Golden Girl

Caos Loiro


Draco

As pessoas dizem que nós fazemos nosso próprio destino, mas se eu fizesse o meu destino provavelmente eu não teria a marca negra no braço.

A missão que o Lorde das Trevas me deu tem me tirado muitas noites de sono. A missão me aterroriza, me causa pesadelos. Não só a missão, mas também o que eu preciso fazer depois de conclui-la.

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― Você vai trazer Alison Black para mim sem nenhum arranhão. Não falhe que nem o seu pai!

As palavras do Lorde das trevas ecoam em minha cabeça. Preciso começar a agir logo.

Fiquei tão perdido em meus pensamentos que nem percebi que Henry está me chamando.

― Draco? ― Henry quase grita

― O que? ― respondo sem nem um pingo de educação

― Quem é a garota da vez? ― Henry pergunta e eu franzi minhas sobrancelhas

― Bebeu Henry? ― disse e ele revirou os olhos

― Você está distraído. Só pode ter mulher no meio ― Henry disse e eu ri

― Para amar alguém, o Draco precisaria de um coração e isso ele não tem ― o furacão loiro, mais conhecido como Alison Black, disse e voltou para a mesa da Grifinória

Não entendo como permitem que ela fique na mesa da Sonserina. Essa garota pode até ser boa, inteligente... Mas ela é definitivamente uma encrenqueira. Uma encrenqueira com lindos olhos azuis.

― Como alguém pode gostar dessa garota? ― pergunto com desprezo

Mas a resposta para essa pergunta eu posso mesmo responder. Ela é inteligente, corajosa, bonita... Como alguém pode não gostar dessa garota?

― Você gosta dela! ― Kimberly responde e eu ergo ambas as sobrancelhas ― A Alison. Todas as pessoas gostam dela.

― Eu não gosto dela! ― Pansy disse se metendo na conversa

― Pansy, eu disse “todas as pessoas”. Você não é uma pessoa! ― Kimberly disse e não consegui segurar a risada

São nesses momentos que percebo o lado Sonserino da Kimberly.

O dia foi totalmente cansativo e a última aula é de poções com o tal do Slughorn. Poucos alunos continuaram nessa aula. Da Sonserina só eu, Kimberly, Pansy e Henry.

Infelizmente o Potter continuou nessa aula. Por que esse cara existe mesmo? Vê-lo com a Alison me dá nojo.

A masmorra está diferente e com cheiros estranhos, mas não reparei muito. Nós quatro da Sonserina sentamos em uma mesa e esperamos a aula começar. A aula mal havia começado e o Potter já estava sendo patético.

― Ora, muito bem. Preparei algumas poções para vocês verem, apenas pelo interesse que encerram, entendem? São o tipo de coisa que deverão ser capazes de fazer ao fim dos N.I.E.M.s ― Slughorn disse ― Já devem ter ouvido falar de algumas, ainda que não saibam prepara-las. Alguém pode me dizer qual é esta aqui?

Ele indicou um caldeirão perto da mesa que estou e pelo o que vi parece água em ebulição.

Em questão de segundo, Alison e Hermione ergueram as mãos. Slughorn apontou para Alison.

― Veritaserum, uma poção que obriga quem bebe a dizer a verdade ― Alison disse

― É uma poção sem cor e sem odor ― Hermione completou e revirei os olhos

― Muito bem, muito bem! ― o professor disse parecendo feliz ― Agora, essa outra é bem conhecida... E também apareceu em alguns folhetos do Ministério ultimamente... Quem sabe?

Dessa vez Hermione foi mais rápida e ergueu a mão antes da Alison. Essa garota é uma sabe tudo mesmo.

― Poção Polissuco, senhor.

― Excelente, excelente! Agora, esta outra aqui ― Slughorn disse e Alison levanta a mão ― Sim, minha cara?

― Amortentia ― Alison responde com um sorriso ― A poção do amor mais poderosa do mundo. Reconheci pelo brilho perolado e o vapor subindo em espirais.

Pansy, ao meu lado, pareceu interessado, mas nem dei atenção.

― Dizem que tem um cheiro diferente para cada um de nós, de acordo com o que nos atrai ― Hermione disse ― E eu estou sentindo cheiro de grama recém-cortada, pergaminho e...

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Mas ela não terminou frase e eu também não me importaria se tivesse. Só consigo me concentrar no cheio de perfume francês, pergaminho e rosas.

Depois começou um chato assunto sobre a Granger. Como essa garota pode ser tão entediante?

― A Amortentia na realidade não gera o amor, é claro. É impossível produzir ou imitar o amor. Não, a poção apenas causa uma forte paixonite ou obsessão. Provavelmente é a poção mais poderosa e perigosa nessa sala ― Slughorn disse e encarei o Henry rindo. Acho que ele está superestimando a poção ― Quando vocês tiverem visto tanto da vida quanto, não subestimarão o poder do amor obsessivo. E agora, está na hora de começarmos a trabalhar.

Mas algo chamou minha atenção. Para ser mais específico, a poção Felix Felicis, sorte líquida.

Eu preciso desta poção! Ela será essencial para os meus planos.

No final das contas eu não consegui a poção e sim o Potter. Lancei um olhar mortal para ele, mas ele não pareceu se importar. Já Alison e Hermione pareciam decepcionadas.

― Vão indo jantar na frente. Vou ao salão comunal antes ― Pansy disse, mas nem me importei

Sai resmungando das masmorras e cheguei no Salão Principal sem fome.

― Kim! ― ouvi Alison dizer e ela abraçou a amiga

Senti o mesmo cheiro de rosas que senti na aula de poções, mas deve ser coisa da minha cabeça.

― Janta conosco! Somos mais legais que seus amigos da grifinória ― Henry disse e riu ― Brincadeira!

Alison deu um soco no braço dele e sentou ao meu lado. Ela e Kimberly começaram uma conversa animada, mas só conseguia pensar que vou ter que leva-la para o Lorde das trevas.

Potter chamou a Alison e ela saiu da mesa da Sonserina por uns minutos. Pansy ocupou o lugar dela.

Comecei uma conversa com Henry sobre quadribol e quando virei para Pansy, vi que ela tentava colocar um líquido na minha bebida.

― O que você está fazendo? ― disse segurando o braço dela e impedindo-a de fazer besteira

Ela riu parecendo nervosa.

― É whisky de fogo. Sei que você gosta! ― Pansy disse, mas eu sinto o cheiro de pergaminho, perfume e rosas de novo

― Não acho que seja whisky de fogo! ― disse puxando o frasco com o liquido da mão dela

Ela tentou pegar de volta, mas ela bateu a mão no meu braço fazendo com que eu jogasse o líquido sem querer na bebida da Alison.

O furacão loiro voltou e encarou Pansy com uma expressão neutra.

― Eu estava sentada ai antes ― Alison disse

― Não está mais! ― Pansy disse e Alison revirou os olhos

― Cai fora, Parkinson! Quer virar uma galinha de novo? Bem, você já é uma ― Alison disse e Pansy saiu cabisbaixa

A Alison pode ser tão má às vezes. Gosto disso.

Ela sentou em seu lugar e resmungou algo como “Pansy é tão irritante”. Ela foi tomar um gole da sua bebida, mas segurei seu braço.

― Não faz isso! ― disse tentando prevenir um desastre

― Não é você quem diz o que eu posso fazer e o que eu não posso ― Alison disse empurarndo a minha mão

Sem hesitar ela tomou seu suco e me encarou. Nesse momento tudo virou um caos.

Alison pula no meu colo e enche meu rosto e beijos. Tento afasta-la, mas ela é mais forte do que parece.

― Já disse que você está lindo hoje? Ai, você é tão lindo e eu te amo tanto! ― Alison diz e me abraça

Todos os Sonserinos me encaram e fico um pouco constrangido. Pansy só faz besteira mesmo.

Alison tentou me beijar, mas consegui tira-la do meu colo.

― O que você está fazendo? ― sussurrei

― Demonstrando o meu amor ao meu novo namorado ― Alison disse com um sorriso no rosto e deu um gritinho animado

Ela tentou me beijar de novo, mas consegui afasta-la.

― O que está acontecendo com vocês dois? ― Kimberly pergunta

― Adivinha! ― respondo olhando para a Pansy

Seguro a Alison pelo pulso. Preciso resolver isso.

― Vamos fazer um passeio! ― sussurro no ouvido dela e ela sorri abertamente

Assim que saímos, jogo ela por cima dos meus ombros e tiro ela de lá.

― Está fazendo o que Draquinho lindinho? ― Alison pergunta e dou risada

Resolvi brincar um pouquinho.

― Nada não gatinha! ― respondo rindo

Quando chegamos na ala hospitalar, coloquei-a no chão.

― Por que estamos aqui? ― Alison disse

― Viemos resolver o seu problema!

― Meu único problema é te amar demais!

Ela coloca a mão no meu rosto e me beija. Senti uma sensação estranha ao sentir seus lábios nos meus, mas empurrei-a. Ela tem namorado.

― O que está acontecendo? ― Harry pergunta

Por falar nele...

Explico a ele toda situação e entro com a Alison na Ala Hospitalar. Ele disse que ia chamar os amigos e sai. Contei para Madame Pomfrey o que aconteceu e ela deu algo a Alison.

Minutos depois, ela já parecia melhor e parecia envergonhada ao me ver.

― Eu sinto muito! ― ela disse escondendo o rosto na mão ― Eu deveria ter te escutado.

Fiquei surpresa ao ouvi-la admitindo isso, mas preferi não provoca-la nesse momento.

― Eu sou um desastre! ― Alison disse

― Um belo desastre! ― disse e pisquei para ela

Harry e os amigos chegaram e preferi ir embora.

Acho que no final das contas, a missão Alison não será tão difícil assim.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.