que Lily Luna pudesse responder, o celular de Dominique tocou.

–Desculpe. É a Victorie, eu tenho que atender. - ela disse, se levantando e indo em direção a janela. Simplesmente não conseguia ficar parada quando falava ao telefone. – Fala, Vic. O que? Como assim? Ela se recusa a vir para NY City? O que deu na mamãe? Não acredito nisso! Vá a merda com a poluição... Eu estou indo para aí.

Lily encarava Dominique preocupada.

–Você não sabe o que a minha mãe está aprontando. – Dominique falou, simplesmente. – Eu tenho que ir, Lils. Outro dia a gente termina essa conversa. - deu dois beijinhos no rosto da amiga e voou porta a fora.

Dominique cumprimentou Alvo enquanto passava correndo pelo corredor.

–O que deu nela?- ele perguntou a Lily, que deu de ombros.

–Algum problema com a visita da tia Fleur.

****

–Volta à fita, Victorie. Então a mamãe disse que na cidade de NY tem muita poluição, e ela quer ficar distante?- Dominique repetiu, pela terceira vez.

–Isso.

–Qual é o grande problema?

–Ela quer que nós passemos a recepção para os Hamptons. - Victorie estrilou, as mãos na cabeça. – No prazo de dois dias e meio!

Victorie se jogou contra o sofá.

–Nem nós somos capazes disso, Nique- ela lamentou-se. – Mamãe vai ficar tão decepcionada comigo... De novo.

Dominique sentou ao lado da irmã. Sua vontade era bater no guru natureba que Fleur tinha arranjado na Europa, mas tentou se controlar. Se tinha alguém capaz de mover uma recepção para 250 pessoas, esse alguém era as irmãs Delacour.

–Victorie. Levanta essa bunda malhada do sofá. Nós vamos mover uma recepção, custe o que custar.

Fim do flashback

Victorie balançou a cabeça.

–Eu estou nervosa.

Dominique deu abraço na irmã, que estava linda num macacão branco de corte moderno. Essa tinha sido a nova exigência de Fleur: todos deveriam usar branco. Vestidos com paetês, branco gelo, o que fosse. Mas tinha que ser branco. Mais uma das loucuras que ela fazia pela moda, é claro.

–Vai dar tudo certo. A casa está linda! Foi muita gentileza do tio Harry nos deixar usar a mansão dele...

Victorie lançou um olhar desconfiado para Dominique. Quando as duas estavam a caça de algum novo lugar para fazer a recepção, os dois salões dos Hamptons estavam alugados para casamentos e Dominique fez umas ligações misteriosas para James e de algum jeito ele convenceu a mãe a deixar Harry dar a permissão delas usarem a mansão Potter para a festa. Gina Weasley Potter nunca esqueceu a birra com Fleur Delacour.

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Juntas, as duas desceram a escada. A casa já estava cheia, com garçons para lá e para cá carregando bandejas com champanhe, e figuras importantes do cenário de New York desfilando pelos corredores.

Victorie saiu para checar alguma coisa e Dominique respirou fundo. Aceitou uma taça de champanhe e sentiu o líquido queimar de leve sua garganta. Ah, assim que ela gostava.

–Não acredito que organizaram isso em três dias!- Molly exclamou, andando até ela acompanhada de Roxanne. A ruiva usava um vestido rodado, enquanto Roxanne preferiu um short coberto de paetês e uma blusa simples.

Dominique deu de ombros, rindo.

–Nós demos nosso jeitinho, sabe como é.

Roxanne girou sua taça na direção das portas duplas de vidros.

–Nada a ver com aquele ali te comendo com os olhos?- indicou James, que conversava com Teddy e Fred do lado de fora.

Dominique não conseguiu não corar.

–Como pode pensar uma coisa dessas? Depois de tudo que ele me fez...

–Nique, meu amor, é porque eu te amo que digo isso. O James é louco por você. Ele faria qualquer coisa por você. Pare de complicar. Vocês dois no mesmo ambiente... A gente sente a tensão no ar.- Roxanne afirmou. Dominique queria olhar para qualquer outro lugar que não fosse o rosto da amiga, que estava completamente certa. Ás vezes ela detestava o jeito sincero de Roxanne ser, sempre falando as verdades, fosse o que fosse.

Molly era um pouco mais devagar, e ainda não tinha percebido nada até Roxanne comentar.

–Opa, opa. Desde quando vocês dois voltaram a ter... Seja lá o que vocês tem?

Dominique sorriu para Molly.

–Desde a festa do Malfoy, acho. Vocês vão ficar aqui no Hamptons? Marcamos uma noite de garotas e eu prometo que te conto tudo. - disse, e Molly assentiu.

Nesse momento, Fred, que antes estava de costas, as viu e fez sinal para que fossem até eles. Molly corou levemente, e Roxanne e Dominique se encararam, numa conversa silenciosa.

–Oi, seu chato- Roxanne cumprimentou o irmão, batendo de leve na cabeça dele. Fred fez uma careta.

–Olha o pedaço de pano que você está usando!

–Sem essa hoje, vai. – ela riu, se apoiando no irmão.

Fred sorriu para Dominique.

–Minha loira, está tão deslumbrante quanto essa festa. - ele elogiou e James estreitou os olhos, tendo uma pequena crise de ciúmes interna. Quem era Fred para falar assim com ela? E chamar de “minha loira”?.

–Obrigada, Fred. Você também não está nada mau, ruivo. - Dominique piscou, sentindo o olhar de James sobre ela. – Nem você, James.

Fred se ocupava beijando a mão de Molly, com um sorriso de canto. James olhou de novo dentro daqueles olhos azuis.

–Não posso dizer o mesmo de você. - James respondeu a ela. Dominique ergueu uma sobrancelha. - Você está absolutamente incrível. –ele sorriu e o gesto foi acompanhado pela garota.

–Obrigada. Pelo elogio e por ter convencido sua mãe... Ou eu estava perdida.

–O que eu não faço por você, Nique?- ele disse, e Dominique tentou ignorar o amplo sentido da frase. Ela olhou para baixo em vez disso, tentando não se afetar também pelo sorriso triste dele. Mas que droga. Por que James Sirius tinha que ser assim?

Ela tentou pensar em algo para dizer, mas não conseguia organizar os pensamentos em frases decentes com aqueles olhos entre o castanho e o verde presos nos seus. Antes que o silêncio ficasse constrangedor, Victorie apareceu sacudindo Dominique pelos ombros.

–Eles estão chegando!- ela anunciou alto o suficiente para que boa parte das pessoas ouvisse. Com olhares curiosos e cochichos de como estaria Fleur depois que se retirou da sociedade nova iorquina, todos se dirigiram para a porta dupla de entrada. Victorie respirava com dificuldade.

–Calma, Victorie. Ela vai achar tudo lindo. Sabe como é a mamãe.

Victorie bufou, entre o irritada e o neurótica.

–Ela acha tudo que você e Louis fazem perfeito. Eu sou a ovelha negra.

James lançou um sorriso divertido a Dominique, rindo junto com Teddy e Fred da situação. Ela se segurou para não rir também.

–Vai dar tudo certo. Agora, sorria e vamos lá para frente. - ela empurrou a irmã mais velha passando entre todos os outros presentes e um dor garçons fez o favor de abrir a porta, se posicionando ali com três taças de champanhe. Do jeito que Fleur gostava.

A primeira pessoa a sair do carro preto foi Bill, o cabelo ruivo na altura do ombro e parecendo verdadeiramente feliz de estar em solo americano. Ele abraçou Victorie primeiro, comentando sobre o tempo em que não se viam e depois abraçou Dominique, sua baixinha. Ela revirou os olhos com o comentário do pai.

Louis veio depois, estiloso demais para uma criança de dez anos. Dominique sabia que aquela escolha de roupas era toda de Fleur. Ele cumprimentou as irmãs, reclamando de como a mãe demorava a sair dos carros.

–Ela só quer criar suspense, vocês sabem. Coisas da mamãe. – ele disse, com o ar de quem tem razão.

Trinta segundos contados depois, Fleur Delacour saiu. Usava um conjunto de blazer branco com uma blusa nude por baixo, e seus inseparáveis óculos escuros. Colocou-os acima do cabelo loiro, sorrindo diante a visão que tinha dali. As duas filhas, Victorie na frente e Dominique atrás com Louis abraçado de lado a ela, rindo de alguma coisa e Bill, já com sua taça de champanhe. Pendurou a bolsa nos ombros, adorando a sensação de toda aquela gente prendendo a respiração com sua chegada e começou a caminhar.

Fleur parou em frente à Victorie primeiro. Victorie se conteve para não tremer, mas a mãe a abraçou com aquele seu jeito afetado de sempre.

–Não achei que realmente fosse conseguir- ela crispou os lábios e assentiu- Por enquanto, uma recepção como eu esperava.

Victorie sorriu abertamente. Isso sim era um elogio, se tratando da relação difícil das duas. Ela tentou não sentir inveja do abraço de urso que a mãe deu em Dominique, que era sua cópia perfeita.

Cumprimentos feitos, os cinco entraram, com Fleur retirando uma taça de champanhe da mão de Louis, que resmungou sobre ter que pegar outra agora. Dominique fez sinal para que ele não falasse alto, segurando o riso mais uma vez. Ela adorava esse tipo de festa.

–Então a Sra. Delacour ficou satisfeita?- Molly perguntou, bebericando sua taça ainda cheia.

Dominique suspirou aliviada.

–Graças a Deus. Vocês não imaginam o trabalho que eu tive para conseguir a casa, ou mudar todas as reservas para os Hamptons...

Roxanne deu um sorriso malicioso.

–Que trabalho. O que você prometeu pro James em troca dele convencer a Gina?

Dominique engasgou com sua bebida, ficando levemente vermelha em seguida. Droga de sangue Weasley, é só o que ela pensava.

–E-eu... Ai, minha nossa, Roxanne, você só pensa merda...

Roxanne deu de ombros.

–Quando se trata de vocês dois... Eu me lembro de todas as histórias, Domi. A limusine, a cozinha e claro, os quartos, né.

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Dominique bateu no ombro da morena ao seu lado.

–Ai cale a boca. Eu só prometi que ia dar uma chance a ele, okay?

Molly segurou o riso, mesmo parecendo constrangida sempre que a conversa ia para esses rumos.

–Menos mal. Uma chance para quê, exatamente?

Dominique olhou para as duas. Claro que sabiam de cada detalhe da história. Em Roxy e Molly ela confiava, assim como em Lily.

–Vocês sabem... Ele quer me convencer que aquilo tudo foi um engano, e que ele me...

–Te ama, loira- Fred completou, segurando os ombros da prima. Ela arregalou os olhos de surpresa. - Relaxa, o James não está aqui. Ele está de procurando na verdade. - disse, adivinhando o que Dominique pensava.

Molly abaixou a cabeça quando Fred chegou ali, e Roxanne revirou os olhos, pegando Dominique a começando a arrasta-la pelo braço.

–Vamos indo, Domi.

No final do corredor, ela fez uma careta.

–Dá para aguentar? Meu irmão flertando com minha amiga, eca.

Dominique riu, apoiando os cotovelos no corrimão grosso da escada.

–Ele estava só sendo o Fred...

Roxanne dramatizou.

–Quando seu irmão crescer e você o flagrar quase totalmente sem roupas se agarrando com alguém, vai entender o quanto é traumatizante.

–Quem vê assim até pensa que você tem ciúme dele, Roxy. - brincou, rindo das expressões exageradas que povoavam o rosto de Roxanne.

–Eu não tenho!- ela se defendeu, cruzando os braços. – Quer saber, cansei. Vou descer, e sei lá ver se encontro alguém para mim também.

–Nessa festa? Um homem lindo e não gay que não esteja com namorada? Boa sorte.

Roxanne começou a descer as escadas.

–Oh, como invejo vocês, suas vadias de peguete certo!

–Ei, olha lá o que você fala!- Dominique se defendeu, rindo e Roxanne deu um tchauzinho em resposta.

Ela olhou para os grupos de pessoas conversando animadas lá embaixo. Pensou ter visto o pai ou a mãe, mas eles sumiram logo depois. Suspirou, cansada. Organizar aquilo tudo junto com uma Victorie neurótica esgotara sua paciência. Não tinha mínima vontade de descer e se socializar. Na verdade, naquele momento ela quase tinha saudade da tranquilidade do castelo da França.

–Bu- alguém disse, atrás dela, e cobrindo seus olhos.

Dominique quase deixou a taça de cristal cair, tamanho o susto.

–James, é sério. Não faz isso. - respondeu, cruzando os braços.

James riu. Em algum momento, seu cabelo quase arrumado tinha virado uma bagunça de fios escuros de novo. Ele tinha erguido as mangas da camiseta branca, e em decorrência dos últimos dias passados na praia ou no clube do Potter, tinha um pouco mais de bronzeado. E ele estava tão perto...

–Tudo bem. Cansou de ser a anfitriã?- perguntou, roubando a taça dela e bebendo o resto. Dominique bufou com a atitude dele.

–É isso mesmo. Organizar isso com os acessos nervosos de Victorie foi a coisa mais difícil que eu já fiz... - ele ergueu uma sobrancelha, como se descrente que tinha sido mesmo a coisa mais difícil que ela já fizera. – Okay, okay. Uma das coisas mais difíceis, melhorou?

–Aí sim. Então você só vai ficar aqui olhando todo mundo? Não quer fazer absolutamente nada?- ele continuou com as perguntas, um sorriso conhecido se abrindo no seu rosto.

Dominique o empurrou, não conseguindo nenhum avanço.

–Você esgota minha paciência. Irritante.

–E você adora. Linda. - ele empurrou o cabelo dela para o lado, cheirando seu pescoço. Dominique se afastou, rindo. - Viu, você sempre ri.

–Porque você é um babaca.

–E se eu fosse o babaca que pode te tirar dessa recepção sem graça?- James ofereceu, como quem não quer nada.

Ela estreitou os olhos.

–E eu deveria confiar em você?

–Qual é, eu sou muito confiável, Nique, e você sabe. - ele protestou. – Vem comigo. Você vai gostar, eu juro.

Dominique olhou da mão estendida de James para a festa lá embaixo. Ela não concentrou o seu pensamento no que poderia dar errado. Nada ia dar errado dessa vez. Deixou a taça vazia em cima do corrimão e pegou a mão dele.

–Você sabe que está usando sua chance, não sabe, Potter?

–Claro que eu sei. E já disse que adoro quando me chama de Potter?

*****

James tinha a feito prometer manter os olhos fechados.

–Meus olhos estão fechados, eu juro.

–Jura por... Pela sua coleção de sapatos?

–Tá bom, eu juro. Estão fechadinhos- Dominique garantiu, balançando, e com os olhos realmente fechados.

–Então eu vou aí te buscar.

–Como assim? Onde você estava?- ela tateou a sua volta. – Seu idiota! E seu eu caísse?

Ela pode ouvir a risada de James de algum lugar a frente, a sua direita. O som foi se aproximando, até ele pegar no seu braço.

–Tem um degrau aqui- avisou. – Desce.

–Eu sabia!- Dominique gritou, vitoriosa. – Sabia que tinha um degrau.

–Okay, sabichona. Pode abrir os olhos. - James anunciou, e Dominique começou a abri-los devagar. Ela ainda estava receosa de onde estariam.

Suas íris azuis se fixaram num horizonte de por do sol. A areia entrando na sua sandália não a deixava duvidar. Estavam numa praia. Uma praia completamente vazia. Atrás dela, um enorme deque. A sua frente, mais ou menos dois quilômetros de areia e a imensidão azul.

–Bem vinda a super secreta praia particular do Potter.

Dominique abriu a boca. Que os Potters eram a família mais rica que ela conhecia, tinha certeza. Mas não sabia que além de um clube, uma mansão estilo clássico e um iate, eles tinham uma praia.

–Não sabia que tinha uma praia.

–Na verdade, é da minha mãe. - James explicou. – Ela não gosta que todos os sobrinhos e companhia venham aqui. Mas eu e os meninos temos vindo escondidos, de vez em quando. E a Lily e a Rose sempre estão aqui. Minha mãe nem vem, na verdade. É só mais uma das muitas coisas que ela gosta de dizer que tem.

Ele se abaixou e pegou uma toalha.

–Então isso é atrás do clube?

–É. Ninguém vem muito para a parte de trás da sede. - ele explicou. – Não quiseram comprar a praia atrás da casa porque todo mundo ia saber.

Dominique deu de ombros.

–Pelo menos é afastado do barulho.

–E ninguém vem aqui, como eu já disse.

Por um momento, James achou que Dominique fosse bater nele ou alguma coisa assim. Afinal, era Dominique Delacour. Ninguém poderia adivinhar uma reação dela.

Dessa vez, ela jogou a cabeça para trás e riu.

–Não ser encontrada. É tudo que eu precisava- ela disse, sem nenhum sinal de ironia na voz. – Um pouco de tranquilidade depois de NY. O retiro da mamãe na França me deixou mal acostumada. - admitiu. – Não me olhe assim. Eu gostei, James. Pare de me encarar desse jeito.

James franziu a testa.

–Que jeito?

–Esse, ué. Como se...

–Como se...

–Eu não sei. Como se estivesse tentando me ler.

–É exatamente o que estou tentando, Dominique!- ele respondeu, sentando ao seu lado.

–E funciona?

–Como assim?

Dominique olhou para o sol se escondendo atrás do mar, depois voltou a encarar James. Com os rostos virados um para o outro, estavam muito perto.

–Funciona. Você consegue me entender?

James sorriu e balançou a cabeça em negação.

–Nunca.

Dominique acompanhou seu sorriso.

–Resposta certa, Potter.

Ela olhou em nos olhos dele. Deus, nunca descobriria a cor, mas adorava tentar. James parecia estudar os olhos dela com a mesma intensidade.

–E então? Me beije logo antes que eu desista.

Dominique mal conseguiu completar a frase e ele já estava atacando seus lábios. Toda vez que estavam juntos, ela sentia como se tivesse sido feita para isso. Como se tivessem sido feitos para isso.

*****

GOSSIPGIRL.NET

FLAGRADOS!

Molly e Fred conversando beeem pertinho. Hum. Sinto cheiro de... isso mesmo, mais romance e drama.

Dominique e James escapando da recepção para Fleur Delacour. Que feio, Domi, fugindo da festa que fez para a mamãe...

Lily e Rose curtindo a solidão ao roubar uma garrafa de champanhe só para elas.

Teddy e Victorie em clima de DR e cinco minutos depois se amassando no carro dele. Esses não tem jeito mesmo.

Scorpius e Alvo jogando Xbox no quarto do Potter mais novo, fugindo dos adultos lá embaixo. Sempre crianções, mas esse é o charme deles, certo garotas?

*****

Queria saber como a @gossipgirl sabe de tudo, sempre.

Eu estou em todos os lugares, my dear. Não se deixe enganar.

*****

Com a ida de (quase) toda a elite nova-iorquina para suas respectivas mansões nos Hamptons, teremos uma pequena mudança de cenário. Aos que ficam? Xoxo. E vocês sabem que me amam.