Forgotten

Starting from zero


Durante todo o caminho até a nova Base da SHIELD, Hill me contou tudo o que ela achou necessário que eu soubesse. Como eu sei disso? Ela falava de forma cautelosa, tomando cuidado para não entrar em assuntos que despertassem demais o meu interesse e/ou curiosidade. Ela me contou sobre o seu trabalho e o que eles faziam lá, que a SHIELD é uma agencia mundial de espionagem que cuida da segurança do país. Eu ouvia tudo calado e com o máximo de atenção, as poucas perguntas que fiz tiveram respostas objetivas. Ela falou também que a SHIELD esta tentando se reerguer depois que foi destruída pelo Capitão America, Viúva Negra, Falcão e claro, ela.

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– Foi necessário, entende? A Hidra estava infiltrada na SHIELD desde a sua criação. Foi preciso cortar o mau pela raiz

– E funcionou? – pergunto a encarando.

– Digamos que ela vai demorar um pouco para voltar a crescer. – responde.

– Assim como a SHIELD. – completo.

– Assim como a SHIELD. – ela ecoa minhas palavras.

Entramos em uma garagem subterrânea e logo estacionamos o carro, Hill caminha rapidamente ate o elevador e eu a sigo, apreensivo.

– Sala do diretor. – ela diz em voz alta. – Comando de voz, você diz pra onde quer ir e ele te leva até lá. – esclarece. Não sei quanto tempo levamos pra chegar até a sala do diretor, mas foi tempo o bastante para me deixar nervoso.

– Chegamos. – anuncia Hill enquanto as portas se abrem. Respiro fundo e quando dou o primeiro passo pra sair do elevador, vejo um homem loiro e grande, vestido com um traje com algumas partes vermelhas e azuis e uma mulher ruiva, menor e incrivelmente bonita usando uma roupa preta. Eles param de conversar quando nos vêem.

– Capitão. Agente Romanoff. – cumprimenta Hill, saindo do elevador.

– Agente Hill. – cumprimenta os dois ao mesmo tempo. Eles olham curiosos para mim, que continuo parado na porta do elevador, impedindo a passagem deles.

– Você vai sair? – pergunta educadamente o Capitão.

– Ah, sim, claro. – respondo sem graça saindo do caminho. Eles entram no elevador e não consigo deixar de encarar a ruiva. Ela me encara de volta e ficamos assim até que a porta do elevador se fecha.

– Não se apaixone pela Agente Romanoff, ela não é pra você. – diz Hill, me levando até a sala do diretor.

Assim que chegamos, ela pede que eu aguarde do lado de fora enquanto ela conversa com o Diretor e conta o que aconteceu na lanchonete. Apenas concordo com a cabeça e sento em uma poltrona que tinha ali. Ela entra e fecha a porta, me deixando sozinho com meus pensamentos. A imagem da mulher ruiva, agente Romanoff, não me sai da cabeça e isso me aflige. Na verdade a imagem dos dois me deixa ansioso e aflito de certa forma. Minha cabeça volta a doer e fico um pouco tonto. Encosto a cabeça no encosto da poltrona e fecho os olhos esperando que a dor diminua.

~~ 8 ~~

– Hayden, acorda! – abro os olhos meio sonolento e os esfrego com as mãos. Acho que acabei dormindo enquanto esperava ser chamado para falar com o diretor. – O diretor Coulson quer falar com você. Agora.

Levanto meio trôpego e vou até a sala do diretor.

– Você não vem? – pergunto quando vejo Hill indo na direção do elevador.

– Não. Ele quer falar com você a sós. – ela se vira e entra no elevador. Respiro fundo e seguro na maçaneta, abrindo a porta.

– Bom dia, Sr. O’Cornel. – me cumprimenta o Diretor. Ele levanta da cadeira e me estende a mão.

– Hayden. Por favor, me chame de Hayden. – peço enquanto aperto sua mão.

– Tudo bem Hayden. Meu nome é Coulson, sou o atual diretor da SHIELD que é a maio...

– Eu sei. A agente Hill já me contou... O necessário. – interrompo. Não estava a fim de escutar toda aquela conversa sobre a história da SHIELD novamente.

– Tudo bem, me desculpe. Sente-se, por favor, Hayden. – faço o que ele manda e ele senta também.

– Vou direto ao assunto. A agente Hill me contou sobre suas... Habilidades demonstradas em combate hoje mais cedo, e segundo ela você seria muito útil para a SHIELD. Sendo assim Hayden, gostaria de saber se você estaria interessado em entrar para a nossa equipe de agentes. – penso um pouco a respeito. Eu não sei de onde sou ou quem eu sou, também não tenho lugar algum para onde possa ir. Talvez essa seja a forma que a Maria encontrou de me ajudar, oferecendo abrigo e trabalho. Não vejo outra opção a não ser aceitar a proposta.

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– Se você quiser pensar a respeito. Eu aguardo sua resposta. – Coulson sugere.

– Não há nada em que pensar. Eu aceito. – afirmo decidido.

– Fico satisfeito com sua decisão. – levanta-se e mais uma vez aperta minha mão, fechando um acordo.

Ficamos mais algum tempo conversando e discutindo algumas coisas sobre mim e sobre como irei ser introduzido na agencia. Como já havia demonstrado habilidade em luta, iríamos fazer testes para medir minha inteligência, força, capacidade de estratégia, habilidades com armas de fogo entre varias outras coisas. Cederam-me um quarto na base onde eu passaria a morar daqui pra frente, instruções e horários de treino.

– Com licença. Diretor Coulson, estão esperando o senhor para dar inicio a reunião. – a secretaria do Coulson entra na sala o chamando. Ele levanta-se e ajeita o paletó.

– Tudo bem. Já estou indo. – levanto-me também. – Por favor, chame a agente Hill e peça que ela arrume um alojamento para o agente O’Cornel. – a secretaria concorda com cabeça e sai da sala.

– Qualquer duvida você pode procurar à agente Hill ou o agente Barton. Eles serão seus “padrinhos” aqui na SHIELD até que você esteja totalmente instalado e habituado com tudo aqui. – informa dando um sorriso. – Seja bem vindo a SHIELD Hayden.

– Obrigado diretor. – agradeço sentindo um misto de confusão e alegria dentro de mim. Há algumas horas eu estava sendo acordado por uma desconhecida e agora sou um agente da SHIELD. Acho que isso é algum tipo de universo paralelo no qual eu fui jogado, sem maiores explicações.

Vejo o diretor se afastar e entrar em um corredor, enquanto as portas do elevador se abrem revelando uma agente Hill com um leve sorriso orgulhoso no rosto.

– Tudo bem agente O’Cornel. Vamos encontrar um quarto para você. – diz tentando disfarçar a animação na voz.

– Obrigada. Por tudo! – agradeço e num ato impensado a abraço. Ela fica claramente surpresa, mas ainda assim, retribui. Depois ela endireita a postura e faz sinal para que eu a siga.

Meu dia começou confuso, extremamente confuso, mas sinto que algo está se encaixando. Talvez o fato de ter um lugar que me possibilite descobrir quem eu sou e ter alguém em quem confiar esteja me dando essa sensação. De qualquer forma é a melhor coisa que sinto desde que acordei hoje pela manhã.