POV Edward

- Você devia ter visto a cara dela! – Emmett ria, apoiando-se na minha mesa – Ela quase desmaiou aos meus pés!

- Você está brincando!

- Não estou, Ed! – ele gargalhava, e eu o seguia – Foi hilário! Você precisava estar lá pra ver a cara dela...

- É, eu gostaria mesmo de estar lá pra ver isso! Ah, Bella, Bella... Tão bobinha... E brava, diga-se de passagem.

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- Por quê? – Ele perguntou, as sobrancelhas arqueadas.

- Estava na sala dela até agora a pouco. Encontrei-a cochilando e me aproximei dela. Queria acordá-la aos gritos, na verdade, mas ela começou a fazer umas caras tão engraçadas... Como se estivesse sonhando com um filme pornográfico. Eu perguntei se ela queria um beijo meu, e ela me escutou...

- Edward...

- Mas foi inocente, eu juro! – fiz minha cara mais lavada – E aí, quando fui fazer uma brincadeirinha inocente com o Projeto de Gente, ela se zangou e começou a me ofender... – fiz cara de cachorro-que-caiu-da-mudança.

- Eu sei que você não é tão inocente assim. Com certeza, você foi o culpado dessa discussão toda.

- Eu?! Mas é claro que não! – fiz cara de assustado.

Pensando melhor... É, eu fui!

- Claro que foi. Você sempre a provoca, Edward.

Eu suspirei e me sentei. Esse papo de novo não...

- Você está pegando pesado demais. Acho que seria bom se...

-... você parasse de ser tão chato, blábláblá. É, eu sei de tudo isso.

- Mas não me obedece. O último projeto que você barrou, por exemplo. Qual foi o motivo exato?

Eu corei.

- Bem... Não tinha um motivo exato...

- Exatamente. Não tinha porque barrá-lo. Você sabe quanto a empresa ia lucrar com aquele projeto?

- Sei, mas Isabella...

- Não foi ela quem criou, Edward. Você sabe bem disso.

Fiquei em silêncio.

- Não deixe que essa implicância afete negativamente a empresa. Ou terei que tirar você do cargo de Gerente.

- Tudo bem, tudo bem! Não precisa apelar. Eu já entendi. Deixar a Coisinha Estranha em paz. Ok.

- Que bom que você entendeu – ele riu, me dando um tapinha nas costas e saindo pela porta.

Qual era a graça de trabalhar nesse lugar se eu não podia me divertir um pouco? E a Coisinha Estranha da Bella era um objeto perfeito de diversão: brava, muito fácil de irritar e, conforme tinha acabado de descobrir, perdidamente apaixonada pelo meu chefe. Ou melhor, nosso chefe.

Encostei-me na cadeira, colocando meus pés sobre a mesa, e peguei meu telefone.

- Pois não, Sr. Cullen? – minha secretária (gostosa, diga-se de passagem) atendeu.

- Tanya, peça para Alice Brandon, do financeiro, vir até minha sala.

- Alice Brandon? Secretária de Isabella Swan?

- Ela mesma.

- Bem, você... Pode pedir a mim, que sou sua secretária...

- O assunto é apenas com ela. E é urgente.

- Mas ela não é nem gerente do departamento. O que o Sr...?

- Não é da sua conta. Chame-a agora.

Desliguei o telefone antes mesmo de ouvir a resposta. Quem deu às secretárias o direito de falar assim com seus chefes? Eu devia demitir a pessoa que deu essa liberdade. O mundo está mesmo de pernas pro ar.

Alguns minutos depois, a Pequena Irritante entrava pela porta.

- Gostaria de falar comigo, Sr. Cullen? Tanya me disse que era urgente. – a voz irritante soou extremamente alta em meus ouvidos sensíveis, apesar de a Pequena Irritante ser delicada como uma borboleta. Ela ainda estava brava por causa do incidente com sua amiga.

Levantei-me da mesa e segui até ela, olhando-a diretamente nos olhos.

- Sim, eu a chamei, Srta. Brandon. Preciso que a Srta. faça algo para mim. Mas tem que ser agora.

- Pois não.

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- Quero um Cappuccino. – falei sério, como se estivesse passando uma nova missão ao 007.

Seus olhinhos se arregalaram e sua boca se abriu ligeiramente. Depois suas sobrancelhas se arquearam e seus lábios formaram uma linha rígida. Parecia um pequeno Poodle tentando assustar o Bulldog.

- Eu não acredito...

- Obrigada, jardineira de Bonsai. Sabia que podia contar com você. – disse, já abrindo a porta e indicando a saída a ela.

- Jardineira de Bonsai?! – ela exclamou, já fora da minha sala.

- Legal, não é? Acabei de pensar nessa. Melhor do que nadadora de aquário, ou fotógrafa de bola rasteira.

- Isso é ridículo! Por que você insiste...

- Ah! Mande lembranças à sua amiga de TPM. Diga que Tanya tem um ótimo remédio para estresse, se ela precisar. Ah, não... - coloquei a mão no queixo, fingindo pensar - Esse só funciona pra mim. Bem, boa sorte pra ela.

E, antes que ela continuasse chiando, fechei a porta em sua cara.

Eu sou o máximo!

Voltei para minha mesa e, como se uma lâmpada tivesse acendido na minha mente brilhante, tive uma ideia mais brilhante ainda! Claro que havia um jeito de me divertir – e muito – nessa empresa, mas pra isso eu precisaria da ajuda de um amigo. E esse amigo tinha, de preferência, que estar disposto a fazer da vida de Isabella Swan um inferno. Eu sabia exatamente como fazer isso e com quem contar.

De quebra, um dos dois poderia se sair bem no final.

Peguei rapidamente meu telefone e pedi pra Tanya discar o ramal que queria.

- Emmett? Tenho uma proposta pra te fazer...