Era completamente impossível isso. Pelo menos era o que eu pensava de manhã quando eu acordei e eu ainda a admirava dormindo ao meu lado.

Annabel era uma mulher linda, moderna, aparentemente independente. Como ela poderia ainda ser virgem? Eu nunca poderia sequer esperar por isso. Mas era esse o problema, eu não conhecia nada dela.

Depois de um tempo ali, eu saí e voltei trazendo seu café da manhã. Coloquei ele na mesa do quarto e a puxei para o meu colo, me sentado na cama. Ela parecia estar tão confortável dormindo, eu poderia deixa-la assim por muito mais tempo só para ficar vendo seu rosto tranquilo ao dormir, se eu não tivesse tantos planos para esse dia.

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Ela parecia sorrir, comecei a fazer um leve cafuné em seus cabelos, eles tinham secado durante a noite, mas estavam desorganizadamente lindos. Me enclinei, aproximando-me do seu rosto e depositei um leve beijo do lado dele.

– Amor. – Sussurei, ainda passando os dedos pelos seus cabelos. – Levante-se. – Acariciei seu braço e Annie remexeu um pouquinho, soltando uns pequenos resmungos.

Até que a ouvi dizer, completamente sonolenta, sem ela sequer abrir os olhos como se estivesse apenas sonhando:

– Bom dia, amor.

Amor? Eu amei isso... Só ri e disse:

– Bom dia. – Continuava a acariciar seu braço, então a mexi um pouco mais. – Okay, agora, levante-se.

Ela coçou seus olhinhos e os meus estavam presos nela e em todo e qualquer movimento que ela pudesse fazer. Fascinante. E minha.

Eram as únicas coisas lógicas na minha cabeça.

Então Annie finalmente abriu os olhos e olhou para cima, vendo o meu rosto. Acho que eu a assustei de alguma forma, porque ela se sentou na cama em um pulo, virando de costas para mim. Ela mexeu no cabelo muito rapidamente com os dedos, como se fizesse uma tentativa frustrada para ela de ajeita-los.

Annabel usava uma outra camisa minha que eu havia lhe colocado ontem a noite. Eu adorava ela usando as minhas coisas, ela começou com essa ideia e era ótimo porque ela ficava com o meu cheiro e minha blusa pegava o seu perfume. Era simplesmente perfeito. Ao pensar isso uma vontade incontrolável de pega-la para mim e abraça-la me envolveu.

Mas eu me aproximei um pouco e ela pareceu se afastar. Então só cheguei próximo as suas costas, o bastante para ir até seu ouvido ao dizer:

– Eu trouxe seu café da manhã. – Eu sorri para ela quando olhou para mim por cima do ombro, parecendo assustada. – Vai tomar banho antes, depois você come e a gente vai sair.

Então ela virou o rosto para frente, aproximando devagar e meio hesitante suas costas do meu peito, nossos rostos quase se tocaram e aos poucos ela foi se encostando em mim.

– Você...? – Ela começou incerta.

– Eu...? – Repeti igual a ela, incentivando-a a continuar. Mas ela abaixou o olhar, não parecia que iria continuar. – Por que está tão surpresa, meu amor? Eu te acordo todos os dias assim e preparo seu café da manhã. Quando você acorda junto comigo, nós o fazemos juntos.

Ela acenou com a cabeça confirmando aquele fato.

– É, porque eu tenho o melhor marido do mundo. – Ela disse séria, depois olhou para mim. Hesitou por um tempo me olhando, até que rapidamente se aproximou e beijou minha bochecha. Então se afastou vermelha. Cara, como eu amava essa garota. Então ela apontou para a mesa do apartamento. – Aquele? É meu café? Uau! – Ela disse e riu se levantando.

Ela mordia seu lábio inferior apreciando a variadade na bandeja que eu trouxe.

– Parece tão gostoso. – Ela olhou para mim de relance e me viu sorrindo para ela, nossos olhares se prenderam por um tempo. Até que ela sem graça apontou para o banheiro. – Vou tomar banho então.

Eu acenei.

Nós tínhamos acabado de descer para a piscina daquele hotel, Annie colocou um shortes e um biquini. Apesar de usar uma blusa cheia de furos por cima. Eu apertei sua cintura, indo puxa-la para mim e ela se contorceu.

– Não faz isso! Eu tenho cócegas.

– Oh, Bel. Você não deveria mesmo ter dito isso para mim. – Eu ri me aproximando dela e apertando toda a sua barriga, enquanto ela batia nas minhas mãos só se deixando levar em uma despojada gargalhada.

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Eu ria com ela quando ela segurou minhas mãos com o olhar fixo em algo atrás de mim. Eu parei o que eu fazia e me virei para ver o que era.

– O que está acontecendo Annie? – Eu perguntei indo para o lado da minha garota. – Você a conhece?

– Ah, sim. – Annie pegou no meu braço. Gesto que eu aprovei pra caramba, diga-se de passagem. – Essa aqui é minha amiga Samantha. Ela conseguiu um desconto de funcionários para mim aqui no hotel.

As duas abriram um grande sorriso juntas. Elas então se abraçaram um pouco, para logo depois Annie apontar para mim, me apresentando dessa vez.

– E esse aqui é o Alex... Alexander. – Ela se corrigiu.

Então estendi minha mão para a Samantha e disse:

– Muito prazer. Sou o Alex.

– Olá! – Samantha me disse com um grande sorriso e apertando minha mão. Ela usava um uniforme de funcionários do hotel.

Então ela passou o braço pelo ombro da minha garota e a puxou para o lado, ficando de costas para mim. Eu podia tentar não ouvir, seria o certo. Mas para isso eu teria que me afastar, eu estava até indo fazer isso por respeito, mas antes que eu pudesse sequer me mover ouvi rapidamente quando Samantha disse:

– Que cara é esse, Annie?! Consegue ser ainda mais bonito de perto!

As duas se abraçaram e eu pensei que essa realmente deveria ser uma boa amizade para ela.

Me afastei um pouco indo pegar minha encomenda na recepção. Voltei me aproximando de Annie sentada em uma cama de tomar sol em frente a sua amiga que estava sentada em outra, enquanto só conversavam.

Cheguei por trás da minha Bel e passei o buquet de flores para sua frente, ficando visível para seus olhos. Eu vi um sorriso emocionado cogitar surgir em seu rosto, ela olhou para trás e vi sua respiração desaparecer quando seus olhos caíram sobre meu rosto. Aquele sorriso de antes, que só cogitou aparecer, agora verdadeiramente se abriu nela.

Annie me abraçou, lançando seus braços pelo meu ombro e me apertando com uma necessidade que eu inclusive tinha de fazer com ela.

– Nunca se esqueça que eu te amo, ouviu? – Sussurei em seu ouvido, desejando que isso não saísse nem por um segundo da mente dela. Eu, na verdade, não tinha pensado sobre essa frase antes de dizer, mas depois que eu a ouvi saindo de mim, percebi que era a completa verdade e que eu simplesmente tinha necessidade de lhe fazer saber disso.

Ela me olhou um pouco incerta uns segundo depois. Havia um pouco de confusão em seu rosto e eu decidi que deveria dizer alguma coisa:

– Maridos deveriam dizer isso as suas esposas, certo? – Um grande sorriso se abriu nela.

– E esposas deveriam dizer aos seus lindos maridos: Eu jamais poderia. – Seus olhos pareciam emocionados enquanto seus lábios se curvavam em seu famoso curto e sincero sorriso.

Se afastou um pouco depois, pegando as flores da minha mão. Não era um arranjo muito grande, eram só cinco rosas, mas se aquelas flores podiam fazer tudo isso com o astral dela, acho que eu podia pensar em algo assim todo dia.

– Rosas! Que romântico! – A amiga dela a disse e Annie sem graça olhou para ela com uma cara que deveria parecer de alguém irritada, mas que só era na verdade fofa e corada. Annie estava ainda mais estonteante hoje, estava feliz, cheia de energia, eu estava realmente emocionado de vê-la assim. Aquela garota era tudo que eu queria na minha vida, agora isso era mais do que claro para mim.

Inclusive era inacreditável como a cada dia eu conseguia gostar mais e mais de Annabel.

Annie colocou as flores no nariz da amiga só para irritar, enquanto Samantha batia na sua mão.

Me aproximei novamente do ouvido de minha garota, abaixando meu rosto e disse.

– Eu vou ali um pouco, depois eu volto. – Eu só ia dar liberadade para ela conversar com a amiga. Então entrei pro hotel e deixei as duas na piscina.