Finally

"M" and "H"


Vesti-me e calcei-me enquanto sentia que o meu coração ia saltar a qualquer momento do meu peito, parecia que tinha volta aos tempos de adolescente... Olhei-me ao espelho para ver o resultado final e respirei fundo.

— Hermione Granger, acalma-te, tu és uma mulher adulta e isto não é um encontro, é apenas um jantar entre dois amigos... Não quer dizer nada, por isso, controla-te.

Abri a porta e dirigi-me às escadas, enquanto ganhava coragem dentro de mim para descê-las e encontrar-me com aqueles olhos, que são uma autêntica tempestade... Uma tempestade que eu, muito sinceramente, não me importava de ver todos os dias...

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— Finalmente, Mione, pensei que talvez estivesses a ter dificuldades com o fecho do vestido. – Comentou a Ginny com um sorriso, ao ver-me na metade das escadas. Logo o loiro apareceu com o seu típico sorriso e os seus olhos brilhavam de uma forma... Diferente... Ele pega na minha mão e ajuda-me a fazer o resto do percurso até à sala.

— Estás lindíssima, Mi, uma autêntica rainha. – Elogiou o Draco, fazendo-me o corar, e isso, só o fez sorrir de forma mais aberta.

— Obrigada, tu também estás excelente, Draco.

— Ótimo, vão lá, e não te preocupes, Mione, amanhã eu vou buscar o Hugo e assim vens jantar lá a casa. – Avisou a Ginny quando já estávamos na porta de casa.

— Meu Merlin, Draco, este sítio é extremamente...

— Banal? Vulgar? – Questionou o Draco com um leve nervosismo na voz e eu virei o meu olhar para o mesmo.

— Não, extremamente belo e cheio de requinte, é incrível!

— Ainda bem que gostaste do local.

Logo apareceu uma das trabalhadoras do restaurante e indicou-nos a nossa mesa com um sorriso um pouco mais direcionado para o Draco, o que me fez revirar os olhos, e antes que alguém pergunte, não, não é ciúmes, ele não é nada meu para eu ter ciúmes, apenas achei demasiado vulgar, se ela quer algo com alguém, que por favor não seja no seu local de trabalho e que não estejam acompanhados de preferência... Sentámo-nos de frente um para o outro e eu peguei no cardápio analisando com muito cuidado a ementa para essa noite.

— Já sabem o que vão desejar? – Perguntou a mulher com profissionalismo que infelizmente não compensava o seu olhar e sorriso direcionados para o loiro à minha frente. Eu entreguei-lhe e o cardápio e pousei a mão por cima da do Draco.

— Eu vou optar pela truta com batata a murro, e tu, anjo? – Informei, enquanto olhava para o loiro com um pequeno sorriso, e notei que só lhe faltava começar a rir.

— Hoje vou com a tua escolha, para mim também vai ser truta com batata a murro e para bebermos proponho o melhor vinho verde da casa, que achas, princesa?

— Excelente. – Respondi com um sorriso que se tornou num riso quando a coitada saiu da nossa beira.

— Não sabia que tinhas ciúmes de mim, Mi...

— E não tenho. – Respondo, talvez um pouco depressa demais para realmente soar verdade... - Mas ela está a trabalhar e devia de manter o profissionalismo, ainda para mais fazer-se a um homem que está acompanhado parece-me imprudente.

— Então simplesmente estavas apenas a dar uma pequena reprimenda na pobre mulher? – Questionou perdendo um pouco do seu brilho no olhar.

— Que mais é que poderia ser, Draco Malfoy?

— Qualquer coisa verde. – Respondeu com simplicidade.

— Se fosse ciúmes ela não estava sequer consciente quanto mais a olhar.

— Hum... Bom saber... Quando te juntares a alguém lembra-me para o avisar que ele está com uma louca.

— Eu não creio que me vá juntar a alguém tão cedo... - Murmurei sem realmente perceber o que tinha dito.

— Porque dizes isso, Mi? – Inquiriu quando chegou o vinho e bebeu um pequeno gole.

— Porque a probabilidade de alguém querer uma mãe e trabalhadora para ter um relacionamento é bastante reduzida...

— Não acredites no que estás a dizer, Que homem ou mulher não haveria de querer na sua cama e na sua vida uma mulher que é considerada uma das heroínas do nosso mundo, alguém em que as pequenas meninas se inspiram? Uma Mulher com o "M" maiúsculo, que para além de altamente inteligente, é lindíssima e ainda é a perfeita Mulher para ser mãe? Uma Mulher doce e carinhosa, uma Mulher que não aceita as injustiças e tem coragem de enfrentar quem quer que seja para o melhor da humanidade? Deixa-me que te diga, nenhum seria tão estúpido quanto o Weasl em deixar-te escapar, porque tu, Hermione Granger, és a Mulher de sonho que todos desejam na sua vida. – Declarou ele com um tom de voz e uma expressão tão séria que não deu para não acreditar em tudo o que ele disse e eu senti as lágrimas acumularem-se nos meus olhos. Limpei os meus olhos, sem estragar a maquilhagem, e sorri-lhe.

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— Muito obrigada, Draco, nunca ninguém realmente disse tudo isso que acabaste de dizer, e isso faz-me sentir especial. E para que saibas tu és o Homem, com "H" maiúsculo, de sonho de qualquer uma.

— Bom saber. – Respondeu com o seu sorriso torto e logo chegou a nossa refeição, dando início a uma conversa sobre coisas banais e sobre os miúdos.

Na hora da sobremesa, pedi uma tarte de morango e o Draco de maçã, típico do loiro. Quando chegou a conta o Draco não me deixou pagar a minha parte com a desculpa de que tinha sido ele a convidar e que ele já gastava muito do meu dinheiro ao ir lá jantar quase todos os dias.

— Então se queres assim, podes ir comigo fazer as compras do mês e pagamos a meias... - Resmunguei enquanto saíamos do restaurante.

— Por mim tudo bem, não vejo problemas nisso.

Andamos por um parque até a um beco para podermos aparatar para minha casa, chegando lá, perguntei se ele não queria entrar para tomar um café e ele aceitou com um sorriso lindo.

— E então? A Astória já descobriu? - Perguntei ao entregar-lhe uma chávena e sentando-me ao seu lado no sofá.

— Soube hoje, ela tentou fazer escândalo, mas a minha mãe também apareceu lá em casa para saber como eu estava e ela apoiou-me e meteu-a fora de casa! A cara dela foi hilária! Mas claro que tive de explicar à minha mãe o porquê de eu estar a divorciar-me da Astória...

— E como é que ela reagiu? Se é que queres contar...

— A dona Narcisa disse que a Astória foi a pior escolha que o meu pai podia ter feito... Mas na altura até ela concordou com a opção, afinal... Era isso ou eu não teria credibilidade para trabalhar no St Mungos tão depressa como aconteceu...

— Tenho muita pena disso, Draco, mas na altura já estarias sequer interessado em alguém a sério para cumprir o dever da família Malfoy? - Questionei como se não quisesse mesmo saber, o que não era completamente verdade, mas eu sabia que a família Malfoy tinha de ter no mínimo um herdeiro para continuar a linhagem...

— Na verdade sim, mas como na altura o meu pai ainda estava em casa e a "governar" a família, por assim dizer, era uma escolha proibída...

— Quão proibída?!

— Proibída a ponto de "sujar" o sange... - Respondeu ele, fazendo aspas no ar na palavra "sujar". A minha cabeça começou a trabalhar a mil, então...

— Meio sangue, ou... como eu?

— Exatamente como tu. - Informou com um sorriso mínimo, que logo desapareceu. - Mas ela também já estava com alguém quando me foi dado o direito de tomar uma atitude.

— Lamento...

— Não te preocupes, Mi, eu também ainda não perdi a esperança. - Disse, piscando-me o olho com o seu sorriso, que eu retribuí. - Mas agora eu tenho de ir, fica bem, e se o Weasl te der problemas avisa-me.

Logo ele beijou-me a bochecha e levantou-se, dirigindo-se para a lareira e logo ele desapareceu no meu da chama verde...

Acordei na manhã seguinte com o som de passos na sala, e levantei-me com a minha varinha na mão preparada para tudo. Desci as escadas devagar para ver o Ron sentado no sofá a meter a sua aliança no dedo anelar e bufar, como se aquilo o aborrecesse... Como é que eu me deixei levar por este ser desprezível? É assim tão enfadonho voltar para a casa onde vive a sua suposta família?!

Essa foi a minha vez de bufar e subi outra vez as escadas antes que ele me visse, voltando ao quarto para me arranjar, afinal de contas tínhamos de ir à Toca para o almoço semanal, já que hoje é domingo. Vesti uma camisola de malha quente e mangas compridas e umas calças de ganga, juntamente com uns botins sem tacão de pelo.

Quando chego à cozinha vejo o Ron sentado à mesa à minha espera... Será?

— Bom dia. - Disse enquanto caminhava na direção do frigorífico para tirar os ovos e o bacon.

— Finalmente, Mione, já estava para te ir acordar com a fome com que estou...

— E estás acordado desde que horas para ainda não teres comido nada? Tu não és aleijado podes muito bem fazer o teu próprio pequeno almoço... - Resmunguei após a minha pergunta. Notei que ele demorou ainda um pouco a pensar na sua resposta.

— Bastante cedo, eu fui correr...

— Correr?!

— Sim, fui fazer um pouco de exercício físico.

— Tudo bem... - Respondi, não querendo saber de mais nada... Eu tinha perfeita noção do tipo de exercício físico que ele andou a fazer antes de vir para cá...

Fiz o pequeno almoço para os dois, embora eu bem que deveria deixá-lo "passar fome" até chegarmos à Toca. Acabámos e como era óbvio ele deixou-me a arrumar tudo sozinha na cozinha enquanto ele ia para a sala esperar por mim...

Chegámos à Toca e já lá estavam todos à nossa espera incluindo, para minha total surpresa, a Andromeda a Narcisa e o Draco.

— Então o que se passou? - Perguntou a Sra. Weasly enquanto abraçava-me com o carinho de uma mãe.

— Tive de arrumar a cozinha antes de virmos, peço desculpa pelo atraso...

— Não te preocupes, querida, agora vamos acabar de tratar do almoço e tu Ron é que vais por a mesa toda e sem magia.

— Mas...

— Nem mas, nem meio mas, Ronald Weasly, já. - Disse imperativa e com uma deceção impossível de não se notar no olhar.

Fui puxada pela Ginny para a beira dela, do Harry e do Draco.

— Temos um problema... - Anunciou ela baixo para que só nós ouvissemos.

— Que problema?! - Questionámos ao mesmo tempo.

— Aquela barata nojenta viu-vos ontem no restaurante onde foram e isso vai ser notícia de primeira página, no Witch Weekly...

— Mas isso não foi nada de mais. - Esclareci sem entender. - Nós já aparecemos os dois juntos e sozinhos...

— Sim, mas antes não tinham a toda poderosa da Greengrass a fazer o maior escândalo possível à irmã que estava a fazer uma entrevista com a Skeeter...

— Não... Ela não vai-se atrever a fazer isso... Não com o que sabemos sobre ela... - Respondeu o Draco num tom calmo.

— O Draco tem razão, ela não vai correr um risco tão grande ao ponto de ir para Azkaban... - Assegurou o Harry.

— Sim, mas ela vai arranjar maneira de deitar tudo isso cá para fora... - Murmurei preocupada, não com a minha reputação, mas sim com o Draco e os miúdos... e no quanto eles vão passar se isto se souber. - Nós temos que chegar a ela primeiro...

— E nós vamos conseguir. - Declarou o Draco convicto.

— Esse é o espírito! Agora é melhor irmos antes que a mãe venha e nos dê com alguma coisa para nos pormos a mexer...

— Como assim o Ron ainda não sabe? - Questionou a Ginny incrédula.

— O correio chegou ontem, mas ele não foi lá, deve ser por isso... - Comentou o Harry com um ar pensativo. - Não sei...

Eu a Ginny e o Draco - sim o Draco também tinha sido convidado pela Gin- batemos na cabeça ao mesmo tempo. Como é que este pode dizer-se filho da Lily e do James?! Meu Merlin...

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— Amor, estás a ficar cansado, não estás? - Inquiriu a Ginny com uma ternura excessiva na voz.

— Por acaso até estou um pouco...

— Pois nota-se... Então será amanhã que a terceira guerra vai estourar, até vou querer ver. - Disse a Ginny com entusiasmo e um sorriso no rosto. - Certifica-te que ele não vê essa carta até à hora do almoço, Harry Potter, simples assim.

— Sim senhora.

— Mas, ruiva? Porquê só à hora de almoço? - Inquiriu o Draco com um ponto de interrogação desenhado no rosto.

— Porque nós vamos lá estar a assistir ele a fazer figura de parvo.

— Bem pensado!

Porque é que eu acho que amanhã o Ministério vai ser tranfigurado num circo...?!