15- Controle se enquadra no padrão mais obscuro do desconhecido

Estávamos sozinhos.

Nesta casa aparatosa, recheada de ausência e silêncio funesto, estávamos sozinhos.

Meus pensamentos seguiam duas linhas distintas: desejo e angústia; assim eu era e deixava de ser. A preocupação confundia-me, assim como tudo ao redor parecia diferente. Ele. Suas palavras célebres de um excêntrico desconhecido que colocariam raiva em quase qualquer outrem. Macias como pedra, precisas como relógio sem pilha. Sabia exatamente o que fazer por calcular o imprescindível e seus limites e por só saber fazer isso.

Voltou à cama e dormiu sem esforço, na parte baixa do beliche, desvalido, enquanto eu me precipitava em duas ansiedades.