Finding Love

Capítulo 5 O sonho


Na manha seguinte eles foram novamente para a Toca, todos estavam cansados, uma noite mal dormida não era uma coisa bem vinda para ninguém. Senhora Weasley estava os esperando preocupada à frente da estranha casa, recebeu todos com o seu famoso abraço de urso de quebrar os ossos, mas que de certa forma era reconfortante.

Senhor Weasley e Percy não puderam ficar por muito tempo tiveram que logo partir em direção ao Ministério. E Alice foi recebida por uma coruja negra impaciente, Wisty carregava uma carta com uma grafia que era mais que conhecida para a garota, seu pai havia lhe enviado uma carta que ela não sabia se lhe agradava ou não.

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— Senhora Weasley. — chamou a garota timidamente, estavam somente elas, Carlinhos e Gui na cozinha sentados a mesa, os outros estavam no quarto de Rony.

—Sim querida— Senhora Weasley virou-se para ela, e só então percebeu o corte na cabeça da garota, não era de muita profundidade, mas este estava meio roxo e, isso dava a impressão de mais seriedade— meu Merlin, esta machucada, venha cá tenho que cuidar de você, desculpe não ter visto antes, como isso aconteceu minha querida?

— Eu estou bem, foi um Comensal— disse ela sentando-se a mesa, senhora Weasley já havia trazido com magia algumas coisas para cuidar da garota.

Alice falou relutantemente que havia recebido uma carta enfurecida do pai por tê-la deixado ir a Copa, e que queria que ela fosse para casa ainda naquele dia, sentiu-se mal por deixar senhora Weasley preocupada, mas de certa forma seria bom ver o pai.

— Mas você não ia para a estação junto com a gente? — perguntou Rony indignado, enquanto Alice arrumava as coisas no quarto de Gina.

— É eu ia, mas não estou a fim de irritar mais ainda o meu pai, ele quer me levar na estação, eu não posso desperdiçar essa chance, você não acha?

— Acho que você deve ir mesmo, mas é uma injustiça— Hermione disse enquanto ajudava a menina a fechar a mala.

***

— Mais uma vez obrigada Gui, não sei como conseguiria chegar em casa no mesmo dia se não fosse por você— agradecia Alice enquanto Gui e Carlinhos desciam as coisas dela do carro do pai deles, o carro havia sido de certa forma recuperado, mas ninguém sabia ao certo como.

— Sem problemas, nos vemos por ai, tchau baixinha. — os garotos se despedem dela, e a deixam na porta e casa, ela insistiu que conseguia por tudo para dentro, mas na verdade só não queria ver a cara do pai ao trazer dois Weasleys para casa.

Alice entrou hesitante, a casa parecia solitária como sempre fora, o sol já não iluminava mais nada, e a lua agora com sua luz fraca deixava a casa sombria, suas paredes não eram de uma cor alegre, seu pai fazia questão de deixa-las daquele modo, tudo estava escuro a não ser por uma única luz que iluminava o fim do corredor, era o escritório em que seu piano estava claro que seu pai estaria por lá, era onde ficava nas raras vezes que aparecia em casa.

— Pai— chamou baixo entrando no cômodo, ele estava sentado em sua poltrona em frente á lareira, ela não sabia o porquê, mas aquela sala se assemelhava tanto a sala em Hogwarts, era tudo tão reconfortante e familiar, ele a observou entrar, seus olhos foram direto para sua testa que agora tinha o ferimento coberto por um curativo que a senhora Weasley havia feito.

— Eu a mando confiando que ficara bem e olha como você volta, ferida. Não devia ter deixado você com aqueles... — Severo levanta-se, sua face esta seria, mas não brava, ele caminha até a filha e deposita um leve beijo em sua testa— irei ficar com você até o começo das aulas.

— O que?— indaga Alice com um sorriso começando a nascer em suas lábios— fala serio, isso é perfeito.

***

Aqueles dias em que passou com seu pai foram com certeza os melhores da vida de Alice, era como voltar a sua infância, das partes que se lembrava, é claro. Tocou seu piano novamente para que alguém além da casa o ouvisse. Visitou o Beco diagonal com seu pai e isso foi como sentir-se uma criança novamente era como se as coisas sempre tivessem sido daquele jeito.

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— Alice, precisa ir a Madame Malkin— Severo disse certa noite durante o jantar.

— Para que, já tenho uniforme, e roupas não me faltam, sabe disso pai.

— Precisa de vestes a rigor, esta na lista que você não leu.

A garota não sabia por que ela precisaria de vestes a rigor, mas seu pai não fazia questão de contar, surpresa, ela nunca foi uma pessoa chegada a surpresas, mas estava começando a ficar animada, não considerava-se uma garota daquelas que cura uma depressão com compras, mas tinha que admitir que não havia coisa melhor para levantar o astral.

Trocou cartas com Harry e Hermione durante o tempo em que ficou longe deles. A coruja de seu irmão ainda não havia chegado, estava começando a ficar preocupada, não tinham noticias de Sirius, e aquilo podia não ser bom. Seu pai nunca mais tinha sequer tocado no assunto, e não arriscaria enfurece-lo.

— Vamos nos atrasar, será que da para descer de uma vez— Severo gritava impaciente no andar de baixo, Alice estivera acordada desde muito cedo na volta do pai, falando o quanto estava feliz por ir com ele até a estação que acabou esquecendo-se de arrumar o resto de suas coisas.

— To descendo, calma...Pera , ai que droga— a garota xingava enquanto descia apressada pela escada, tentava calçar um pé de sua bota ao mesmo tempo que descia, e isso estava se tornando quase que impossível.

— Por que eu nunca a levei para estação mesmo?— ironizou Severo assim que entraram no taxi trouxa que haviam chamado.

—Não vou levar as coisas sozinha, você vai atravessar a passagem comigo— Alice dizia irritada enquanto andavam em direção à entrada para plataforma nove e meia, a viagem não fora das melhores, o motorista não tinha permitido a coruja, mas Severo havia lhe dado um pouco mais de dinheiro e conseguiu, mas o animal não parava de piar.

— Alice, que fique claro, ano que vem eu não venho te trazer— reclamou o homem que carregava o grande malão da filha, com as suas iniciais A.P, enquanto ela carregava a gaiola com Wisty que parecia alegre piava eito louca e isso estava atraindo a atenção dos trouxas a volta.

— Alice, Alice— as vozes de Harry e Hermione juntaram-se chamando a garota que já havia conseguido colocar suas bagagens no Expresso.

A garota correu em direção ao irmão e a amiga, junto deles encontravam-se Gui, Carlinhos, Rony e a senhora Weasley, o trem já estava prestes a partir, mas tiveram tempo para despedidas, seu pai manteve-se longe dos Weasleys, e Alice teve que atravessar a multidão de pais que se despediam dos filhos.

— Alice, vamos nos ver em Hogwarts em algumas horas.— queixou-se Severo enquanto a filha o abraçava.

—Calado, não estrague meu momento, por favor— o homem cedeu e a abraçou.

O apito alto do trem foi soado, e Alice estava prestes a cessar o abraço quando sentiu braços frechando-se sobre sua cintura e a erguerem do chão.

— Despula, mas temos que ir— Alice olhou desesperada para a pessoa que a carregava para dentro do trem, e pode logo reconhecer aqueles cabelos negros, Matthew, o garoto tinha um sorriso malicioso nos lábios.

— Fique longe da minha filha, Stroud, irei tirar cinquenta pontos da Corvinal por isso— gritou Severo furioso seguindo o trem que já havia começado a andar.

— Desculpa, professor, mas ainda não estamos em Hogwarts— disse o garoto simpaticamente e saiu em direção a sua cabine.

***

— Ele não fez isso— dizia Hermione impressionada, Alice lhe contara da audácia de Matthew, o garoto não havia lhe dirigido nenhuma palavra depois do ocorrido, aquilo não a havia irritado, mas não admitiria ficar sendo carregada feito uma boneca por todo o canto.

— Ele é um imbecil— Harry disse baixinho, estava sentado perto da janela e tinha os braços cruzados.

— Ciúmes de irmão, que coisa mais fofa— brincou Alice, todos soltaram boas gargalhadas.

A chuva se tornara tão forte que tudo estava escuro e as lanternas tiveram de ser acessas mesmo não tendo passado do meio-dia, os garotos conversavam animados sobre Quadribol enquanto Hermione lia O Livro Padrão de Feitiços da quarta série, depois de um tempo Alice cansou de conversar sobre o jogo, e entrou em uma animada brincadeira com Bichento. O amigo deles, Neville se juntara aos garotos.

— Pela primeira e ultima vez, Weasley.— a atenção de todos voltou-se para a porta da cabine em que se encontrava Draco, e seus amigos Crabbe e Goyle que estavam muito mais altos, mas ainda com caras de idiotas. Alice não sabia do que ele estava falando por que estava praticamente desligada de tudo.

— Não me lembro de ter convidado você para a nossa cabine Malfoy— disse Harry friamente.

— Olha se me dão licença, eu vou sair daqui antes que eu faça alguma coisa, não aguento olhar para essa sua cara azeda, Malfoy— a garota levantou-se e foi em direção á porta da cabine que estava completamente barrada pelos dois enormes garotos, ela lançou lhes um olhar ameaçador, e eles afastaram-se, ninguém mais tinha visto, mas na verdade havia apontado a varinha na direção dos garotos que se lembraram do que a garota havia feito no outro ano na escola.

Andou até as cabines da Corvinal sonhava em não encontrar Matthew por lá, o que não aconteceu, ele estava lá conversando com Natalie animadamente, continuou tudo animado mesmo com a chegada da garota, agora os dois já não faziam mais birra ao se verem, e isso pareceu alegrar muito a garota de cabelos castanhos.

Tudo estava tão calmo e tão escuro, era um lugar aconchegante porem abafado. Conseguia ouvir a própria respiração.

— Isso é uma má ideia, não entende, correra muito perigo— a voz de um homem foi ouvida, a voz era alta ao ponto de quase tornarem-se gritos, passos podiam ser ouvidos, ele estava andando de um lado para o outro.

— Não me importo com a minha segurança— uma segunda voz, agora de mulher, preencheu o cômodo, mas tudo ainda mantinha-se escuro.

— É muito arriscado, não deixarei que faça isso, eu posso cuidar de tudo sozinho— o homem agora havia parado, e a voz mostrava preocupação.

— Desculpe-me, mas já esta feito, sinto muito, mas a segurança dela é mais importante...”

— Ei, acorda— a voz de Matthew fez com que Alice acordasse, estava com a cabeça escorada na janela do trem que já não estava em sua velocidade normal, o que queria dizer que estavam chegando a Hogsmeade— é melhor por as suas vestes, já vamos descer.

— Droga, obrigada por me acordar, nos vemos na festa— disse a garota saindo apressada pelos corredores, tinha que chegar à cabine antes que o trem parasse.

Quando desembarcaram todos os alunos que sempre se atropelavam para sair do trem ficaram hesitantes, a chuva estava absurdamente forte e iriam se molhar muito, mas para certas pessoas não havia nada melhor, estavam de volta a Hogwarts, e nada nem mesmo uma chuva de congelar poderia impedir a felicidade que isso causava.

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