Fases Lunares

Capítulo 3- confrontos


CAPITULO 3- Confrontos

Rose:

Fui para casa completamente feliz. Eu sabia que provavelmente Alice sabia. Quando queremos algo temos que arrecadar com as consequências. Eu aguentaria, sejam elas quais foram.

Em casa só estava Alice, que estava sentada no sofá, de cabeça para baixo e com as mãos na cabeça. Posição rara para vampiros. Percebi logo que ela já sabia.

-onde é que estão todos? – perguntei

-saíram. Só estamos agora tu e eu – respondeu-me olhando para mim. Os olhos dela mostravam confusão e irritação. Ela devia estar do lado da mulher feia.

-eu sei que sabes

-sei o que?

-poupa-me. Nós acabámos de ganhar uma luta e vencemos, e tu estás com essa cara? Nós já nos conhecemos há tempo suficiente

-como é que foste capaz? - Disse-me levantando-se com as mãos no ar género desvairada. Esperava pior.

-de?

-não te faças de parva. Eu vi. eu vi tudo.

-eu só lutei pelo que eu amo

-amas? Desde quando? Desde quando é que tu amas alguém sem ser a ti própria, Rosalie?

-só porque tu não te lembras de seres humana e saberes o teu futuro, saberes todas as consequências dos teus actos, pensas que podes me julgar? Podes falar mais de amor e sentimentos do que eu? – respirei para me acalmar – ambas sabemos que isto é mais do que capricho.

-e o Edward?

-ele não me pareceu muito mal com o que aconteceu

-eu não sei o que fazer… - voltou-se a sentar

-então não faças nada – o que eu duvido muito

-Rose… e o Emment? – o meu coração apertou-se. Ela jogava baixo.

-o que os olhos não vêem, o coração não sente

-eu estou a falar serio – que melodramática

-também eu. Eu não pensei trai-lo. Tu irias saber se isso acontecesse.

-então o que fizeste? O Edward está noivo, Rose, noivo – ela disse como se eu fosse muito burra

-e?

-como e? – que conversa mais idiota

-e o que tem ele estar noivo? Não é casado! E mesmo que fosse, os casamentos dos vampiros não são iguais ao dos humanos. Os nossos são sempre para sempre. Por isso é que me casei imensas vezes.

-com o mesmo homem

-e?

-e és uma grande vaca mentirosa – eh eh nunca pensei ver a pequena Alice tão irritada. Acho que mereço um prémio e ele poderia ser o Edward… ai ai

-e? – voltei a perguntar extremamente calma, o que é raro em mim. Raro não. Único.

-ROSE! – ela ia começar a fazer uma cena mas parou repentinamente – como é que consegues estar tão calma?

-simples, eu sei que tens razão

-o que? – perguntou incrédula

-é o que estás a ouvir. Eu não quero magoar o Emment, e muito menos quero destruir esta família. Só que eu não podia andar sempre atrás do Edward. Eu só sofria, ele ficava aborrecido, o Carliste se culpava por nos ter transformado, e a Esme ficava triste. Eu não podia continuar. Então, quando eu salvei o Emment, e nós nos apaixonámos, eu achei que aquilo era um sinal. Eu merecia ser feliz – fiz uma pequena pausa e retomei o meu discurso – diz-me Alice, diz-me por favo, diz-me porque é que não posso ser feliz, porque é que não tenho esse direito. O que é que eu fiz? Eu posso ser teimosa e refilona, mas eu nunca mordi ninguém. Eu tenho vivido nas regras de Carliste. Nunca falhei. Porque é que vocês são mais importantes do que eu? – esperei ela responder mas ela não me disse nada – Alice, eu preciso de saber se vais contar a alguém sobre mim e o Edward.

-por enquanto não – ela respondeu-me depois de reflectir demoradamente

-obrigada – sai para o meu quarto

Agora era só esperar e ver se ela não contava.

Alice:

Em certo ponto a Rose tinha razão, a verdade é que ela não me mentiu. Eu tinha 100% de confiança nas minhas visões. E saberia sempre o que eles os dois escolheriam e faziam. Aliás, eu saberia o que todos iriam fazer.

Eu não queria ficar sem família. Nós éramos uma das únicas famílias no meio dos vampiros. Eu não faria nada visível, mas agiria de acordo para o bem de todos. Agora só queria falar com o Edward. Ele estava neste momento a falar com a Bella. Porque é que mudou de opinião?

Jake:

Estava deitado como vem sido costume, quando batera à porta. Estranhei.

Os rapazes não eram porque nunca batem, o meu pai não precisa de bater, os sanguessugas também não eram porque eu sinto o cheiro e o Edward sabe sempre quando pode entrar e a Bella não meteria mais cá os pés.

-entre – disse

A porta entreabriu-se devagar e a Leah espreitou.

-leah? – estranhei – o que é fazes aqui?

-posso? - ela perguntou receosa

- claro – eu continuava confuso

Ela entrou e sentou-se à beira da minha cama.

-nós precisamos de falar

-sobre? – questionei

-eu… eu tenho de te pedir desculpa… não… eu tenho que fazer muito mais que isso… - ela parecia desesperada

-hei Leah, está tudo bem. Eu estou a recuperar e podia ter acontecido a qualquer um – sorri-lhe para a acalmar. Eu não consigo ver raparigas angustiadas

-mas eu fui imprudente e por causa disso, por causa de mim, tu ficas-te ferido.

-não te preocupes. Estás perdoada. Não foi nada de mais e até banquei o herói – gargalhei – pena é que não sérvio para nada…

- foi por isso que vim falar contigo – respirou fundo – eu sei o que tu estás a sentir – ela começou a chorar – o Sam… ai Jake… eu não sei o que faça. Por causa disto eu já te magoei. Eu não me sinto eu.

Levantei-me para me ir sentar junto dela. Segurei-lhe as mãos e olhei para fundo dos seus olhos.

-a culpa não é tua. Nem dele. Tu tens que querer ultrapassar.

-e tu? Quando é que vais a ultrapassar? – o tom dela não transmitia ironia

-eu vou tentar, Leah. Eu quero esquece-la. Ate agora eu nunca a quis esquecer, mas eu estou farto de sofrer. Farto.

-então vamos combinar que os vamos esquecer. Tipo eu puxo-te a cauda se tu falhares, e tu a mesma coisa – rimos juntos

-combinado – e abracei-a

Ela tinha um cheiro bom. Não era como a Bella que cheirava sempre a parasitas.

O nosso abraço durou algum tempo. Foi quente e gostoso. Ela prometeu-me voltar à noite.

Bella:

-olá – disse-lhe ao mesmo tempo que me espreguiçava

-precisamos de falar – ele foi grosso. Será que estava chateado com alguma coisa? Que eu me lembre, eu não fiz nada.

-sobre?

-sobre nós – a cara seria dele me intrigava.

-o que é que nós temos? – sussurrei. Já estava a ficar nervosa. Ele não me podia deixar agora. Agora que eu tinha acabado tudo com o Jake.

-tu sentes algo pelo Jacob – a voz dele não transmitia nenhuma emoção e o que ele disse não era uma pergunta.

Lógico que eu sinto algo pelo Jake. Ele é lindo e gostoso. Tesão é impossível não sentir perto dele. Esperei ele continuar, mas ele não disse mais nada.

-isso foi uma afirmação – disse com a voz tremida, por causa as lágrimas que teimavam em querer rolar

-não, não era. Mas eu ainda pensei que fosses negar – e riu completamente sarcástico

As minhas lágrimas conseguirão a liberdade que tanto queriam, impedindo-me de falar.

-o que?- fechei os olhos quando uma espada atravessou-me o coração. Porque é que me estava a fazer isto?

-enquanto não souber o que realmente queres… não existe qualquer possibilidade de eu te transformar, e muito menos de casarmos. Eu volto à noite para teres tempo livre para o teu cachorrinho domesticado – dito isto, ele beijou-me a testa e saiu pela janela

Instantaneamente as minhas lágrimas secaram. Eu fiquei durante um tempo a olhar pela janela. Eu não sabia que os vampiros também se revoltavam. Que coisa!

Edward:

Falar com Bella não foi difícil como eu pensei que fosse. Talvez porque o beijo com Rose não me saia da cabeça. Voltei para casa. Sabia que ia ter de aturar a anã de jardim. Alice esperava-me na sala.

Rose disse-me por pensamentos que queria falar comigo e me esperava no local do beijo. Os pensamentos de Alice estavam confusos. Ela não queria que eu soubesse o que ela estava a pensar, pois assim a discussão iria ser desigual, o que continuava a ser, visto que ela vê o futuro.

Mas eu não iria discutir agora com ela. Tinha mas assuntos com que preocupar.

-olá Alice. Precisamos falar. A Rose foi-se embora para podermos estar a vontade.

-eu sei disso. E soube primeiro que tu – ela mostrou-me a língua e eu ri. Ela era única.

-Alice…

-eu sei Edward. Mas tens certeza? – ela fez um movimento com o dedo para pensar e eu vi o meu futuro – hum… sabes que eu vou estar sempre ao teu lado. Aconteça o que acontecer. Mas promete-me que segues sempre o teu coração e deixas de ser tão teimoso.

-prometido – e nós abraçamo-nos

Oi gente boa

Não há comentários, significa que começarei a postar todos os domingos à noite. Isto porque me vou obrigar a escrever.
Os comment´s trazem-me inspiração… (não querendo obrigá-los a comentar…)

A minha segunda one-shot está quase pronta porque tem aumentado os comentários a primeira.

Beijos

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