[Penny]

Assim que ouvimos o som, o seguimos, vendo que o dono do mesmo era um garoto de cabelos negros.

– Parado aí! – Nathan apontou a arma para o garoto desconhecido.

Ele parou e nos olhou por um momento, o suficiente para reparar nos seus olhos azuis quase anormais, assustados, que um segundo depois desapareceram, deixando apenas uma estante caída com um estouro, bloqueando nosso caminho.

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Pulamos a estante e seguimos o garoto, correndo. Ele correu até a parede, em direção a uma pequena porta aberta, com escadas depois dela, dando em uma sala relativamente grande, onde Thomas, Andrômeda e Helena já tinham suas armas apontadas para o desconhecido.

Estamos cercando o rapaz e apontamos nosso amamento para ele também. Com os olhos dou um passeio pela sala, parece um quarto normal de apartamentos de um cômodo só, muito comuns hoje em dia, a não ser pela garota encubada num canto. É um choque vê-la, mas não posso perder o foco, então miro rapidamente o grupo de Helena. Andrômeda está meio escorada em Thomas, o que me leva a pensar se ela não está machucada.

Não co0nsigo dar importância a isso, pois o garoto começa a caminhar lentamente para trás, o acompanhamos com as armas até ele se escorar em uma cômoda. Ouço o som de meus colegas engatilhando suas armas de fogo.

– Eu... Eu... – o rapaz gagueja – Eu... sou inocente, juro! – diz, ainda escorado na cômoda.

Helena ameaça um passo a frente, mas o garoto simplesmente atira a cômoda em sua direção, a fazendo desviar para o lado, surpresa, logo se recuperando. A cômoda, ainda, passa raspando por Andy e Thomas que só tem tempo de rolar com a garota para a direita, parando embaixo de uma mesa.

– Você mexeu com a garota errada, desconhecido. – Helena fala entre dentes, atirando logo em seguida.

Ele desvia rapidamente. Ou quase isso, pois um fio de sangue escorre do seu braço.

Eu, Nathan e Dean apenas observamos tudo, abismados.

O garoto levanta os braços.

– Eu me rendo. – ele diz calmamente, mas ao mesmo tempo com uma espécie de desespero na voz.

Helena não atirou.

– Sou Adam. – ele repete o que disse anteriormente. - Eu moro aqui. Essa é Grim – ele aponta o tubo com a cabeça. – E vocês são...?

– Eu sou Penny. – digo, dando um passo a frente, hesitante. – Esses são Dean e Nathanael. – indico os garotos ao meu lado. – A da arma é a Helena, e aqueles dois são Andrômeda e Thomas. – Helena olha um tanto desconfiada para o rapaz e abaixa a pistola devagar. Thomas e Andy estão um pouco atrás, a garota não coloca o pé direito no chão.

– O que vieram fazer aqui? É bem longe de qualquer sinal de civilização.

Ouço a voz de Dean baixa em meu ouvido.

– Não sei se devemos confiar nele, Moeda... – ele sussurra. Parece que gostou de brincar com meu nome. – Não conte a verdade.

Eu concordo levemente com a cabeça.

– Bem... nós...

– Ele disse que viriam, mas não achei que seria dessa forma... – Adam corta minha fala. – Eu sou a solidariedade.

Todos parecem espantados, acho que ninguém imaginava isso.

– Temos muito o que conversar. Sentem-se.

[Anny]

Vamos até o buraco. Quando nos aproximamos sentimentos um vento gelado e agradeço por ter escolhido esse moletom.

De perto podemos ver que o buraco é tapado (ou quase isso) apenas por folhas de aço e Brasilit preso de forma desleixada com pregos grossos, o que deixa várias frestas dando a possibilidade de olhar para fora, além de ser um pouco mais iluminado.

– Acho que não vale a pena tirar essas coisas. – diz Fluffy – É melhor só olharmos pelas frestas. Olhem, são grandes o suficiente para passar a minha mão. – ela indica um buraco no canto.

– Ótimo! – Logan comenta. – Prontas?

Eu e a Alexandra assentimos e vamos os três matar a curiosidade. Eu fico mais no canto da esquerda, Alex no meio, Logan na ponta direita.

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Lá fora há muito cimento, “Ora! Mas que novidade, Anny! Todas as calçadas são assim! Praticamente tudo é feito assim!”, eu sei, eu sei! Mas é a primeira coisa que vejo. Ah, sim! Também há uma autoestrada. Uma grande autoestrada. E é isso. Só. Nenhuma placa ou algo do tipo, nenhum ponto de referencia.

– Isso é sério? – Logan pergunta, um pouco exasperado. – Não tem nada!

– Hey, Logan. – Alex diz calmamente – A gente vai achar alguma coisa, okay?

Enquanto Alexandra tenta consolar Logan, eu olho rapidamente para o lado esquerdo.

O que vejo é perturbador.

Vejo a ponta de uma capa negra arrastando no chão até desaparecer nas sombras, ela cobre uma silhueta masculina não muito alta com um chapéu um pouco largo.

Ele deixa cair um papel dobrado.

Depois de ter certeza que ele se foi, eu engatinho devagar até lá, pegando o papel com cuidado e colocando no bolso do moletom.

– Acho que podemos voltar, não é, gente? – chamo meus parceiros.

– Claro, Anny. – Logan me responde, ainda meio revoltado. – Vamos contar para os outros a grande descoberta que fizemos! – ele revira os olhos.

Assim, voltamos para o ponto de encontro, onde minhas mãos comicham para ver o que tem no papel.

Não sei quem é aquele cara, nem o que diz nesse bilhete, mas espero que tudo fique bem.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.