Girassóis

Olhos de dragão


Já era 1 hora da tarde e eu ainda estava deitada em minha cama, a noite de ontem tinha sido inesquecível eu sei, mas e agora eu não sei mais o que fazer. Meu telefone tocou de novo olhei e era ele, não atendi. Agora que admiti para mim mesma que gosto dele, como fazer para lidar com isso? Posso simplesmente viver e esquecer meu passado?

Novamente meu celular toca, já estava prestes a jogar esse celular na parede. Mas o toque era diferente, dono de um só contato.

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— Alô? Por favor, preciso de você. Vem pra minha casa agora.

— Relaxa, já sabia disso. Tô virando a esquina, abre a porta.

Estava sozinha, minha irmã foi para a casa de uma amiga assim que acordou, e não sei onde meus pais estão. Coloquei a primeira roupa que vi pela frente. E fui correndo para a porta. Assim que abri fiquei na porta esperando, quando o vi ele estava saindo da casa de Pietro, me viu e veio mais rápido. Chegou na porta me cumprimentou e foi direto pro meu quarto, bem ele realmente sabia que ia querer ir para lá, não é atoa que é meu melhor amigo. Ele sentou na poltrona e falou me olhando:

— Me conta o que aconteceu ontem?

— Primeiro me diz o que você sabe?

— Hum?

— Nem vem, eu vi você saindo da casa do Pietro agora, não me enrola Charles!

— Hey, calma ok. Ele só me ligou preocupado pedindo para falar com você.

— E o que mais?

— Hum... falou que ontem estava incrível, e que ele não sabe o que aconteceu para você ficar daquele jeito. Só que eu sei.

— Sabe?

— Lógico, você finalmente descobriu que gosta dele.

— ...

— Qual é Olivia, vai tentar mentir para mim?

— Devo estar doente!

— Por estar gostando de alguém.

— Sim! E porque justo ele?

— Porque não ele? Qual o problema de ser ele?

— O problema é que eu não gosto de como ele me faz sentir. A forma como reajo a ele!

— Liv...

— Eu não quero me apaixonar Charles, eu nem acredito que eu possa me apaixonar!

— O que?

— Você sabe do que estou falando.

— Liv, você não pode seguir sua vida com medo do passado.

— Desculpa, mas... não dá ele não sai da minha mente. “minha voz era somente um sussurro.”

— Você ainda gosta dele?

— Não!

— Então porque não dar uma chance a você e ao Pietro?

— ...

—Você tem medo dele aparecer? “meu coração parou uma batida com aquela pergunta, ele percebeu” Lih, você é livre agora, você precisa acreditar na sua liberdade.

— E se o Pietro for igual a ele?

— Qual a chance de isso acontecer Liv? Tirando que agora eu estou aqui, jamais deixaria algo acontecer com você. “ele então segurou minha mão” Liv eu sinceramente acho que você merece ser feliz e talvez ele tenha chego para trazer a mudança que precisa.

— Eu não sei! “Ele então me olhou, colocou a mão na cabeça e riu.”

— Que foi?

— Olivia. Olha pra você! Toda perdida, sem ter uma decisão certa, sem saber o que fazer. Fazia tempo que não te via assim.

— Charles o que eu faço? “E nisto o telefone tocou... era ele”

— Atende. “Respondeu com calma.”

— NÃO!

— Me perguntou o que deveria fazer, respondi, atende... “o celular ainda tocava” Olivia, precisa conversar com ele, sou muito bom, mas não poderei responder suas dúvidas. Só ele. Bem na verdade poderia, mas seria errado.

O olhei com cara de morte, mas rendida atendi.

— Alô.

— Olivia, ainda bem que me atendeu, como você está?

— Bem... Acho...

— Olivia porque saiu correndo daquela maneira ontem.

— ...

— Precisamos conversar. Pessoalmente. Eu estou indo ai na sua casa.

— Não!!

— Por quê?

— Porque eu não quero. “Charles me pediu o celular e eu passei”

— Pietro. Calma. Sim, eu sei. Uhum. Relaxa eu vou convencer ela. “Desligou.”

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— Que foi?

— Você vai para a casa dele conversar.

— O que? Jamais.

— Precisa falar com ele.

— Porque você faz tanta questão disso?

— Porque quero que você fique bem “ele então deu risada” e que também volte a raciocinar.

— Mas não sei o que fazer.

— Vai saber na hora.

— Mas...

— Nada de mas. Olivia, me perguntou o que fazer e eu dei um jeito. Agora vai se arrumar, porque vou te levar até a porta. Precisa dar um jeito nesta situação, ter o controle sobre você de novo e voltar a ser a amiga que conheço. E se não se arrumar em 5 minutos te levo assim.

Como sabia que não conseguiria argumentar com ele, fui me arrumar coloquei uma roupa mais decente, lavei o rosto e prendi meu cabelo num rabo alto, minhas havaianas no pé. Tentei me acalmar. Quando estava pronta, Charles simplesmente se levantou e foi em direção a porta, o segui. Na frente da casa de Pietro me lembrei de algo.

— O que vou dizer a Jasmine?

— Nada... ela não está em casa, não tem ninguém ai além do Pietro.

— O que?

— Sim. O Cristofer foi viajar a trabalho e a Jasmine foi junto com a filha. Pietro só não foi com a desculpa da festa.

— E porque você não me disse nada disso?

— Porque você não perguntou. Quando disse que não queria que fosse na sua casa, ele ofereceu a dele, ele realmente quer falar com você e, uma dica, se não fizer isso logo ele vai acabar perdendo a paciência e coisas constrangedoras poderão rolar. E outra, aqui estarão num local mais reservado, sem ninguém para atrapalhar ou ouvir.

Ele então tocou a campainha, não demorou 5 segundos para a porta ser aberta por ele.

— Bem vou deixar vocês conversarem ok. Olivia me ligue quando der.

Olhei para ele e o mesmo com a mão pediu que eu entrasse. Concordei e com a cabeça baixa e dei uns 5 passos para a frente. Sei que fechei os olhos quando ouvi o barulho da porta sendo fechada.

—________’,’,’,’_________

— Olivia. “Ele disse baixo, parecia nervoso. Possível? Juntei um pouco de coragem que tinha”

— Não aqui, vamos subir.

Fui em direção ao seu quarto, não sei por qual motivo, mas aquele quarto me tranquiliza, gosto dele, ele estava bem atrás de mim. Entrei e aquele dragão familiar me recebeu, seus olhos me davam boas vinda e sorte, e eu precisava, algumas coisas mudaram desde a última vez que estive lá, objetos pessoais mais a mostra, não que tenha ficado bagunçado só ficou ainda mais a cara dele. Estava tocando uma música instrumental bem calma, não pensei que ele curtisse esse estilo. A janela mostrava meu quarto. Parei ali. Esperando ele dar o primeiro passo porque simplesmente não tinha coragem para fazer isso eu mesma. Ele estava atrás de mim, silencioso, mas sabia que estava ali, a um passo.

— Olivia.

— ...

— Quer que eu desligue a música?

- Não, pode deixar, gosto dela, me tranquiliza. “minha voz saia baixa”

— A mim também.

— ...

— Dá para, por favor, me explicar o que aconteceu ontem? Porque saiu correndo sem avisar?

— ...

— Olivia?

Ele chegou mais perto, e devagar colou seu corpo ao meu passando os braços ao redor da minha cintura. Quando ele colocou o rosto em meu ombro, senti sua respiração em meu pescoço, suspirei. Como era boa essa sensação, mas quando me toquei o que estava fazendo rapidamente fugi do seu abraço. Ele olhou para mim rapidamente ao mesmo tempo via tristeza, confusão e desapontamento. Não consegui encarar isso e corri para o andar de cima. Sentei no tapete sem forças.

— Porque isso? “o olhei”

— Isso o que?

- Porque foge de mim?

- Não fujo de você.

— Então porque foge deste sentimento?

— Não estou fugindo de nada! “ele chegou na minha frente”

- Então o que você está fazendo?

Eu não tinha resposta para isso.

— Eu falei para você parar! “exclamei” Falei que podíamos ser amigos, porque insistiu? Porque não me escutou?

Ele então me beijou, mas era um beijo calmo sem a sua normal possessividade. Ele então parou.

— O que sentiu?

— ...

— Gosta disso? “baixei a cabeça”

— Sim.

— Se sente bem?

— Sim.

— Então porque foge? Do que tem medo?

— É difícil de explicar.

— Prometo que vou tentar compreender.

Me encolhi novamente e ele sentou de frente pra mim.

— Por favor, quero te entender. Quando disse que você era minha, é você por inteira, partes boas e não tão boas assim.

— Esse é o problema, eu não sou sua! Você por acaso me comprou? “ele me olhou chocado”

— Liv, eu... não é isso que quero dizer...

— Eu sei... “suspirei, ele não tinha culpa” eu só... detesto essa expressão.

— Tudo bem, não voltarei a usá-la. Desculpe. Mas isso ainda não explica tudo isso.

— É difícil explicar, porque também não sei direito o que está acontecendo. Estou gostando de você, mas não quero sentir isso. Você entende que complicou totalmente minha vida?

— Eu não compliquei só modifiquei e nem toda mudança vem para pior, na verdade a maioria deles vem para melhor.

— Não acho que é este o caso, sou mais complicada do que pareço e você pode escolher outra pessoa além de mim.

Ele levantou rápido e começou a andar nervoso.

— Você não entende não é? “ele gritava, levantei”

— Não, não entendo. Porque eu? Porque faz isso com nós dois? “era impulsivo enfrentá-lo”

— Olivia.

— Não Pietro, para com isso. Para de brincar comigo, me deixa tentar levar a minha vida!

— Não dá, estou apaixonado por você!

— Aprendi desde cedo que apaixonar-se é um sentimento doloroso. E outra, você vai esquecer rapidinho o que sente por mim na companhia da Paola, ou você acha que não vi como a tratava nessas últimas semanas.

— Eu não quero Paola ou qualquer outra garota, a única que eu quero esta bem aqui na minha frente! “olhei para ele, ainda não acreditava no que ouvia”

— Me dê um bom motivo para acreditar que isto é verdade.

Ele então foi até mim e me beijou, e ainda me beijando me empurrou contra a parede. Não tinha como não corresponder, parecia que a minha vontade era alimentada com a dele e vice-versa, sua mão subiu por dentro da minha blusa e a minha também não ficou parada e começou a passear pelo seu corpo. Mas não era um simples beijo, mais do que nossos corpos estavam juntos ali, era uma necessidade que precisava ser sanada, uma conexão única que um simples beijo jamais poderia trazer. Quando o ar se fez necessário ele se afastou um pouco, mas ainda estávamos tão próximos que podia ouvir seu sussurro.

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— Sentiu isso?

— ...

— Nem a Paola e nem nenhuma outra garota me faz sentir assim.

— Mas...

— Não tem mas! Eu sei que você só sente isso comigo, e também só sinto isso com você, porque não dá uma chance para nós.

— É que...

— Se tentar falar que existe outra garota procura uma explicação melhor, nenhuma me atrai tanto quanto você. E se tiver outro cara, o que eu duvido, garanto que sou melhor que ele.

— Mas...

— Meu Deus, “ele saiu de perto de mim, e se jogou nos pufes”, por favor, para de tentar arranjar desculpas sem sentido, eu me abri com você, fui sincero. Falei o que sentia, e Olivia, o que sinto por você nunca senti por ninguém, porque admito que fui um galinha de marca maior, mas se você namorar comigo te garanto que vou mudar, porque sei que se estiver com você não vou precisar de mais nenhuma garota. Então estou pedindo somente para que seja sincera comigo.

— Eu não consigo Pietro! É isso que você quer ouvir, eu não consigo ter um relacionamento normal, porque eu não sou normal, pelo menos não mais!

— O que aconteceu que te deixou assim? “ele perguntou mais calmo”

— Passado. “sussurrei”

Me encolhi contra a parede, não queria falar disso, e principalmente não queria falar disso para ele, já era ruim estar vulnerável com ele perto de mim, vendo aquilo.

— Me conta...

— Não quero, na verdade não consigo, pelo menos não agora. Só posso dizer que marcou de uma forma ruim minha vida.

Minha voz saia fraca, meus olhos estavam embaçados de lágrimas, ele chegou mais perto de mim, coisa que só percebi depois, pois minha mente tinha voltado aquela mansão, só me dei conta da sua presença quando ele secou uma lágrima que de pirraça escapou pelo meu olho.”

- Não sei o que foi, mas isso deve ter te machucado muito.

— Você não sabe o quanto.

— É por isso que tem medo de apaixonar-se? Foi alguém?

— Podemos dizer que sim, mas, por favor, não me obrigue a falar, dói demais lembrar disso, ainda não estou preparada para contar isso a alguém.

Ele então com uma calma e carinho surpreendente, depois daquele acesso de raiva, pegou na minha mão e me levou até o tapete e lá me deitou, ficou do meu lado mexendo em meu cabelo que ele soltou. Até eu falar.

— Não está mais com raiva? “ele riu”

— Não, na verdade nunca estive. Não consigo sentir raiva de você. Apesar de tentar muito isso.

— Porque a mudança de atitude?

Porque agora sei o porquê que você foge, e não é porque me odeia ou algum motivo idiota. Algo no seu passado te magoou e foi algo tão forte que te assombra até hoje, mas Olivia, prometo que se deixar vou te fazer esquecer isso. Me deixa ocupar um lugar na sua vida?

— Eu...

— Shffff, não responde agora, descansa, você precisa pensar com calma. Vou estar aqui do seu lado, eu não vou desistir de você.

Ele então beijou minha testa, e voltou a mexer no meu cabelo, foi assim que dormi. Quando acordei olhei no meu celular, 17:00h. Depois de olhar em volta e me tocar onde estava, as imagens de algumas horas atrás vieram com tudo. Senti sua respiração, olhei para o lado e o mesmo dormia, calmo. Fiquei observando aquela cena por algum tempo. Depois me levantei e sentei perto da grade, olhando para aquele dragão, pedindo para ele as respostas para minhas dúvidas, agora era obvio que eu gostava dele e parecia realmente que ele sentia o mesmo por mim, mas também era obvio que eu tinha medo de assumir uma relação. Porque aquilo foi acontecer comigo? Será que deixaria meu medo estragar tudo? Uma coisa que poderia ser boa? E ainda mais, deixaria aquilo me dominar para sempre? Olhei para o dragão e aqueles olhos que me lembravam Charles, a resposta estava obvia nos olhos daquela estatua assim como estaria nos olhos do meu amigo. Eu já sabia o que fazer.

—__________’,’,’,’,’,’___________

Fiquei sentada olhando para meu novo confidente sem vida, até que ele acordou. Quando me viu foi até mim.

— Faz tempo que acordou?

— Não muito, mas o suficiente para pensar. Já sei qual será minha resposta. “senti sua tensão, e sorri.”

— Pode me dizer qual seria?

— Acho que sim, afinal você está no meio disso.

— Então?

— Então que vai começar sua parte da proposta. “ele me virou de frente para ele e me levantou”

— Sério? “sorri”

— Sim...

Ele então me levantou num abraço e me rodou, só que acabamos caindo nos pufes, ele então me beijou, rapidamente coloquei umas das mãos em sua nuca e aprofundei aquele beijo que tanto me fazia sentir bem. Ele então colou meu corpo mais ao dele. Quando o ar se fez necessário ele largou minha boca e foi para meu pescoço, foi ai que lembrei que tinha mais coisa para falar.

— Hey, calma, me deixa terminar. “como ele não disse nada e aquela boca estava me fazendo perder o fio da razão terminei” Tem condições. “ele então parou e me olhou”

— Estava bom demais para ser verdade. Mas manda, duvido que vá me fazer desistir.

— Na verdade nem é tão difícil assim. Primeiro, quero que isso seja escondido. “Ele então sentou, e me olhou atônito.”

— Sério? “desta vez foi eu que sentei”

— Uhum

— Por quê?

— Porque não estou pronta para assumir isso publicamente, e se algo ruim acontecer é menos explicações e gente julgando, tirando que também não quero isso agora, porque assumir isso no momento geraria muitos comentários.

— Ainda acha que vou te decepcionar?

— Ainda acho que possa haver essa possibilidade, só me deixa ficar mais confiante em você e nesta relação, para saber o que dizer. Não será um estado permanente. “abaixei minha cabeça, talvez fosse demais, ele então ergueu minha cabeça e me fez olhar para ele, seus olhos não aparentavam raiva.”

— Bem. Não posso dizer que isto não me surpreendeu, queria chegar amanhã com um cartaz dizendo consegui, mas por outro lado esta história de namoro escondido pode ser interessante. “ele então sorriu de lado.” Bem interessante. “fiquei mais calma”

— Segunda condição, não estamos namorando, estamos testando sua teoria.

— Tanto faz. No final estaremos.

— Cuidado com seus pensamentos. Bem continuando, a única pessoa que poderá saber é o Charles, porque não dá para esconder nada dele. Na verdade ele já deve estar sabendo.

— Por mim, tudo bem. Eu gosto do Charles.

— Terceira e última condição, se depois disso tudo vermos que não vai dar certo, você não vai insistir mais. “ele estava sério”

— E quanto tempo terei?

— Indefinido?

— Não é justo, amanhã você pode chegar aqui e dizer chega. “isso era uma ideia que eu não tinha pensado”

— Não irei fazer isso.

— Preciso de mais. Então eu tenho uma condição.

— Qual?

— Quero um mínimo de tempo de 3 meses.

— Ta bom. “ele me olhou incrédulo” Não vai nem argumentar?

— Eu estou cansada de discutir com você, e no máximo conseguia baixar pra 2 meses e meio. “ele então sorriu”

— Estamos começando a nos entender

— Por nos entender posso traduzir como eu ceder suas vontades?

— Exatamente “e me deu um selinho”

— Bom, acho que devo ligar para o Charles. “ele riu”

— Sim você deve, mas não agora.

Ele então me beijou de novo e me deitou novamente nos pufes, suas mãos passavam pelo meu corpo, ao mesmo tempo conhecendo e marcando, deixando difícil de esquecer que elas passaram por ali. Decidi fazer o mesmo, afinal fazia tempo que queria fazer isso, e agora sem remorso algum, me deixei levar, deixei o meu corpo matar um pouco da curiosidade que tinha do seu, e de forma mais consciente minhas mãos passearam por suas costas, seus braços, sua barriga, desceu até chegar perto de seu baixo ventre, sua respiração se tornou mais pesada neste momento. Parei minha mão no cós da sua calça, minha boca explorou seu pescoço e vi a marca que deixei ontem, achei melhor fazer algo mais bem feito. Beijei delicadamente em cima da marca, e soprei ali, depois bem devagar coloquei minha boca em cima da pequena mancha e chupei. Ele no momento em que comecei a fazer isso, puxou minha cintura fazendo nossos corpos encaixarem-se. Pude sentir o volume que vinha por debaixo de sua calça, então nos virou no tapete ficando em cima de mim. Então em um beijo que transpirava desejo, colou inteiramente nossos corpos e começou um movimento que simulava sexo, sentia meu corpo quente gritar pelo dele, em um momento senti raiva das roupas que usávamos. Quando o ar se fez necessário, ele foi para o meu pescoço.

— Bem acho melhor deixar uma lembrança a altura!

Ele então depois de um sorriso me deu um chupão, mesmo sendo um ato no mínimo esperado meu corpo pulou, me fazendo ter ainda mais consciência do seu corpo, tentei segurar, mas um gemido tímido saiu de meus lábios. Pareceu que aquele simples gemido aumentou ainda mais a vontade dele que voltou com fome para meus lábios, nossas línguas duelavam por espaço, num luta extremamente excitante, meu corpo estava quente e suas mãos mesmo um pouco frias deixavam um rastro de puro fogo por onde passava, ele entrou por baixo da minha blusa e houve uma hora que parecia que elas estavam em todo lugar. Eu agia de uma forma meio inconsciente, fazia o que meu corpo queria e somente isso. Ele então me olhou, seus olhos verdes tinham a pupila dilatada e eram ao mesmo tempo hipnotizantes e indecifráveis.

— Você é incrível parece que quanto mais tempo fico com você mais quero ficar. Que tipo de feitiço jogou em mim? “eu ri”

— Eu não disse que não sabia tudo ao meu respeito. Na verdade sou uma bruxa e te joguei um feitiço. Só que saiu errado e acabou me pegando também. “foi a vez dele rir agora”

— Sabia.

Ele então voltou a me beijar, quando parou o beijo tirou a camiseta me mostrando seu lindo tronco moreno e musculoso, parecia uma miragem, mas não estava preparada para nada mais do que aquela pegação, decidi parar.

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— Pietro, vamos com calma, ok?

— Não dá pra ter calma com você, mal consigo pensar direito com você assim, tão perto de mim.

— Mas tudo tem seu tempo, então calma, porque na hora em que isso for acontecer, acontecera e será inesquecível.

— Porque você tem que ter razão logo agora?

— Porque eu sempre tenho razão.

Então rindo dei um selinho e o empurrei o deixando de lado e levantei. Arrumei o meu cabelo. Minhas roupas.

— Onde pensa que vai?

— Pra onde mais? Pra casa.

— De forma alguma.

— Por que não?

— Porque é meu primeiro dia do acordo e já que amanhã na escola não vou poder te curtir publicamente quero aproveitar o máximo do meu tempo com você.

— Só que se eu não for embora poderemos adiantar coisas.

Ele então levantou e foi para trás de mim, me abraçando.

— Eu vou me comportar, só não sei se você consegue fazer o mesmo.

— Exibido.

— Sincero. “me virei para ele”

— Ok, aceito o seu desafio. Mas o que vamos fazer “fui até sua orelha e sussurrei” afinal não podemos ficar aqui, sem nada para fazer, muitas ideias desnecessárias podem surgir.

— Assim você complica minha promessa.

— Essa é a ideia. “gargalhei”

— E o que você quer fazer?

— Que tal um filme? Seria bom para um domingo à tarde.

— Gostei da ideia.

— Você escolhe um.

— OK. Suspense?

— Pode ser.

Ele então me deu um selinho e desceu.

— Ué, não vai descer?

— Pensei que iríamos assistir aqui.

— Pensou errado, tenho a casa inteira para mim hoje e uma televisão enorme na sala, tirando que se ficar tanto tempo assim no meu quarto posso me acostumar e te prender aqui. “Rapidamente desci.”

— Não hoje lindinho.

— Fala a verdade, sei que sou gostoso.

— Uhum. Da mesma forma que é humilde.

— Nossa, não sabia que era tão humilde assim. “ele sorriu e correu para o corredor.”

— Exibido.

— Linda.

— Eu sei.

— Humilde também não?

Eu ri e descemos as escadas, antes de irmos para a sala, ele foi na cozinha e fez pipoca de microondas e pegou um refri.

— Nossa que menino aplicado.

— Você não sabe tudo sobre mim.

— Não, mas pretendo descobrir. “ele foi até mim”

— É bom saber disso.

— Interessante, por quê?

— Porque faço questão de fazer o mesmo, e saber que sou motivo de curiosidade sua é muito intrigante também.

— Sei, sei e agora a pipoca.

Depois de pegarmos pipoca e o refrigerante, ele foi até o armário e pegou uma barra de chocolate.

— Quer me ver gorda?

— Se não quiser como sozinho.

— Quer ficar gordo?

— Pararia de gostar de mim se fosse?

— Não.

— Bom saber, mas não, gosto e cuido muito do meu corpo. É domingo, relaxa um pouco, depois se quiser tenho uma ótima ideia para queimar calorias.

Ele saiu rindo da cozinha e eu provavelmente vermelha fui atrás. Quando cheguei na sala ele já tinha esticado o sofá-cama, com as comidas em cima, os copos em um suporte que se coloca no braço do sofá e ele estava deitado.

— Posso saber onde fico?

— Deitada aqui na minha frente. “sua mão bateu no espaço do sofá em frente ao corpo dele”

— Sério.

— Com certeza, relaxa não mordo, só se me pedir. “abriu um sorriso de lado”

— Então vai ficar sem morder.

— Que pena. Não vai deitar?

— Tô pensando.

— Você tem que agir como minha namorada. Entrar no clima, sabemos que química temos, agora só falta provar meu ponto de vista romântico. “virei os olhos e deitei”

— Já escolheu um filme?

Ele então me mostrou um, colocou o filme e começamos a assistir. Tentava prestar atenção no filme, mas a mão dele em minha cintura estava me chamando mais atenção. O polegar fazia círculos em minha pele que se arrepiava ao toque.

Foi então que algo inesperado e para mim constrangedor aconteceu. No filme começou a passar uma cena de sexo, era algo extremamente picante. E Pietro do nada perguntou.

— E para você? Como foi sua primeira vez? “virei para encara-lo”

— O quê?

— A primeira vez que fez sexo, como foi esta experiência? “fiquei extremamente vermelha com a pergunta.”

— Eu... “ele então olhou para mim e riu ou melhor gargalhou”

— Você é virgem? “ruborizei ainda mais e olhei para o sofá, as linhas do tecido pareceram algo extremamente interessante no momento.” Hey, olha para mim, não precisa se envergonhar, na verdade é algo surpreendente.

— Hum...

— Sério só achei estranho o fato de você ser... Afinal hoje em dia é difícil, e você parece já ter passado por isso. “o olhei interrogativa, ele entendeu” Eu achei por causa das suas atitudes, parece tão madura. Mas na verdade esse fato só tornou você mais interessante.

— Pode me dizer por quê?

— Porque já fazia questão de tornar nossa primeira noite inesquecível, e agora que sei que serei o primeiro, faço ainda mais questão, tirando que será interessante ver como você vai reagir.

— Como sabe que será o primeiro?

— Primeiro e se depender de mim único, não vou te abandonar, vou cuidar de você e fazer você ter suas melhores experiências comigo.

— Bom agora você sabe que terá que ir com calma.

— Respeitarei seu tempo, e no momento te farei minha por inteiro.

Era incrível como conseguia falar calmamente deste assunto com ele, coisa que normalmente só faço com Charles ou com a minha irmã. Mas agora fiquei curiosa.

— E pra você, como foi? “Ele olhou para mim, seus olhos pareciam querer entrar na minha mente. E pareciam que iam conseguir, me virei de volta pra TV. Ele então depois de um tempo respondeu.”

— Bem, foi há um ano mais ou menos. Com uma garota da minha antiga escola, não era a primeira vez dela. Foi até que interessante, mas inteiramente carnal, sem sentimento algum logo, “ele então beijou meu pescoço, fazendo caminho até minha boca que recebeu a sua, foi um beijo calmo, mas extremamente prazeroso.” não posso negar que estou extremamente ansioso e desejoso de fazer com você, se com um beijo já me sinto assim. “sorri internamente com o seu comentário, senti seu nariz roçando meu pescoço.”

— O filme. “ele nem ligou”

— Como seu cheiro é viciante.

—Lembra do trato.

— O trato não dizia que eu não podia fazer isso.

— Uhum, assim VOCÊ dificulta minha vida.

— Meu objetivo. “Já ouvi esta frase antes.”

— Sei, mas sério e o filme?

— Se conseguir pode tentar assistir. “Sua boca então voltou a meu pescoço.”

— Hum... tentador.... mas antes, quero chocolate!

Ele então riu e pegou a barra, depois colocou um pedaço na minha boca.

— Delicioso.

— Assim você me deixa numa situação complicada. Afinal vou querer prová-lo.

— Pegue um.

— Mas não assim. Na sua boca.

Só por pirraça coloquei uma ponta de um pedaço na boca, ele então foi e calmamente mordeu, um simples roçar de lábios que me arrepiou.

— Hum... melhor chocolate que já comi.

A partir deste momento o filme, o chocolate e o resto do mundo foi esquecido, a única coisa que importava era nós dois. Ficamos lá somente nos curtindo. Quando dei por mim já era de noite, estava escuro lá fora.

— Pi, acho que já vou.

— Hum... gostei de ouvir isso, mas é sério que já tem que ir?

— Sim, passei a tarde aqui. “olhei pela janela, a luz de casa estava acesa”

— Meus pais já chegaram.

— Já pensou em uma desculpa?

— Hã?

— Passou o dia inteiro fora.

— A sim, penso em algo.

— Bem, já que realmente tem que ir e sei que não vou conseguir te convencer a ficar. “ele foi até mim e me deu um beijo possessivo novamente. Mas parou de repente.”

— Para ficar com gosto de quero mais, até amanhã. “sorri e fui para a porta.”

— Até

Sai da sua casa, o deixando na porta. Estava voltando normalmente pra casa, mas de repente veio uma sensação de estar sendo observada, então corri. Quando cheguei em casa, meus pais já estavam preocupados.

— Onde estava mocinha?

— Na casa do Pietro! “Achei melhor não mentir neste quesito.”

— Fazendo o quê?

— Aff... “ironia é algo que sei interpretar bem” Simples, ele me pediu ajuda com algumas matérias e como prometi ao professor fui ajuda-lo. Programão de domingo heim?

— Hum... tudo bem... ele aprendeu?

— Sim, foi mais fácil do que pensei.

— Bom, já que estava fazendo coisas da escola não tem problema, mas da próxima vez deixa um aviso ok?

— Sim, desculpe. A Cristina já chegou?

— No quarto.

— OK, pai, mãe, estou cansada, vou para meu quarto tá.

— Não está com fome?

— Não, estou bem.

— OK, boa noite filha.

Dei um beijo em cada um e depois corri para meu quarto, tranquei e me joguei na cama, pensando na tarde de hoje. Foi ai que me lembrei do Charles, na hora peguei meu telefone e liguei para ele. Tocou três vezes.

— E ai?

— Oi, começamos a parte dele do acordo hoje.

— Sabia.

— Sempre sabe.

— Mas me conta como ele te convenceu?

— Longa história, sabe tudo.

— Tenho um tempo livre. “dei então um resumo do dia” Pera, então vocês vão fazer isto escondido? É por causa dele não é?

— Charles, gosto do Pietro, mas não posso evitar ter medo. Pelo menos se algo acontecer, terei menos problemas.

— Ok, ver isso pode ser até interessante.

— Ele sabe que me contou.

— Sim você é o único, então...

— Relaxa quantas vezes falei algo que não podia.

— Nunca.

— Boa memória.

— Sei.

— Bem até amanhã.

— Até. E Charles...

— Oi?

— Obrigada. “pelo telefone pude perceber seu sorriso”

— Não foi nada. Adeus “e desligou”

Me arrumei para dormir e assim que deitei dormi, pensando em como seria o dia de amanhã.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.