Téo, Savannah, Cadius, Diana e Taz acompanhavam alguns pares de cobaias para diferentes direções, em busca de lugares onde ficassem próximos da funilaria externa da nave, para que quando usassem seu poder para reduzir a velocidade de queda, a ação fosse o mais eficaz possível.

Na cela onde estavam Beatrice e Flecher desacordados, Yan terminava de realizar os primeiros socorros nos ferimento do moreno e esperava que tudo acabasse com os nervos tensos. A notícia de que poderiam morrer se o plano do combustível e desaceleração não desse certo, chegou a eles quando Aaron foi chamado para ajudar. Brian também quis ir, mas ficou, pois era necessário que alguém ficasse para garantir segurança se fossem encontrados por soldados. Felizmente a cela era equipada com os aparelhos necessários para conferir as funções vitais das cobaias que vegetavam, ou estavam em um estado de inconsciência, assim Flecher e Beatrice foram ligados a elas e eram vigiados por Marlene e Yan, se preocupando com o risco que os dois corriam. Flecher estava em pior estado que a Bea, que tinha apenas sintomas de exaustão, os ritmos cardíacos dele estavam fracos e a cada hora que passava com essa lerdeza, sem que algo fosse feito, ele corria mais risco de abandonar o que restava de vida quando sua pouquíssima energia de vida acabasse.

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...

Com um estrondo, que ecoou pela nave, eles invadiram a gravidade da orbita da terra e a aceleração da queda ao aumentou. Os combatentes, e todos que estavam na nave podiam sentir seus corpos reagindo à aceleração continua e o leve aumento da temperatura.

Na sala de navegação, o experiente piloto iniciou os procedimentos que estavam em seu alcance para a nave diminuir o ritmo de queda. A seguir, automaticamente, os propulsores enceraram seu trabalho e os desaceleradores se sobressaíram da lataria, se opondo ao ar que encontrava. Miliares de quilômetros foram se passando em minutos. Por um momento, dentro da atmosfera da terra, a nave seguindo seu protocolo de retorno ativou um dos propulsores menores, alterando levemente sua direção, para mais ao norte do planeta. A massa cinza cortava o céu de um novo dia numa linha inclinada, apontando a direção em que ia, e crescia à medida que ficava mais perto do solo.

Dukan estava na sala de navegação de olho em tudo que o Navegador da nave fazia ou ordenava para algum de seus ajudantes. Quando chegou o momento de por em pratica o plano deles, o homem careca o olhou tenso, como todos estavam, dizendo que era hora e depois pressionou um único botão em seu painel, sua voz veio de alto falantes espalhados por toda a nave e para todos ouvirem, ordenando que acompanhassem a contagem regressiva. Os números foram narrados por uma voz eletrônica, se tornaram mais significativos e importantes do que nunca antes a cada segundo. E em cada parte da nave, um pequeno grupo de cobaias esperava para fazer sua parte e os habitantes, enclausurados na área de segurança, esperavam ansiosos para saber o que aquele contagem significava.

5, 4, 3, 2 (a alavanca foi abaixada pelo navegador, liberando o combustível para o propulsor), 1 : O acionamento foi feito e o motor trabalhou em modo reverso, a manobra movendo as saídas dos propulsores contra o solo, como se tentasse retornar ao universo infinito em que estava, e então houve o mais forte dos trancos, que jogou muito contra algo, quando parte da velocidade foi cortada subitamente. As ex-cobaias se dedicaram e concentraram em ajudar os desaceleradores para diminuir o ritmo da queda da nave, suas forças unidas para evitar o pior dos resultados finais de todo esse golpe contra o Estado.

Enquanto todos se empenhavam em dar o seu melhor naqueles dez muitos antes de algum tipo de pouso, restos de soldados eram guiados por dois Dirigentes diretamente para um setor da nave desconhecido e pouco mencionado por todos: o segundo hangar de aeronaves, que foi construindo quando o Estado já estava em seu posto, depois de lançada. Nele foram desenvolvidos projetos de novas naves, com novos motores e diferentes tipos de combustíveis; isso porque, nos poucos mais de cinquenta anos de existência da nave, as conhecidas Guerrilhas e Totens se tornaram ultrapassadas e pouco modernas diante das tecnologias que desenvolveram. Naquele momento final da glória do Estado, os Dirigentes guiavam seus soldados e alguns de seus cientistas e auxiliares que conseguiram fugir, para a saída de emergência particular deles. Sem certeza de que as novas máquinas iam funcionar, mas dispostos a lutar para não serem rebaixados de tudo que conquistaram.

O novo hangar era diferente do outro, branco e limpo, sem graxa ou contêineres de combustível. As sete máquinas dispostas no espaço tinham um projeto de 1.200M² por andar, sendo eles três para diferentes usos, a parte de baixo da funilaria era branca e partes do teto tinham a cor cinza escura dos painéis de energia solar, o designer era curvilíneo e aerodinâmico, até mesmo os canhões e metralhadoras instalados ganharam nova aparência, mas apenas Seis podiam ser usadas, a ultima mal tinha sido começada a ser construída. O Dirigente mais autoritário reuniu todos e dividiu-os em grupos para tripularem cada nave, colocando dirigentes ou capitães, que estavam entre os soldados, como líderes de cada uma e dividindo os cientistas e assistentes.

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Uma mensagem inesperada foi dada pela voz computadorizada na sala de Navegação, dizendo: “Porta de acesso X-4 aberto, atenção”. O navegador buscou mais informações, estranhando, e logo pôs as imagens da câmera do local em uma das telas diante dele e Dukan, eles apenas viram chuviscos, o que indicava que a câmera foi destruída, então o homem mostrou a imagem de uma câmera externa, na lataria do Estado, que tremia contra o vento forte que a atingia. O mecanismo girou em si e mostrou a enorme porta do 2° hangar secreto aberta. Dukan e os outros assistiram com perplexidade as ultimas duas naves cruzarem as portas em fuga e rapidamente.

— Droga! O que eram isso!? — Dukan perguntou, se direcionando ao Navegador do seu lado.

— Acho que eram naves... Mas não as conheço. Aquelas são mais modernas. — disse o homem um pouco confuso.

— Como assim acho? Você não sabia que elas existiam?!

O homem permaneceu em silencio diante da voz estressada do loiro. Ele realmente não sabia, já que até então as maquinas eram apenas projetos a serem propostos para então serem analisados e desenvolvidos.

— Aquelas naves podem nos impedir com os armamentos que tinham? — Dukan perguntou depois de alguns segundos, já mais calmo.

—Não. Pelo que parece — o navegador movia a câmera assistindo o distanciamento das seis naves iguais — estão fugindo.

No fundo era o que o navegar gostaria de faze também, sabia que a recepção que os esperava se sobrevivessem a toda aquela confusão e possível morte, não eram totalmente amigáveis.

Logo depois da fuga dos Dirigentes os distrair, os propulsores pararam no súbito e foi exigido mais esforço das cobaias. Faltavam apenas algumas centenas de metros para chegarem ao solo de uma região desolada, que um dia do passado foi onde a grande nave nasceu, e naquele momento era apenas uma parte de um continente, desintegrado, desertificados e sem habitantes, vitima da revolta da própria criação.

Aaron, juntamente com outros que usavam outros tipos e níveis de poderes, mantinham a ultima proteção antes do impacto. O rapaz de olhos verdes era a cobaia mais diferente de todos, foi testado e criado livre na terra, sem conhecimento do que era, e foi incomodado apenas em duas situações da sua vida para receber a formula concentrada de mutação: quando era apenas uma criança e meses antes de se unir aos combatentes. A situação de esforço, tensão e zelo pela própria vida, fazia Aaron chegar ao máximo do que era capaz. Pouco a pouco foi tendo mais influência na desaceleração a cada metro que despencavam, fazendo mais que manter o escudo de energia sobre a parte que encontraria o chão primeiro, criou um extenso campo de força entre o solo e a nave, como uma almofada que amaciava o impacto. Exigir isso de si mesmo fazia seu sangue contaminado correr rápido e forçava, sem ele saber, o desenvolvimento da habilidade direto para seu nível mais alto. Superando qualquer limite que tinha para evitar estragos consequentes e incuráveis ao seu corpo.

A nave ficou lenta em sua reta torta, planando sobre a superfície de terra, quase parecia que estava tudo indo muito bem durante o pouso, até que ela finalmente se chocou contra os montes de terra de pouca vegetação. Foi inevitável que todos que não estavam devidamente sentados, abrigados ou seguros, fossem jogados para o chão sem aviso. As cobaias que estavam sob a guarda de Taz, e ajudaram na desaceleração, lhe serviram de colchão quando perdeu o equilíbrio brutamente. Cadius conseguiu se segurar durante o impacto, mas foi atingido prensado rapidamente por uma das cobaias que ele acompanhava á estibordo da nave. Do outro lado, a bombordo, Diana descobriu uma nova utilidade para os espinhos de seus braços, quando conseguiu os fincar na parede e evitar cair bruscamente no chão. Téo não teve tanta sorte ao ir ao encontro de uma parede e acabar com um ferimento sangrando na testa; Savannah, que o acompanhava, se preocupou ao vê-lo, mas sentiu a dor no ombro deslocado e preferiu não se mover enquanto a nave chacoalhava sem um fim próximo ao derrapar sobre o solo.

Na sala de Navegação, Dukan, Charlie e Philipe trataram de ficar de pé assim que puderam apesar das dificuldades e se mantiveram com apoios. O Navegador e seus assistentes pouco podiam fazer na situação, além de esperar. Lucas e Clarck estavam juntos vigiando os reféns, na companhia das cobaias restantes, quando a nave colidiu contra o solo, mas não tiveram problemas, pois Clark estava deitado no chão e apenas fincou as garras no piso antiderrapante e Lucas estava sentado em uma das poucas cadeiras fichas do lugar e só teve que se segurar.

Aaron exigiu-lhe o máximo e tudo de sal habilidade, e isso algo que ninguém poderia suportar. Na colisão, os outros que o ajudava se desconcentraram quando caíram, e, praticamente, ficou apenas ele sustentando tudo para evitar o estilhaço do metal, até que seus nervos não suportaram mais e o desligaram do controle. Não havia como alguma alma prosseguir vivendo no que restava dele, mas antes dele se afundar na escuridão do fim, teve a certeza de que fez o melhor e que seu objetivo, criado com os conceitos de seu pai, de destruir a nave, foram devidamente cumpridos. Quando não existia mais a habilidade de Aaron protegendo a nave, o Estado se afundou no solo com suas incontáveis toneladas. Só com isso os sistemas falharam e a escuridão tomou cada metro de seu interior, ao som de algumas explosões no espaço que estava a colônia e o som do ferro e aço se retorcendo e rangendo. A penumbra permaneceu enquanto aos poucos o silencio se instalava, atrapalhado ocasionalmente por chiados e faíscas dos cabos de eletricidade que escaparam de seus esconderijos nos corredores e se partiram. Minutos depois, luzes verdes de emergência se acenderam gradativamente nos espaços, permitindo que todos enxergassem as coisas naquele interior sem qualquer luz natural, e as mesmas começaram a piscar indicando um caminho para a saída.

Os que estavam com Dukan ordenaram que seus capturados (soldados, ajudantes e técnicos da sala de navegação) seguissem para a saída. Kan seguiu logo atrás do Navegador e Charlie com Philipe o seguiram depois que todos que estavam na sala saíram, garantindo que ninguém ficaria para trás.

Nos corredores Téo caminhava guiando Savannah e mais três para a saída ou ao encontro dos outros, o que viesse primeiro. O corte no rosto impedia que conseguisse abrir um dos olhos pelo sangue que escorria, mas ele não se preocupou, pois queria sair logo daquele lugar.

Taz seguia um grupo de quatro ex-cobaias apressados, aquele que ajudou na desaceleração da nave havia desmaiado ao fim do processo e os outros o levavam com rapidez até alguém que pudesse ajudar, mas ela, assim que se localizou nos corredores, se separou deles e correu em busca das áreas de cobaias. Agora que estavam de volta em terra firme, com seu objetivo da missão concluído, ela tinha como prioridade saber como Flecher estava, e foi ao encontro dele.

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No hall dos elevadores, os que estavam na sala de navegação se encontraram com o grupo de Cadius e logo depois com o grupo de Téo. O navegador informou que a saída seria pelo Hangar, que era para onde as luzes de emergência guiavam. Antes de seguir para fora, Cadius resolveu ir ao encontro de Diana, e percorreu sozinho o corredor na direção em que ela e seu grupo de cinco ex-cobaias foram mandados. Encontrou a garota sendo carregada pelo rapaz mais forte do grupo dela, o que não o agradou muito, mas assim que se aproximou preocupado e perguntando o que aconteceu, o rapaz informou que ela desmaiou e até aquele momento não tinha acordado, mas possivelmente ficaria bem.

Dukan deixou que todos fossem acompanhados para a saída por Téo, que teve seu ferimento na testa rapidamente tratado por Philipe. O loiro seguiu em busca de Yan, Beatrice e os outros. Encontrou a cela aberta com Yan e Marlene agindo sobre o Flecher, o idealizador de tudo aquilo, injetando coisas que retirava de sua bolsa. Taz estava lá, assistindo tudo assustada e pela primeira vez chorosa diante deles, por mais que tentasse se esconder. Na outra cama Beatrice estava deitada, como se cochilasse tranquila depois de tudo.

— O que esta acontecendo? — e se aproximou da cama onde Yan encerrava a aplicação de alguma substância no corpo do outro.

— Precisamos tira-lo daqui agora. — Yan tinha um tom de calma e urgência, e empurrou Dukan para ajudá-lo a levar o Flecher, já que não tinha outra forma de transporta-lo. — Se ele tiver uma segunda parada cardíaca, eu não vou poder fazer nada.

Dukan recebeu a ajuda Yan para carregar o peso, Taz o seguia de perto, tensa, e às vezes gritando com os dois por algum desleixo, como não equilibrarem Flecher direito entre eles ou tropeços que davam. Logo atrás deles, Brian e Marlene levavam Beatrice consideravelmente mais leve e sem problemas.

No exterior do Estado caído, exércitos de diferentes nacionalidades chegavam cercando toda a nave com tanques, carros, helicópteros e jatos compondo a ofensiva. Das portas do Hangar, uma plataforma desceu se apoiando na planície, e os primeiros a surgirem foram os habitantes da nave, que a pouco tinham saído das cabines de segurança. Os nossos conhecidos combatentes estavam no meio das pessoas, que já não os diferenciavam nem os observavam, distraídos em observar a terra na qual pisavam e céu quase infinito que tinham sobre suas cabeças.

A guarda militar percebeu ao abordar as primeiras pessoas e questiona-las, que eles não eram uma ameaça e solicitaram a presença de médicos e ambulâncias para tratar dos feridos e se organizaram para administrar a situação. Assim, a missão de proteção e defesa, se tornou de auxilio.

Naquele momento, poucos questionaram o que aconteceu para a queda da nave. Téo, acompanhado Savannah, Charlie, Philipe Cadius e Diana, chegou a um dos capitães militar, que dava ordem, e empurrou-lhe Alies, o Guia e antigo mandante de tudo, desacordado, contando brevemente os fatos que faria o oficial mantê-lo preso. O capitão se interessou em saber mais da historia de Téo, que envolvia como se deu a queda, por isso os mandou ficar perto, pondo os seis no mesmo carro e os levando para serem devidamente interrogados e atendidos para tratarem de seus ferimentos.

Flecher e Beatrice foram levados direto para uma das ambulâncias por perto, que já atendiam e analisavam algumas pessoas antes de coloca-las nos transportes que as levariam para um abrigo. O enfermeiro que chegou à maca onde Flecher foi posto por Kan, ao analisou com pressa, por estar ocupado, Yan não perdeu tempo para narrando os fatos e o risco que o moreno corria, impressionando o enfermeiro com seus termos e calma, e o homem logo ordenou os outros três enfermeiros, de sua equipe, para levarem o rapaz para um hospital com urgência. Beatrice foi atendida da mesma forma, posta no mesmo veículo e levada ao mesmo local, com Dukan e Taz indo junto.

Yan, Brian e Marlene resolveram procurar os outros, mas ninguém sabia exatamente de alguém, embora os militares controlassem as pessoas que eram levadas de lá fazendo uma lista com os nomes completos deles. Não demorou muito, deles vagando entre as pessoas e observando as áreas onde enfermeiros faziam primeiro atendimento, quando Yan parou ouvindo o latido o grosso de seu cão. Buscou-o por todos os lados até ver o canino de pelagem preta o encarando, parado pacientemente a alguns metros para ser encontrado pelo seu olhar. Depois de ser visto e notar o sorriso de Yan ao vê-lo, Clarck correu até ele também feliz em vê-lo novamente, quase o derrubando.

Andando sozinho entre caminhões militares e perdido naquilo, Lucas olhou em volta sem encontrar a sua companhia constante: Clarck, que o seguia na maior parte do caminho depois que a nave pousou, e agora o tinha deixado sozinho, sem conhecer ninguém e sem paciência para os soldados que tentavam leva-lo para algum lugar desconhecido. Ele continuou andando, sem um rumo, procurando por alguém, e foi quando uma sensação estranha o guiou. Lucas chegou à um lugar onde os enfermeiros se afastavam de uma moça sentada na maca, os cabelos eram loiro escuros, parecido como os dele, mas bem longos, uma venda de atadura lhe cobria os olhos, e ela narrava - pelo que ele ouviu - o motivo de ter tanto sangue nas mãos, braços e roupa ( “... fui atrás daquele que feriu meus olhos por que tinha medo de me olhar, e os que me soltaram não me deram armas, mas quem precisa de armas quando tem a seu favor o medo do outro e sabe usar as unhas que possui?”). Lucas encarava a garota fixamente, não pelo fato do que ela contou ou fez, mas pelas chamas de sua ira que fugia de sua pele em tons de roxo sem que ela sequer percebesse. E subitamente a moça parou de narrar, as chamas sumiram e moveu sua face com espanto na direção de Lucas, o encarando mesmo sem ver. Ele se aproximou da garota apesar dos avisos dos enfermeiros. Sua irmã ainda estava viva e o reconhecia, o vendo pelo tipo de visão que sua habilidade trazia, o definindo na escuridão de seu mundo com os contornos da energia anormal que ela sabia que apenas quem possuía seu sangue tinha. Leonora Nirvana se acalmou facilmente e ficou de pé para abraçar o irmão apertado, sem se importar em suja-lo com o sangue que não era deles. Sorte de Lucas que ela tenha resistido todos aqueles anos depois que foi capturada pelo Estado, interessados na mutação da família. Depois da morte de seu irmão, ele achava que estava sozinho, mas agora tinha encontrado e salvo a irmã, a única pessoa com que ele se importou de verdade um dia.