Décimo primeiro Capítulo

Machucar quem não merece nos faz humanos

Mas a dor da culpa e de saber que ele está machucado é maior

Como um monstro que te devora a cada minuto.”

Luka encarava o loiro abismado com toda a história, sem forças sentou-se na calçada. Passando a mão nos fios coloridos pela tinta de cabelo que tanto gostava de utilizar. Sem muitos detalhes, Adrian havia contado tudo que o rapaz precisava saber, levando quase uma hora para ser revelada.

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Pessoas caminhavam por ali, alheia aos devaneios de ambos os garotos, que perdidos em pensamentos compartilhavam o mesmo sentimento.

—Entendi tudo que você disse até agora Agreste. A pergunta que não quer calar. Como aquele cara descobriu onde Marinette mora e como sabia como entrar na casa dela? -Perguntou olhando para o loiro que o encarava de cima.

—Também não sei.-Suspirou.-Mas vou descobrir.

Luka assentiu.-O que Plagg tem tanto haver com ela?

—Não tenho todas as respostas ou certezas para a vida dela Luka, apenas sei que Plagg tem grande influência em sua família, desde a irmã mais velha, ele a treinava já, e depois do que aconteceu, passou a treinar a mais nova.

—Marinette é um mistério, não só para mim, pelo jeito, para você também Agreste.

—Tenho que concordar com você, recentemente a dúvidas se conheço ou não ela, se fui um bom amigo passam por minha cabeça.

—Ótimo, pense bem nas idiotices que cometeu.

♦ ♦ ♦ ♦

Plagg a levou até a loja onde os pais de Marinette trabalhavam. Tom e Sabine já estavam informados do atentado que a filha havia sofrido, os Agrestes contaram nos mínimos detalhes e de como os filhos de ambas as partes lidaram com o ocorrido. Ao chegar na padaria, Tom tratou de atender os últimos clientes e fechar o estabelecimento, dando prioridade a filha mais nova.

Marinette continuava inconsciente enquanto a matriarca trava dos poucos arranhões que a garota sofrerá. Sentia pena da filha, sabia, ao menos um pouco do que sofria após a perda da irmã.

Na sala de estar, Tom seguia uma discussão pacifica com Plagg, enquanto degustavam de um forte café preto, a pedido do professor ao velho amigo. O moreno tratou de explicar tudo que ocorreu na escola envolvendo a aluna e a filha do prefeito, os prováveis novos boatos, que circulariam pela escola.

—Isto de fato é preocupante -Declarou, Tom- Não sabem como descobriram a história?

—Ainda, não, mas tenho meus palpites.

—Fale então, Plagg.

—Como disse -Suspirou o rapaz – São apenas palpites, não culparei ninguém sem provas concretas.

—Entendo, me desculpe por isso, não devia forçá-lo a contar. Plagg, obrigado por sempre cuidar das minhas meninas, primeiro Brid, que sempre causava problemas, e agora Marinette.

—Sabe que sempre pode contar comigo quando se trata dela, Marinette desenvolveu um alto senso de justiça após a morte da irmã mais velha, mais junto a isso veio também seu transtorno pós-traumático. Quando passa por um alto nível de estresse como ontem a noite quando a casa foi invadida ou hoje na escola, as memórias de Marinette vem a tona e ela revive novamente a cena de morte de Brid. Sua ação violenta e causada pelo senso de inferioridade naquele fatídico dia, fazendo-a atacar qualquer um que estiver em sua frente, achando ser o agressor de sua irmã. -Declarou, Plagg sabia muito mais que várias pessoas, o quando a menor sofria.

—Por isso agradeço, ter suas aulas de luta a ajuda a manter o equilíbrio e a calma em muitas situações incomodas.

—Tom, Marintte cresceu sabendo de seu problema, claro que ela daria o melhor de si para melhorar, se tornou uma das melhoras, sendo comparada a mim, pena que não posso aumentar sua categoria, os níveis mais elevados do jiu-jitsu necessitam de um auto-controle impecável, capaz de suportar as mais difíceis situações, isso poderia desencadear algo de ruim a Marinette.

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Tom apenas assentiu em concordância, não tinha palavras para debater mais sobre o assunto.

—Tenho que ir agora, preciso relatar os acontecimentos ao diretor da escola e tentar livrar um pouco essa garota. -Levantou-se da cadeira e fez uma leve reverencia ao mais velho, indo em direção a porta logo em seguida.

—Plagg! -O moreno parou de repente, virou-se e viu Marinette ali parada próxima a escada, com quase todos os machucados expostos e com Sabine brava ao lado.

—Volte para a cama Marinette! -Bradou a matriarca.

—Escute a sua mãe. -Pediu o rapaz.

—O que acontecerá em relação a escola?

—Vou ser sincero com você, é seu segundo ato de violência na escola, a punição não será pequena. E também, o falatório nos corredores será enorme, é melhor evitar um pouco isso, Marinette. Acorda, com a licença de todos, tenho que ir.

—Espera. -Devagar, a mestiça caminhou até Plagg, ainda sentia um pouco de dores e ardências pelo corpo, andar estava sendo uma dificuldade. -Tenho um favor para te pedir. -Sussurrou no ouvido dele, havia feito essa escolha na escola e Plagg agora a ajudaria.

—Sério?! -Perguntou surpreso.

—Claro que sim. Não conte a ninguém, faça tudo até o final de semana.

—Certo, pequena. Conte comigo então.