Fifty Shades of Trouble
Capítulo 6
Sinto uma vibração vinda de meu bolso. Meu celular, justamente agora... Raios! Arranco-o de lá, sem nem ver quem é e atendo. Nunca cometi um erro tão grave.
– Grey. – Respondo com uma voz dura.
– Christian, que bom que arrumou um tempo pra me atender!
– Estou com pressa, Elena. O que quer?
– Apenas estou preocupada, meu menino. Perdemos o contato, sinto sua falta.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!“Mas eu não sinto, estou muito melhor sem você”, pensei. – Já disse que estou ocupado.
– Podemos marcar uma hora pra conversarmos?
Hesito um pouco, decido que é melhor marcarmos mesmo do que adiá-la por muito tempo. Ela é perigosa, jamais poderá saber de Skye.
– Amanhã, na hora do almoço. Venha ao meu escritório, ninguém irá nos incomodar.
– Perfeito. Beijos, meu querido.
Nem me despeço e desligo. E essa agora... Não quero nem pensar o que vai acontecer se as duas se encontrarem...
Skye percebe minha agitação e toca em meu braço. Baby... Eu queria tanto provar seus lábios para esquecer de meus problemas...
– Aconteceu algo?
– Uma pessoa inconveniente fez um telefonema inconveniente numa hora inconveniente.
Ela dá uma risadinha, que soa como música em meus ouvidos. Não me contenho e deixo que meus lábios se abram em um pequeno sorriso. Não se pode ver essa menina rindo e não se sentir especial por ser o motivo desse riso. Ela me desperta sentimentos que nunca pensei que existisse dentro de mim, ela me faz querer algo além do sexo e dominação. A quero sempre por perto, quero apenas colocar os olhos nela e saber que está bem, quero ser o motivo de seu sorriso, porque ela é motivo dos meus.
Pela primeira vez eu vi o sorriso dele, e é... de tirar o fôlego. Sinto uma coisa na garganta, que vem do coração, passa pelos poros, e é sufocada nos lábios; Desde que Michael se foi, não sinto isso por ninguém. Ai Deus, será que estou apaixonada por Christian Grey? Não pode ser e mesmo que eu estivesse, ele já deixou bem claro que não sou o tipo dele. Mas é incrível que esse homem tão controlador, tão importante sorria por minha causa.
Chegando ao hospital, saio do carro imediatamente e adentro o local. Vou ao balcão para fazer a ficha da menina e informar o que está acontecendo, porém, a moça se diz muito ocupada e me pede para esperar, pois está falando ao telefone com alguém “muito importante”.
– Christian, por favor, segure a Lily pra mim.
Ele faz o que eu peço, enrugando a testa. Faço meu caminho para ficar ao lado da senhorita e arranco o telefone da mão dela. Algo imprudente, eu sei, mas naquela hora meu sangue ferveu.
– Senhorita, se puder, por favor, parar com essas futilidades e fazer a ficha da minha filha, que está passando muito mal, eu ficaria muito agradecida!
A loira me olhou de um jeito que eu defini como “Quem você pensa que é?”, e muito a contragosto digitou a ficha e informou o médico do que está acontecendo.
Depois de cuidar tudo, espero impacientemente para ser chamada. Olho para o lado, só para notar o olhar intenso de Christian Grey sobre mim, ele nem piscava. E eu lutando contra o desejo de fugir de seus olhos cinzentos... Me pego mordendo os lábios e, seu olhar escurece, me deixando em brasa, completamente vidrada e perdida, quase morta de desejo e medo, quando uma voz grossa me desperta de meus devaneios.
– Lily Woolridge.
Imediatamente me levanto, deixando nosso benfeitor pra trás. Adentro o consultório e me sento em uma das cadeiras de couro preta. O médico direciona seu rosto pra mim.
– A senhora é mãe de Lily?
– Sim, senhor.
– Divorciada?
– Viúva, meu senhor.
– Sinto muito.
“Claro que sente”, eu penso.
– Doutor, ela estava na casa de minha mãe, e começou a passar muito mal e... estou desesperada...
Não ia contar como eu cheguei aqui, que Christian Grey me trouxe, que eu sinto uma atração absurda por ele e que não fui com a cara desse médico. O Doutor fez um sinal com a mão para eu me acalmar, mas como eu poderia me acalmar? Ela é tudo que eu tenho!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ela tem apresentado esse mal estar outras vezes?
– Não... Uma gripe é tudo o que ela teve, há alguns meses.
– Vamos examiná-la. Coloque-a sentada ali na mesa.
Faço o que ele instruiu, e seguro as mãozinhas dela, para passar segurança e conforto pra minha pequena. Era difícil, pois eu mesma estava insegura e desconfortável, além de irritada e triste.
O homem se aproxima e começa a examiná-la. Seu semblante fica cada segundo mais alarmante.
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