Golpes do Destino

Capítulo 2


Já se passara 2 anos desde que tudo começou a ruminar em minha vida. Jackson e Josh aviam morridos, e minha única alegria era chegar ao fim de tarde em minha casa e encontrar aqueles pares de olhos azuis e chocolates a me olharem e pularem em meu colo. Minhas filhas era por elas que eu lutava diariamente contra aquele luto. Catherine hoje estava com seus 5 anos e minha pequena Lizzie com seus lindos 2 aninhos, já falava algumas muitas palavras trocadas e corria sapeca pela casa toda com a irmã á sua sombra.

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Minha vida não era de toda muito ruim, quando Jack morreu descobri com nosso advogado que ele avia deixado uma poupança para nossos três filhos, pois ele ainda tinha fé, assim como eu de que Josh sairia daquela com vida. Como ele avia falecido, a poupança fora dividida entre minhas bonequinhas. Jackson era advogado e era muito bem conceituado no ramo, já eu, optara por ser obstetra, tinha um consultório no centro da LA e amava meu trabalho, e como era consultório, sempre conseguia um tempinho a mais com as minhas bonequinhas. Catherine era a cópia do pai, cabelos loiros e lindos olhos azuis que brilhavam na luz, mas seu gênio era todo puxado a mim, era teimosa que só, mas tinha uma inteligência que não era dela, tanto que quando o irmão morreu, ela chorou muito, mas me disse que já esperava por isso e que ele tinha ido em paz, o que me fez ficar surpresa e chorar mais ainda na época. E Elizabeth era a minha cópia, cabelos chocolates médios e os olhos de um castanho médio lindo. Elas são a razão da minha existência. Nós morávamos em um condomínio um muito bem conceituado de LA, nossa casa tinha piscina e tudo mais, nada com muito exagero, apenas o ideal para nós vivermos felizes – pelo menos elas estavam.

Estava no meu consultório analisando um ultrassom de uma das minhas pacientes quando ouço alguém a porta.

- Entre

- Com licença Drª Swan, mas temos uma paciente aqui aos prantos aqui, exige vê-la agora... – Disse Rosalie, seu semblante era preocupado.

Rosalie era minha secretária e melhor amiga, era meu ponto de equilíbrio no meio disso tudo que me rodeava. No mesmo instante em que vestia meu jaleco escutei um grito agoniado de dor e sai de minha sala somente para constar o inevitável.

Uma moça acompanhada de seu marido chorava de dores enquanto enfermeiros tentavam colocá-la na maca. Ao ver a poça de sangue que existia no chão cai na real.

- Emmet, pra sala de cirurgia, AGORA! – ordenei já indo atrás deles.

- Rosalie, mantenha o Sr.Black na sala de espera. – falei ao perceber que ele me seguia. Estava tão atordoado quanto eu própria. Acho que nunca me acostumaria com esses casos.

Leah era minha paciente a quase uma ano e tinha dificuldades para engravidar, e na única vez que consegui fazer com que ela segurasse essa criança por mais que 1 mês e meio, acontece isso. Aborto espontâneo.

- Anestesia aplicada Chefe. – Ouvi Emmet me dizer.

- Seda ela Em, não quero que ela sofra mais do que já sofreu.

Foi difícil fazer aquela curetagem, sentia como se fosse meu próprio filho ali. Estancamos a hemorragia e quando terminamos de retirar o bebê, fiz uma análise rápida e mandei que o levassem dali, não tinha coração que aguentasse aquela cena, não importasse quantas vezes a visse.

1hs depois fui ver como ela estava, era meu horário de almoço e meu consultório era implantado ao lado do hospital uma vez que eu era obstetra e fazia questão de eu mesma fazer os partos de minhas pacientes.

- Tock! Tock! – Exclamei enquanto entrava.

- Olá doutora! – Pela primeira vez ouvira a voz de Leah naquele dia, ela estava fraca e ainda pálida pelo sangue que perdera.

- Vim ver como vocês estão, embora seja idiota a pergunta, tenho que fazê-la. Como vocês estão?

- Com o coração na mão Bells. – Sr. Black, ou Jake como o chamava, era meu melhor amigo de infância, e Leah era sua esposa a 2 anos.

Sabia bem a dor que era perder um filho, e ver ali, meus dois amigos tão frágeis e vulneráveis só fez com que eu não quisesse que a dura realidade nos atingisse.

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- Ele seria um grande menino Jake. – Disse a eles enxugando minhas lágrimas.

- O que... O que você disse Bella? – Leah perguntou.

- Disse o que Leah?

- Era um menino Bells? – Jake já estava com lágrimas nos olhos nesse momento.

- Eu sinto muito Jacob, queria tivesse que ser assim... Sinto muito meu amigo, mas acabei de pegar os exames para analisar o que ouve e estou com o resultado em mãos. Vai querer saber agora Leah?

- Quanto antes melhor Bella, já não aguento mais essa dor, quero saber o que tenho, e principalmente se vou poder ter meu filho depois. – Ela abraçava Jake, ambos estavam sentados em sua maca. Puxei um pequeno sofá de único lugar para perto deles e comecei a analisar os exames.

- Bem, como da ultima vez, não fora nada grave como hemorragias internas nem nada do tipo. Você teve um deslocamento de placenta, acontece quando nos esforçamos demais, com a contração do nosso abdômen a placenta tende a se deslocar de seu lugar, fazendo com que o bebê venha a morrer. O que eu digo a você Leah, é que espere os 3 meses necessários, tome os medicamentos que irei te passar a risca e podemos esperar para ver. E por favor Jake, assim que recebermos a notícia, faça com que ela saia do emprego, ela não pode fazer esforços, é um bebê, não um robô, sei que não consegue ficar sem fazer nada Leah, mas pense no seu bebê.

- Tem razão Bella, prometo me cuidar.

- E eu vou garantir que sim. – Disse Jake enquanto me levantava para ir embora.

- Bem, espero te ver em breve Leah.

- Eu também Bella.

- Obrigada Bells.

Despedi-me dos dois e fui embora daquele hospital. Já era de tarde quando voltava para casa, pedi para Rose remarcar para outras datas o resto das minhas consultas de hoje por ordem de prioridades e fui para casa, precisava de minhas pequenas.

Era de tarde quando parei numa espécie de café num porto, uma parte dele era em cima do mar. E mal sabia eu o que me esperava naquela tarde.

Estava indo me sentar em uma das mesas para duas pessoas que era de frente para o mar enquanto esperava o meu café quando senti algo, ou melhor, alguém trombando em minhas pernas e cair sentado ao chão. De repente me vi apaixonada por aqueles pares de esmeraldas que me fitavam o cabelinho acobreado e os cílios grandes, era a crianças mais linda que já vira.

- Anthony Masen Cullen Denalli, já não lhe disse milhões de vezes para não sair correndo, olha só aonde você me mete filho, precisa tomar mais cuidado para não acabar... Caindo de novo.

Naquele instante, foi como se nada mais importasse, não sei o que estava acontecer comigo, a ano eu não me sentia tão bem, tão viva. Aqueles dois pares de esmeraldas, idênticos aos da criança que agora estava escondida atrás de suas pernas. Ele trajava uma camisa branca social com as mangas suspensas, calça social, sapatos Lacoste e em cima daqueles lindos cabelos revoltos de bronze, um Ray-Ban preto. Era lindo, a imagem perfeita de um deus grego. Ficamos em silêncio por um tempo até que ele resolveu falar.

- Eer, me desculpe por isso, ele é um pouco levado às vezes. – Disse com aquela voz rouca que me fez arrepiar, era linda.

- Bem... – limpei a garganta. – Não foi nada, crianças são assim mesmo, precisam gastar energia.

- Então preciso inscrevê-lo numa maratona porque esse daqui. – Apontou para o pequeno que agora estava a sua frente como se quisesse participar da conversa. – Está correndo de mim a 5 minutos.

Nós rimos.

- Mas que falta de educação a minha, sou Edward Cullen e você é?...