Capítulo 19: Sad — Parte 2 e final

Sexta-feira, 11 de março de 2016

09:04 AM

POV Lucas

"Robôs podem sentir dor. Eu posso provar. Também sou um robô, assim como a maioria das pessoas aqui dentro. Como mais um dos que simula o ser humano. Com pele artificial, cabelo orgânico, olhos de LED... Além de podermos nos almentar, dormir, e essas coisas." Sempre dizem isso, já começa a enjoar!

Mas tem um motivo por essa grande repetição. É que será o tema central estudado em ciências, e que novamente me explicaram. Só por causa que eu sou um Shadow Animatronic, e que estranharia um robô sentindo dores.

Acho que os maníacos que ficam presos nesses quartos brancos sempre ficam caustrofóbicos e loucos. Não poder sair é muito ruim! Mas ele não veem nada nem ninguém...

–--Olá Lucas Rodrigues de Oliveira.

–-- Olá, mas não precisa falar meu nome completo.

–-- Está se sentindo melhor?

–-- Você sempre pergunta isso... Sim, como sempre! Mas, espera, você está com uma voz diferente, olhos amarelos, cabelos ruivos... É uma novata?

–-- Si-Sim... Sim...

–-- Sua voz está REALMENTE fina! An... Roxy?

–-- Você me descobriu! Puppet, pode sair da fantasia.

–-- Ficar aqui dentro é estranho... Tendo que ficar segurando a Roxy durante esse tempo todo.

–-- E ainda, se não fosse a Wendy e o Balloon Boy (Que, alías, não paravam de pedir para vir.) distraindo os outros, nem estaríamos aqui.

–-- Vocês não poderiam ter apenas pedido para entrar?

–-- ... --- Deixei as duas caladas, com uma cara de "pokerface".

–-- Tá falem logo por que vieram pra cá. --- Me sentei na cama.

–-- Vim lhe ajudar, com algo que gostará. --- Roxy disse, pegando uma cadeira.

–-- Fale.

–-- Puppet recentemente andou me ensinando alguns truques, e vou poder curar-lhe.

–-- Ah, você deve estar mentindo. Sei como você é.

–-- Não estou não. --- Não sei por que ela pegou aquela cadeira, sendo que ela levantou da mesma agora, sem nem te se sentado direito.

–-- Se vai fazer milagres com alguém, faz com o Jeff The Killer. Não pra fazer ele não ser mais assassino, mas dar apenas um rosto melhor.

–-- Não é milagre. --- Chegou perto da minha cama. — Apenas deita aê e te ajudo. E não irrite muito.

–-- Eu sou assim, se não fosse irritante eu não seria assim, o Lucas.

–-- Então, se eu mudar seu nome, você seria diferente?

–-- Pela piada, olha aqui minha cara de quem achou graça: --- Fiquei com uma cara de tédio. Me ajeitei na cama e roxy se aproximou mais. --- Não venha pensar em "Aquelas Carinhas".

–-- Feche os olhos. --- Me recusei. --- FECHA LOGO POARR! Se não quem vai te matar agora sou eu! E PARA DE ME IRRITAR!!!

–-- Nunca! Se não eu não seria ao Lucas. Você e os Shadows Freddy e Bonnie falaram.

–-- ...

–-- Anda logo! --- Puppet reclamou, cruzando os braços e se encostando na parede. --- Faz o que te ensinei e pronto.

–-- Tá, eu vou tentar. Continuando... --- Safire veio correndo de um dos dutos de ar.

–-- Roxy! Roxy! O SpringTrap tá fazendo um "Allahu Akbar" junto com a Phantom Puppet com as plantas do jardim!

–-- Você sabe o que é um "Allahu Akbar"?

–-- Sei!

–-- Então o que é?

–-- Explodir tudo!

–-- Tá, okay.

–-- Vamos logo com isso. Só vou ter que desligar isso aqui, --- Mecheu em uma das minhas chaves de energia, me deixando sonolento. --- e aqui, --- Desligou mais uma chave. --- e essa última. --- Fechei meus olhos, mas pude ver, mesmo com um borrão, e ouvir, mesmo que baixo, Roxy dizer mais uma frase. --- Isso não vai demorar muito, go to sleep. Hehehehehe. --- Tirou sarro do meu comentário do Jeff the Killer.

POV Puppet

–-- Isso passa depois de quanto tempo? --- Roxy me perguntou, perto de nossa "porta" de entrada, o duto de ventilação. Foi por lá que entramos, antes que alguém notasse.

–-- Provavelmente amanhã. Demora entre 24 e 36 horas normalmente.

–-- VEM LOGU GENTI! --- Gritaram Wendy e BB, do lado de fora. BB, do jeito irritante dele que dá vontade de mandar ele fazer bungee jump sem corda. Wendy, que faz parte dos sumidos.

–-- Já vamos! --- A raposa respondeu.

–-- Só aprendam a falar português, aí nos vamos de verdade.

–-- ...

05:57 PM

POV MFC

"Querido diário,

Ontem foi quando a Ana e seus irmãos foram embora, de menos Emy, prima deles.

Diário, sabe aquele jogo, "Yandere Simulator"? Quando você mata um monte de gente no jogo e fica toda estranha? Acreditava que um certo Homem De Roxo deve estar parecido com esse momento.

Ana, com aquele estilo melodramático dela de sempre, antes de entrar, deu um belo dum abraço no Foxy:

–-- Foxy! Eu volto logo! E VOU VOLTAR FAZENDO O CIRCO PEGAR FOGO! --- Abraçou ele, com pequenas lágrimas nos olhos.

–-- Se você vai fazer o circo pegar fogo, eu vou ali pegar um extintor. --- Não, ele não fez essa piada. Que piada ruim!

Já os outros não fizeram tanto alvoroço assim. Fritz, enquanto vinha, foi alertado por Phone Guy:

–-- E o Kenedy?

–-- Ah, Kenedy! --- Correu para dentro dos dormitórios.

–-- Só não esquece a cabeça por que tá presa no teu corpo, e não esquece os óculos por causa de sem eles nem consegue encontrá-los. Não pera...

–-- Voltei!

–-- Então vamos embora por que esse motorista deve estar bravo pakas...

Depois eles foram embora. Com apenas mais uma das revisões para as provas --- Que, aliás, começam semana que vem ---. Era muita coisa, tanto que fiz ele correndo de noite para não esquecer. Já tem algumas certas pessoas, como o Balloon Boy e a Phantom Puppet, que não fazem muito as atividades."

Não tenho ideia do que escrever, acho que se eu comer um pote de Nutella (Ou pelo menos metade) e ver algum filme na TV deve melhorar minha criatividade.

Resolvi ir para a cozinha. Lá encontrei Toy Chica toda lambuzada de chocolate, junto com Wade, de avental e com cauda de morango nas asas e no cabelo.

–-- O que vocês estão fazendo aqui? --- Perguntei.

–-- Eu pensava que cozinhava bem que nem minha irmã, a Chica, mas acho que não sou...

–-- Já deu pra notar né?! --- Wade retrucou.

–-- Você que escolheu me ajudar. --- Colocou um pouco de massa em seu nariz. --- Agora vai ter que aturar! Pegue ali os morangos para mim, por favor. --- Fez uma carinha Kawaii.

–-- Okay, my lady. Agora só não começa a cantar "World Is Mine", mas o mundo não é seu.

–-- Por pouco tempo... Brinks.

–-- Eh, casalzinho, vocês sabem onde fica o/a Nutella?

–-- Não sei, pergunta lá no Posto Ipiranga.

–-- Ignore esse Wade burro, tá ali. --- Apontou para um de vários armários.

–-- Obrigada! --- Peguei um pote de 1 Kg e voltei para meu quarto. Ah como eu amo Nutella!

Caminhando pelos corredores, notei que várias pessoas não tinham nada para fazer. Notei que os dois gatos zueros, Clyan e Catlon, conversavam com Nightmare Foxy, provavelmente planejando uma de suas pegadinhas.

Voltando para meu quarto, escolhi um filme qualquer pra ver. Acabei encontrando um único canal com um filme que me interessou, o "Telecine Family", com o filme "Two Days, Two Lifes" [NDMFC: Só pra avisar, eu criei esse filme. Todos: Ah não de diga!].

O filme contava a história de uma mãe e sua filha, que lutam para sobreviver num mundo pós apocalíptico. O que mais me impressionou foi uma cena onde ocorre um flashback, onde o pai da garota, que coincidentemente também se chamava Mayara, é bastante atingido e acaba morrendo nas mãos de sua esposa.

Esse final me deixou bastante triste. Me lembrava um pouco da minha própria infância, onde eu nunca tinha conhecido meu pai, ainda mais com que a personagem principal tem o mesmo nome que eu.

No meu dormitório não tinha mais ninguém, apenas eu, o que transmitia mais ainda a sensação de vazio. Tão vazio que nem o Nutella ajudava.

Todavia, de repente não me sentia mais sozinha. Como se alguém estivesse me abraçando, mas eu não sabia o que era. Deve ser apenas paranoia minha...

–-- Não é não. --- Uma voz eccou pelo quarto.

–-- Quem é que está ai?! É mais uma pegadinha do Clyan e Catlon?!

–-- Quem são esses Clyan e Catlon?

–-- Vamos, revele-se! --- Fiquei com os punchos fechados, em posição de luta.

–-- Tá, okay. Pra que agredir? --- Imitou a voz do Vaco, lembrando-me minha animação preferida. --- Tá, eu me revelo. --- Na minha frente, surgiu um homem de cabelos laranjas e olhos bicolores, um verde e outro azul.

–-- Não, não é quem estou pensando. Será?

–-- Se você pensou num cara qualquer, você está errado. Se pensou em um tal de Alex, você acertou. --- Sim, era ele! Eu tentei o abraçar, mas meus braços passavam por Alex, que é meu pai!

–-- Pai! Como você está aqui?

–-- Eu consegui chegar aqui, depois de algum tempo. Depois de uns anos, finalmente me liberaram para poder vir aqui. Como você está?

–-- Ótima! Ainda mais com você aqui!

–-- Como é ficar aqui? E por que esse tanto de Nutella?

–-- Bem, o Nutella é porque é bom e ajuda em qualquer momento! Já meu dia é simples. Eu converso com as pessoas, estudo, brinco, zuo, e nem parece que me julgam por ser bem mais jovem que o comum. E ainda anoto tudo no meu diário. Já

–-- Sério? Posso ver?

–-- Claro! E vou lhe mostrar como eu controlo meus poderes. --- Me sentei e preparei para lançar uma rajada de ar. --- Por enquanto ainda não desbloqueei as outras, controlando apenas seis elementos: Fogo, água, gelo, ar, terra e eletricidade.

Entendi minhas mãos, e usando o ar, trouxe meu diário até mim.

–-- Vejamos, --- Abriu meu diário, não sei como. Folheou as páginas, até que fechou o diário. --- Você escreve muito bem! Anda tendo bastante amigos! E já tem um crush?!

–-- Paiê...! --- Fiquei completamente vermelha.

–-- E... Ficou brava com ele? O que o ta de Vincent, ou Purple Guy, fez?

–-- Bem, ele tentou acabar com um amigo meu. Mas tá tudo bem, mais outras duas amigas ajudaram ele. Não pude fazer muita coisa, não sabia mecher nisso.

–-- Tudo bem! Tudo na vida consegue se arrumar.

–-- Sério?

–-- Tá, nem tudo. Mas isso o tempo consegue arrumar.

–-- É, em 24 a 36 horas isso vai passar.

–-- Não pensei se seria tão rápido assim.

–-- Como todo mundo diz, esse país é estranho. Tudo que acontece aqui, até o que eu falei aqui, confirma essa "suposição"

–-- Mas bastante divertido! Incrivelmente diferente dos outros países, mas com diversos eventos estranhos. Avançando para o lado certo e o errado ao mesmo tempo. --- Sentamente começou a sumir. --- Agora terei que ir. Não é um adeus, mas um até logo.

–-- V-Você já está indo?!... --- Comecei a derramar pequenas lágrimas.

–-- Sim. Adorei ficar esse pequeno momento com você. Eu queria estar aqui, mas terei que ir. Pra, pelo menos, sentir que estou consigo, vou lhe deixar um pequeno colaar. De acordo com o determinado sentimento e poder que você ter/utilizar.

Recebi um pequeno colar, totalmente transparente, com uma espécie de fumaça cinza e um símbolo de estrela.

–-- Até logo! --- Acabou entrando dentro do colar, que começou a se remexer. Também, acabou que uma marca de estrela surgiu em meu pescoço

–-- An...? --- Fui até o banheiro e tentei usar meu poder de água. O colar ficou azul e a marca mudou para uma de gota d'água. --- Então é isso! Mas como isso pode me ajudar?

–-- Em determinadas vezes, ele poderá aumentar seus poderes. Mas só quando for realmente importante.–-- Esse som veio do colar. --- Se precisar de mais alguma coisa, pode falar comigo.

–-- Okay. Foi bom ficar com você. Obrigada imensamente! --- Peguei meu celular na mesinha e disquei vários números. --- Mãe, alô?