Focus and Reflection

Rival no Amor?


Ki ga tsukazu ni ireba yokatta koto dakedo ne

Ki ni narun da kimi no koto

(Quando você está ao meu lado eu fico confuso, mas isso é um alívio.

Eu estou sempre pensando em você.)

Depois de um bom e demorado banho, Takeru resolve ouvir um pouco de música. Tinha falado ao seu parceiro que iria esclarecer tudo o que aconteceu hoje, mas estava evitando esse momento. Queria pensar mais um pouco sobre o que ocorrera e por que havia ficado tão nervoso na presença de Hikari. Na verdade, estava se sentindo um idiota faz tempo quando o assunto era a menina. Quantas vezes já se pegou perdido nos belos olhos castanhos da portadora da luz? E quantas vezes já ficara sem graça perto dela? Havia perdido as contas.

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Enquanto estava perdido em seus pensamentos, Patamon lhe chamou a atenção. Havia arrancado os fones dos ouvidos de Takeru a mordidas.

– Patamon, ficou maluco? – Takeru questionou assustado com o súbito movimento do pequeno Digimon alado.

– Quem está maluco é você! Anda, vamos conversar sério agora. – Patamon respondeu, se sentando ao lado do loiro.

– Tudo bem... – O portador da esperança falou, um pouco a contra gosto.

– Vamos, me diga. O que realmente está acontecendo com você? E não me esconda nada! – Patamon exclamou autoritário.

– Tá certo, senhor Patamon. Não irei esconder nada! – Takeru respondeu, dando uma leve risada. Não resistiu quando viu seu parceiro com esse ar autoritário.

Ficou um tempo explicando toda a situação ao seu pequeno parceiro. Não podia evitar dar algumas gaguejadas de vez em quando. Toda vez que falava da menina, ficava ansioso e nervoso. Depois de tudo explicado, Patamon nada falou, só ficou observando o loiro por alguns segundos.

– O que foi Patamon? – O portador da esperança perguntou, preocupado com a expressão do pequeno Digimon.

– Não é nada... Você só acabou de confirmar o que eu suspeitava! E agora, o que pretende fazer? – Patamon questionou eufórico.

– Como assim confirmar?E eu não sei o que fazer! – Takeru respondeu confuso. Esperava a ajuda do alaranjado, mas tudo o que ouviu foi a mesma pergunta que ecoava em sua mente desde manhã.

– Eu e Tailmon desconfiávamos que estava acontecendo alguma coisa. Que tal usar o Natal para se declarar à ela de uma vez? Compre alguma coisa bem bonita pra ela e se declare! – Patamon sugeriu, no mesmo tom de euforia.

– Falar é fácil Patamon... Não sei o que dizer à ela quando estivermos frente a frente... – O loiro respondeu cabisbaixo.

– Isso é outro assunto. Que tal comprar o presente dela antes de se desesperar de vez? – O alaranjado sugeriu, com um sorriso de orelha a orelha.

– Tem razão... Depois eu penso no que dizer. – Takeru respondeu e foi se arrumar pra sair.

Quando terminou de se arrumar, Takeru saiu de casa e foi até uma lojinha que vendia várias coisas. Entrando lá, viu Daisuke com seu V-mon. Ambos estavam eufóricos. Deve ser o clima de Natal.

– Amanhã, quando estivermos na festa que o Taichi-san vai dar, irei me declarar para Hikari-chan! E esse é o presente perfeito pra isso! – Daisuke exclamou em alto e bom tom.

– Tailmon também vai amar esse! – V-mon exclamou no mesmo tom de seu parceiro.

– Estão perturbando os outros clientes, Daisuke. – Takeru falou, se dirigindo à dupla barulhenta.

– Takeru! O que faz aqui? – Daisuke questionou surpreso.

– Estou aqui para comprar um presente. – Takeru respondeu e deu as costas pro companheiro de equipe.

Takeru havia ficado estranho. Como assim Daisuke iria se declarar para Hikari? Ele estava com a intenção de fazer isso primeiro que o moreno. Não iria admitir ser derrotado por aquele líder cabeça dura. Iria planejar para que tudo saísse perfeito. Iria se declarar à Hikari-chan da forma mais perfeita possível. Não iria falhar.

Depois de comprar um presente pra ela e pra Tailmon, Takeru voltou pra casa. Estava com aquilo na cabeça ainda. Não queria que Daisuke tomasse seu lugar ao lado de Hikari. Pensativo, sentou-se na cama. Patamon, que estava assaltando a geladeira, notou que o parceiro havia chegado e subiu as escadas até o quarto do loiro, com uma lata de refrigerante em mãos.

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Chegando lá, viu ele de cabeça baixa. Não dava para ver a expressão em seu rosto. Isso preocupava o pequeno alaranjado. Foi então que decidiu iniciar uma conversa.

– O que aconteceu Takeru? – Patamon perguntou, sentando-se e tentando abrir a lata de refrigerante.

– Daisuke quer se declarar à Hikari-chan também... E V-mon quer se declarar à Tailmon... – Takeru falou pensativo.

– Como assim o V-mon quer se declarar à ela? Isso não pode acontecer! – O alaranjado exclamou em tom preocupado. Estava pensando em seguir o exemplo do parceiro e o mesmo lhe bombardeia com uma notícia dessas?

– Pois é. Mas, não vamos ficar pra trás. Vamos bolar algo para tudo sair perfeito amanhã. Não podemos falhar. Olha, comprei um presente pra você entregar pra Tailmon amanhã! – Takeru exclamou, entregando um embrulho roxo claro ao parceiro.

– Perfeito! Ela ama essa cor! Vamos nos esforçar Takeru! E... Me ajude a abrir essa lata, por favor? Ela está mais difícil que as outras! – Patamon exclamou, se esforçando ao máximo para abrir a lata de refrigerante, sem sucesso.

– Ok, ok...! Vamos nos esforçar e... Você sabe que refrigerante te deixa enérgico, não é? – O loiro questionou o alaranjado. Estava com uma expressão de repreensão.

– Oras Takeru, só por esses dias vai? É Natal, fim de ano, todo mundo se entupindo disso aqui... Vai negar essa felicidade ao seu parceiro, que te ajudou a pensar? – Patamon perguntou com uma expressão de tristeza falsa. Sabia que Takeru iria ceder.

– Ok, ok. Só porque é final de ano hein? Não vai se acostumando não! – Takeru respondeu, abrindo a latinha.

– OBA! – O pequeno Digimon exclamou feliz.

Patamon tomava seu refrigerante alegremente, enquanto Takeru pensava em tudo para que amanhã não houvessem falhas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.