Flor do Mandacaru

“Revelou o que estava escondendo: uma delicada flor branca com pétalas sobrepostas e miolo amarelo. Era uma flor de mandacaru, uma espécie de cacto bastante comum no sertão. Esse tipo de flor só desabrochava a noite, começando a murchar logo ao amanhecer. Ela simbolizava o nosso romance, as saídas noturnas e o fato de Tomaz sempre ir embora antes do nascer do sol. Ele colocou-a atrás da minha orelha, destacando em meio aos meus cachos negros.”

Anita está noiva, a contragosto, de um homem mais velho e repugnante, por puro interesse dos seus pais. A jovem está desesperada com a aproximação do casamento forçado e tenta de todas as formas livrar-se desse fardo. O que os pais da garota não sabem é que um novo amor desabrochou no sertão. Tomaz, um dos cangaceiros do bando do Capitão Januário, definitivamente não se encaixa no modelo de “genro perfeito” que seus pais moldaram. Ele acaba roubando o bem mais precioso que o coronel possui: o coração de sua filha Anita. Diante de um pedido inesperado, ela se vê obrigada a fazer escolhas difíceis que mudarão completamente sua vida.
Como a Flor do Mandacaru, Anita também enfrentará seus espinhos.
Classificação 16+
Recomendada Ação Drama Romance
Luh Castellan

Sinopse

Notas adicionais

Autor
Luh Castellan


Classificação 16+
Tags: Recomendada Ação Drama Romance
Livro concluído
Publicado em 28 de set. de 2015 23:20
Atualizado em 30 de set. de 2015 23:44
7.354 palavras

Galahad
Desde já agradeço pela a oportunidade de ter lido esse cap incrível dessa escritora com essa história que mesmo pequena acredito que vá lhe dar bastante interesse sobre o romance na época do cangaço pouco convencional mas tocante,de uma grande escritora nesse desafio é certeza que você aí vai adorar esse romance escrito por Luh Castellan
Kizimachi
O cangaço é parte O cangaço é parte da história do Brasil, mais ainda do Nordeste. Ao contrário dos que muitos pensam, os cangaceiros não eram só mercenários de fato; alguns grupos tinham um espírito mais "Robin Hood", se bem que eu, pessoalmente, ainda condeno essas atitudes de roubar de alguém para dar aos pobres por uma simples palavra: roubar, mas isso não vem ao caso. Enfim, essa história sensacional dessa autora maravilhosa retrata bem a realidade nordestina da época, os costumes, o linguajar, as ações, as relações, os estereótipos, enfim, o modo de ser. Também retrata bem a realidade do cangaço, me dando a certeza que a autora, Luh Castellan, pesquisou muito para fazer essa bela história, o que é muito bom. O romance é excelente, assim como a ação na história.
Como um bom nordestino, me sinto orgulhoso em ver a maestria nos detalhes da nossa antiga realidade, tendo em vista que alguns desses costumes perduram até hoje. A autora também cumpre uma importante missão de situar o leitor nas expressões características, oferecendo-nos um glossário à cada capítulo.
Além disso, gostei bastante da filosofia sobre morte, bem e mal da personagem no fim. Isso é excelente, pois deixa os personagens com menor aparência de bonecos, dando também o raciocínio, o pensamento, a filosofia deles. Meus sinceros parabéns à autora por uma obra tão magistral. Sou seu fã, Luh.
Para quem procura um bom romance com boas pitadas de ação, drama e conflitos em uma ambientação antiga, esse é um dos melhores.