Fix A Heart

E que dure para sempre.


Michelle POV...

Nós estávamos dirigindo para a casa de Demi, já estava a tarde e a equipe toda decidiu sair um pouco para comemorar, já que finalmente o CD estava pronto, e, segundo Adam ele já havia vendido muitas cópias em poucas horas.

O motorista parou em frente ao hotel e eu disse ao pessoal que estava ali que já voltaria com Demi.

Entrei no hotel e logo subi para o quarto dela, a porta estava aberta, ela deve ter se esquecido de trancar.

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Enfim, abri-a, dando de cara com uma cena muito esquisita. Algumas coisas estavam quebradas no chão, e havia uma caixa branca com uma rosa vermelha em cima da cama. Demi não estava ali.

Assustei-me, passando em minha mente coisas um pouco assustadoras. Entrei no closet um pouco nervosa e ela não estava ali também, então abri a porta de seu banheiro, finalmente a encontrando, mas não do jeito que eu estava esperando.

Havia algumas, talvez muitas, gotas de sangue fazendo uma trilha até o pulso de Demi, onde ela estava caída no chão, segurando uma pequena lâmina com o braço bom, totalmente desacordada.

Levei a minha mão na boca, em um gesto assustado, para não gritar. Minha reação foi de pura surpresa.

Joguei-me ao lado dela e fiquei a balançando.

- Demi, acorda, por favor. – Implorei para ela, a mesma nem sequer fez um movimento.

Peguei meu celular dentro da bolsa e disquei o numero da ambulância. Logo atenderam.

- Alô, eu quero uma ambulância para a rua Sunset Boulevard, aqui no hotel Palace, numero 149.

- Sim, qual é a emergência?

- Ela está desmaiada, Demi Lovato, e está saindo um pouco de sangue pelo seu braço que está cortado, vem logo! – Disse desesperada. Ele falou mais algumas coisas e logo desligamos o telefone. Tentei acorda-la de algum jeito, mas estava quase impossível, ela não se movimentava. Por fim coloquei sua cabeça em meu colo e liguei para os meninos subirem. Os mesmos já estavam aqui depois de um minuto, e, é claro que eles se assustaram quando viram, mas no clima do momento não tínhamos tempo para argumentar coisas. Adam acrescentou que lá fora estava cheio de paparazzis, sendo quase impossível passarmos despercebidos, ótimo! ~~ironia~~

Justin POV...

Sete horas em ponto. Essa hora eu iria na casa de Demi, e a levaria para o restaurante, onde uma noite especial aconteceria.

Estava tão nervoso que não conseguia escolher a roupa que usaria, minha mala, sim minha mala, eu estava na casa de Alfredo, já estava todo em cima da cama.

- Veste qualquer coisa? – Alfredo disse entediado. – Não é um casamento, é só um pedido de namoro. – E ele ainda diz só? – Olha que tal essa? – Ele pegou as primeiras peças que ele viu e as me mostrou. Olhei, mesmo que fosse aleatória o que ele tinha pegado, até que não seria má ideia.

- Alfredo, você é assustador. – Peguei a peça de roupas da mão dele e fui para o banheiro. Tomei um banho não muito demorado e logo estava me arrumando. – Cara, como estou? – Disse assim que saí do banheiro. Alfredo me olhou por um segundo e desviou sua atenção para a TV de novo.

- Tá maneiro. – Revirei os olhos e me deitei na cama, ainda faltavam alguns minutos para sair. Prestei atenção na TV também, onde estava em um canal de fofocas que comentavam sobre o casamento da Miley Cyrus. Ela era um pouco minha amiga e tinha me convidado para ir também, mas ainda nem tinham marcado a data. O assunto mudou e começaram a falar de outra pessoa.

Demi.

Prestei atenção no que iria falar, e, confesso, não me agradou nada, nada.

“ Agora vamos dar uma noticia de ultima hora, a cantora Demi Lovato foi vista entrando em uma ambulância a alguns minutos desacordada, acompanhada de alguns colegas de trabalho. Não se sabe qual foi a causa do desmaio, mas todos próximos a ela estão bem preocupados em relação ao acontecimento. Fans já estão na porta do hospital em que ela está internada, o St.Judes (Inventado). Assim que obtermos mais noticias avisaremos em nosso canal. E, fans, fiquem fortes.”

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Dei um pulo na cama assim que ouvi o que a menina do programa disse, minha boca estava perfeitamente aberta, junto com meus olhos. Em um impulso peguei as chaves do meu carro e o celular, já indo para a porta, quase correndo.

- Justin, eu vou com você. – Alfredo perguntou vindo atrás de mim.

Cheguei no estacionamento e peguei meu carro, quase pulando dentro dele.

- Deixe que eu dirijo, você não está muito bem. – Ele disse percebendo minha expressão de assustado.

Entreguei as chaves do carro para ele e me sentei no banco do passageiro.

A viagem estava sendo um pouco longa, nos não falávamos nada, e o silencio já estava ficando constrangedor, mas anda tirava da minha cabeça aquela noticia, eu precisava ver como ela estava.

- Eu sei o que deve estar pensando. – Alfredo falou por fim. – você acha que...foi por causa que ela se cortou? – Ele perguntou cauteloso, em fazendo arregalar os olhos.

- Como você sabe? – Dessa vez eu fiz uma pergunta.

- Eu... – Ele suspirou. – Eu vi há alguns dias e Demi teve que me contar. – Assenti, processando o que ele havia dito. – Chegamos. – percebi que ele também estava tentando mudar de assunto.

Na porta do hospital haviam varias meninas com uma expressão preocupada, mas os seguranças não deixavam nenhuma entrar. Fui até a porta e disse que eu era um amigo de Demi, o que todos sabiam, então eles nos deixaram passar.

Logo avistei Michelle em uma sala de espera, a mesma estava mais calma do que nas fotos que mostraram na TV.

- Michelle, como ela está? – Perguntei a cumprimentando.

- Ela está melhor, o médico disse que daqui a pouco podemos vê-la. – Nos dois nos sentamos no sofá que havia ali. O silencio se aglomerou ali. – Você...sabia? – Ela perguntou cautelosa. Eu sabia do que se tratava, assenti com a cabeça. – E porque não contou Justin, não vê que talvez ela precise de ajuda?

- Ela disse que iria parar. – Disse mais para mim mesmo, abaixando a cabeça.

- Acompanhantes da Demetria Lovato? – O doutor que acabara de chegar perguntou. Nós nos levantamos. – Ela vai receber alta daqui a pouco, não foi nada grave, quem quer vê-la primeiro? – Michelle olhou para mim e assenti. Sorri fraco para ela e acompanhei o médico.

Ele me levou a uma sala na parte dos quartos e abriu a porta, me dando passagem. Entrei e logo Demi levantou a cabeça, me olhando e depois abaixou de novo.

O médico fechou a porta, onde eu escorei nela.

- Está tudo bem com você? – Perguntei, indo para um pouco mais perto. Percebi que seu pulso estava enfaixado. Ela só assentiu, sem falar nada, com uma expressão séria. Peguei na mão dela, a fazendo em olhar, e assim vi que algumas lágrimas estavam escorrendo de seu lindo rosto. – Demi. – A abracei com toda força que podia, a mesma retribuiu.

- Eu sou fraca Justin, me desculpe, por tudo, eu sei que devia parar com isso, mas eu não consigo! – Ela apertou mais o abraço, fazendo seu choro ficar mais alto.

- Não fale assim. – Afaguei seus cabelos, numa falha tentativa de fazê-la ficar mais cala. – Você não é fraca Demi, você passa por tudo isso e ainda sorri.

- Não, eu sou sim, eu não consigo ficar muito tempo sem fazer isso comigo, eu sou tão...idiota, eu tenho pessoas maravilhosas em minha vida e fico fazendo isso, e ao mesmo tempo eu faço eles sofrerem comigo, eu não mereço eles. – Ela disse entre os soluços.

- É claro que merece, você é uma pessoa incrível, mesmo com tudo isso! E eu nunca te deixarei, pode acreditar. – Sorri para ela, que sorriu torto de volta.

- Obrigada. – Ela limpou as lágrimas, abaixando a cabeça. – Me desculpe, eu prometi a você que iria parar... – Demi continuou.

- Isso não importa agora, está tudo bem, ok? – Peguei seu rosto com as minhas mãos, a fazendo me olhar. Demi assentiu calmamente.

- Eu... – Ela começou a falar. – Eu te amo. – Demi falou calmamente essas trás palavras.

Três palavras que me deixou quase sem ar.

Meu coração disparou, na hora, quase saltando pela boca.

- O que disse? – Perguntei incrédulo. Demi me olhava nos olhos, e minha mão ainda estava em seu rosto vermelho de tanto chorar.

- Eu te amo Justin. – Ela disse sem rodeios. Dei um sorriso largo.

Dei um beijo calmo e apaixonado nela, nós dois sorrimos um para o outro. Sentei-me mais perto dela, tentando escolher as palavras com calma.

– Demi. – Ela me olhou. – Antes de isso acontecer, eu estava pensando em...te pedir algo. – Ela arqueou uma sobrancelha. – E, como você já deve saber, o plano saiu todo errado. – Soltei um riso nervoso. – Mas isso não muda nada porque, para mim o que importa mesmo são os sentimentos que eu sinto por você, e eu queria falar abertamente sobre eles esta noite, então, eu estou tentando fazer isso agora. – Suspirei. – Desde muito tempo eu estou apaixonado pro você, e aos poucos eu percebi que isso foi crescendo, se tornando de vez um amor, que a cada dia, a cada olhar que você me dá, cresce mais ainda. E eu quero estar sempre ao seu lado, para te fazer feliz, e, ao mesmo tempo, me fazer feliz, porque eu sei que quando você sorri, aparece outro sorriso em meus lábios, um sorriso verdadeiro, e, eu sei que fico com aquele olhar apaixonado, sabe, as vezes é até bobo, mas é isso que eu sinto, e não quero esperar mais tempo para te dizer isso, pois eu te amo Demi, e eu quero passar a minha vida, ou pelo menos parte dela, enquanto durar, com você, pois agora eu só tenho olhos para você. – Falei tudo olhando nos olhos dela. Mexi no meu bolso, procurando algo, até encontrar uma caixinha vermelha, a que eu tirei do bolso e a abri, mostrando um anel prata com pedras de diamante nas laterais. – Demi, você quer namorar comigo? – Ela me olhou surpresa, dividindo seu olhar para mim e para o anel, seus olhos já estavam cheios de água. Depois de algum tempo, ela abaixou a cabeça, com uma expressão indecifrável. – O que foi? – Perguntei para ela.

- Eu não sei se posso. – Demi falou tímida.

- E porque não? – Falei nervoso, ela sorriu sem graça.

- Como eu disse, eu te amo, e sinto o mesmo que você disse que sente por mim. – sorri, ela respirou fundo. - E , eu achei tão lindo o que você falou agora para mim, sabe, me deu uma felicidade, saber que meu amor é correspondido. – Dessa vez ela sorriu. – E é por isso que eu não sei se devo aceitar, não agora. – Demi olhou para os lados, como disse, envergonhada. – Você não sabe o quanto eu queria aceitar o sue pedido, mas eu não acho justo fazer isso com você, porque, como eu disse antes, eu não consigo superar os meus problemas, e assim eu posso acabar fazendo você sofrer, e eu sei que você não merece isso, e também, eu vou me sentir culpada, vendo o quanto eu estarei sendo egoísta tendo um compromisso sério com você estando neste estado. – Ela suspirou de novo. – Enquanto eu estava aqui sozinha, vendo eles cuidarem dos meus cortes, do meu pulso, eu tomei uma decisão. – Demi me olhou. – Eu quero ficar forte, por todas as pessoas que estão comigo, eu quero superar tudo isso, eu quero...ser feliz. – Ela soltou algumas lágrimas. – E eu sei que não vou conseguir fazer isso sozinha. – Seu olhar ficou vazio. – Sabe, foram tantos anos para finalmente tomar esta decisão, eu estava me iludindo, achando que se eu quisesse eu conseguiria parar de me cortar, mas não é bem assim, eu não consigo, e se eu disser que consigo, estarei mentindo para mim mesma e para todos. Mas desta vez eu quero me recuperar, eu não quero passar a vida me auto-mutilando, cortando uma parte de mim, e depois fingir que tudo está bem. Eu quero ser sincera com todos, é ruim ter que esconder isso das pessoas que convivem comigo, e, bem, eu estou disposta a mudar, superar todas essas coisas que me deixam mal, e, dar sorrisos sinceros e espontâneos, a única coisa que eu quero é isso. Ser feliz. – Demi fez uma pausa. – Eu quero ir para a clinica de reabilitação Justin. – Meus olhos já estavam lacrimejando um pouco, ela estava falando abertamente comigo, dizendo o que ela sentia.

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- Você tem certeza disso. – Falei engolindo em seco.

- Sim, eu tenho. É o melhor, para nos dois. – Ela deu um sorriso fraco.

- Tudo bem, como eu disse, eu sempre estarei ao seu lado Demi, seja para o que for, e eu respeito sua opinião, e fico feliz que você tenha tomado essa decisão de se auto-ajudar, eu só quero te ver bem. – Ela me abraçou forte. Depois de alguns segundos eu coninuei:

- Mas isso não é motivo para não aceitar, você ir se tratar não vai fazer eu me afastar de você, eu quero ficar com você para sempre, e, se você aceitar, vai ter um namorado para te acompanhar em qualquer coisa sempre. – Sorri malicioso, arrancando uma risada dela.

- Tudo bem, afinal, você vai ser meu namorado querendo ou não, sem anel ou não. – Demi me puxou para um beijo entre sorrisos, o mesmo foi com um pouco mais de desejo. Separamos-nos e eu coloquei o anel no dedo dela, sorridente, a mesma fez o mesmo comigo, dando aquele sorriso sincero.

- Agora sim, podemos falar que estamos namorando. – Sorri abertamente para ela.

- Eu sempre pensava isso mesmo, só não era oficial. – Ela deu de ombros.

- Você é perfeita. – Roubei outro beijo dela, a fazendo rir de novo.

Eu não sei o que viria a seguir, mas de uma coisa eu sabia, eu amava essa garota mais do que eu amei qualquer menina que apareceu em minha vida, mesmo com todos esses obstáculos em nosso caminho, nos somos fortes para superar tudo, pois dizem que o amor fala mais alto, e, no nosso caso, temos muito nesse quesito. Acho que ela é sim a pessoa certa para mim, e eu sei que não entrei na vida dela por acaso, sempre há uma razão para as coisas acontecerem, e agora, eu acho que nós nos encontramos para iluminar a vida um do outro.

Nosso amor pode não ser para sempre, mas por enquanto é tudo o que eu preciso, e, ele é forte, nos vamos conseguir passar por tudo isso, não como as ondas que tudo destroem, mas sim como as rochas, que tudo suportam.

E que dure para sempre.