Free Fallin'

Chapter 13: The truth


Chapter 13: The truth

Scorpius Malfoy deu dois passos para frente e Rose Weasley deu dois para trás.

— Não vai mesmo me mostrar o que tem nessa carta? — perguntou o garoto fazendo com que ela se arrepiasse de medo.

— É verdade? — reuniu toda a coragem que ainda lhe restava para fazer aquela pergunta. Rose tinha certeza que Scorpius sabia muito bem qual era o conteúdo da carta.

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A garota sentia tanto medo que nem parecia ser uma grifinória. Godric Gryffindor estaria envergonhado dela agora.

— Nem tudo — Scorpius respondeu. A garota não sabia se deveria se sentir melhor ouvindo aquilo. O Malfoy se sentou na grama e fez um gesto para que ela o acompanhasse.

Rose hesitou. Não queria chegar perto de Scorpius Malfoy, contudo sabia que aquela era sua única chance de descobrir o que realmente estava acontecendo. E uma voz no interior da sua cabeça dizia que o garoto poderia a pegar facilmente caso saísse correndo.

Sentou-se na grama, praticamente no mesmo lugar que estava ao ler a carta, mas fez questão de se manter a uma distância segura dele.

Demorou um pouco para que Scorpius começasse a falar, Rose estava quase dizendo algo para quebrar o silêncio e ficou aliviada em não ter que fazer isso.

— Existem muitas pessoas que não gostam muito da minha família e tem bons motivos para isso. Na maioria das vezes, elas só nos encaram feio na rua ou xingam em voz baixa. Mas há pessoas que querem mais, elas querem vingança — contou sem encará-la. Ele parecia calmo, como se já tivesse treinado aquela cena diversas vezes. — Eu ainda estava na barriga da minha mãe quando aconteceu. Minha mãe mal tinha saído da mansão quando esse homem apareceu, ele falava o quanto havia esperado por isso, esperado pelo dia que se vingaria das pessoas que haviam matado o seu filho.

Rose soltou a respiração que nem notara que havia prendido.

— Ele queria te matar? — perguntou. — Para vingar a morte do filho.

Scorpius a encarou com um pequeno sorriso de lado, ele parecia se divertir com o quanto ela parecia intrigada com o assunto.

— Ele não queria me matar, mas talvez teria sido melhor se ele quisesse — soltou uma risada forçada. — O que você leu nessa carta foi o que aquele homem faz comigo, o tipo de maldição que ele lançou. Mas minha mãe estava grávida de gêmeos.

Rose arregalou os olhos entendo o que ele queria dizer.

— Não — disse sem querer acreditar. — Sua irmã não é assim. Ela não é como...

A Weasley se interrompeu, ela provavelmente se arrependeria do que estava prestes a dizer. Mas não conseguia ver semelhança alguma entre a personalidade dos irmãos Malfoy, Catherine era como um anjo, enquanto Scorpius parecia ser um demônio.

— Ela não é como eu — ele completou, já sabendo o que a ruiva iria dizer. — Catherine é gentil, boa, uma amiga incrível, ela se importa com os outros e seus olhos não ficam completamente negros.

A encarou assim que disse a última parte sabendo que Rose se lembraria daquela noite. Ficou arrepiada com a lembrança e sentiu um frio na barriga, rapidamente quis esquecer.

— Minha irmã não parecer ter sido amaldiçoada para ser má, porque ela não sabe disso — explicou. — Catherine sempre foi muito sensível, ela não aguentaria a verdade. Foi por isso que a mandamos para França, porque perto de mim minha irmã sentiria minha raiva e isso a transformaria.

— Não é verdade — Rose negou com a cabeça. — Não pode ser verdade.

Scorpius a agarrou pelos ombros com força, deixando a garota assustada. Ela queria fugir daquele lugar, queria se trancar no seu quarto e esquecer que leu a carta, esquecer aquela conversa. Contudo, as mãos de Scorpius Malfoy a prendiam ao chão como correntes. E seu ombro doía, algo a dizia que ele não conseguia ver que a estava machucando.

Aproximou o rosto do dela e a garota tentou olhar para o lado. Não queria chorar, não queria chorar na frente dele, não daquele jeito. Aquilo tudo só a fazia se sentir cada vez mais fraca.

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— Você sabe que é verdade. Olhe nos meus olhos e me diga que estou mentindo — ordenou, mas Rose não queria olhar. O aperto em seus ombros aumentou e ela sentiu as lágrimas quentes descendo pelos seus olhos. Assim que olhou Scorpius nos olhos, viu que eles ainda estavam cinzas e que pareciam falar a verdade. — Eu estava com raiva de quem te mandou essa carta. E estava com raiva de Chris Turner por ter ajudado essa pessoa a descobrir a verdade, queria ver aquele idiota morto. Porém, eu não o matei, Catherine matou. Catherine matou o Turner e se fez esquecer, porque ela é fraca demais para aguentar a verdade.

Rose não sabia o que dizer. Tentou imaginar a doce Catherine matando Chris Turner com as próprias mão, ela não conseguia visualizar a cena.

Scorpius soltou os ombros dela, a dando liberdade para fugir. Todavia a grifinória não fugiu, apenas deixou que as lágrimas caíssem pelo seu rosto. Rose não acreditou quando sentiu uma das mãos do garoto no seu rosto, secando as lágrimas. Aquele ato era algo tão carinhoso que não parecia ser possível vir de Scorpius Malfoy.

Ele havia acabado de contar que fora amaldiçoado para ser o pior, para ser mal. Pessoas malvadas não secavam lágrimas dos outros.

— Eu não queria que você soubesse — disse calmamente, como se tivesse medo de que ela o fosse afastar, mas Rose não se mexeu. — Isso nunca esteve nos meus planos.

— Por que eu? — perguntou quando as lágrimas diminuíram. — Eu sei que você é bom em história da magia, não precisava de aulas particulares.

Scorpius suspirou parecendo cansado. Ele tirou a mão do rosto dela e Rose quis que ele a colocasse de volta, ela sentiu frio e falta do toque dele.

— Porque... — o Malfoy não sabia responder aquela pergunta, parecia ter treinado contar a verdade sobre a maldição, mas não esperava que Rose fosse perguntar aquilo. Demorou um tempo para que ele respondesse. — Porque você me faz sentir mais como um humano do que como uma aberração.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.